O investimento previsto é de cerca de R$ 2 milhões e as inscrições são gratuitas, cujas informações estão disponíveis neste link. “Entre os objetivos, estão o fomento à economia regional, a geração de emprego e renda, a otimização de processos, a eficiência das operações, a valorização de ações de impacto positivo na comunidade e a promoção do desenvolvimento territorial sustentável, que faz parte da missão da Itaipu”, informa nota.

Segundo informações, representantes do setor, foram ouvidos para um levantamento dos desafios e problemáticas vivenciados nas atividades, que poderão ser solucionadas pelas startups, sendo os temas mais recorrentes: Resíduos e efluentes; Eficiência energética e mitigação de gases de efeito estufa; Controle, rastreabilidade e logística; e Inovações inclusivas.

Startups e a sustentabilidade

A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec desenvolvem uma série de ações em prol do meio ambiente. As entidades estão finalizando quatro Núcleos de Cooperação Socioambiental, dos 20 propostos pelo programa Itaipu Mais que Energia, cobrindo os 399 municípios do Paraná e 34 do Mato Grosso do Sul, sendo um dos últimos beneficiados está na cidade de Umuarama.

Os núcleos contam com uma metodologia baseada na governança participativa e no conceito do impacto coletivo, com abordagens que incentivam o compartilhamento de experiências e recursos entre os participantes, em benefício um desenvolvimento regional mais sustentável e colaborativo.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

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De acordo com a IQX, a tecnologia empregada já evitou que mais de 700 toneladas de plásticos fossem descartadas em aterros ou incineradas, contribuindo diretamente para a economia circular. A startup integra a Rede pela Circularidade do Plástico, a maior iniciativa brasileira em prol da economia circular do plástico.

Também participa do Mapeamento Onda Verde 2024, ação inédita da organização Climate Ventures que gera um panorama sobre a economia de baixo carbono no Brasil. “O reconhecimento reafirma nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade, destacando o impacto positivo que geramos por meio do desenvolvimento de aditivos que potencializam a circularidade do plástico e da borracha”, comemora Silmara Neves, co-fundadora da IQX.

Outras premiadas

O Ranking 100 Open Startups, plataforma líder em open innovation no Brasil, avalia a interação entre startups e grandes empresas, sendo uma bússola no mercado corporativo e de inovação, especialmente na América Latina.

Outra premiada foi a ManejeBem, de Florianópolis, SC, especializada em assistência técnica e extensão rural, sendo classificada em sétimo lugar na categoria Agritech e ainda incluída na lista das 100 Startups toWatch, promovida pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios em parceria com o Elo Group, Innovc, Valor Econômico e Época Negócios.

“Ser incluída nessas listas representa um marco significativo e é motivo de grande orgulho para nós. Esse reconhecimento valida nosso compromisso em transformar a realidade dos pequenos produtores e nos motiva a continuar inovando em prol do desenvolvimento sustentável no campo”, celebra Caroline Luiz Pimenta, co-fundadora e COO, que juntamente com Juliane Lemos Blainski, co-fundadora e CEO da empresa, estáem atuação em mais de 240 municípios.

A ManejeBem desenvolve 19 projetos que impactam diretamente 400 mil produtores rurais. A transformação é também impulsionada pelo pacote tecnológico Impactools, que oferece ferramentas essenciais para otimizar a vida nocampo.

Em sua nona edição, teve a cerimônia de entrega de prêmios realizada no Hotel Copacabana Palace, RJ, destacando as 100 startups e corporações que mais contribuíram ao ecossistema de inovação aberta em 2024.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: divulgação

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Iniciativa da ONG Junior Achievement (JA) Brasil, em parceria com a StartSe, escola internacional de negócios, Ânima Educação e YDUQS, holding de capital aberto com foco no ensino superior, o projeto visa agraciar com R$ 10 mil ao campeão, além de promover mentorias e uma imersão no Vale do Silício, ambas promovidas pela StartSe.

Os melhores projetos de cada região do país apresentarão suas ideias no dia 30 de outubro, em São Paulo, durante o Demoday Nacional no palco da SVWC Festival (Silicon Valley World Conference), considerado o maior evento de inovação da América Latina.

Tema pioneiro na competição

Essa é a primeira vez que na edição nacional do JA Startup, criado em 2019, tem como desafios o clima e o meio ambiente. “O planeta tem registrado recordes consecutivos de altas temperaturas. Aqui no Brasil, assistimos comunidades e biomas cercados pelas queimadas, assim como a tragédia das enchentes do Rio Grande do Sul. O JA Startup busca proporcionar o diálogo e a criação de estratégias que atendam a esses desafios”, diz Alexandre Mutran, diretor-executivo da Junior Achievement Brasil.

Os inscritos acessam uma plataforma da competição, em que escolhemum dos eixos propostos no programa, sendo Eixo 01 – Sociedade & Empresas (ODS 13 | Ação Contra a Mudança Global do Clima); Eixo 02 – Infraestrutura Urbana (ODS 11 | Cidades e Comunidades Sustentáveis); Eixo 03 – Tecnologia e impactos na Saúde (OD: 3 | Saúde e Bem-estar); Eixo 04 – Bioeconomia (ODS 8 | Trabalho Decente e Crescimento Econômico); e Eixo 05 – Reparação de áreas degradadas (ODS 15 | Vida Terrestre); Eixo 06 – Inteligência Artificial e Recursos Hídricos (ODS 6 | Água Potável e Saneamento), todos relacionados a desafios climáticos e ambientais que acontecem ou podem acontecer no país.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: divulgação

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Cubo ESG

Juntas, as 44 startups que integram o Cubo ESG faturaram R$144 milhões em 2023 e somaram R$115 milhões em investimentos recebidos, o que evidencia o crescente interesse de empresas e investidores na adoção de práticas mais sustentáveis. “Queremos ser o banco da transição para os nossos clientes e a inovação e a tecnologia são essenciais nessa jornada. O Cubo ESG, reconhecido já como uma das principais plataformas para empreendedores tecnológicos que trabalham para gerar impactos ambientais e sociais positivos, é uma das várias iniciativas que temos para apoiar as organizações em suas metas de descarbonização”, explica Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais de Sustentabilidade do Itaú Unibanco.

“Temos no Cubo ESG importantes soluções prontas para escalar e fazer a diferença em um tema tão relevante e urgente não só para as empresas, mas para a sociedade. Esse espaço incentiva que talento, criatividade, tecnologia e conhecimento se conectem, permite a evolução desses empreendedores, e, como consequência, impacta na realidade de diversos setores”, reforça Paulo Costa, CEO do Cubo Itaú.

Confira, abaixo, um resumo dos principais cases:

Tidewise

A TideWise desenvolve e integra sistemas autônomos para a indústria marítima. Entre 2019 e 2020, desenvolveu o USV Tupan, a primeira embarcação não tripulada a ser registrada na Marinha do Brasil, que pode realizar serviços de caracterização de ambientes marinho, inspeção de ativos, logística e defesa. A tecnologia funciona de forma mais rápida e barata, utilizando menos combustível e com menos risco à vida humana, já que serviços que antes eram executados in loco, em ambientes perigosos como o Mar Aberto agora podem ser executados remotamente, por operadores localizados em um centro de controle em terra.
Desde 2020, a companhia já prestou serviços para grandes companhias como Repsol Sinopec Brasil e Shell, no Brasil, e para a companhia de distribuição elétrica europeia Elia Group, na Bélgica. Recentemente, assinaram um contrato com a Petrobras para realizar o serviço de Transporte de Pequenas Cargas entre plataformas offshore.

umgrauemeio

A umgrauemeio é uma climatech brasileira pioneira na identificação e prevenção de incêndios florestais e agrícolas, e redução nas emissões de CO2, utilizando tecnologia e inteligência artificial em solução integrada de gestão, detecção e análise de risco.

Com clientes como Suzano e BP Bunge, os resultados operacionais são notáveis nas verticais de florestas comerciais e agricultura. A utilização da tecnologia na cana-de-açúcar, por exemplo, resultou na redução de 90% da área queimada da BP Bunge.

Pelo Projeto Abrace a Floresta, uma das maiores iniciativas de preservação ambiental do mundo, monitora, no Pantanal, 2,5 milhões de hectares de mata nativa. Já na região Amazônica, são mais de 2,2 milhões de hectares monitorados 24 horas por dia. Ao todo, são mais de 17,5 milhões de hectares monitorados – 10 milhões em florestas e áreas nativas e 7,5 milhões de agricultura, utilizando mais de 130 torres de monitoramento.

Ecomilhas

É uma startup dedicada a incentivar a troca do carro por opções mais sustentáveis, como bicicleta, ônibus, metrô ou até mesmo uma boa caminhada nas idas e vindas ao trabalho. O funcionário da empresa parceira se cadastra no aplicativo, insere o seu deslocamento e, a partir disso, faz check-in e check-out ao começar a se deslocar. O app calcula a quantidade de carbono reduzida pelo modal sustentável, que seria emitida se o trajeto fosse feito de carro, quantifica a redução das emissões de CO2, e recompensando os colaboradores, reduzindo custos de compensação da empresa.

No último ano, a Ecomilhas evitou mais de 100.000 toneladas de CO2 provenientes de deslocamentos trabalho-casa e viagens corporativas para seus clientes, resultando em uma economia de mais de R$6.000.000 na compra de créditos de carbono.

4H

É uma cleantech que reduz riscos ambientais com uma tecnologia de digitalização de resíduos, gerando evidências e rastreabilidade da destinação correta do lixo usando blockchain, e criando hubs onde integra todos os agentes necessários para o descarte e venda dos recicláveis. No último ano, gerou R$ 200 mil entre savings em redução de custos com a gestão e através da valorização e comercialização de resíduos. Esse impacto pode chegar a R$ 2 milhões se aplicada em todas as unidades de Centros de Distribuição de uma única empresa que estão distribuídos em pontos estratégicos do Brasil.

Quanticum

É uma startup científica nascida de um grupo de pesquisa sobre diagnóstico de nanopartículas do solo da UNESP Jaboticabal. A Quanticum criou um procedimento para diagnosticar e mapear as melhores condições para uso do solo pela agropecuária. A tecnologia de análise e mapeamento de minerais nanométricos do solo já ajudou a diagnosticar mais de 1 milhão de hectares, gerando mais de 5.000 recomendações sustentáveis para uso racional de insumos e bioinsumos.

Verda

A empresa faz a gestão do processo de descarbonização no setor de transportes. Sem isso, operadores de transporte e seus clientes não encontram uma base confiável que evidencie objetivamente o impacto das medidas de descarbonização, que são incrementais no tempo. Esse contexto é fundamental para um processo de descarbonização organizado, eficiente e efetivo. Por outro lado, a conexão com a Verda promove, naturalmente, uma cultura de descarbonização que passa a ser executada por meio de parceiros de negócios que desenvolvem tecnologias que geram eficiência operacional por meio de, por exemplo, gestão de temperatura e pressão de pneus, redução do retorno vazio de viagens, promoção de condução eficiente, etc. Essas tecnologias combinadas, por exemplo, têm o potencial de reduzir a intensidade de carbono na ordem de 10% a 20%.

ESGreen

É uma startup que entrega em larga escala todos os processos de avaliação e monitoramento de riscos ESG, por meio de uma ferramenta referência na gestão de temas ESG no Brasil e América Latina. Com um método data-driven, alinhado a um framework próprio, auxilia organizações e stakeholders a terem uma abordagem mais alinhada aos padrões globais de ESG e a cumprirem exigências regulatórias, como a Política de Responsabilidade Socioambiental e Climática do Banco Central e a Circular 666 da Susep.

Desenvolvida por especialistas com ampla experiência no mercado financeiro, seguros e tecnologia, a ESGreen permite o monitoramento de parâmetros ESG para toda a base de clientes e fornecedores, através de um dashboard atualizado em tempo real. Atualmente, esta plataforma web-based já monitora mais de 85 mil CNPJ ’s, incluindo gigantes como Sicredi Brasil e Sistema Ailos, e deve encerrar o ano com aproximadamente 1 milhão de entidades em sua base.

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Um delas que estão com disponibilidade desses produtos é a Gedanken, que lançou recentemente uma plataforma unificada que avalia a sustentabilidade dos fornecedores por meio de mais de 80 indicadores específicos, agrupados em quatro pilares: cuidados com meio ambiente, governança, responsabilidade social e impacto de compras sustentáveis.

Produtos para a sustentabilidade

Destinada às emissões classificadas como escopo 3, que incluem operações comerciais de fontes que não são de propriedade ou controladas diretamente pela organização, como a cadeia de suprimentos, transporte, uso ou descarte de produtos, a plataforma com foco na gestão contínua da sustentabilidade de fornecedores, capacitando-os a impulsionar seu próprio crescimento sustentável.

“Ao serem avaliados em termos de sustentabilidade, os fornecedores entram automaticamente para a Comunidade de Fornecimento Sustentável da Gedanken, aumentando a visibilidade e oportunidades de negócio com grandes clientes. Por outro lado, os clientes têm acesso a uma variedade de fornecedores que já têm seu perfil na comunidade, o que torna todo o ecossistema mais seguro e competitivo”, comenta Lucas Madureira, CEO da companhia.

Parceria

Outra inovação tecnológica que também auxilia nesse processo rumo à sustentabilidade é a Plataforma de Sustentabilidade e ESG, feita em colaboração entre o Performa_IT, de Campinas, SP, considerado um dos maiores centros tecnológicos da América Latina; a Fundepag (fundação especializada em facilitar projetos de pesquisa no agronegócio e no meio ambiente) e a Conexão.f, uma spin-off da Fundepag reconhecida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo como Centro de Inovação Tecnológica, passando a fazer parte do Sistema Paulista de Ambientes de Inovação.

Conta com diferenciais, como diagnóstico de maturidade da empresa em relação à sustentabilidade/ESG e sugere melhorias; metas e plano de ação, além de análise de materialidade, um de seus destaques. Por meio desse quesito, é possível abordar aspectos financeiro e impactos ambientais e sociais das atividades da organização. “A análise de dupla materialidade considera cenários e posicionamento da empresa e dos principais stakeholders, estabelecendo os temas materiais que uma organização deve focar em suas estratégias”, informa nota.

“A adoção da plataforma amplia a capacidade das empresas de atrair novos clientes, investidores e parceiros financeiros. E ao promover práticas sustentáveis, é possível identificar ineficiências e reduzir desperdícios. Isso melhora a eficiência operacional e atrai investidores”, comenta Luciana Teixeira, líder de Inovação do Conexão.f.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: divulgação

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Pensando nisso, investidores estão injetando expertise e incrementos financeiros nas chamadas greentechs, startups que tem em seu escopo o meio ambiente. Uma delas é a Oxygea, Corporate Venture Capital (CVC) da estratégia de inovação da companhia Braskem.

Engajamento sustentável

Em março, a companhia investiu mais de R$ 4 milhões em startups com foco na sustentabilidade e inovação. Para participar, integraram o OxygeaLabs, laboratório de aceleração do CVC a startups. Em números, 324 se inscreveram para o curso, sendo que seis foram selecionadas, recebendo treinamento tecnológico, jurídico, de gestão de pessoas, finanças e marketing, e três receberam o apoio financeiro.

“Temos como prerrogativa poder investir em todas as selecionadas do programa, no entanto utilizamos esse período de aceleração para melhor conhecer as startups/founders e aprofundar em uma diligência de negócios para avaliar o tamanho da oportunidade, engajamento, diferenciais de negócio e principais desafios”, comenta Vitor Moreira, Managing Director da Oxygea, à revista Exame.

“Qual é a sua pegada?”

Um exemplo de como a aceleração e o aporte financeiro são de extrema importância para impulsionar as startups, a Zaya, greentech que elabora e simplifica o cálculo de impacto ambiental de companhias de pequeno, médio e grande porte, teve o apoio da Oxygea em outras oportunidades para o andamento de seu trabalho em auxiliar líderes na tomada de decisões mais sustentáveis em seus negócios.

Fundada em 2023, a empresa nasceu da experiência da fundadora,Isabela Basso, dentro do time de sustentabilidade da Braskem. “Após testes-piloto com alguns parceiros comerciais, ainda dentro da companhia mãe, a startup foi investida pela Oxygea, para se tornar uma empresa independente e iniciar a criação de um produto próprio e iniciar sua tração comercial”, explica a gestora.

Além de seu trabalho direcionado ao ambiente corporativo, a Zayaconta com uma ferramenta ao consumidor final. Trata-se do“Qual é a Sua Pegada?”, que permite solicitar informações sobre a pegada de carbono de produtos e marcas que consome diariamente ou pretende comprar. “A ideia é levar ao usuário transparência sobre os produtos que desfrutam, além da formação de um repertório sólido para exercer uma cobrança mais eficaz sobre as marcas em suas práticas ambientais”, conclui.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: reprodução

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Dentre os projetos está o apoio à startup Phycolabs. Juntamente com pesquisadores da Unidade Empresano Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT, o time desenvolveu fios a partir de algas marinhas vermelhas, o que mostrou um grande incentivo para modelos inovadores e ágeis em prol do meio ambiente.

Os pesquisadores Adriano Alves Passos e Igor Lopes Soares contam que os insumos podem ser encontrados em abundância no nordeste do Brasil e, explicam que a CEO da Phycolabs, Thamires Pontes, idealizadora do projeto, tinha o objetivo de produzir algo disruptivo e sustentável.

Investimento e projetos ágeis

Segundo os pesquisadores, que pretendem levar o produto à indústria, a fibra não só reduz o impacto ambiental da produção têxtil, mas também captura de cinco a 20 vezes mais carbono da atmosfera.”Já ganhamos alguns reconhecimentos e prêmios com esta iniciativa e tudo indica que é um produto diferenciado e ecológico”, comemoram.

A Embrapii também está investindo em projetos de impressão 3D para a construção civil, monitoramento de barragens e soluções ambientalmente conscientes para baterias de lítio.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: divulgação

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A busca por formas mais limpas de energia, por conta das mudanças climáticas, estimula a criação de startups no setor. A maior parte das energytechs da América Latina, 55% das 347 mapeadas, está ligada à energia renovável. Essas empresas trabalham com soluções para a instalação e produção de placas solares ou o crédito para a compra de sistemas fotovoltaicos. A distribuição energética é a segunda mais importante, com 130 startups. Aqui entram soluções para economizar energia e acompanhar dados de consumo.

Segmento de energytechs

“O segmento de energytechs é um dos mais dinâmicos do ecossistema de inovação. Mudanças regulatórias, como a expansão do Mercado Livre de Energia, a crescente importância da agenda climática e a presença do capital de corporações estimulam a criação de soluções para democratizar o acesso a formas limpas de energia, a otimização da distribuição e a tecnologias para a eletrificação de frotas. Pelos números que vimos até agora, este ano pode ser um dos melhores para o segmento”, diz Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito.

De janeiro a abril, as energytechs latino-americanas receberam US$ 113 milhões em 7 deals. O volume financeiro é mais da metade do que foi investido no segmento no ano passado, quando os aportes chegaram a US$ 213 milhões em 17 rodadas. Já o ano com maior volume de investimento no setor foi 2022, com US$ 294 milhões de captação de recursos e 28 deals.

A brasileira Órigo, que possui fazendas solares em diversos estados do país, é a energytech que mais recebeu recursos na região. Das cinco maiores rodadas de investimento na América Latina, três foram da Órigo, num total de US$ 346,9 milhões. Sozinha, a startup recebeu quase metade dos recursos das energytechs.

Investimento por Categoria

Em relação aos investimentos por categoria, a distribuição energética lidera ao acumular US$ 417,3 milhões distribuídos em 57 rodadas no histórico mapeado. Segundo o CEO do Distrito, o dado revela uma busca intensa do mercado por inovações que otimizem a entrega de energia, a adesão ao mercado livre de energia ou que permitem a conexão de empresas e pessoas a fazendas solares, comprando o direito de uso dessa energia.

As 5 maiores rodadas de investimento do setor:

Captações e M&A

As fusões e aquisições do setor tiveram maior atividade em 2022, quando foram registrados 5 M&As. Do início do ano até abril de 2024, já foram contabilizadas 3 operações no total, enquanto no ano passado inteiro foram 2 M&As. Esse maior volume de transações no início deste ano sugere um possível aumento no ritmo de atividade para o restante do ano, segundo o Distrito.

Principais Tendências

A eletrificação e mobilidade elétrica, movimento que busca substituir tecnologias que dependem de combustíveis fósseis por alternativas elétricas, estão entre as principais tendências que devem impulsionar essas startups, especialmente pelo avanço da indústria chinesa de automóveis na América Latina e o crescente interesse em veículos elétricos.

Nas políticas públicas, programas como oRota 2030, que apoia o desenvolvimento tecnológico e a competitividade da indústria automotiva nacional, e a redução de impostos para veículos elétricos estão entre as iniciativas implementadas pelo Governo Federal com o objetivo de incentivar a mobilidade sustentável.

Para colaborar com essa prática, as empresas estão investindo no desenvolvimento e na tecnologia de baterias de longa duração, essenciais para armazenar fontes renováveis como solar e eólica.

Outra tendência são os microgrids, redes que permitem a geração local de energia e o aumento da capacidade de armazenamento em baterias, soluções para enfrentar os desafios da transição energética em todaa América Latina. A tecnologia permite que comunidades remotas e áreas isoladas se beneficiem de uma fonte de energia limpa e minimizem a dependência de redes de energia centralizadas e combustíveis fósseis.

Foto: Reprodução

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O Manual de Usos Consuntivos da Água do Brasil, da Agência Nacional de Águas (ANA), aponta que país possui elevado consumo hídrico, e estimativas são que até 2030 o uso de água deverá aumentar em 24%, superando a marca de 2,5 milhões de litros por segundo. Em outro estudo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que menos de 1% da oferta de água no país provém de reúso de efluentes tratados, dados de 2018.

A reutilização desse bem pode ser uma das saídas para conscientização, afirma Francisco Oliver, diretor técnico Industrial da FluidFeeder, desenvolvedora de tecnologias de equipamentos e serviços para tratamento de água. “Existem diversos benefícios ao usar a água de reúso, além da própria economia e da sustentabilidade ambiental. Ao aproveitar fontes desse tipo, você reduz a pressão dos recursos hídricos locais, proporcionando eficiência operacional e um fornecimento mais amplo da água para outros lugares”, arremata.Segundo o gestor, o reaproveitamento de água pode gerar uma economia de até 60%, tornando evidente o potencial econômico e ambiental dessa prática.

Captação de água para escolas

A PWTech, startup de purificação de água, é um bom exemplo de como a busca por alternativas inteligentes para captação, filtragem e uso desse elemento, em especial para beneficiar instituições de ensino. Trata-se do Projeto Água Boa Nas Escolas, que utiliza a instalação de um aparelho que pesa um pouco mais de 12kg, e possui membranas capazes de filtrar 5760 mil litros de água por dia, sendo 4 litros por minuto e eliminando vírus e bactérias com até 99,9% de eficácia.  “A disponibilização de água potável não é apenas uma questão de comodidade; é uma medida essencial para prevenir a propagação de doenças entre as crianças, promover hábitos de higiene pessoal e garantir um ambiente escolar saudável, propício para o aprendizado”, destaca Fernando Silva, CEO da PWTech.

A companhia espera aportes fiscais e até o momento, a iniciativa instalou um sistema de filtragem na escola da Ilha do Montão de Trigo (SP).

Tecnologia em prol da água

Outra startup desenvolvedora de tais soluções é Sustainable Development & Water for All (SDW), acelerando o acesso à água potável e ao saneamento básico no semiárido brasileiro. Ela adotou a solução low-code SAP Build, da big tech SAP, e, sem experiência, criou seu próprio aplicativo para acelerar pesquisas, automatizar processos e agregar a Inteligência Artificial nos movimentos de suporte às comunidades carentes.

“Agora contamos com a solução SAP, que é intuitiva e sempre disponível, estamos cobertos para atuar com maior mobilidade, dinamismo, fluidez de dados e produtividade. Isso faz uma diferença gigantesca em escala e expansão das atividades”, celebra Anna Luísa Beserra, fundadora da SDW e premiada pela ONU na categoria Jovens Campeões da Terra, em 2019, em razão do relevante projeto de impacto socioambiental da startup.

Falando em celebração, a SDW é reconhecida internacionalmente por sua atuação a favor da vida, disponibilizando equipamentos simples de desinfecção da água de cisternas por meio da radiação solar, impactando a vida de mais de 25 mil pessoas eem atuação em 15 estados brasileiros, principalmente em regiões semiáridas do Nordeste.  Em 2020 foi vencedora do Social Innomarathon, competição regional organizada pela SAP, em parceria com o Social Lab, de empreendedorismo aliado à tecnologia com fins de impacto social na América Latina.

Foto: reprodução

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