A eletrodiálise reversa é uma solução inovadora para o reuso de efluentes industriais, com vantagens como alta taxa de recuperação hídrica, baixo impacto ambiental e eficiência energética. Segundo estudo da Engeper, aplicada ao setor de bebidas, a tecnologia reduziu em 90% a condutividade da água, em 97% os níveis de cloreto e em 96% o magnésio. O sistema também apresentou resultados expressivos na remoção de cálcio, sódio, sulfato e alcalinidade total, otimizando os processos industriais e reduzindo custos operacionais. Quando associada à tecnologia de osmose reversa, neste cenário a Eletrodiálise Reversa reciperou 80% do volume de permeado que estava sendo descartado.

Exemplo em Reúso da água

Fundada em 2009, a Engeper Ambiental é referência nacional em gestão hídrica 360°, com mais de 45 anos de experiência acumulada no setor. A diretora de Novos Negócios e Sustentabilidade, Lorena Zapata, representou a empresa na premiação. “Esse prêmio certifica que nossa tecnologia de eletrodiálise reversa, além de eficiente, está diretamente alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 6, promovendo reuso da água na prática e contribuindo com a segurança hídrica de forma concreta”, Lorena Zapata, Diretora de Novos Negócios e Sustentabilidade da Engeper.

A premiação integra a estratégia Ambição 2030, do Pacto Global – Rede Brasil, que reúne mais de 2 mil participantes e propõe ações concretas em 10 Movimentos ligados a temas como clima, direitos humanos e transparência. Ao todo, 16 empresas foram reconhecidas por boas práticas em 19 categorias. “Estamos no que o secretário-geral da ONU chama de Década da Ação. Esse reconhecimento mostra que estamos no caminho certo, embora ainda tenhamos um bom percurso pela frente”, afirma Mônica Gregori, diretora de Impacto do Pacto Global – Rede Brasil.

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Uma das iniciativas vem da fabricante Amanco Wavin, com seu projeto Takeback, com o objetivo de desenvolver produtos de baixo carbono a partir da inserção de matéria-prima reciclável em sua linha de produção.Implementada inicialmente no estado de São Paulo, a iniciativa prevê a coleta de tubos e acessórios de PVC em um raio de até 150 quilômetros das cidades de Campinas, Sorocaba, Sumaré e da capital.

A expectativa é que sejam recolhidos no Brasil, ainda em 2025, 100 toneladas de material, que serão destinadas à reciclagem e incorporadas à produção de novos itens. As construtoras e obras interessadas em participar do projeto poderão solicitar, de forma gratuita, a retirada de resíduos a partir de 300 quilos, por meio de preenchimento de formulário disponível no site do projeto. A partir de 12 meses de participação ativa, os parceiros receberão certificado indicando a redução de CO₂ alcançada, validado por instituição do setor.

Até o final do ano, a Amanco Wavin espera alcançar, globalmente, 5,3% de matéria-prima reciclada na produção de 2025, atingindo 40 mil toneladas de PVC reaproveitado.“Por meio da oferta de produtos de baixo carbono, buscamos impulsionar o mercado com alternativas cada vez mais inovadoras, demonstrando nosso compromisso com um ciclo de vida responsável para nossos produtos, além de fortalecer nossa relação com clientes, criando um processo de logística reversa eficiente”, destaca Glaucia Faria, gerente de Responsabilidade Social e Sustentabilidade para as Américas da Amanco Wavin.

PVC e o reúso de água

O material PVC é também bem utilizado na construção de tanques de tratamento de efluentes, feitos com material reciclável. É o caso da AcquaNobilis, empresa que atua com foco em tecnologias sustentáveis para o tratamento de efluentes industriais.

“Segundo relatório da ONU, cerca de 80% da água utilizada por fábricas e centros industriais no mundo é despejada no meio ambiente sem qualquer tratamento. Esse descarte representa uma ameaça ao ecossistema aquático, afetando diretamente a vida de plantas e animais. O tratamento de efluentes faz diferença direta, evita que a água suja vá parar nos rios e no solo. Isso ajuda a diminuir a poluição e protege o meio ambiente”, salienta Guilherme Marcuschi, diretor geral da empresa.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação – Amanco Wavin

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Por Francisco Carlos Oliver

Os avanços obtidos através da integração de tecnologias avançadas, com a Internet das Coisas (IoT), automação, análise e coleta de dados e a Inteligência Artificial, trouxeram para o mercado soluções disruptivas, marcando uma era significativa na indústria 4.0. O saneamento, um setor essencial que enfrenta desafios significativos, também está se beneficiando dessa revolução tecnológica, conhecida como Saneamento 4.0.

Este avanço visa melhorar o tratamento e a distribuição de água, além de otimizar o consumo de energia. Através do Saneamento 4.0 é possível superar os gargalos do setor, como ineficiências operacionais, cobertura limitada e falta de precisão nas operações.

Saneamento 4.0

A integração dessas tecnologias são fundamentais para o Brasil, onde, segundo o Censo Demográfico de 2022 do IBGE, cerca de 49 milhões de habitantes não possuem acesso a saneamento básico adequado, e 4,8 milhões de pessoas carecem de acesso à água potável

Além de buscar abordagens mais inteligentes, eficientes e sustentáveis na preservação de recursos hídricos, a implementação de tecnologias avançadas no segmento permite:

A automatização dos sistemas para controle e monitoramento dos processos de tratamento, distribuição e coleta de água, aumentando a eficiência operacional e reduzindo a necessidade de intervenções manuais. O uso de sensores de presença em áreas de risco para garantir a segurança dos técnicos e das operações.

Além de diagnósticos mais precisos e agilidade em manutenções e reparos, evitando o desperdício de água ocasionado por falhas técnicas; o controle na dosagem de produtos químicos nos processos de tratamento da água; e elaboração de relatórios detalhados que indicam pontos críticos, consumo anormal de água, níveis de reservatórios,entre outros..

Integração de tecnologias

Exemplos de sucesso já podem ser observados em locais como Cingapura, cidade-estado localizada no sudeste asiático entre a Malásia e a Indonésia, onde o uso de tecnologias avançadas permitiram que até 40% das águas residuais fossem recicladas e reutilizadas, inclusive para consumo humano.

Portanto, o Saneamento 4.0 não apenas oferece um “pacote dos sonhos” para o setor, que inclui eficiência operacional, sustentabilidade e baixo custo nas operações, mas também demonstra que, com a integração das tecnologias adequadas, é possível transformar o cenário do saneamento básico. Dessa forma, beneficiamos a qualidade de vida das pessoas e protegemos o meio ambiente.

Francisco Carlos Oliver

Engenheiro e diretor técnico e comercial da Fluid Feeder, empresa fornecedora de equipamentos para tratamento de água e efluentes, com soluções de alta tecnologia para medição, transferência e dosagem de produtos químicos sólidos, líquidos e gasosos. www.fluidfeeder.com.br

Fotos: Divulgação

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Para tanto, foram instalados biodigestores que transformam o gás metano em combustível utilizado como fonte para geração de energia elétrica. Segundo a companhia, a economia na conta de luz chega a 60% e, atualmente, 30% propriedades de suinocultura integradas da Seara com potencial para instalação de biodigestores já contam com o equipamento.

Vamiré Luiz Sens Júnior, gerente-executivo de Agropecuária da Seara, destaca que esta medida contribui para sustentabilidade do negócio. “É uma forma inteligente para transformar dejetos em um negócio rentável. Além de gerar economia no custo energético da propriedade, o biogás pode ser um potencial de incremento de renda do produtor”, diz.

O centro-oeste concentra a maior quantidade dessas granjas e apenas em Dourados, MS, 39% das propriedades em potencial já utilizam a tecnologia, informa a JBS.

Biogás nas operações industriais

De acordo com dados da companhia, já foram investidos globalmente R$ 220 milhões em projetos de captura de biogás em 14 fábricas nos Estados Unidos e Canadá, além de nove unidades da marca Friboi, outra marca da JBS, no Brasil. Aqui, a implementação da captura de metano nas instalações da Friboi por meio do sistema de tratamento de efluentes, por exemplo, tem possibilitado a retirada de mais de 80 mil metros cúbicos de biogás por dia.

“Os projetos dessa natureza nas fábricas dos Estados Unidos e do Canadá, produzem 190 mil m³/d de biogás. Essa energia limpa abastece caldeiras e é utilizada na produção de eletricidade nas unidades e podem ser vendidas às empresas de gás. Esses projetos reduziram a demanda externa por gás natural em 20%, e fez com que a empresa deixasse de emitir 650 mil t/ano de gases de efeito estufa. A companhia pretende expandir os projetos de produção de biogás nos dois países”, reforma nota.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: JBS / Divulgação

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