conscientização - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br Indústria e Meio Ambiente em Pauta Mon, 24 Mar 2025 13:00:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://tecnews.agenciafluence.com.br/wp-content/uploads/2025/08/cropped-TECNEWS-750x123xc-1-32x32.png conscientização - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br 32 32 Dia Mundial da Água: estudo revela o alarmante desperdício no país https://tecnews.agenciafluence.com.br/dia-mundial-da-agua-estudo-revela-o-alarmante-desperdicio-no-pais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=dia-mundial-da-agua-estudo-revela-o-alarmante-desperdicio-no-pais https://tecnews.agenciafluence.com.br/dia-mundial-da-agua-estudo-revela-o-alarmante-desperdicio-no-pais/#respond Mon, 24 Mar 2025 13:00:37 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2707 Uma pesquisa do Instituto Trata Brasil (ITB) descortina uma triste realidade quando assunto é água: com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o estudo relevou que a água potável perdida em diversas operações abasteceria toda população do Rio Grande do Sul, ou seja 10,6 milhões de pessoas, por no mínimo […]

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Uma pesquisa do Instituto Trata Brasil (ITB) descortina uma triste realidade quando assunto é água: com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o estudo relevou que a água potável perdida em diversas operações abasteceria toda população do Rio Grande do Sul, ou seja 10,6 milhões de pessoas, por no mínimo cinco anos. Fazendo um recorte, a região Norte lidera o desperdício com 46,94%, seguido do Nordeste com 46,67% e o Sudeste tem a menor taxa de falha nas operações, com 33,90%.

O 22 de março lembra o Dia Mundial da Água, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) justamente com o objetivo de conscientizar a população a respeito desse recurso, nos leva à reflexão ao reportar que ao menos 4,5 bilhões de pessoas não dispõem de saneamento seguro e 2,1 bilhões de habitantes no mundo não têm acesso à água potável em suas casas.

 

Combate ao desperdício

 

O combate ao desperdício de água perpassa a um conceito muito importante: a educação e iniciativas são essenciais para a preservação desse recurso essencial, literalmente. Para Yuri Verçosa, CEO e fundador da Foz Sustentável, empresa de projetos de sustentabilidade lucrativos sobre o problema do desperdício de água no Brasil, repensar o consumo da água aliada à tecnologia é o diferencial.

“Adotando boas práticas como fechar as torneiras sempre após o uso, além de ser processo simples, no final faz a diferença. Um sistema de controle hídrico, por exemplo, usa Inteligência Artificial (IA)para checar o consumo com mais precisão. Já as inspeções periódicas com a instalação de monitoramento remoto detectam vazamentos antes que gerem prejuízo. Torneiras temporizadas, chuveiros inteligentes, sistema em descargas de caixas acopladas e bloqueadores de ar, são dispositivos que ajustam automaticamente o fluxo de água para evitar desperdícios e diminuir significativamente as contas de água”, frisa o gestor.

 

Campanhas educativas

 

As organizações também realizam campanhas educativas com esse propósito. As empresas Águas de Camboriú, Águas de Bombinhas, Águas de Penha, Águas de São Francisco do Sul e Águas de Palhoça contam com um robusto sistema de monitoramento, cuja média de perdas gira em torno de 17,6%, número abaixo da média nacional (38% segundo a Trata Brasil). Mantidas pela Aegea em Santa Catarina, realizam uma série de atividades socioambientais, como mutirão de limpeza, instalação de ecopontos de coleta de óleo em escolas e o Portas Abertas, em que estudantes conhecem as atividades dessas operações.

“Nossa atuação em atividades socioambientais reforçam o compromisso com o desenvolvimento da região. É também um momento oportuno para pensar nos cuidados com os rios, fundamentais para o abastecimento e a manutenção econômica e turística”, completa Reginalva Mureb, presidente da Aegea.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Freepik

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Especial Água: um mergulho abrangente nos desafios e soluções para um futuro sustentável https://tecnews.agenciafluence.com.br/especial-agua-um-mergulho-abrangente-nos-desafios-e-solucoes-para-um-futuro-sustentavel/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=especial-agua-um-mergulho-abrangente-nos-desafios-e-solucoes-para-um-futuro-sustentavel https://tecnews.agenciafluence.com.br/especial-agua-um-mergulho-abrangente-nos-desafios-e-solucoes-para-um-futuro-sustentavel/#respond Wed, 15 Jan 2025 13:00:50 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2342 A água, fonte vital para a vida, enfrenta desafios complexos no Brasil e no mundo. Neste especial, exploramos as diversas faces da questão hídrica no país, aprofundando a análise dos desafios, das soluções inovadoras e do papel essencial da tecnologia e da conscientização ambiental na construção de um futuro sustentável. Confira! O Direito à Água: […]

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A água, fonte vital para a vida, enfrenta desafios complexos no Brasil e no mundo. Neste especial, exploramos as diversas faces da questão hídrica no país, aprofundando a análise dos desafios, das soluções inovadoras e do papel essencial da tecnologia e da conscientização ambiental na construção de um futuro sustentável. Confira!

O Direito à Água: Uma Luta por Acesso e Qualidade

Apesar de ser um direito humano fundamental, o acesso à água potável ainda é uma realidade distante para milhões de brasileiros. Segundo Fernando Silva, CEO da PWTECH, “aproximadamente 35 milhões de pessoas no país não têm acesso regular à água tratada”. A falta de água potável, especialmente em áreas rurais e comunidades carentes, impacta a saúde, a educação e a qualidade de vida, perpetuando o ciclo de desigualdade social.

Mas o desafio vai além do acesso: a qualidade da água também é preocupante. A contaminação por agrotóxicos, esgoto e metais pesados coloca em risco a saúde humana e os ecossistemas aquáticos. Dados do Instituto Trata Brasil revelam que doenças de veiculação hídrica, como diarreia e hepatite A, ainda são um problema grave no país, especialmente entre crianças.

Nesse contexto, Fernando Silva destaca que a inovação tecnológica desempenha um papel fundamental. Sistemas de captação de água da chuva, dessalinização com energia solar e poços artesianos com tecnologia de ponta levam água potável a comunidades remotas, transformando vidas. “A PWTECH, por exemplo, desenvolve soluções para purificar água contaminada por arsênio, um problema grave em algumas regiões do país”, informa.

Para ele, é importante que o poder público, em conjunto com a iniciativa privada e a sociedade civil, amplie os investimentos em saneamento básico, garantindo o acesso à água tratada e promovendo a educação ambiental para o uso consciente desse recurso precioso.

Tarifa Social: democratizando o acesso à água

A implementação da Tarifa Social de Água e Esgoto representa um importante passo na democratização do acesso à água para a população de baixa renda. Com descontos de até 50% na conta de água, o programa beneficia famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), em Programas Sociais do Governo Federal e aquelas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Para ter acesso ao benefício, é necessário atender aos critérios de elegibilidade, como possuir renda familiar per capita de até meio salário mínimo e estar com o cadastro atualizado no CadÚnico. A inscrição pode ser feita na prefeitura ou em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

A Tarifa Social, embora seja um avanço social significativo, apresenta desafios para o setor de saneamento. O mecanismo de “subsídio cruzado”, que divide os custos dos descontos entre os demais consumidores, exige atenção das empresas para garantir o reequilíbrio econômico-financeiro, como explica Nathalia Lima Barreto, do escritório Razuk Barreto Valiati.

Um comparativo com a tarifa social de energia elétrica revela que os descontos na conta de água são menores e os critérios de elegibilidade mais restritos. A ampliação do programa e a busca por soluções financeiramente sustentáveis são essenciais para garantir o acesso à água para todos.

Tecnologia e Sustentabilidade: o caso do Projeto Sucuriú

A construção das estações de tratamento de água do Projeto Sucuriú, da Arauco, no Mato Grosso do Sul, é um exemplo de como a tecnologia pode ser utilizada a serviço da sustentabilidade. Liderado pela Passarelli em consórcio com a Enfil, o projeto incorpora tecnologias inovadoras para garantir o uso responsável dos recursos hídricos e a eficiência energética.

A fábrica de celulose, com capacidade para 3,5 milhões de toneladas/ano, utiliza um sistema de gaseificação de biomassa para gerar biocombustível, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis. Além disso, a caldeira de recuperação química, a maior do mundo em capacidade no setor de celulose, recupera energia do processo produtivo, contribuindo para a autossuficiência energética da planta.

O Projeto Sucuriú também se destaca por seu compromisso com a sustentabilidade ambiental e social. A Arauco, primeira empresa florestal globalmente certificada como carbono neutro, possui certificação FSC, que garante a gestão responsável das florestas. O projeto prevê ainda a preservação da biodiversidade local e o monitoramento da fauna e flora.

Além do impacto ambiental positivo, o Projeto Sucuriú impulsiona a economia local, gerando 14 mil empregos na fase de implantação e 6 mil na operação. Espera-se que o projeto contribua para o desenvolvimento da região, com investimentos em infraestrutura, educação e saúde.

Reúso de Água: estratégias para um futuro com água para todos

O reúso de água, processo que trata a água já utilizada para que possa ser novamente aproveitada, desponta como uma solução estratégica para enfrentar a escassez hídrica e garantir a segurança alimentar. Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o reuso contribui para a preservação dos recursos hídricos e a redução da poluição.

Existem diferentes tipos de reuso, cada um com suas aplicações e benefícios. O reúso industrial, por exemplo, permite que as empresas reduzam o consumo de água e os custos com tratamento de efluentes. O reúso agrícola amplia a disponibilidade de água para irrigação, contribuindo para a produção de alimentos. Já o reúso urbano pode ser aplicado na irrigação de jardins, lavagem de ruas e descarga de vasos sanitários.

No Brasil, o reúso ainda enfrenta desafios, como a falta de regulamentação específica e a necessidade de investimentos em infraestrutura. No entanto, existem exemplos de sucesso que inspiram a adoção dessa prática. A cidade de Campinas, por exemplo, reutiliza água tratada na irrigação de parques e jardins, economizando milhões de litros de água potável por ano.

A NeoAcqua, pioneira em soluções para tratamento e reuso de efluentes, contribui para a gestão sustentável do recurso no Brasil. Com projetos inovadores e tecnologias eficientes, a empresa atende a diversos setores, do residencial ao industrial, oferecendo soluções customizadas para o reúso de água.

Ultrafiltração Submersa: tecnologia de ponta para água de qualidade

A ultrafiltração submersa é uma tecnologia avançada que utiliza membranas para filtrar partículas, micro-organismos e impurezas da água, garantindo alta qualidade e segurança. As membranas, submersas diretamente na água a ser tratada, atuam como barreiras físicas, retendo contaminantes e permitindo a passagem apenas da água purificada.

Esse processo é altamente eficiente na remoção de bactérias, vírus, protozoários e partículas suspensas, tornando a água potável e adequada para diversos usos, como consumo humano, processos industriais e irrigação.

Comparada a outros métodos de tratamento de água, a ultrafiltração submersa apresenta vantagens como compactação, eficiência energética e menor necessidade de produtos químicos. Além disso, a tecnologia se adapta a diferentes tipos de água, desde água superficial até efluentes industriais.

A Enfil, com vasta experiência em projetos de grande escala, comprova a eficácia da ultrafiltração submersa em projetos como o da SANASA, onde a tecnologia foi utilizada para tratar efluentes e garantir água de alta qualidade para reuso.

A ultrafiltração submersa tem aplicações inovadoras em diversos setores, como o tratamento de água de piscinas, o reuso do insumo em hospitais e a produção de água potável em residências, contribuindo para a saúde, o meio ambiente e a qualidade de vida.

Lavagem Ecológica de Veículos: pequenas ações, grandes resultados

Com a frota brasileira ultrapassando 115 milhões de veículos, a lavagem ecológica surge como uma alternativa sustentável para economizar água e reduzir o impacto ambiental. Utilizando produtos biodegradáveis e técnicas inovadoras, a lavagem ecológica consome cerca de 95% menos água que a lavagem tradicional, que pode gastar de 200 a 300 litros por lavagem.

A Wash Me, startup especializada em lavagem ecológica, desenvolveu uma técnica que utiliza apenas 250ml de água por lavagem, o equivalente a um copo. Com essa tecnologia, a empresa já economizou mais de 100 milhões de litros de água em serviços para frotas corporativas.

Fernanda Lagrotta, Head de Marketing da Wash Me, destaca a importância de superar a barreira cultural e adotar a lavagem ecológica como prática sustentável. “O custo do produto para lavagem ecológica é muito similar aos tradicionais. Porém, o cliente costuma ter a percepção de que a lavagem a seco é mais cara ou não é tão eficiente quanto utilizar água em abundância”, explica Fernanda.

A lavagem ecológica não só economiza água, mas também reduz a geração de efluentes contaminantes, preservando o meio ambiente. A Wash Me atende grandes empresas como Localiza, Prosegur e Ambev, demonstrando o potencial da lavagem ecológica no mercado B2B.

Schneider Electric e Amigos do Bem: levando água e energia solar para o sertão

A seca é um problema crônico no Nordeste brasileiro, com graves consequências sociais e econômicas. A falta de água afeta a saúde, a educação e a qualidade de vida da população, especialmente nas comunidades mais isoladas. Nesse contexto, iniciativas que levam água e energia para o sertão são essenciais para combater a pobreza e promover o desenvolvimento local.

A Schneider Electric, em parceria com a ONG Amigos do Bem, doou equipamentos para levar água e energia solar a comunidades no sertão de Pernambuco. A iniciativa beneficia cerca de 400 famílias em situação de vulnerabilidade social, garantindo o acesso à água potável e à energia limpa e renovável.

O projeto utiliza painéis solares para alimentar bombas de água que extraem o recurso hídrico de poços profundos, levando água potável para casas, escolas e postos de saúde. Além de garantir o acesso à água, a energia solar permite o desenvolvimento de atividades produtivas, como a agricultura familiar e o artesanato, gerando renda e melhorando a qualidade de vida das comunidades.

A iniciativa da Schneider Electric e Amigos do Bem é um exemplo inspirador de como a tecnologia e a solidariedade podem transformar vidas. A empresa também desenvolve outros projetos que promovem o acesso à energia e a sustentabilidade em comunidades vulneráveis, reafirmando seu compromisso com a responsabilidade social.

Novo Marco Legal do Saneamento: caminhos para a universalização do acesso

O Novo Marco Legal do Saneamento, sancionado em 2020, estabelece metas ambiciosas para a universalização do acesso à água potável e ao esgotamento sanitário até 2033. A meta é atender 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto, levando saúde, dignidade e qualidade de vida para milhões de brasileiros.

Segundo André Ricardo Telles é CEO da Ecosan Sustentabilidade, para alcançar essas metas, o Marco Legal abre caminho para a participação da iniciativa privada no setor de saneamento, incentivando investimentos e a modernização dos serviços. “A expectativa é que a entrada de empresas privadas traga maior eficiência, tecnologia e inovação para o setor, acelerando o processo de universalização do acesso”, salienta.

No entanto, a participação privada também traz desafios, como a necessidade de garantir a regulação adequada do setor para proteger os consumidores e evitar o aumento abusivo das tarifas. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) desempenha um papel fundamental na regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, garantindo o cumprimento das metas e a qualidade dos serviços prestados.

Outro ponto, conforme Telles, é a participação social na formulação e implementação das políticas públicas de saneamento. A inclusão da sociedade civil nos processos de tomada de decisão garante que as necessidades da população sejam atendidas e que os investimentos sejam direcionados para as áreas mais necessitadas.

“O Novo Marco Legal do Saneamento representa um passo importante para garantir o acesso à água e ao esgoto para todos os brasileiros. Com investimentos, tecnologia, regulação eficiente e participação social, o Brasil pode alcançar as metas de universalização e construir um futuro mais justo e sustentável”, finaliza Telles.

Essas iniciativas e muitas outras em andamento no Brasil mostram que a jornada rumo à sustentabilidade hídrica exige ações em múltiplas frentes, desde a garantia do acesso universal à água potável até a adoção de práticas e tecnologias inovadoras para o uso eficiente dos recursos hídricos. A conscientização ambiental, a colaboração entre os setores e o investimento em pesquisa e desenvolvimento são pilares fundamentais para garantir um futuro com água para todos.

 

Fotos: Reprodução/Divulgação

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O 5 de junho marca o Dia Mundial do Meio Ambiente, cuja data remete à Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1972 na Suécia, cujo tema central foi o Ambiente Humano. Hoje, mesmo com os avanços que a humanidade se empenha, o cenário desse chamado “progresso” trouxe inúmeras consequências que estão levando a um estado de extremos ambientais, prejudicando, inclusive, a nossa própria morada, o planeta.

“Temos o maior ‘ar condicionado natural’ que é a Amazônia, porém estamos a tornando uma fonte de carbono, aumentando a sua temperatura e desequilibrando esse processo”. Essas palavras foram proferidas por Luciana Gatti, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), durante a 74ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em 2022.

 

Dia Mundial do Meio Ambiente

 

O momento pede urgência e as soluções para que os impactos ambientais em biomas como a Amazônia, citada pela pesquisadora, estão nas mãos de todos, o que inclui as dos setores do empresariado desse segmento tão rico que é o da Sustentabilidade.

Confira neste artigo algumas iniciativas em prol do meio ambiente.

 

Startups

 

A busca por soluções mais sustentáveis para os mais variados setores da economia está impulsionando o desenvolvimento das startups segmentadas ao meio ambiente. “A agenda de sustentabilidade deixou de ser opcional e passou a ser obrigatória em qualquer organização. Porém, muitas não possuem os recursos necessários para inovar na velocidade que o planeta pede, e mesmo aquelas que possuem, geralmente não contam com o conhecimento preciso para isso. É importante que elas se aliem às startups, que estão utilizando tecnologias avançadas para desenvolver soluções que ajudam a manter o planeta mais limpo e sustentável”, analisa Guilherme Massa, co-fundador da Liga Ventures, rede de inovação aberta da América Latina, que conecta startups e grandes empresas para geração de negócios.

Alinhada à essa rede está a Wylinka, organização sem fins lucrativos que há mais de uma década atua com o propósito transformar o conhecimento científico em inovações por meio de projetos de aceleração e gestão da inovação de base científica, apoiando, por exemplo, o desenvolvimento socioambiental na Amazônia. Em números, são mais de 9 mil pessoas capacitadas, 190 instituições apoiadas, 3.222 soluções de base tecnológica, mais de mil tecnologias mapeadas e 3.184 atores e parceiros do ecossistema mobilizados.

Mais um case é da Carbono 14, desenvolvedorade um produto para o controle do Coral-Sol, utilizando seu esqueleto calcário como matéria-prima na produção de sementeiras com o objetivo de cultivar corais nativos para restaurar recifes de coral e é acelerada pelo InovAtiva de Impacto Socioambiental.

Outras startups aceleradas pelo InovAtiva são a Green-C,que tem como missão expandir as oportunidades comerciais na Amazônia, envolvendo comunidades rurais e marcas locais e colaborando na restauração de ecossistemas, oferecendo conexões de mercado para clientes individuais, varejistas, distribuidores e atacadistas; a Infinito Mare, desenvolvedorada “Caravela”, Solução Baseada na Natureza (SbN), que utiliza algas nativas para monitorar e despoluir enquanto estimula a captação de carbonoda atmosfera; e oSistema de Informação do Modelo Florestal (SIMF),  fundado no parque tecnológico do Porto Digital em Recife e que apresenta uma linha de produtos de apoio às atividades na área de gestão ambiental, coletando informações sobre zonas de preservação, como foco na Inteligência Artificial e no aprendizado de máquina (machine learning).

 

Inteligência Artificial

 

Por falar na Inteligência Artificial (IA), tendência tecnológica mais utilizada no mundo atual, estudo recente da PwC em parceria com a Microsoft mostrou que o mercado de aplicações ambientais com IA alcançará até US$ 5,2 trilhões, e tem a capacidade de salvar 32 milhões de hectares de florestas, auxiliando na redução de emissões de carbono em 2,4 milhões de toneladas.

“Estamos observando um apelo crescente por práticas mais verdes e soluções empresariais mais sustentáveis em todo o mundo, à medida que cada um de nós se torna mais consciente dos desafios que as mudanças climáticas trazem”, comenta Alex Ganshin, CEO da Meteum solução climática e de tempo com IA que fornece previsões hiperlocais e dados confiáveis ​​para uso pessoal e profissional.

O gestor explica que a relevância da IA e do Aprendizado de máquina, técnicas utilizadas pela Meteum, faz com que a capacidade de análise seja meticulosa dos dados climáticos, prevendo padrões climáticos em rápida mudança, eventos extremos e mudanças climáticas de longo prazo. Com isso, as empresas, independentemente de seu porte, possamter as informações necessárias para otimizar o uso de recursos essenciais, bem como planejar rotas logísticas e reagir a eventos anteriormente imprevisíveis e ainda se planejar para a diminuição significativa na pegada de carbono associada às operações.

“A integração desta tecnologia não significa apenas melhoria operacional, mas também um compromisso tangível com a sustentabilidade ambiental, impulsionando uma mudança concreta em direção a práticas mais responsáveis e ecologicamente corretas”, frisa Ganshin.

Outro exemplo é a SAS, especialista em IA e analytics, quese uniu ao InternationalInstitute for Applied Systems Analysis (IIASA), em 2020, para recrutar voluntários online que ajudassem a identificar áreas de desmatamento no Brasil em mais de 90 mil imagens de satélite. Em dois anos, mais de 1 milhão de quilômetros quadrados da Amazônia foram classificados com sucesso, com participantes de mais de 130 países. O resultado foi um conjunto de modelos de IA treinados para monitorar novas áreas de forma autônoma e detectar o desmatamento com mais de 90% de precisão.

 

Humanidades

 

Um exemplo forte e recente das consequências da crise climática é sentido no Rio Grande do Sul, cujas cheias devastaram cidades inteiras. Na outra ponta, um contingente de mobilizações e busca por soluções demonstram que ainda é possível encontrar oportunidades para reverter tal quadro.

Uma delas é promoção de ações artísticas. A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), realizou no Dia Mundial do Meio Ambiente, um concerto com repertório que evocou a natureza e a consciência ambiental, apresentação na Sala São Paulo e transmitido ao vivo no YouTube da Orquestra. Toda a renda foi integralmente revertida para a para a Associação dos Funcionários da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (AFFOSPA), e teve obras de BedrichSmetana (O Moldávia, mesmo nome do rio que corta a terra natal do compositor), Heitor Villa-Lobos (o Prelúdio das Bachianas Brasileiras nº 4) e AntonínDvórak (a emocionante Sinfonia nº 9 – Do Novo Mundo) no programa e regência do maestro José Soares.

Outro meio que também pode ser ambientalmente respeitoso é o do trabalho e emprego. As formas de se manter mudaram fortemente, em especial no período de restrições impostas pela Covid-19. Uma delas foi a ascensão do modelo híbrido, ou seja, em que os funcionários dividem a jornada alternando idas ao escritório e ficando em casa.E para fomentar mais atitudes sustentáveis, as organizações articulam estratégias em reduzir o consumo de energia e diminuir sua pegada de carbono.

Segundo pesquisa recente do International Workplace Group(IWG), especialista global em espaços de trabalho flexíveis, juntamente com a Mortar Research com 511 líderes empresariais no Reino Unido, mostrou que as empresas que implementaram tal sistema conseguiram cortar o consumo de energia em até 20%, e quase 84% afirmaram também que o trabalho híbrido foi fundamental para a redução da pegada de carbono.

“O trabalho híbrido é uma das principais megatendências deste ano em 2024 e o formato traz benefícios significativos para o meio ambiente e também para os colaboradores. Para as empresas, além da economia nos custos de transporte dos funcionários, destaca-se também as medidas ESG, pela redução das emissões de poluentes resultantes do deslocamento da equipe”, destaca Tiago Alves, CEO do IWG no Brasil.

No mundo, mais de 80% da energia ainda é gerada a partir de combustíveis fósseis, tornando essas iniciativas de redução de energia e emissões de carbono ainda mais necessárias para o combate às mudanças climáticas, releva o estudo. “O trabalho híbrido surge como uma solução às empresas que buscam reduzir seu impacto ambiental e promover práticas mais flexíveis e eficientes”, conclui Alves.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação/GettyImages

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