lavagem ecológica - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br Indústria e Meio Ambiente em Pauta Wed, 15 Jan 2025 13:00:50 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://tecnews.agenciafluence.com.br/wp-content/uploads/2025/08/cropped-TECNEWS-750x123xc-1-32x32.png lavagem ecológica - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br 32 32 Especial Água: um mergulho abrangente nos desafios e soluções para um futuro sustentável https://tecnews.agenciafluence.com.br/especial-agua-um-mergulho-abrangente-nos-desafios-e-solucoes-para-um-futuro-sustentavel/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=especial-agua-um-mergulho-abrangente-nos-desafios-e-solucoes-para-um-futuro-sustentavel https://tecnews.agenciafluence.com.br/especial-agua-um-mergulho-abrangente-nos-desafios-e-solucoes-para-um-futuro-sustentavel/#respond Wed, 15 Jan 2025 13:00:50 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2342 A água, fonte vital para a vida, enfrenta desafios complexos no Brasil e no mundo. Neste especial, exploramos as diversas faces da questão hídrica no país, aprofundando a análise dos desafios, das soluções inovadoras e do papel essencial da tecnologia e da conscientização ambiental na construção de um futuro sustentável. Confira! O Direito à Água: […]

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A água, fonte vital para a vida, enfrenta desafios complexos no Brasil e no mundo. Neste especial, exploramos as diversas faces da questão hídrica no país, aprofundando a análise dos desafios, das soluções inovadoras e do papel essencial da tecnologia e da conscientização ambiental na construção de um futuro sustentável. Confira!

O Direito à Água: Uma Luta por Acesso e Qualidade

Apesar de ser um direito humano fundamental, o acesso à água potável ainda é uma realidade distante para milhões de brasileiros. Segundo Fernando Silva, CEO da PWTECH, “aproximadamente 35 milhões de pessoas no país não têm acesso regular à água tratada”. A falta de água potável, especialmente em áreas rurais e comunidades carentes, impacta a saúde, a educação e a qualidade de vida, perpetuando o ciclo de desigualdade social.

Mas o desafio vai além do acesso: a qualidade da água também é preocupante. A contaminação por agrotóxicos, esgoto e metais pesados coloca em risco a saúde humana e os ecossistemas aquáticos. Dados do Instituto Trata Brasil revelam que doenças de veiculação hídrica, como diarreia e hepatite A, ainda são um problema grave no país, especialmente entre crianças.

Nesse contexto, Fernando Silva destaca que a inovação tecnológica desempenha um papel fundamental. Sistemas de captação de água da chuva, dessalinização com energia solar e poços artesianos com tecnologia de ponta levam água potável a comunidades remotas, transformando vidas. “A PWTECH, por exemplo, desenvolve soluções para purificar água contaminada por arsênio, um problema grave em algumas regiões do país”, informa.

Para ele, é importante que o poder público, em conjunto com a iniciativa privada e a sociedade civil, amplie os investimentos em saneamento básico, garantindo o acesso à água tratada e promovendo a educação ambiental para o uso consciente desse recurso precioso.

Tarifa Social: democratizando o acesso à água

A implementação da Tarifa Social de Água e Esgoto representa um importante passo na democratização do acesso à água para a população de baixa renda. Com descontos de até 50% na conta de água, o programa beneficia famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), em Programas Sociais do Governo Federal e aquelas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Para ter acesso ao benefício, é necessário atender aos critérios de elegibilidade, como possuir renda familiar per capita de até meio salário mínimo e estar com o cadastro atualizado no CadÚnico. A inscrição pode ser feita na prefeitura ou em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

A Tarifa Social, embora seja um avanço social significativo, apresenta desafios para o setor de saneamento. O mecanismo de “subsídio cruzado”, que divide os custos dos descontos entre os demais consumidores, exige atenção das empresas para garantir o reequilíbrio econômico-financeiro, como explica Nathalia Lima Barreto, do escritório Razuk Barreto Valiati.

Um comparativo com a tarifa social de energia elétrica revela que os descontos na conta de água são menores e os critérios de elegibilidade mais restritos. A ampliação do programa e a busca por soluções financeiramente sustentáveis são essenciais para garantir o acesso à água para todos.

Tecnologia e Sustentabilidade: o caso do Projeto Sucuriú

A construção das estações de tratamento de água do Projeto Sucuriú, da Arauco, no Mato Grosso do Sul, é um exemplo de como a tecnologia pode ser utilizada a serviço da sustentabilidade. Liderado pela Passarelli em consórcio com a Enfil, o projeto incorpora tecnologias inovadoras para garantir o uso responsável dos recursos hídricos e a eficiência energética.

A fábrica de celulose, com capacidade para 3,5 milhões de toneladas/ano, utiliza um sistema de gaseificação de biomassa para gerar biocombustível, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis. Além disso, a caldeira de recuperação química, a maior do mundo em capacidade no setor de celulose, recupera energia do processo produtivo, contribuindo para a autossuficiência energética da planta.

O Projeto Sucuriú também se destaca por seu compromisso com a sustentabilidade ambiental e social. A Arauco, primeira empresa florestal globalmente certificada como carbono neutro, possui certificação FSC, que garante a gestão responsável das florestas. O projeto prevê ainda a preservação da biodiversidade local e o monitoramento da fauna e flora.

Além do impacto ambiental positivo, o Projeto Sucuriú impulsiona a economia local, gerando 14 mil empregos na fase de implantação e 6 mil na operação. Espera-se que o projeto contribua para o desenvolvimento da região, com investimentos em infraestrutura, educação e saúde.

Reúso de Água: estratégias para um futuro com água para todos

O reúso de água, processo que trata a água já utilizada para que possa ser novamente aproveitada, desponta como uma solução estratégica para enfrentar a escassez hídrica e garantir a segurança alimentar. Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o reuso contribui para a preservação dos recursos hídricos e a redução da poluição.

Existem diferentes tipos de reuso, cada um com suas aplicações e benefícios. O reúso industrial, por exemplo, permite que as empresas reduzam o consumo de água e os custos com tratamento de efluentes. O reúso agrícola amplia a disponibilidade de água para irrigação, contribuindo para a produção de alimentos. Já o reúso urbano pode ser aplicado na irrigação de jardins, lavagem de ruas e descarga de vasos sanitários.

No Brasil, o reúso ainda enfrenta desafios, como a falta de regulamentação específica e a necessidade de investimentos em infraestrutura. No entanto, existem exemplos de sucesso que inspiram a adoção dessa prática. A cidade de Campinas, por exemplo, reutiliza água tratada na irrigação de parques e jardins, economizando milhões de litros de água potável por ano.

A NeoAcqua, pioneira em soluções para tratamento e reuso de efluentes, contribui para a gestão sustentável do recurso no Brasil. Com projetos inovadores e tecnologias eficientes, a empresa atende a diversos setores, do residencial ao industrial, oferecendo soluções customizadas para o reúso de água.

Ultrafiltração Submersa: tecnologia de ponta para água de qualidade

A ultrafiltração submersa é uma tecnologia avançada que utiliza membranas para filtrar partículas, micro-organismos e impurezas da água, garantindo alta qualidade e segurança. As membranas, submersas diretamente na água a ser tratada, atuam como barreiras físicas, retendo contaminantes e permitindo a passagem apenas da água purificada.

Esse processo é altamente eficiente na remoção de bactérias, vírus, protozoários e partículas suspensas, tornando a água potável e adequada para diversos usos, como consumo humano, processos industriais e irrigação.

Comparada a outros métodos de tratamento de água, a ultrafiltração submersa apresenta vantagens como compactação, eficiência energética e menor necessidade de produtos químicos. Além disso, a tecnologia se adapta a diferentes tipos de água, desde água superficial até efluentes industriais.

A Enfil, com vasta experiência em projetos de grande escala, comprova a eficácia da ultrafiltração submersa em projetos como o da SANASA, onde a tecnologia foi utilizada para tratar efluentes e garantir água de alta qualidade para reuso.

A ultrafiltração submersa tem aplicações inovadoras em diversos setores, como o tratamento de água de piscinas, o reuso do insumo em hospitais e a produção de água potável em residências, contribuindo para a saúde, o meio ambiente e a qualidade de vida.

Lavagem Ecológica de Veículos: pequenas ações, grandes resultados

Com a frota brasileira ultrapassando 115 milhões de veículos, a lavagem ecológica surge como uma alternativa sustentável para economizar água e reduzir o impacto ambiental. Utilizando produtos biodegradáveis e técnicas inovadoras, a lavagem ecológica consome cerca de 95% menos água que a lavagem tradicional, que pode gastar de 200 a 300 litros por lavagem.

A Wash Me, startup especializada em lavagem ecológica, desenvolveu uma técnica que utiliza apenas 250ml de água por lavagem, o equivalente a um copo. Com essa tecnologia, a empresa já economizou mais de 100 milhões de litros de água em serviços para frotas corporativas.

Fernanda Lagrotta, Head de Marketing da Wash Me, destaca a importância de superar a barreira cultural e adotar a lavagem ecológica como prática sustentável. “O custo do produto para lavagem ecológica é muito similar aos tradicionais. Porém, o cliente costuma ter a percepção de que a lavagem a seco é mais cara ou não é tão eficiente quanto utilizar água em abundância”, explica Fernanda.

A lavagem ecológica não só economiza água, mas também reduz a geração de efluentes contaminantes, preservando o meio ambiente. A Wash Me atende grandes empresas como Localiza, Prosegur e Ambev, demonstrando o potencial da lavagem ecológica no mercado B2B.

Schneider Electric e Amigos do Bem: levando água e energia solar para o sertão

A seca é um problema crônico no Nordeste brasileiro, com graves consequências sociais e econômicas. A falta de água afeta a saúde, a educação e a qualidade de vida da população, especialmente nas comunidades mais isoladas. Nesse contexto, iniciativas que levam água e energia para o sertão são essenciais para combater a pobreza e promover o desenvolvimento local.

A Schneider Electric, em parceria com a ONG Amigos do Bem, doou equipamentos para levar água e energia solar a comunidades no sertão de Pernambuco. A iniciativa beneficia cerca de 400 famílias em situação de vulnerabilidade social, garantindo o acesso à água potável e à energia limpa e renovável.

O projeto utiliza painéis solares para alimentar bombas de água que extraem o recurso hídrico de poços profundos, levando água potável para casas, escolas e postos de saúde. Além de garantir o acesso à água, a energia solar permite o desenvolvimento de atividades produtivas, como a agricultura familiar e o artesanato, gerando renda e melhorando a qualidade de vida das comunidades.

A iniciativa da Schneider Electric e Amigos do Bem é um exemplo inspirador de como a tecnologia e a solidariedade podem transformar vidas. A empresa também desenvolve outros projetos que promovem o acesso à energia e a sustentabilidade em comunidades vulneráveis, reafirmando seu compromisso com a responsabilidade social.

Novo Marco Legal do Saneamento: caminhos para a universalização do acesso

O Novo Marco Legal do Saneamento, sancionado em 2020, estabelece metas ambiciosas para a universalização do acesso à água potável e ao esgotamento sanitário até 2033. A meta é atender 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto, levando saúde, dignidade e qualidade de vida para milhões de brasileiros.

Segundo André Ricardo Telles é CEO da Ecosan Sustentabilidade, para alcançar essas metas, o Marco Legal abre caminho para a participação da iniciativa privada no setor de saneamento, incentivando investimentos e a modernização dos serviços. “A expectativa é que a entrada de empresas privadas traga maior eficiência, tecnologia e inovação para o setor, acelerando o processo de universalização do acesso”, salienta.

No entanto, a participação privada também traz desafios, como a necessidade de garantir a regulação adequada do setor para proteger os consumidores e evitar o aumento abusivo das tarifas. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) desempenha um papel fundamental na regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, garantindo o cumprimento das metas e a qualidade dos serviços prestados.

Outro ponto, conforme Telles, é a participação social na formulação e implementação das políticas públicas de saneamento. A inclusão da sociedade civil nos processos de tomada de decisão garante que as necessidades da população sejam atendidas e que os investimentos sejam direcionados para as áreas mais necessitadas.

“O Novo Marco Legal do Saneamento representa um passo importante para garantir o acesso à água e ao esgoto para todos os brasileiros. Com investimentos, tecnologia, regulação eficiente e participação social, o Brasil pode alcançar as metas de universalização e construir um futuro mais justo e sustentável”, finaliza Telles.

Essas iniciativas e muitas outras em andamento no Brasil mostram que a jornada rumo à sustentabilidade hídrica exige ações em múltiplas frentes, desde a garantia do acesso universal à água potável até a adoção de práticas e tecnologias inovadoras para o uso eficiente dos recursos hídricos. A conscientização ambiental, a colaboração entre os setores e o investimento em pesquisa e desenvolvimento são pilares fundamentais para garantir um futuro com água para todos.

 

Fotos: Reprodução/Divulgação

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Higienização de carros também requer colocar na balança os impactos ambientais https://tecnews.agenciafluence.com.br/higienizacao-de-carros-tambem-requer-colocar-na-balanca-os-impactos-ambientais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=higienizacao-de-carros-tambem-requer-colocar-na-balanca-os-impactos-ambientais https://tecnews.agenciafluence.com.br/higienizacao-de-carros-tambem-requer-colocar-na-balanca-os-impactos-ambientais/#respond Fri, 22 Nov 2024 17:00:16 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2117 Antes a higienização dos carros se resumia a fazê-la em dias chuvosos, para aproveitar a água (uma atitude ecológica, diga-se) e isso só acontecia quando escrevia-se no “vidro” do veículo a frase “lava-me, por favor”. Hoje, a chamada estética automotiva cresce: segundo a consultoria Grand ViewResearch, o mercado desses produtos está avaliado em US$ 10,36 […]

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Antes a higienização dos carros se resumia a fazê-la em dias chuvosos, para aproveitar a água (uma atitude ecológica, diga-se) e isso só acontecia quando escrevia-se no “vidro” do veículo a frase “lava-me, por favor”.

Hoje, a chamada estética automotiva cresce: segundo a consultoria Grand ViewResearch, o mercado desses produtos está avaliado em US$ 10,36 bilhões e a previsão é de um crescimento anual de 4,3% até 2028. Contudo, essa busca por deixar a “caranga” bonita não deixa de lado a sustentabilidade.

A procura por limpeza ecológica veicular também está em ascensão e não é para menos: de acordo com uma estimativa realizada pela Wash Me, startup especializada em gestão de lavagem ecológica e estética automotiva para frotas, a média é de duas limpezas por mês. Isso significa, nacionalmente, mais de 2.7 bilhões de lavagens por ano. Trata-se de um uso intensivo de água, visto que cada limpeza pode gastar de 200 a 300 litros.

 

Higienização mais ecológica

 

A WashMe, para tanto, projetou o quanto poderia ser economizado com a aplicação da lavagem ecológica, a partir de uma técnica que utiliza apenas um copo de 250 ml de água. Trata-se de uma economia quase total por processo. Assim, realizando cerca de 24 lavagens por ano, cada veículo gasta 6 mil litros de água durante este período.

“O custo do produto para lavagem ecológica é muito similar aos tradicionais. Porém, o cliente costuma ter a percepção de que a lavagem a seco é mais cara ou não é tão eficiente quanto utilizar água em abundância”, aponta Fernanda Lagrotta, Head de Marketing da startup.

Uma boa prática é da concessionária Águas do Paraíba, uma empresa do Grupo Águas do Brasil, que recentemente foi agraciada, na categoria “Água e Efluentes”, do Prêmio Firjan de Sustentabilidade 2024, em reconhecimento ao seu projeto Gestão Sustentável de Frotas.

Para a limpeza dos veículos, a concessionária utiliza apenas 400 ml de água por carro, o que representa uma economia mensal de 18 mil litros. Houve também uma eliminação total do uso de produtos químicos utilizados, preservando ainda mais o meio ambiente. “Os resultados foram notáveis: as inspeções aumentaram em 78% e a autonomia da frota melhorou em 3%, contribuindo para a diminuição da poluição”, informa nota.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto: Freepik

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