economia circular - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br Indústria e Meio Ambiente em Pauta Thu, 28 Aug 2025 13:00:49 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://tecnews.agenciafluence.com.br/wp-content/uploads/2025/08/cropped-TECNEWS-750x123xc-1-32x32.png economia circular - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br 32 32 Itens de uso único desafiam o ciclo sustentável em toda a sociedade https://tecnews.agenciafluence.com.br/itens-de-uso-unico-desafiam-o-ciclo-sustentavel-em-toda-a-sociedade/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=itens-de-uso-unico-desafiam-o-ciclo-sustentavel-em-toda-a-sociedade https://tecnews.agenciafluence.com.br/itens-de-uso-unico-desafiam-o-ciclo-sustentavel-em-toda-a-sociedade/#respond Thu, 28 Aug 2025 13:00:49 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3509 Você vai ao supermercado para comprar algumas frutas e legumes, pega aqueles sacos de acondicionamento e, na pesagem, é colada uma etiqueta com o valor a ser pago. E, ao chegar em casa, qual o destino final desse saquinho? E a etiqueta? O ciclo sustentável desses produtos é a questão em evidência. Pois os itens […]

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Você vai ao supermercado para comprar algumas frutas e legumes, pega aqueles sacos de acondicionamento e, na pesagem, é colada uma etiqueta com o valor a ser pago. E, ao chegar em casa, qual o destino final desse saquinho? E a etiqueta? O ciclo sustentável desses produtos é a questão em evidência.

Pois os itens de uso único estão na demanda ambiental em todo o globo. Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgados pela National Geographic Brasil, revelam que 98% dos produtos plásticos de uso único são provenientes de combustíveis fósseis, aumentando o impacto sobre a quantidade de emissão de gases de efeito estufa (GEE).

Para estimular soluções e possibilidades, o Idesam, órgão que promove a valorização e o uso sustentável de recursos naturais na Amazônia, está com a Chamada “Elos da Amazônia 2025 – Edição Desafio Industrial: Resíduos de Fitas”, iniciativa da entidade e do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio).

O edital oferece R$ 700 mil para a proposta que tenha em seu DNA a melhor solução que dê um destino mais sustentável aos resíduos sólidos de fitas industriais no Polo Industrial de Manaus. A vencedora também receberá consultorias de estruturação do negócio, acesso a investidores e incubadoras, apoio na preparação de projetos para receber aporte via Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e destaque na vitrine de captação do PPBio por favorecer o ciclo sustentável.

“A lógica da inovação aberta é fundamental nesse processo: a indústria reconhece que não precisa ter todas as respostas dentro de casa, e se abre para soluções externas mais criativas, escaláveis e conectadas ao território”, diz Paulo Simonetti, gerente de Inovação Aberta e ESG do Idesam.

Pesquisa e desenvolvimento para ciclo mais sustentável

Como visto, um grande desafio está nas fitas adesivas, que dependendo dos compostos são consideradas rejeitos e acabam por parar em aterros sanitários. A fim de superar essa demanda, empresas estão se empenhando em pesquisa e desenvolvimento de produtos que sejam menos agressivos para o meio ambiente.

Uma das fabricantes, a 3M, conta com uma Célula de Pesquisa e Desenvolvimento, no Amazonas, para produzir tecnologias de reciclagem de polímeros e aumentar a circularidade dos produtos e processos da companhia, em resposta às demandas regulatórias, sociais e ambientais.

“Apostamos no desenvolvimento de insumos inovadores à base de óleos e fibras naturais que podem ser incorporados em adesivos, fitas, sistemas de polimento, injeção de plástico e embalagens sustentáveis. Nosso objetivo é criar produtos que atendam às demandas de nossos clientes e sejam benéficos ao meio ambiente”, explica Eduardo Araújo, gerente da planta fabril da 3M em Manaus, ao Jornal do Commercio.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Acervo Idesam

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Operadoras ampliam divulgação de circularidade de eletrônicos https://tecnews.agenciafluence.com.br/operadoras-ampliam-divulgacao-de-circularidade-de-eletronicos/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=operadoras-ampliam-divulgacao-de-circularidade-de-eletronicos https://tecnews.agenciafluence.com.br/operadoras-ampliam-divulgacao-de-circularidade-de-eletronicos/#respond Thu, 21 Aug 2025 17:00:25 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3437 Noticiamos aqui no Portal TECNEWS a experiência exitosa de parceria entre entidades de logística reversa e influenciadores para fazer a roda  da circularidade girar a favor da reciclagem de eletrônicos no Brasil. E esse movimento não é à toa: o país ocupa a quinta posição no ranking de mais produzir e-lixo no mundo, segundo a […]

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Noticiamos aqui no Portal TECNEWS a experiência exitosa de parceria entre entidades de logística reversa e influenciadores para fazer a roda  da circularidade girar a favor da reciclagem de eletrônicos no Brasil. E esse movimento não é à toa: o país ocupa a quinta posição no ranking de mais produzir e-lixo no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Na outra ponta, apenas 3% desses resíduos são descartados de forma correta. Pensando na reversão desse quadro a favor da circularidade, operadoras de telefonia se unem a artistas na divulgação e incentivos a reciclagem desses equipamentos. Uma delas é a Vivo, que convidou o seu embaixador, o Dj Alok, a estimular consumidores a descartarem seu lixo eletrônico em uma das urnas disponíveis nas mais de 1,8 mil lojas da marca no Brasil.

Por meio do projeto permanente Vivo Recicle, criado em 2006, qualquer pessoa, cliente ou não da operadora, pode descartar esse material, que é reciclado pela Ambipar, especializada nesse fim, cujos componentes voltam à indústria para serem transformados em matéria-prima na elaboração de novos produtos. “Ao promovermos a reciclagem de eletrônicos, reduzimos o consumo de recursos naturais e evitamos o descarte no meio ambiente”, conta Marina Daineze, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Vivo.

A operadora também realiza ações do tema a estudantes e recupera modens e decodificadores, instalados em comodato na casa dos clientes. Em 2024, foram recondicionados mais de 1,2 milhão destes aparelhos, que retornaram em condições de uso, além de reciclar 97% dos resíduos de suas operações.

Circularidade e reciclagem de controle remoto

Outra empresa que atua nessa temática da circularidade é a Claro, por meio de seu programa Claro Recicla, que também conta com postos de coleta em suas lojas. Em números, coletou 3.825 toneladas de equipamentos residenciais em 2024, entre roteadores, decodificadores, fontes e controles remotos que atingiram o fim do ciclo da vida útil. O que não é totalmente reaproveitado, segue para destinação ambientalmente correta, destaca a operadora.

Falando em controle remoto, parte do plástico de todos os aparelhos coletados pela empresa é reutilizada na fabricação de novos,sendo reinseridos na cadeia de consumo da operadora. Em 2024, foram produzidos 626 mil itens reciclados e houve também um aumento de 3,95% na retirada de equipamentos para circularidade, informa matéria da TeleTime.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Freepik

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Estudo inédito no Brasil quantifica impacto da reciclagem na descarbonização e reforça urgência da economia circular https://tecnews.agenciafluence.com.br/estudo-inedito-no-brasil-quantifica-impacto-da-reciclagem-na-descarbonizacao-e-reforca-urgencia-da-economia-circular/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=estudo-inedito-no-brasil-quantifica-impacto-da-reciclagem-na-descarbonizacao-e-reforca-urgencia-da-economia-circular https://tecnews.agenciafluence.com.br/estudo-inedito-no-brasil-quantifica-impacto-da-reciclagem-na-descarbonizacao-e-reforca-urgencia-da-economia-circular/#respond Wed, 20 Aug 2025 15:00:09 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3457 A Planton, empresa especializada em tecnologia de mensuração de emissões, lança, em parceria com a eureciclo, o estudo “Impactos da Reciclagem na Emissão de Carbono”, iniciativa inédita que quantifica, com metodologia internacional e dados da cadeia de resíduos do Brasil, os benefícios ambientais da reciclagem e o papel estratégico da economia circular na redução de […]

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A Planton, empresa especializada em tecnologia de mensuração de emissões, lança, em parceria com a eureciclo, o estudo “Impactos da Reciclagem na Emissão de Carbono”, iniciativa inédita que quantifica, com metodologia internacional e dados da cadeia de resíduos do Brasil, os benefícios ambientais da reciclagem e o papel estratégico da economia circular na redução de emissões de gases de efeito estufa.

O levantamento, conduzido em 2025, aponta que, em média, a substituição de uma tonelada de material virgem por reciclado evita a emissão de 2,059 toneladas de CO₂ equivalente (tCO₂e). O estudo foi lançado oficialmente em agosto no evento Climate Week em São Paulo.

Como forma de mensurar o impacto da reciclagem na sustentabilidade, atribuindo a gestão de resíduos um importante papel na redução das emissões de gases de efeito estufa, a iniciativa eureciclo e Planton ganha ainda mais relevância em um momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP 30, em novembro de 2025, em Belém do Pará — evento considerado decisivo para o avanço de diretrizes globais que conectem sustentabilidade, economia e justiça social.

“O impacto de financiar um estudo como esse vem da importância que o mercado começa a dar a reciclagem e a gestão dos resíduos industriais e pós consumo para conter impactos ambientais vividos hoje pela sociedade, como é o caso das mudanças climáticas. Materializar e mensurar esses impactos é o que vai possibilitar o olhar de indústrias e de órgãos públicos para o investimento no tema” comenta Rodrigo Palos, diretor comercial da eureciclo.

Destaques do estudo

Realizado com base nas diretrizes internacionais do GHG Protocol e da ISO 14067, o estudo considerou os cenários de uso 100% de matéria-prima virgem versus 100% reciclada. Embora a indústria geralmente trabalhe com combinações, a comparação direta permite mensurar com clareza os benefícios climáticos da reciclagem.

O destaque do levantamento foi o alumínio, cuja reciclagem evita a emissão de até 10,563 tCO₂e por tonelada, principalmente por evitar a etapa altamente emissora de extração da bauxita e o processo eletrointensivo de produção do metal primário. Em seguida aparecem os plásticos (2,128 tCO₂e em média), papel (1,348 tCO₂e), aço/ferro (1,759 tCO₂e) e vidro (0,354 tCO₂e).

O  estudo, portanto, demonstrou que a reciclagem de qualquer um dos materiais – plástico, metal, papel e vidro – evita emissões de CO2 de forma significativa. Para além da cadeia de reciclagem, a utilização de material reciclado nas embalagens e produtos contribui para reduzir a extração e o lixo gerado, sendo uma ação efetiva de descarbonização do Escopo 3 – emissões de carbono que acontecem em decorrência de processos das empresas que não podem ser controlados por elas, que abrangem desde a produção de bens e serviços utilizados pela empresa até o uso e descarte de seus produtos pelos consumidores.

Reciclagem evita emissões e reduz pressão sobre recursos naturais

A análise se concentrou nas etapas de extração da matéria-prima e destinação final dos resíduos, assumindo que as demais fases do ciclo de vida (como uso e fabricação da embalagem) têm emissões equivalentes, independentemente da origem do material. Os dados foram coletados de fontes primárias, como cooperativas de triagem em São Paulo, e secundárias, como a base internacional Ecoinvent 3.10 e os fatores de emissão do 6º Relatório do IPCC (2021).

O estudo também levou em conta as perdas médias nos processos de triagem (23%, segundo a ABREMA), distâncias médias percorridas até o reciclador e o perfil de resíduos recicláveis no Brasil.

“Nosso estudo é primordial para um momento estratégico que o mercado enfrenta, a fim de apoiar marcas que buscam alinhar suas metas de descarbonização com práticas sustentáveis concretas, oferecendo uma base científica, ajustada à realidade brasileira, sobre os benefícios do uso de material reciclado. Os dados refletem o cenário mais atual possível e são fundamentais para decisões mais conscientes e eficazes” afima Raiane Vargas, Diretora de Sustentabilidade da Planton.

Importância estratégica da reciclagem para o clima e a economia circular

Para além das emissões evitadas, a reciclagem gera ganhos importantes em circularidade, prolongando a vida útil dos materiais e reduzindo a necessidade de extração de novos recursos. Essa dinâmica está alinhada aos princípios da economia circular, cada vez mais presente nas agendas corporativas e governamentais, uma vez que a escassez de matéria-prima vem sendo uma preocupação global.

De acordo com a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA), a reciclagem no Brasil atingiu 8,3% do total de resíduos urbanos, incluindo o trabalho de catadores informais. Com o objetivo de ampliar essas taxas, a eureciclo vem trabalhando o PCR – material reciclado pós consumo – para reinserção do material na cadeia e incentivo a reciclagem no país

Para que os benefícios da reciclagem se concretizem em escala, é fundamental fortalecer toda a cadeia envolvida — desde a indústria até os catadores. Nesse sentido, o papel da eureciclo é ser fonte de informação, um agente estruturador das cadeias de reciclagem, e um facilitador no uso de material com conteúdo reciclado através do fornecimento de resina reciclada rastreada e de embalagens finais, em conjunto com uma rede de recicladores e fabricantes de embalagens.

“Nosso compromisso é contribuir com o fortalecimento estrutural do setor, garantindo que mais empresas adotem embalagens mais sustentáveis e que mais materiais sejam efetivamente reciclados, promovendo a economia circular com qualidade e escala. Cada vez mais marcas assumem compromissos fundamentais que incluem a redução da pegada de carbono, e conseguem retorno em reputação e vendas. O consumidor tem um olhar cuidadoso sobre marcas que apoiam ações efetivamente sustentáveis. ”, destaca Tânia Sassioto, diretora de Inovação na eureciclo.

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Economia circular é a chave para a sustentabilidade hídrica https://tecnews.agenciafluence.com.br/economia-circular-e-a-chave-para-a-sustentabilidade-hidrica/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=economia-circular-e-a-chave-para-a-sustentabilidade-hidrica https://tecnews.agenciafluence.com.br/economia-circular-e-a-chave-para-a-sustentabilidade-hidrica/#respond Tue, 22 Jul 2025 13:00:37 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3291 Um estudo da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) mostra que o consumo de água no Brasil deve crescer 24% até 2030, superando 2,5 milhões de litros por segundo, cuja média atual está na casa dos 2 milhões. Seus principais usos estão concentrados no abastecimento humano e animal, indústria de transformação, mineração, termoeletricidade, […]

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Um estudo da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) mostra que o consumo de água no Brasil deve crescer 24% até 2030, superando 2,5 milhões de litros por segundo, cuja média atual está na casa dos 2 milhões. Seus principais usos estão concentrados no abastecimento humano e animal, indústria de transformação, mineração, termoeletricidade, irrigação e evaporação líquida de reservatórios artificiais. Tal cenário mostra que a economia circular veio para ficar.

O cenário, mesmo desafiador, já vislumbra avanços: um deles foi lançamento recente do Caderno Temático “Economia Circular no Saneamento”, pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), do Ministério das Cidades. O documento reúne casos das operadoras como Sabesp, Cagece, BRK e Iguá Saneamento, que reaproveitam de lodo e a geração de biogás e biometano, além de ações de redução de perdas, uso eficiente dos recursos e a apresentação do framework WICER, criado pelo Banco Mundial, que propõe indicadores específicos para medir e orientar a circularidade no setor.

 

Economia circular

A economia circular está cada vez mais destaque. “Esses avanços regulatórios e metodológicos estão criando um ambiente propício para que empreendimentos em saneamento encontrem novas fontes de receita, reduzam custos e se tornem mais resilientes”, avalia Flávia Pedrotti, sócia consultora da Vizca Engenharia e Consultoria e mestra em gestão e regulação de recursos hídricos.

“Estamos observando o uso cada vez mais estratégico de resíduos para geração de biogás e biometano, o reúso da água em processos industriais e agrícolas e a busca por maior eficiência em todo o sistema, com benefícios ambientais e econômicos relevantes”, arremata a gestora.

Redefinição

Para André Ricardo Telles, CEO da Ecosan, empresa de soluções sustentáveis ao tratamento de água e recuperação de efluentes, um dos grandes impulsionadores para redefinir o saneamento perpassa o Marco Legal do Saneamento, despontando oportunidades de curto, médio e longo prazo para acelerar o desenvolvimento sustentável nesse setor. “Os benefícios da economia circular no saneamento vão além da preservação ambiental, pois fomenta o desenvolvimento da economia local, com a criação de empregos verdes, no estímulo à inovação tecnológica e reduz custos para municípios e empresas”, frisa o gestor.

Ele salienta que é preciso o investimento em parcerias e regulamentação para celeridade desse processo: “No entanto, para que essa transformação aconteça em rápida e maior escala, é indispensável fortalecer as parcerias público-privadas, investir em tecnologias disruptivas e implementar políticas públicas que incentivem a adoção de práticas sustentáveis no setor de saneamento”, comenta, ao Fator Brasil.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Freepik

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Avery Dennison lança no Brasil a primeira etiqueta térmica direta, com conteúdo reciclado de resíduo pós-industrial https://tecnews.agenciafluence.com.br/avery-dennison-lanca-no-brasil-a-primeira-etiqueta-termica-direta-com-conteudo-reciclado-de-residuo-pos-industrial/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=avery-dennison-lanca-no-brasil-a-primeira-etiqueta-termica-direta-com-conteudo-reciclado-de-residuo-pos-industrial https://tecnews.agenciafluence.com.br/avery-dennison-lanca-no-brasil-a-primeira-etiqueta-termica-direta-com-conteudo-reciclado-de-residuo-pos-industrial/#respond Fri, 18 Jul 2025 13:00:45 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3281 Com o objetivo de reduzir a quantidade de resíduos e aumentar a circularidade na indústria de embalagens, a Avery Dennison, líder global em ciência de materiais e soluções de identificação digital, apresenta uma novidade em seu portfólio de produtos sustentáveis. De forma pioneira no Brasil, a companhia lança o Fasson® Térmico Dry 10% PIR, a […]

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Com o objetivo de reduzir a quantidade de resíduos e aumentar a circularidade na indústria de embalagens, a Avery Dennison, líder global em ciência de materiais e soluções de identificação digital, apresenta uma novidade em seu portfólio de produtos sustentáveis. De forma pioneira no Brasil, a companhia lança o Fasson® Térmico Dry 10% PIR, a primeira etiqueta térmica direta, composta com 10% de conteúdo reciclado de resíduo pós-industrial.

A solução, desenvolvida pela companhia em parceria com a Oji Papéis Especiais – fornecedora de papéis térmicos – e a Polpel, especialista em reciclagem de liners, é fruto do programa AD Circular, uma iniciativa lançada e gerida pela própria Avery Dennison, voltada à reciclagem e transformação dos resíduos gerados na conversão e aplicação de suas soluções autoadesivas.

 

Etiqueta térmica

De acordo com Renato Rafael, gerente de produtos da Avery Dennison na América Latina, o novo Fasson® Térmico Dry 10% PIR atende especialmente aos segmentos que fazem uso de etiquetas térmicas diretas para precificação, impressão de código de barras e eficiência operacional – a exemplo dos supermercados, empresas e departamentos de logística e e-commerce.

“Juntos, somente esses setores movimentam mais de R$ 2 trilhões por ano, o que demonstra o potencial de consumo brasileiro, tanto de alimentos quanto de outros produtos, principalmente os bens de consumo. Portanto, pensando no reflexo dessas operações, precisamos agir colaborativamente para que as empresas adequem os seus processos com um menor impacto ambiental, ainda mantendo a alta eficiência e praticidade. Esta nova solução vem como uma opção que pode atender esta demanda do mercado”, explica o executivo.

 

Reutilização de materiais

Produzido sem uso de Bisfenol A (BPA-Free), o novo frontal Fasson® Térmico Dry 10% PIR se apresenta como a opção ideal ao priorizar a reutilização de materiais e, ao mesmo tempo, impulsionar a economia circular, devido à sua composição com fibras de papel reciclado, coletados durante o processo de conversão de rótulos e etiquetas das empresas participantes da iniciativa de economia circular da Avery Dennison, o AD Circular.

Oferecido em conjunto com um liner apto para reciclagem, também por meio do AD Circular, o Fasson® Térmico Dry 10% PIR, chancelado pela FSC®, pode ser combinado com os adesivos S2045N ou C2075, ambos certificados pelas instituições PTS (Papiertechnische Stiftung, ou Foundation for Paper Technology) – que garante que o produto é apto para a reciclagem de papel e papelão, podendo a etiqueta permanecer nessas embalagens sem afetar esse processo específico de reciclagem – e Biopreferred, um programa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que valida o uso de conteúdo de base biológica no desenvolvimento do produto.

Foto: Avery Dennison/Divulgação

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Indústrias impulsionam ações voltadas para economia circular e eficiência energética, aponta CNI https://tecnews.agenciafluence.com.br/industrias-impulsionam-acoes-voltadas-para-economia-circular-e-eficiencia-energetica-aponta-cni/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=industrias-impulsionam-acoes-voltadas-para-economia-circular-e-eficiencia-energetica-aponta-cni https://tecnews.agenciafluence.com.br/industrias-impulsionam-acoes-voltadas-para-economia-circular-e-eficiencia-energetica-aponta-cni/#respond Fri, 27 Jun 2025 13:00:15 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3183 Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que seis em cada dez indústrias brasileiras já adotam práticas de economia circular. Para especialistas, a adoção de medidas para eficiência energética é um dos passos para não apenas estar em consonância com o conceito ESG, mas também promover a economia nas operações. Carlos Rubim é […]

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Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que seis em cada dez indústrias brasileiras já adotam práticas de economia circular. Para especialistas, a adoção de medidas para eficiência energética é um dos passos para não apenas estar em consonância com o conceito ESG, mas também promover a economia nas operações.

Carlos Rubim é Product Manager LATAM na Fluke, companhia mundial especializada em ferramentas de teste e medição a diversos segmentos da indústria, recomenda que a combinação de ferramentas de medição e manutenções bem projetadas de equipamentos torna possível identificar onde está o desperdício de energia e como corrigir o problema.

“Quando há manutenção proativa eficaz em uma planta industrial, o consumo de energia é realizado de forma mais eficiente. A produção de equipamentos e a instalação de novos sistemas geram quantidades significativas de emissões de gases de efeito estufa, portanto, minimizar a necessidade de substituições pode fazer uma grande diferença. Também prevê e programa por meio dos ciclos de manutenção, por uma produção mais ágil, zelosa e escalável”, salienta.

Economia circular e menos desperdício

O cenário sobre o tema gera atenção: de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil poderá alcançar 870 TWh no consumo de energia elétrica até 2034.

Um dos setores que está em ascensão e precisa se atentar ao assunto é o de Data Centers, primordial para o segmento tecnológico, o que inclui o uso da Inteligência Artificial (IA). Na outra ponta, as concessionárias de energia se desdobram para viabilizar ações a longo prazo garantindo uma infraestrutura energética capaz de suportar sua escalada tecnológica sem comprometer recursos naturais ou a estabilidade do sistema elétrico.

“O grande desafio está em equilibrar a balança: extrair o máximo da IA deve vir acompanhado de ações que reforcem os pilares do ESG. A verdadeira inovação acontece quando avançamos tecnologicamente enquanto construímos um modelo energético mais limpo, inteligente e resiliente”, comenta André Sih, fundador da Fu2re SmartSolutions e mestre em IA pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), ao Datacenter Dynamics.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Freepik

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Varejo mostra que economia circular e rotulagem inteligente podem reduzir desperdício alimentar https://tecnews.agenciafluence.com.br/varejo-mostra-que-economia-circular-e-rotulagem-inteligente-podem-reduzir-desperdicio-alimentar/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=varejo-mostra-que-economia-circular-e-rotulagem-inteligente-podem-reduzir-desperdicio-alimentar https://tecnews.agenciafluence.com.br/varejo-mostra-que-economia-circular-e-rotulagem-inteligente-podem-reduzir-desperdicio-alimentar/#respond Thu, 26 Jun 2025 13:00:14 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3177 A Fundação Ellen MacArthur em parceria com o Sustainable Food Trust realizou recentemente mais uma edição do desafio global ‘O Grande Redesenho de Alimentos’, que tem em seu escopo convidar empresas, incluindo as de varejo, de todo o mundo a criar ou redesenhar produtos alimentícios usando os princípios da economia circular e rotulagem, com o […]

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A Fundação Ellen MacArthur em parceria com o Sustainable Food Trust realizou recentemente mais uma edição do desafio global ‘O Grande Redesenho de Alimentos’, que tem em seu escopo convidar empresas, incluindo as de varejo, de todo o mundo a criar ou redesenhar produtos alimentícios usando os princípios da economia circular e rotulagem, com o intuito de regenerar a natureza.

No Brasil, os itens estão disponíveis no Grupo Carrefour Brasil e Quitanda, identificados com o selo “Aliado da Natureza”, que envolvem cafés, cacau em pó, leite de castanha, cereal proteico à base de biomassa de aveia, chocolate de mel de cacau, e o blend proteico em pó com ingredientes da floresta amazônica, como o bacuri, taperebá e a castanha-do-Brasil.

Varejo mais sustentável

“As empresas de alimentos mostraram que é possível criar produtos que ajudam a natureza a prosperar. Ao comercializar esses produtos nas suas lojas, o varejo começa a mostrar que é possível colocar a economia circular no dia a dia das pessoas e, com isso, as escolhas dos consumidores e o dinheiro gasto no ato de consumir alimentos pode, de fato, ter um impacto positivo na natureza”, salienta Luisa Santiago, diretora executiva para a Fundação Ellen MacArthur na América Latina.

Ao todo, foram desenvolvidos 141 produtos por 57 empresas, em 12 países. Aqui, 11 empresas chegaram à fase final da jornada, com 23 produtos criados.

Outro ponto importante nessa jornada sustentável está na rotulagem, haja vista que, por muitas vezes, itens são jogados fora por conta da não verificação do prazo de validade, por exemplo. Para se ter uma noção, um relatório divulgado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente mostrou que o mundo desperdiçou mais de 1 bilhão de toneladas de alimentos em 2022, em setores como varejo, serviços e residências.

A adoção de premissas utilizadas, por exemplo, no ramo de restaurantes, como a sigla FIFO (do inglês para “First In, First Out”), ou seja, “o primeiro que entra é o primeiro que sai”, prioriza o consumo ou a venda de itens mais antigos do estoque antes dos mais novos, mitigando prejuízos.

Em artigo para a Forbes, Amanda Poldi, nutricionista, mestre em educação e líder nesse tema, argumenta que a rotulagem, especialmente sobre datas de validade, pode representar uma ferramenta importante nesse esforço.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação / Fundação Ellen MacArthur / Sherlock Communications

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Debate aborda Economia Circular e mostra oportunidades para novo modelo econômico global https://tecnews.agenciafluence.com.br/debate-aborda-economia-circular-e-mostra-oportunidades-para-novo-modelo-economico-global/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=debate-aborda-economia-circular-e-mostra-oportunidades-para-novo-modelo-economico-global https://tecnews.agenciafluence.com.br/debate-aborda-economia-circular-e-mostra-oportunidades-para-novo-modelo-economico-global/#respond Wed, 28 May 2025 15:00:59 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3060 A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reafirmou seu papel de vanguarda na promoção da economia circular no Brasil durante a reunião virtual do Grupo Desensus, realizada em 22 de maio. A engenheira Anícia Pio, gerente do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp, proferiu a palestra “Economia Circular: as oportunidades de transição para um […]

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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reafirmou seu papel de vanguarda na promoção da economia circular no Brasil durante a reunião virtual do Grupo Desensus, realizada em 22 de maio. A engenheira Anícia Pio, gerente do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp, proferiu a palestra “Economia Circular: as oportunidades de transição para um novo modelo econômico”, sendo muito elogiada por sua expertise e engajamento neste tema. A engenheira sublinhou a importância de transcender o conceito de reciclagem, impulsionando a inovação e a colaboração para a construção de uma economia mais resiliente e inclusiva.

O Grupo Desensus, formado por 40 membros com experiência em diversas áreas ambientais e que já foram integrantes do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Fiesp, tem como objetivo central contribuir para a solução de questões ambientais urgentes no país. Na abertura do evento, o coordenador do Desensus, Eduardo San Martin, destacou a relevância do debate sobre Economia Circular nesta reunião. “Para esse mês, a grande maioria dos integrantes do Grupo Desensus escolheu economia circular e, coincidentemente, nós tivemos um evento muito relevante, o Fórum Mundial de Economia Circular (WCEF), que aconteceu de 13 a 16 de maio, no Parque do Ibirapuera, na capital paulista. O evento é uma iniciativa do Fundo Finlandês de Inovação Sitra, organizado em conjunto com Fiesp, o Senai-SP, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Senai Nacional, no qual a Anícia Pio teve um papel fundamental, então, certamente, ela nos brindará com grandes informações sobre esse tema, que é um dos mais importantes da atualidade: a economia circular”, pontuou San Martin.

 

Transição atende novo modelo econômico global

 

Na sequência, Anícia iniciou sua palestra enfatizando que a economia circular vai muito além da simples reciclagem, representando uma mudança sistêmica nas relações de produção e consumo. “O objetivo central é dissociar a produção de bens da dependência excessiva de recursos naturais e minerais finitos. Para a Fiesp, isso se traduz em redução do consumo de energia e água, menor uso de matéria-prima, diminuição de resíduos e desperdícios, e a retenção de valor ao longo de toda a cadeia produtiva”, informou.

A palestrante ressaltou a urgência dessa transição, mencionando a crescente escassez de recursos como a água, um insumo essencial para a indústria. A descarbonização da economia e a busca por novas matrizes energéticas também foram apontadas como pilares dessa mudança, exigindo uma visão colaborativa e inclusiva. A formalização da cadeia de reciclagem foi citada como um desafio de grande monta, essencial para garantir a segurança jurídica e impulsionar os índices de reaproveitamento de materiais no país. Anícia Pio exemplificou a amplitude do conceito ao abordar a mobilidade circular (com o desafio do pós-uso de baterias em veículos elétricos) e a construção civil (com a necessidade de reduzir as emissões de carbono em materiais como cimento e vidro).

Segundo Anícia Pio, a Fiesp e diversos atores envolvidos com o tema em nível nacional, têm atuado ativamente na construção de um arcabouço legal e institucional favorável à economia circular. A especialista destacou diversas iniciativas e avanços importantes:

  • Normas ISO 59.000: o Brasil coordenou a comissão que resultou na publicação dessas normas internacionais, um guia prático para a implementação da economia circular.
  • Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): em vigor desde 2010, estabelece a obrigatoriedade da logística reversa para produtos e embalagens.
  • Decretos Setoriais: a palestrante mencionou o recente decreto do vidro, que estabelece metas para a incorporação de material reciclado em novos produtos, e a expectativa para o decreto de plásticos, com objetivos semelhantes.
  • Projeto de Lei 1874/2022: proposto pela CNI, da qual a Fiesp faz parte, este PL visa estabelecer a Política Nacional de Economia Circular em âmbito nacional. Já aprovado no Senado, aguarda tramitação na Câmara dos Deputados.
  • Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda: lançado em dezembro de 2023, o plano possui um eixo específico de economia circular, com ações para ampliação da coleta seletiva e financiamento de iniciativas.
  • Nova Indústria Brasil (NIB) do MIDIC: o plano para a reindustrialização sustentável do país, lançado em janeiro de 2024, incorpora a economia circular em suas missões de infraestrutura, saneamento, moradia, mobilidade sustentável, e bioeconomia, descarbonização e transição energética.
  • Estratégia Nacional de Economia Circular: um decreto federal lançado em junho, que visa incentivar a transição do modelo linear para o circular, oferecendo incentivos e promovendo a articulação entre as cadeias produtivas.
  • Plano Nacional de Economia Circular: lançado durante o Fórum em maio, pela Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, este plano apresenta cinco eixos estratégicos, 18 objetivos e mais de 70 ações para os próximos 10 anos, incluindo incentivos financeiros.

Fórum Mundial de Economia Circular: um marco para o Brasil

Anícia Pio compartilhou a relevância do Fórum Mundial de Economia Circular 2025, que o Brasil sediou após um ano de preparação intensa. O evento, que reuniu 156 representantes de diversos países e 1.200 participantes presenciais, teve como objetivo elevar o patamar do tema no Brasil e desmistificar a ideia de que a economia circular se resume apenas à reciclagem.

“O fórum destacou pilares fundamentais, como o papel do setor financeiro, a relação entre economia circular e descarbonização (com a COP30 como pano de fundo), o comércio exterior (com o Brasil buscando ser um ator mais relevante na cadeia de valor, e não apenas fornecedor de commodities), e o desenvolvimento sustentável impulsionado pela economia circular”, elencou Anícia.

A palestrante apresentou exemplos concretos de como a economia circular está sendo aplicada no Brasil. Conforme ela, na busca por um futuro mais sustentável, a economia circular se manifesta em diversas frentes, indo muito além da reciclagem. “O Design Circular é fundamental, como exemplificado pelo `Cazoolo´ da Braskem e o livro de Design Circular do Senai, que priorizam a otimização do uso de matéria-prima e o pós-uso dos produtos desde sua concepção”, comentou.

Segundo Anícia Pio, observa-se também a crescente adoção do Produto como Serviço, um modelo de negócio em que empresas vendem a função, e não o item em si (como filtros de água ou iluminação), incentivando o prolongamento da vida útil dos equipamentos e sua reinserção na cadeia produtiva.

“Outro conceito que também ganha destaque é a Simbiose Industrial, que transforma resíduos de uma empresa em matéria-prima para outra, o que otimiza recursos e reduz o descarte”, explicou.

Anícia destacou que o setor também está sendo impulsionado por Tecnologias Inovadoras, com um número crescente de startups dedicadas a soluções de economia circular, demonstrando o vasto potencial de inovação.

Para ela, a Eficiência Energética e Energias Renováveis são pilares da Economia Circular, com a busca por fontes alternativas como a eólica e a solar, além da integração de sistemas de refrigeração e aquecimento, representando vastas oportunidades para a indústria.

“O Prolongamento da Vida Útil e Remanufatura se mostram essenciais, com a retomada de atividades de reparo e recondicionamento de produtos, evitando o descarte. Por fim, a Recuperação de Valor reflete uma mudança de paradigma, em que o que antes era resíduo é agora visto como subproduto, com novas classificações na ABNT, evidenciando o potencial de valor intrínseco aos materiais”, demonstrou a gerente do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp.

Ela informou ainda que a Fiesp lançou um e-book com 50 melhores práticas de economia circular no Brasil, resultado de uma chamada pública que mapeou mais de 275 iniciativas em diversos setores. O material, disponível para download gratuito, serve como inspiração e guia para empresas que buscam adotar esses novos modelos.

O Fórum Mundial, com suas sessões plenárias e 12 sessões paralelas, abordou temas como natureza (biocombustíveis, floresta em pé, segurança hídrica e alimentar), materiais (mineração e mobilidade urbana), negócios (o papel das pequenas empresas) e pessoas (informalidade na reciclagem e capacitação profissional – reskilling e greenskilling). “A iniciativa de traduzir o fórum para três idiomas (inglês, português e espanhol) demonstrou o compromisso da Fiesp em promover a inclusão e a colaboração internacional”, frisou Anícia Pio.

Ao final da apresentação, os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar o debate, por meio de uma sessão interativa de perguntas e respostas com Anícia Pio, que esclareceu dúvidas e compartilhou informações adicionais com o público.

Debate virtual com Anícia Pio e integrantes do Grupo Desensus

 

Foto da abertura: Freepik

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Gestão de resíduos urbanos é ponto chave na transição para a economia circular https://tecnews.agenciafluence.com.br/gestao-de-residuos-urbanos-e-ponto-chave-na-transicao-para-a-economia-circular/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=gestao-de-residuos-urbanos-e-ponto-chave-na-transicao-para-a-economia-circular https://tecnews.agenciafluence.com.br/gestao-de-residuos-urbanos-e-ponto-chave-na-transicao-para-a-economia-circular/#respond Tue, 27 May 2025 17:00:00 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3046 Já falamos aqui sobre bons exemplos de como a economia circular está mudando não apenas os hábitos de consumo das pessoas, como o reaproveitamento de peças de vestuário ou mesmo optar por itens que sejam menos poluentes. Isso também espraia na gestão de resíduos urbanos, tornando-se como um modelo sustentável capaz de gerar impactos econômicos […]

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Já falamos aqui sobre bons exemplos de como a economia circular está mudando não apenas os hábitos de consumo das pessoas, como o reaproveitamento de peças de vestuário ou mesmo optar por itens que sejam menos poluentes. Isso também espraia na gestão de resíduos urbanos, tornando-se como um modelo sustentável capaz de gerar impactos econômicos e ambientais positivos. Para a transição em prol da economia circular dar certo a gestão dos resíduos é apontada com um dos pontos chaves.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), a economia circular pode gerar 7 milhões de empregos no Brasil até 2030, entretanto, os desafios ainda são enormes, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apenas 8% dos resíduos urbanos são reciclados, porém 88% dos brasileiros adotam práticas sustentáveis, como, por exemplo, a compostagem.

 

Transição para economia circular

 

“A transição para esse modelo requer o engajamento de diversos atores, incluindo governos, empresas e sociedade civil. Políticas públicas que incentivem práticas sustentáveis, investimentos em infraestrutura adequada e programas de educação ambiental são fundamentais para viabilizar essa mudança”, salienta Victor Azevedo, Head ofGrowth da Contelurb, empresa focada no uso de contêineres e soluções otimizadas para a coleta de resíduos.

O especialista reforça a importância da coleta seletiva e logística reversa, pois permitem que materiais recicláveis sejam reintegrados à cadeia produtiva, diminuindo a necessidade de extração de novos recursos.

 

Certificação

 

No caso das empresas, o emprego de certificações também é um estímulo para fazer essa roda, literalmente, circular, como o Certificado de Crédito de Reciclagem (CCR). Essa ação permite que empresas financiem a reciclagem de uma quantidade equivalente aos resíduos que geram, contribuindo para a cadeia de coleta e processamento de materiais recicláveis.

Rodrigo Palos, Diretor de Novos Negócios da certificadoraeureciclo, ao Terra, afirma que a economia circular no Brasil só avançará com o engajamento de empresas e consumidores. “A reciclagem de materiais como vidro e alumínio pode reduzir em até 80% as emissões de CO₂ quando comparada à produção de material virgem. Aumentar os índices de reciclagem não só preserva os recursos naturais, mas também impulsiona a geração de empregos e fomenta a inovação no setor de resíduos, fortalecendo um mercado mais sustentável e responsável”, diz.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Reprodução/PixaBay/ArtemPodrez

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6 a cada 10 indústrias no Brasil adotam práticas de economia circular https://tecnews.agenciafluence.com.br/6-a-cada-10-industrias-no-brasil-adotam-praticas-de-economia-circular/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=6-a-cada-10-industrias-no-brasil-adotam-praticas-de-economia-circular https://tecnews.agenciafluence.com.br/6-a-cada-10-industrias-no-brasil-adotam-praticas-de-economia-circular/#respond Wed, 14 May 2025 15:00:31 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2981 Seis em cada dez indústrias brasileiras adotam práticas de economia circular, segundo sondagem especial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre os principais benefícios percebidos pelas empresas estão a redução de custos, o fortalecimento da imagem corporativa e o estímulo à inovação (veja mais abaixo). O levantamento ouviu 1.708 empresas das indústrias extrativa, de transformação e […]

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Seis em cada dez indústrias brasileiras adotam práticas de economia circular, segundo sondagem especial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre os principais benefícios percebidos pelas empresas estão a redução de custos, o fortalecimento da imagem corporativa e o estímulo à inovação (veja mais abaixo). O levantamento ouviu 1.708 empresas das indústrias extrativa, de transformação e da construção civil, entre 3 e 13 de fevereiro de 2025.

A sondagem detalhou quais são as práticas circulares mais adotadas pelas indústrias brasileiras. A ação mais frequente é a reciclagem de produtos, presente em um terço das empresas. Em seguida, aparecem o uso de matéria-prima secundária nos processos produtivos (30%) e o desenvolvimento de produtos com foco na durabilidade (29%).

 

Nível de circularidade varia entre setores industriais

 

Os dados mostram a presença da circularidade nas estratégias industriais em diferentes setores, muitos com níveis altos de adoção de práticas. Como de calçados, por exemplo, em que 86% das empresas afirmam adotar medidas circulares. Biocombustíveis (82%), equipamentos eletrônicos e veículos (ambos com 81%), coque e derivados de petróleo (80%) e celulose e papel (79%) também aparecem com altas proporções. Por outro lado, setores como o farmacêutico (33%), construção civil (39% a 42%) e impressão (40%) apresentam índices mais baixos.

“A indústria, por seu perfil tão diverso, apresenta diferentes níveis de adoção da circularidade entre os setores. Os dados nos ajudam a identificar quais setores têm mais desafios e quais já incorporaram as práticas para que possamos discutir políticas adequadas para a maior disseminação da economia circular, considerando as diferenças de complexidade nas cadeias produtivas dos setores. Entendemos que o tema é peça-chave para o alcance das metas climáticas e para o desenvolvimento sustentável”, afirma Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais da CNI.

Os resultados do levantamento serão apresentados durante a nona edição do Fórum Mundial de Economia Circular, que ocorrerá de 13 a 16 de maio, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O evento é promovido pelo Fundo de Inovação da Finlândia, Sitra, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

Muniz destaca ainda que o Fórum Mundial de Economia Circular prepara o terreno para as contribuições da indústria brasileira na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). “A realização do evento em SP é um passo importante para posicionar a circularidade como um eixo estratégico nas discussões da COP30. O evento permite antecipar soluções que integram inovação, competitividade e compromisso climático”, completa

 

Custos, reputação e inovação são vantagens mais citadas em prol da economia circular

 

Para 35% das empresas consultadas, a principal vantagem associada à economia circular é a redução de custos operacionais. A melhoria da imagem corporativa (32%) e o estímulo à inovação (30%) também foram apontados como benefícios relevantes.

Além de ganhos econômicos diretos, como a diminuição de gastos com insumos e energia, a economia circular também é destacada por estudos como um modelo de criação de valor.

A consultoria McKinsey estima que práticas circulares podem reduzir custos de produção em até 20% e elevar a receita em até 15%. Já a Accenture projeta que modelos circulares podem movimentar até US$ 4,5 trilhões até 2030. No Brasil, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o compartilhamento de paletes entre distribuidores e varejistas apontou redução de até 38% nos custos operacionais.

“A indústria brasileira tem se engajado ativamente na transição para uma economia circular. Estamos contribuindo com propostas para a Estratégia Nacional de Economia Circular e demonstrando, na prática, como esse modelo pode gerar ganhos ambientais, econômicos e sociais. A economia circular é um pilar estratégico para a competitividade do setor industrial e para o desenvolvimento sustentável do país”, destaca Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI.

 

Cultura, financiamento e inovação são os principais desafios mapeados na prática da economia circular

 

Embora 62% das indústrias adotem ao menos uma prática de economia circular, a sondagem mapeou  desafios que ainda limitam o avanço das iniciativas.

Entre os aspectos culturais e educacionais, 43% das indústrias afirmam não conseguir identificar quais fatores representam barreiras à circularidade. Entre aquelas que conseguem, 25% apontam a falta de conscientização dos consumidores e 23% mencionam a ausência de estratégias para engajá-los.

Do ponto de vista econômico, a taxa de juros de financiamento foi o fator mais citado, apontado por 22% das empresas como principal obstáculo. A limitação da oferta de soluções circulares economicamente viáveis (20%) e a percepção de que há baixa demanda por esses produtos e serviços (19%) também aparecem como entraves.

No campo tecnológico, 30% das empresas destacam a viabilidade econômica das tecnologias como o principal desafio. A ausência de mão de obra qualificada aparece na sequência (26%), seguida pela baixa colaboração entre empresas e instituições de ciência e tecnologia (23%). A pesquisa ainda revelou diferenças importantes entre os portes de empresa: nas pequenas, a falta de mão de obra tem peso maior, enquanto nas grandes, os desafios se concentram em investimento e inovação.

 

Demanda por regulamentações mais simples e articuladas

 

As regulamentações em vigor também são apontadas como fatores que influenciam a adoção de práticas circulares. No caso das normas tributárias, 45% das empresas consideram que a atual estrutura dificulta a implementação da economia circular. Para as regulamentações econômicas, esse percentual é de 40%.

Questionadas sobre medidas prioritárias que o governo poderia adotar no campo regulatório, 53% das empresas sugerem a simplificação das normas. A convergência entre regulamentações federais, estaduais e municipais é citada por 31% dos respondentes, enquanto 23% defendem o alinhamento entre diferentes tipos de regulação — como as ambientais, sanitárias e tributárias.

 

Contexto global

 

O avanço de práticas industriais mais eficientes é considerado essencial diante dos desafios globais. Segundo o Global Resources Outlook 2024, a extração de recursos naturais triplicou desde 1970, saltando de 30 para 106 bilhões de toneladas. Sem ações estruturais, esse número pode aumentar 60% até 2060. A expectativa é que o consumo global de materiais, como biomassa, combustíveis fósseis, metais e minerais, dobre nos próximos 40 anos, enquanto a geração anual de resíduos aumente 70% até 2050.

A economia circular propõe uma abordagem sistêmica para reduzir o uso de recursos, minimizar resíduos e regenerar sistemas naturais. No contexto industrial, isso se traduz em práticas voltadas à retenção de valor dos materiais, reaproveitamento de insumos e redesenho dos processos produtivos.

 

Histórico de pesquisa em economia circular

 

Em 2024, a CNI realizou uma consulta com 253 indústrias de transformação e da construção civil sobre economia circular na qual 85% declararam adotar práticas de economia circular.

Por diferença de escopo e metodologia, no entanto, os dados de 2024 e 2025 não podem ser comparados. Além do número menor de empresas participantes, a sondagem de 2024 apresentou uma lista mais ampla de exemplos de práticas circulares.

A sondagem atual priorizou práticas de economia circular com maior grau de maturidade. Nesta edição, foram consultadas 1.411 empresas das indústrias extrativa e de transformação — sendo 573 pequenas, 504 médias e 334 grandes —, além de 297 empresas da construção civil.

 

Agenda institucional

 

A CNI atua para fomentar a adoção da economia circular no país. A instituição lidera o grupo de trabalho responsável por propor um ambiente normativo favorável à circularidade, um dos cinco eixos estruturantes do Plano Nacional de Economia Circular (Planec), aprovado pelo governo federal na última quinta-feira (8 de maio).

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