E a sustentabilidade não pode ficar de fora nesse quesito, o que inclui produzir combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) a partir de biogás. E as parcerias entre empresas são importantes para a disseminação desse conceito mais verde: em outubro, a Geobiogas&carbon, pioneira no desenvolvimento da cadeia de biogás e biometano no Brasil, e a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável se comprometeram a desenvolver a primeira planta no Brasil para produção de combustível a partir de biogás de SAF.

O objetivo é desenvolver em escala comercial esse modelo produtivo sustentável com o uso de resíduos de biomassa como fonte de carbono biogênico, informa nota. Para tanto, a Geo também iniciou uma parceria adicional com a Coopersucar, para que a unidade da planta piloto, localizada no interior de São Paulo.

Essa iniciativa que conta com financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), estima-se que a produção de SAF se inicie a partir de 2025, coma escala comercial esperada de 750 litros/dia.

“O Brasil inova e dá um enorme passo na transição energética. A aviação é um dos setores onde o desafio da descarbonização é maior e o SAF produzido a partir do biogás advindo de resíduos de biomassa é uma rota sustentável, baseada na economia circular, que também é vista como vantajosa para o mercado externo”, afirma Alessandro Gardemann, CEO da Geo.

Acordo para a aviação

O projeto teve o incremento de 7,8 milhões de euros, sendo 1,5 milhões de euros vindos do Ministério da Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) alemão, implementados pela Deutsche Gesellschaftfür Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, no âmbito do Programa develoPPP, destinando incrementos às empresas que desejam investir de forma sustentável em um país em desenvolvimento ou emergente e expandir suas operações locais.

“A parceria marca o primeiro grande encontro de pessoas chave desta indústria para celebrar uma ação real e concreta para a sustentabilidade e a descarbonização da aviação, capaz de gerar crescimento econômico, empregos e uma transição energética justa”, completa Markus Francke, diretor do Cluster Energia e Transformação Urbana e do projeto H2 Brasil, da GIZ Brasil.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Raul Dias

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