E essa ação gera frutos: a Lwart Soluções Ambientais, empresa responsável pela logística e rerrefino, atingiu em 2024 a coleta de 225 milhões de litros de OLUC, o maior volume já registrado pela companhia. O recorde também foi quebrado em um único mês, com 21 milhões de litros recolhidos, informa relatório divulgado recentemente.

Vale ressaltar que esse processo é acompanhado por um rígido monitoramento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e de órgãos ambientais.“Esse é um trabalho contínuo de investimento em estrutura, inovação e parceria com os geradores. Ano a ano ampliamos nossa capilaridade e eficiência da operação, o que nos permite chegar a locais cada vez mais distantes, instalando novas filiais como bases de coleta e atender melhor nossos clientes”, afirma João Vianney, diretor de Coleta da companhia.

Lubrificante sustentável

Um grupo formado pela Lwart, a fabricante de veículos Iveco e a Petronas Lubrificants International (PLI) desenvolveu o Nexpro Infinity, lubrificante mineral de alta performance especialmente para modelos de autos comerciais pesados. O diferencial está na logística reversa integrada, já que conta em seu DNA com o recolhimento de OLUC em concessionárias, oficinas e indústrias.

Nexpro Infinitytem a capacidade de redução de até 77% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE). “É um marco na jornada rumo a um transporte mais sustentável. Unimos inovação técnica e responsabilidade ambiental para entregar ao cliente um produto que protege o motor e o planeta”, afirma Bernardo Brandão, diretor geral de Customer Service da Iveco para América Latina, ao Transporte Mundial.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto:Ricardo Teles/Lwart

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Também uma oportunidade para agenda ambiental. Todo resíduo de óleo lubrificante coletado foi reciclado. O rerrefino, como é chamado o processo de recuperação do resíduo, resulta na matéria-prima que retorna ao mercado em forma de óleo básico de alta performance.

Fórmula 1

Segundo a Associação Ambiental para Gestão do Óleo Lubrificante(AMBIOLUC), entidade que representa o setor, a cada um único litro de óleo lubrificante usado é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água. “O óleo lubrificante usado está presente em cada movimento da sociedade. É por essa urgência de conscientização sobre o descarte correto do óleo usado que a Lwart e o GP São Paulo estão unidos pelo terceiro ano consecutivo, contribuindo com a proteção ambiental na etapa brasileira desse evento mundial”, afirma Rodrigo Maia, Diretor de Coleta e Logística, da Lwart Soluções Ambientais, especializada na coleta e rerrefino de OLUC, e realizou esse procedimento no GP.

Esse sistema faz parte do programa de ESG do evento, em linha com as atuais diretrizes da FOM (Formula One Management), entidade responsável pela promoção do Campeonato Mundial de Fórmula 1 da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e pelo exercício dos direitos comerciais do esporte.

Outra novidade é o uso, pela primeira vez, de copos retornáveis, evitando os descartáveis. Os copos, disponíveis para todas as bebidas, requerem um valor de R$ 5, que pode ser reembolsado ou trocado por novos copos ao longo dos dias de evento, ou até levados como recordação pelos fãs. “O sistema de pagamento usado foi o Cashless, obrigatório nos setores de alimentação das arquibancadas e na Fanzone, que funciona por meio de um cartão pré-pago exclusivo”, informa o site F1 Mania.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: divulgação

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Fazendo as contas, a troca do óleo lubrificante desses motores, que deve ser realizada de forma regular, pode gerar um consumo de 132 de milhões de litros do produto anualmente. O chamado Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC) é considerado um resíduo Perigoso Classe I, segundo a NBR-10004, de acordo com as resoluções Conama 362/2005(recepcionada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010) e Decreto Federal n. 7.404/2010) e da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) n. 19 e 20, ambas de 2009 e Lei do Petróleo (Lei n. 9.478/1997).

Óleo lubrificante – Oluc

É determinado por esses regramentos que todo OLUC deve ser coletado “nas fontes geradoras como postos de combustíveis, oficinas, super trocas de óleos e indústrias, e destinado para a reciclagem através do rerrefino, e proíbe taxativamente o uso do resíduo como combustível”.

Vale ressaltar que a ANP é a responsável por regular e fiscalizar as atividades de coleta, transporte e rerrefino desse óleo, além de punir o descumprimento de normas operacionais. Já a competência para fiscalizar aspectos ambientais é partilhada entre IBAMA e órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) nas esferas estadual e municipal.

Rerrefino

Como é, portanto, deve ser realizado esse rerrefino? Segundo Rodrigo Maia, da Lwart Soluções Ambientais, esse elemento é composto por uma grande parcela de óleo mineral, que recebe aditivos para melhoria do seu desempenho. Já o óleo mineral presente na composição não se degrada durante o uso em máquinas e motores. Após a coleta, o óleo lubrificante usado passa pelo rerrefino, para voltar a ser uma composição básica, sendo a matéria-prima para produção de lubrificantes.

“O conjunto tecnológico de ponta que nossa empresa conta permite o aproveitamento de praticamente 100% do OLUC, transformando-o em óleo básico de alta performance, com qualidade igual ou superior ao produto de primeiro refino”, arremata.

De acordo com a empresa, esse óleo básico é destinado aos principais produtores que o aditivam para tornar novamente lubrificante, voltando mais uma vez para o mercado.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: divulgação

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