produtores rurais - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br Indústria e Meio Ambiente em Pauta Wed, 11 Jun 2025 13:00:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://tecnews.agenciafluence.com.br/wp-content/uploads/2025/08/cropped-TECNEWS-750x123xc-1-32x32.png produtores rurais - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br 32 32 Produtores rurais descobrem no crédito de carbono uma ferramenta para fortalecer a preservação ambiental https://tecnews.agenciafluence.com.br/produtores-rurais-descobrem-no-credito-de-carbono-uma-ferramenta-para-fortalecer-a-preservacao-ambiental/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=produtores-rurais-descobrem-no-credito-de-carbono-uma-ferramenta-para-fortalecer-a-preservacao-ambiental https://tecnews.agenciafluence.com.br/produtores-rurais-descobrem-no-credito-de-carbono-uma-ferramenta-para-fortalecer-a-preservacao-ambiental/#respond Wed, 11 Jun 2025 13:00:21 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3124 A jornada do agricultor Luiz Eduardo Pilatti Rosas, rumo à compensação da pegada de carbono, começou após a consultoria da RDG Eco Finance, empresa especializada em projetos de compensação de pegada de carbono para o setor rural e empresas. Com áreas de floresta nativa já preservadas por exigência legal, Pilatti encontrou na estruturação técnica do […]

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A jornada do agricultor Luiz Eduardo Pilatti Rosas, rumo à compensação da pegada de carbono, começou após a consultoria da RDG Eco Finance, empresa especializada em projetos de compensação de pegada de carbono para o setor rural e empresas. Com áreas de floresta nativa já preservadas por exigência legal, Pilatti encontrou na estruturação técnica do projeto uma forma de fortalecer a conservação ambiental em sua propriedade, alinhando responsabilidade com inovação. A tendência é que esse investimento aumente em mais áreas rurais.

No Brasil, produtores rurais têm a responsabilidade legal de preservar áreas de vegetação nativa em suas propriedades. No caso da Amazônia Legal, por exemplo, o Código Florestal determina a manutenção de até 80% da área como reserva legal, ou seja, sem qualquer tipo de uso produtivo. Em meio a essa realidade, cresce o interesse por iniciativas que contribuam para o fortalecimento da conservação, como o mercado voluntário de créditos de carbono.

Pilatti cultiva grãos no Paraná e mantém áreas preservadas em Rondônia. Atento às discussões sobre meio ambiente, o agricultor viu no mercado de carbono uma ferramenta de apoio técnico e ambiental para reforçar a proteção de florestas que já são mantidas conforme a legislação.

“Essas áreas já são protegidas por obrigação legal, mas cuidar delas requer vigilância, manutenção e estrutura. O crédito de carbono surgiu como uma forma de dar mais respaldo a esse trabalho, com embasamento técnico e certificação reconhecida”, explica.

Estruturação do projeto em áreas rurais

Com apoio da RDG Eco Finance, Pilatti estruturou um projeto baseado, primeiro, no cancelamento de desmatamentos autorizados e, depois, na proteção ativa de florestas nativas. A principal ação foi o reforço no controle contra incêndios e invasões, em regiões sensíveis da Amazônia.

“A floresta continua intacta, como sempre foi. A diferença é que agora temos um projeto que reconhece esse esforço e traz ferramentas para proteger melhor”, diz.

Segundo o produtor, obter a certificação foi rápido e prático com o auxílio do time da RDG: “bastou apresentar documentos como o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e o georreferenciamento atualizado. Os créditos estão atualmente registrados na B3 e na plataforma da própria RDG, aguardando negociação”, conta.

“Mais importante que a venda é entender que esse é um caminho de longo prazo. Serve para fortalecer quem já preserva e quer fazer isso com mais segurança”, afirma Pilatti

Sem exploração comercial, com reinvestimento ambiental

Pilatti reforça que o foco do projeto não é gerar lucro, mas reinvestir em ações de proteção e manejo responsável. “Não estamos falando de exploração. O crédito de carbono nos ajuda a continuar fazendo o que a lei exige, com mais qualidade e planejamento”, diz. Entre os próximos passos, ele planeja ampliar áreas preservadas e desenvolver pequenos projetos de reflorestamento.

Para ele, a valorização da floresta em pé ajuda a criar uma cultura de sustentabilidade no campo. “Temos uma nova geração mais conectada ao tema ambiental. Isso contribui muito.”

Para Ivan Pinheiro, diretor Comercial e sócio-fundador da RDG Eco Finance, o protagonismo do produtor rural é fundamental na agenda ambiental do país. “O mercado de carbono ainda é recente para a maioria dos produtores. Nosso papel é justamente tornar essa jornada técnica mais acessível e segura para quem já preserva e quer avançar. Com orientação adequada, é possível transformar uma obrigação legal em uma oportunidade de impacto ambiental positivo”, afirma o executivo.

Potencial brasileiro e avanços no setor

Segundo o Banco Mundial, o mercado global de carbono movimentou US$ 909 bilhões em 2023, 13% a mais que no ano anterior. No Brasil, o segmento vem se consolidando com iniciativas como a Política Nacional de REDD+ e o avanço do projeto de lei que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), atualmente em análise no Congresso.

Paralelamente, soluções tecnológicas vêm facilitando a entrada de produtores nesse mercado, com imagens de satélite e inteligência artificial que permitem medir e certificar áreas preservadas com agilidade e custos reduzidos – em média, R$ 200 por hectare, com entrega em até 90 dias.

Para especialistas, o Brasil reúne as condições ideais para liderar a geração de créditos de carbono de alta qualidade, sobretudo em biomas como a Amazônia e o Cerrado.

“Estamos apenas começando. Com mais informação e suporte técnico, acredito que muitos produtores vão enxergar nesse mercado uma forma de agregar valor à preservação”, conclui Pilatti.

Foto: RDG Eco Finance/Divulgação

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Nova Lei do Mercado de Carbono abre portas para produtores rurais https://tecnews.agenciafluence.com.br/nova-lei-do-mercado-de-carbono-abre-portas-para-produtores-rurais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=nova-lei-do-mercado-de-carbono-abre-portas-para-produtores-rurais https://tecnews.agenciafluence.com.br/nova-lei-do-mercado-de-carbono-abre-portas-para-produtores-rurais/#respond Wed, 09 Apr 2025 15:00:53 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2790 Crédito de carbono é a palavra do momento e cada vez mais corporações estão procurando alternativas para cumprir suas metas ESG. A recente regulamentação do mercado de carbono no Brasil (Lei nº 15.042/2024) estabeleceu um sistema de comércio de emissões que impulsiona a valorização de práticas agrícolas sustentáveis, uma oportunidade para produtores rurais, por exemplo, […]

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Crédito de carbono é a palavra do momento e cada vez mais corporações estão procurando alternativas para cumprir suas metas ESG. A recente regulamentação do mercado de carbono no Brasil (Lei nº 15.042/2024) estabeleceu um sistema de comércio de emissões que impulsiona a valorização de práticas agrícolas sustentáveis, uma oportunidade para produtores rurais, por exemplo, transformarem áreas preservadas em ativos financeiros por meio da geração desses créditos.

Para se ter ideia, segundo um levantamento da Câmara do Comércio Internacional (ICC) em parceria com a WayCarbon, consultoria em sustentabilidade, estima-se que esse nicho deva movimentar entre US$493 milhões a US$100 bilhões, no Brasil até 2050. Muito embora as projeções sejam promissoras, os administradores rurais, para ingressar nesse mercado, precisam atender a critérios técnicos, ambientais e fundiários.

 

Credibilidade para produtores rurais

 

Gabriel Buzzo, diretor de Prospecção e Operações Florestais da Carbonext, empresa brasileira de soluções baseadas na natureza, explica que o primeiro ponto a ser observado é se os produtores rurais estão em dia com a regularização dessa propriedade, ou seja, toda a documentação em ordem, como escritura pública, Cadastro Ambiental Rural (CAR), Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) e averbação da reserva legal. E, claro, a área não pode ter histórico recente de desmatamento: “Os projetos de carbono devem comprovar que a floresta já estava de pé e sob risco de desmatamento. Isso garante a credibilidade do crédito gerado e evita que práticas indevidas sejam incentivadas”, salienta o gestor.

Buzzo acrescenta que também é preciso se atentar para adicionalidade, ou seja, uma efetividade de que os créditos estejam reduzindo emissões, e que isso não teria ocorrido sem o incentivo financeiro desse mercado. “Isso significa que as áreas devem estar sob pressão real de desmatamento para que os créditos tenham valor no mercado”, arremata.

Caroline Prolo, advogada especialista em direito ambiental e direito de mudanças climáticas, em artigo para o Valor Investe, frisa que a adicionalidade, é um dos requisitos cruciais para a validação dos projetos de carbono, em que são aplicados “testes” para avaliar questões financeiras; tecnológicas; ecológicas e institucionais ou sociais, “que justifica que as reduções ou remoções de emissões não teriam ocorrido sem mudanças na governança e práticas locais que foram facilitadas pelo projeto de carbono”, escreve a especialista.

 

Venda antecipada de créditos

 

Um exemplo é a venda antecipada de créditos. O Instituto Ubá de Sustentabilidade, que atua nesse segmento, foi um dos participantes do 4º Workshop Mudas Nativas do Estado de São Paulo e 1º Encontro Floresta de Carbono: Caminhos para Sustentabilidade e Rentabilidade, ocorrido em março, em Avaré, SP, e deu uma palestra sobre esse assunto.

A entidade conta com o programa Ana Primavesi, que cria sistemas produtivos sustentáveis e auxilia os proprietários rurais na adequação de suas propriedades de acordo com o Código Florestal, além de proporcionar a venda antecipada de créditos de carbono para grandes empresas, viabilizando a restauração de áreas degradadas em propriedades rurais, sobretudo APPs (áreas de preservação ambiental).

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto:Divulgação Carbonext / Márcio Nagano

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