Já noticiamos aqui no Portal TECNEWS como o uso das chamadas geomembranas (mantas flexíveis impermeabilizantes) na produção de biogás e como ofertam praticidade na agricultura.
Pois esse equipamento também está auxiliando na irrigação de lavoura, pois, segundo estudos, é capaz de gerar uma economia de até 60% nos gastos de energia, além de mitigar a perda de água por lixiviação no solo. “A solução evita desperdícios, assegura a conservação da água e proporciona maior previsibilidade aos produtores. Diante de um cenário de instabilidade climática e aumento das exigências ambientais, sua implementação se tornou indispensável”, relata Everardo Mantovani, especialista em irrigação e consultor do Grupo Nortène.
De acordo com o consultor, a norma técnica NBR 16199/2020 estabelece critérios para a instalação correta das geomembranas, poisa utilização de materiais de baixa qualidade ou a instalação inadequada pode resultar em falhas estruturais, rompimento de reservatórios e paralisação da irrigação por até 90 dias, comprometendo toda a atividade na fazenda.
Com um investimento inicial baixo, o retorno financeiro pode ser alcançado em menos de dois anos, frisa o consultor do Grupo Nortène, fornecedora de reservatórios de geomembrana, filmes agrícolas, mulching, telas plásticas tecidas, telas plásticas termo-soldadas, silo-bolsa e lonas para silagem.
Silos-bolsas e geomembranas
Além das áreas citadas, as geomembranas são uma opção eficiente para a estocagem de grãos, chamados de silos-bolsas, ideais para o armazenamento enquanto os silos estáticos estão em construção. Para se ter uma noção, sua construção envolve altos investimentos e prazo que pode se estender por até mais de um ano (14 meses).
Diante da necessidade, o silo-bolsa se apresenta como solução provisória eficaz nesse período: “Essa alternativa é ideal para períodos de colheita, nos quais os grãos precisam ser armazenados de forma rápida e segura, evitando perdas e garantindo a continuidade do processo produtivo. Entre os grãos que podem ser armazenados estão milho, soja, trigo, sorgo e arroz, além de silagem para alimentação animal”, comenta Tadeu Vino, engenheiro agrícola, especialista e parceiro da Nortène, à Tribuna do Vale.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimam que o déficit atual na capacidade estática de armazenagem é de 110 milhões de toneladas, alcançando 170 milhões até 2030.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto:Divulgação Nortène
