Uma delas é a Sallve Cosméticos, que tem em seu DNA o uso de ativos de origem vegetal. Recentemente, a marca se uniu ao Cazoolo, Lab de design de embalagens circulares da Braskem, no Circular Design Sprint, programa que tem como objetivo o desenvolvimento de embalagens de reuso com refil.

Cosméticos sustentáveis

“O objetivo do Lab, por meio do programa Circular Design Sprint, é auxiliar os brandowners a solucionar os desafios em relação à otimização das embalagens plásticas e agregar mais sustentabilidade para elas. Tudo isso equilibrando custo, sustentabilidade e experiência de consumo dos cosméticos”, afirma André Giglio, especialista em desenvolvimento de embalagens do Cazoolo.

A ação conta com dinâmicas de cocriação para que alcancem melhores soluções e protótipos que serão testados e aprovados para disponibilizar no mercado. “Nossa marca está acostumada a cocriar produtos, mas não embalagens novas. É muito gratificante chegar em uma solução que realmente resolva as necessidades de nossos consumidores, e que pode beneficiar também o mercado de cosméticos de maneira mais ampla”, afirma Leandro Gusmão de Menezes, Head de Marketing da Sallve.

 Entrega de embalagens

Uma das empresas que realiza a logística reversa de seus cosméticos é a Simple Organic, que conta atualmente com 29 lojas no país, sendo considerada a maior rede de franquias do segmento. Os produtos têm uma pegada natural, vegana, livre de crueldade animal e sem gênero.

Quem passa pelas lojas da marca pode deixar as embalagens vazias, que são destinadas corretamente a centros de reciclagem locais. Em contrapartida, recebe um cupom de desconto para a próxima compra. Além de fidelizar, a ação da empresa reforça o compromisso em neutralizar 100% do impacto gerado por esses invólucros.

Recentemente, a Simple Organic inaugurou uma loja em Belo Horizonte, MG, que também está em fase de implantação desse sistema. “A loja Simple em BH demonstra não apenas um movimento de crescimento, mas também um reconhecimento da importância do mercado local e seu potencial para impulsionar o sucesso da marca”, comenta Patrícia Lima, fundadora e CEO da companhia, ao O Tempo.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: divulgação

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“Ainda não temos uma solução para substituirmos totalmente o plástico, por isso precisamos encontrar maneiras de coletar os materiais que são destinados ao aterro sanitário e dar um jeito de reciclá-los”, diz Carly Snider, gerente de programa da Pact, ao FastCompany Brasil. A organização internacional sem fins lucrativos conseguiu reunir 150 marcas que se comprometeram a compartilhar e buscar soluções para sanar tal demanda.

Ações no setor da beleza

Representantes de todo o mundo se reuniram de 23 a 29 de abril para falar da redução da poluição plástica no globo, em Otawa, Canadá, na quarta Sessão do Comitê Intergovernamental de Negociação (INC-4), criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2022, cujo objetivo está em chegar a um Tratado Global do Plástico até o final de 2024.

Atenta às questões ligadas ao tema, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) promoveu um webinar, em maio, com a participação de Fabrício Soler, advogado e sócio da S2F Partners. “O Brasil tem se mostrado comprometido com o Tratado Global, e defende a tomada de decisões baseada em dados concretos, ciência, transparência em uma eventual regulamentação sobre o uso dos plásticos, além da priorização da participação ativa de cooperativas de catadores”, informa Soler, que esteve presente em Otawa.

Fábio Brasiliano, diretor de Desenvolvimento Sustentável da ABIHPEC, que mediou o webinar, frisa que a entidade segue atuando por meio de grupos de trabalho sobre mudanças climáticas, biodiversidade e economia circular, reforçando o compromisso com práticas sustentáveis e responsáveis e se antecipando às tendências globais.

“As ações do setor brasileiro de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos já são um exemplo de pioneirismo, com destaque para o programa de logística reversa Mãos Pro Futuro, que em 2023 ultrapassou 1 milhão de toneladas de resíduos sólidos pós consumo recuperados desde sua implementação, em 2006. O programa coordenado pela ABIHPEC conta com 200 organizações de catadores, englobando mais de 6 mil catadores”, informa Brasiliano.

Lançamentos atmosféricos ligados a processos industriais, importância do ecodesign de produtos, a gestão de resíduos pós consumo, e definição de plásticos problemáticos evitáveis, assim como, o conceito de responsabilidade estendida de produtores e fabricantes são também debates recorrentes nestes e outras articulações do setor, em prol de uma cadeia produtiva mais sustentável e efetiva para tal feito.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Reprodução/Polen

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