carbono - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br Indústria e Meio Ambiente em Pauta Fri, 23 May 2025 13:00:36 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://tecnews.agenciafluence.com.br/wp-content/uploads/2025/08/cropped-TECNEWS-750x123xc-1-32x32.png carbono - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br 32 32 Mercado de energia elétrica impulsiona investimentos em renováveis https://tecnews.agenciafluence.com.br/mercado-de-energia-eletrica-impulsiona-investimentos-em-renovaveis/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=mercado-de-energia-eletrica-impulsiona-investimentos-em-renovaveis https://tecnews.agenciafluence.com.br/mercado-de-energia-eletrica-impulsiona-investimentos-em-renovaveis/#respond Fri, 23 May 2025 13:00:36 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3032 A busca não apenas pela economia, mas em consumir de forma ambientalmente responsável está levando a uma mudança significativa nos critérios utilizados por consumidores e investidores na avaliação de projetos de autoprodução de energia renovável e contratos de compra e venda de longo prazo, os chamados Power Purchase Agreements (PPAs). Esse movimento também trouxe outros […]

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A busca não apenas pela economia, mas em consumir de forma ambientalmente responsável está levando a uma mudança significativa nos critérios utilizados por consumidores e investidores na avaliação de projetos de autoprodução de energia renovável e contratos de compra e venda de longo prazo, os chamados Power Purchase Agreements (PPAs).

Esse movimento também trouxe outros fenômenos, como o curtailment (redução forçada da geração devido a limitações de escoamento na rede de transmissão), modulação horária e o deslocamento de preços. “Notamos que os critérios para avaliação de projetos renováveis estão mudando profundamente. Empresas que desejam manter sua competitividade precisarão rever suas estratégias, identificando regiões e soluções capazes de mitigar esses impactos”, analisa André Fonseca, Managing Director da Thymos Capital, assessoria financeira e estratégica dedicada a cadeia do setor elétrico.

 

Armazenamento de energia

 

Segundo a empresa, mesmo com esses desafios às empresas, existem oportunidades para se antecipar aos riscos, com alternativas como a diversificação de portfólios de geração e o uso de baterias para armazenamento de energia. Os consumidores, por sua vez, estão mais criteriosos na seleção de fornecedores, priorizando geradores com maior solidez financeira e portfólios mais diversificados.

“O setor não vai parar, mas os investimentos seguirão um novo caminho, com mais complexidade e exigência de planejamento estratégico”, arremata Fonseca, da empresa integrante do Grupo Thymos Energia, consultoria em gestão de energia.

 

Armazenamento de carbono

 

Essa procura por alternativas resulta em soluções inovadoras, uma delas é a descarbonização na produção de bioenergia atrelada à captura e armazenamento de carbono, conhecida pela sigla BECCS. Um estudo da CCS Brasil, associação do setor, apontou que o país pode capturar 200 milhões de toneladas de CO2/ano e quase 40 milhões de toneladas aplicadas por meio desse processo, rendendo em torno de US$3,8 bilhões por ano ao país.

“O Brasil possui um dos maiores potenciais para BECCS do mundo, dada sua participação no mercado de etanol, além da capacidade ainda pouco explorada para produção de biogás. É preciso que haja um estímulo por parte das agências reguladoras para solidificação da regulação da captura e armazenamento de carbono”, afirma Isabela Morbach, advogada e cofundadora da CCS Brasil.

Um exemplo é o da empresa FS Bionergia, que criou uma planta industrial em Lucas do Rio Verde, MT, para produção de etanol com BECCS. A expectativa é evitar o lançamento de 423 mil toneladas de CO2 por ano pela operação e, posteriormente, em todas as unidades industriais, culminando na remoção de 1,8 milhão CO2t/ano.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto: Divulgação – FS Bioenergia

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Descarbonização da indústria é essencial no combate às mudanças climáticas https://tecnews.agenciafluence.com.br/descarbonizacao-da-industria-e-essencial-no-combate-as-mudancas-climaticas/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=descarbonizacao-da-industria-e-essencial-no-combate-as-mudancas-climaticas https://tecnews.agenciafluence.com.br/descarbonizacao-da-industria-e-essencial-no-combate-as-mudancas-climaticas/#respond Mon, 28 Apr 2025 21:00:51 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2894 Um novo marco na conscientização nacional sobre a crise climática está em tramitação no Senado: o Dia Nacional para a Ação Climática, que poderá ser celebrado anualmente em 27 de abril, caso o Projeto de Lei 2.215/2024, seja aprovado. A proposta prevê iniciativas educativas nas escolas voltadas à conscientização sobre prevenção, mitigação e resposta a […]

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Um novo marco na conscientização nacional sobre a crise climática está em tramitação no Senado: o Dia Nacional para a Ação Climática, que poderá ser celebrado anualmente em 27 de abril, caso o Projeto de Lei 2.215/2024, seja aprovado. A proposta prevê iniciativas educativas nas escolas voltadas à conscientização sobre prevenção, mitigação e resposta a eventos climáticos extremos. Entre as estratégias fundamentais para enfrentar os impactos das mudanças climáticas está a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), e a descarbonização da indústria surge como uma das principais aliadas no combate ao aquecimento global. Em 2025, o Brasil se posiciona no centro do debate global sobre mudanças climáticas e redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), evidenciando a urgência de iniciativas concretas para mitigar os impactos ambientais.

As emissões de gases de efeito estufa (GEE) figuram entre os principais vetores do agravamento das mudanças climáticas em escala global. De acordo com dados do Climate Watch, em 2022 o Brasil ocupou a sexta posição no ranking dos maiores emissores de GEE do mundo. O setor industrial foi responsável por 154 milhões de toneladas de CO2 emitidos em 2023, segundo dados do Observatório do Clima de 2023 e do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Deste montante, a energia térmica foi responsável por, pelo menos, metade das emissões totais do setor, segundo levantamento dos mesmos estudos.

 

Combate às mudanças climáticas

 

O cenário internacional também é preocupante. O mais recente relatório do Global Carbon Budget, apresentado durante a COP29, estima que as emissões globais de CO₂ devem alcançar 41,6 bilhões de toneladas em 2024 – um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. A queima de combustíveis fósseis permanece sendo apontada como a principal responsável, respondendo por cerca de 90% das emissões.

Nesse contexto, a transição da matriz energética industrial para fontes renováveis desponta como uma estratégia essencial. A substituição da energia térmica fóssil por alternativas sustentáveis, como a biomassa, representa uma solução eficaz para a redução das emissões.  No Brasil, a ComBio se destaca como a principal empresa de fornecimento de energia térmica renovável. Na prática, a Combio constrói, dentro da fábrica do cliente, um novo sistema de produção de vapor, substituindo a queima de combustíveis fósseis, por renováveis. Desde o início de sua operação, a empresa já evitou mais de 3,4 milhões de toneladas de CO2, e atualmente, evita que mais de 665 mil toneladas sejam liberadas por ano na atmosfera, o que equivale a 17 dias de emissões de CO2 de toda a cidade de São Paulo.

“Falar sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa é fundamental no enfrentamento das mudanças climáticas. A indústria possui um grande potencial para a transição da sua matriz energética, e a biomassa, amplamente disponível em todo o território nacional, deve ser considerada como uma solução estratégica”, afirma Camilla Albani, Diretora de Sustentabilidade, Gente, Gestão e Comunicação da ComBio.

Além de contribuir para o combate à crise climática, a adoção de fontes renováveis também prepara o setor industrial para atender às exigências do futuro. Aprovada em 11 de dezembro de 2024, a Lei nº 15.042 criou o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) com a finalidade de controlar, monitorar e reduzir emissões de carbono no Brasil. A transição para energias limpas é, portanto, não apenas uma ação ambientalmente responsável, mas também um diferencial competitivo para a indústria brasileira.

Foto: ComBio/Divulgação

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Fiesp, SENAI-SP e Sebrae-SP promove iniciativa voltada para consultoria e projetos de descarbonização https://tecnews.agenciafluence.com.br/fiesp-senai-sp-e-sebrae-sp-promove-iniciativa-voltada-para-consultoria-e-projetos-de-descarbonizacao/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=fiesp-senai-sp-e-sebrae-sp-promove-iniciativa-voltada-para-consultoria-e-projetos-de-descarbonizacao https://tecnews.agenciafluence.com.br/fiesp-senai-sp-e-sebrae-sp-promove-iniciativa-voltada-para-consultoria-e-projetos-de-descarbonizacao/#respond Tue, 22 Apr 2025 17:00:37 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2858 Jornada de Descarbonização. Este é o nome da ação desenvolvida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial em São Paulo (SENAI-SP) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em São Paulo (Sebrae-SP), lançada recentemente e consiste em realizar consultorias e projetos estruturados em seis […]

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Jornada de Descarbonização. Este é o nome da ação desenvolvida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial em São Paulo (SENAI-SP) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em São Paulo (Sebrae-SP), lançada recentemente e consiste em realizar consultorias e projetos estruturados em seis etapas, que visam à redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE): diagnóstico, gestão de dados, inventário de GEE, otimização de processos, plano de redução e implementação.

O momento global por atividades mais resilientes é evidente: até 2035, o Brasil se compromete a reduzir as emissões entre 59% e 67% em relação a 2005, conforme sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) na COP29. Já em São Paulo, o objetivo é alcançar a neutralidade de carbono até 2050, de acordo com o compromisso firmado na campanha Raceto Zero, da Organização das Nações Unidas (ONU).

 Voltado a todos os tipos de indústrias e gratuita, essa trilha é destinada aos com faturamento anual bruto de até R$ 8 milhões, e conta com plataforma online de cursos, acessada neste link.

 

Sorocaba na Jornada da Descarbonização

 

A cidade de Sorocaba recebeu em abril uma das etapas, que contou com 120 empresários no auditório do SENAI regional para palestras e rodas de conversa, bem como conhecer cases de sucesso e as mudanças positivas promovidas pela aplicabilidade da Jornada de Descarbonização.

Uma das falas foi sobre marcos regulatórios e competitividade. Para Ricardo Terra, diretor regional do SENAI-SP, o país está em vantagem frente a outras nações. “Questões regulatórias estão postas. Deixamos de ter apenas barreiras alfandegárias para também termos as barreiras de efeito estufa;também temos as questões mercadológicas. Há uma pressão social para redução de emissões e as empresas de capital aberto já estão sentindo a mudança, impactando também na cadeia de fornecedores. O dilema é: como as empresas de menor porte vão conseguir participar dessa mudança? Por isso que estruturamos a Jornada”, comenta.

 

Unidade móvel

 

Além as consultorias, a ação estaciona nas regiões onde realiza atividades presenciais a Escola Móvel de Economia Circular do SENAI-SP, com foco em capacitar e levar conhecimento sobre o tema.Os visitantes têm a oportunidade de participar de uma aula imersiva sobre os principais conceitos da economia circular, propondo uma reflexão sobre como repensar produtos e serviços em seus negócios em consonância com o conceito ESG, desde o projeto até a revisão de modelos.

“Vivemos um momento em que os países estão intensificando os esforços para mitigar as emissões de gases para atender aos acordos internacionais e rumo a economia de baixo carbono. Devemos utilizar as ferramentas disponíveis para acompanhar as tendências mundiais e tornar a indústria paulista cada vez mais competitiva”, destaca Paulo Henrique Schoueri, diretor titular do Departamento de Desenvolvimento Intersindical e vice-presidente da Fiesp.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Fotos: Camilla Carvalho – FIESP/SESI/SENAI/CIESP/CCF

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Mercado de carbono no Brasil: Uma nova era para o agronegócio https://tecnews.agenciafluence.com.br/mercado-de-carbono-no-brasil-uma-nova-era-para-o-agronegocio/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=mercado-de-carbono-no-brasil-uma-nova-era-para-o-agronegocio https://tecnews.agenciafluence.com.br/mercado-de-carbono-no-brasil-uma-nova-era-para-o-agronegocio/#respond Thu, 03 Apr 2025 13:00:31 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2762 Por Ivan Pinheiro   A recente aprovação da Lei de nº 15.042/2024, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, representa um marco significativo para a sustentabilidade no país. Com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), o Brasil se posiciona como protagonista no cenário global de […]

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Por Ivan Pinheiro

 

A recente aprovação da Lei de nº 15.042/2024, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, representa um marco significativo para a sustentabilidade no país. Com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), o Brasil se posiciona como protagonista no cenário global de combate às mudanças climáticas, promovendo um ambiente propício para a inovação e a geração de novas fontes de receita.

Um dos pilares dessa nova legislação é a Lei do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), sancionada em 2021, que permite aos proprietários rurais serem remunerados por manter áreas de preservação em suas propriedades. O Código Florestal Brasileiro já estabelece que os produtores rurais devem manter uma porcentagem de suas terras como áreas de preservação permanente e reservas legais, variando de 20% a 80% da propriedade, dependendo da região. Com a implementação da PSA, essas áreas, antes vistas apenas como passivos ambientais, podem se transformar em ativos financeiros por meio da comercialização de créditos de carbono.

Com essas duas legislações – SBCE e PSA -, o Brasil estabelece um mercado regulado onde as emissões de gases de efeito estufa (GEE) podem ser monitoradas e comercializadas. Isso significa que, produtores rurais que mantêm suas reservas legais e geram créditos de carbono, podem vender esses créditos a empresas que buscam compensar suas emissões. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61% das propriedades rurais no Brasil possuem áreas destinadas à preservação, o que representa um potencial significativo para a geração de créditos de carbono.

 

Regulamentação do Mercado de Carbono

 

A monetização das reservas legais e áreas de preservação permanente não apenas recompensa os produtores por seus esforços de conservação, mas também incentiva a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis. Isso contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa e fortalece a imagem do agronegócio brasileiro como líder em sustentabilidade. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o mercado de carbono tem o potencial de gerar R$ 50 bilhões de receita adicional para os produtores até 2030.

Além disso, há empresas especializadas imprescindíveis nesse processo, auxiliando os produtores na quantificação do estoque de carbono em suas propriedades, na certificação desses créditos e na intermediação da venda no mercado. São plataformas desenvolvidas para oferecer suporte na implementação de estratégias que promovem a sustentabilidade nas fazendas, como a recuperação de áreas degradadas, o plantio de florestas comerciais e a adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

A regulamentação do mercado de carbono no Brasil é uma resposta às exigências globais por ações climáticas e uma oportunidade para o agronegócio brasileiro. Com a implementação da SBCE e o fortalecimento da lei do PSA, o país tem a chance de liderar um movimento em direção à sustentabilidade econômica e ambiental.

A combinação das reservas legais com a possibilidade de comercialização dos créditos de carbono cria um ciclo onde todos ganham: o meio ambiente é protegido, os agricultores são recompensados por suas práticas sustentáveis e o Brasil se posiciona como um líder em soluções climáticas inovadoras. O futuro do agronegócio brasileiro está intrinsecamente ligado à sua capacidade de se adaptar e prosperar dentro desse novo paradigma econômico sustentável.

Ivan Pinheiro

Criador do aplicativo Carbono Neutro e diretor da RDG Ecofinance

Foto: FreePik

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Iniciativa inédita apoia a estruturação do mercado de carbono no Brasil https://tecnews.agenciafluence.com.br/iniciativa-inedita-apoia-a-estruturacao-do-mercado-de-carbono-no-brasil/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=iniciativa-inedita-apoia-a-estruturacao-do-mercado-de-carbono-no-brasil https://tecnews.agenciafluence.com.br/iniciativa-inedita-apoia-a-estruturacao-do-mercado-de-carbono-no-brasil/#respond Wed, 19 Mar 2025 15:00:47 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2703 A ICC Brasil (Câmara de Comércio Internacional) e a WayCarbon desenvolveram o primeiro relatório técnico que é parte da iniciativa “Suporte ao Governo Federal por meio da análise de um framework do mercado de Carbono no Brasil”. Iniciada em outubro de 2023, a iniciativa é financiada pelo UK PACT Brasil com o objetivo de apoiar o […]

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A ICC Brasil (Câmara de Comércio Internacional) e a WayCarbon desenvolveram o primeiro relatório técnico que é parte da iniciativa “Suporte ao Governo Federal por meio da análise de um framework do mercado de Carbono no Brasil”. Iniciada em outubro de 2023, a iniciativa é financiada pelo UK PACT Brasil com o objetivo de apoiar o trabalho da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (SEV/MDIC) no levantamento de subsídios que apoiem o processo de tomada de decisão a respeito de aspectos da regulamentação Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE).

O primeiro relatório técnico tem como objetivo compreender os melhores caminhos para a utilização de créditos de carbono como compensações, previsto na Lei 15.042, de 2024, e suas implicações. A iniciativa fornece expertise técnica e insumos para futuras decisões governamentais acerca da implementação do mercado regulado que cubram pontos ainda não definidos na lei. É parte do trabalho também o apoio à capacitação e engajamento dos atores do Governo Federal quanto a mercados de carbono e, especificamente, a inclusão de créditos de carbono no SBCE.

 

Estruturação do mercado

 

“O Brasil possui um enorme potencial para a geração de créditos de carbono e permitir essa conexão com o mercado regulado pode diminuir o custo de conformidade das empresas em um momento inicial e acelerar a descarbonização da economia. Este estudo busca garantir que a regulamentação do mercado de carbono brasileiro adote padrões robustos e alinhados com as melhores práticas internacionais, mas ainda considerando as particularidades do contexto brasileiro e fazendo do mercado de carbono uma possibilidade de geração de renda e desenvolvimento econômico e social”, analisa Gabriella Dorlhiac, diretora executiva da ICC Brasil.

O documento apresenta uma análise comparativa de sistemas de comércio de emissões internacionais, destacando práticas adotadas na Califórnia, Coreia do Sul e China. Com base nessas experiências, foram elaboradas considerações ao Governo Federal para garantir a qualidade, integridade e efetividade dos créditos de carbono que poderão ser utilizados no SBCE. Entre as considerações deste relatório, estão:

 

Definição de critérios rigorosos para a aceitação de créditos de carbono no SBCE, priorizando projetos nacionais e setores estratégicos.

Adoção de padrões de certificação reconhecidos internacionalmente, como VCS e Gold Standard, para garantir a confiabilidade dos créditos de carbono.

Inclusão de programas de REDD+ jurisdicional, com foco na participação de comunidades locais e na transparência dos processos.

Criação de mecanismos de monitoramento e verificação para assegurar a integridade e os benefícios socioambientais dos projetos.

 

O estudo também enfatiza a necessidade de um engajamento contínuo entre governo, setor privado e sociedade civil para o sucesso da regulamentação do mercado de carbono. O trabalho será utilizado como base para discussões dentro do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) e na implementação do SBCE.

“Para além de compromissos voluntários do setor privado e de ações de mitigação de emissões de responsabilidade exclusiva do setor público, é crucial que a política pública direcione o setor privado para que as suas ações de mitigação apoiem o país no atingimento de obrigações climáticas, dispondo de mecanismos custo-efetivos para tal, como é o caso do mercado de carbono regulado”, explica Henrique Pereira, COO da WayCarbon.

A ICC Brasil e a WayCarbon seguem comprometidas em apoiar todos os atores no desenvolvimento do mercado de carbono regulado brasileiro e colaborando com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Governo Federal na regulamentação deste mercado. O segundo relatório técnico se debruçará sobre registros das compensações e deve ser publicado no primeiro semestre de 2025.

 

Sobre a metodologia do relatório

 

Este relatório técnico é resultado de um intenso trabalho de coleta, análise e interpretação de documentos, além de diálogos com representantes de órgãos gestores de mercados regulados de carbono de outras jurisdições e de consultas com o setor privado e entidades da sociedade civil envolvidas em projetos de carbono.

 

Foto: Pixabay

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Cinco passos essenciais fazer um inventário de emissões de carbono preciso e eficiente https://tecnews.agenciafluence.com.br/cinco-passos-essenciais-fazer-um-inventario-de-emissoes-de-carbono-preciso-e-eficiente/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=cinco-passos-essenciais-fazer-um-inventario-de-emissoes-de-carbono-preciso-e-eficiente https://tecnews.agenciafluence.com.br/cinco-passos-essenciais-fazer-um-inventario-de-emissoes-de-carbono-preciso-e-eficiente/#respond Wed, 19 Mar 2025 13:00:54 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2700 A recente sanção da Lei 15.042/2024 inaugura um novo capítulo no mercado de carbono brasileiro, tornando obrigatório o inventário anual de emissões para empresas que ultrapassam 10 mil toneladas de CO₂ equivalente. Para companhias com emissões acima de 25 mil toneladas, a exigência inclui ainda um relatório de conciliação periódica de obrigações para atender aos […]

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A recente sanção da Lei 15.042/2024 inaugura um novo capítulo no mercado de carbono brasileiro, tornando obrigatório o inventário anual de emissões para empresas que ultrapassam 10 mil toneladas de CO₂ equivalente. Para companhias com emissões acima de 25 mil toneladas, a exigência inclui ainda um relatório de conciliação periódica de obrigações para atender aos compromissos ambientais definidos no âmbito do Sistema Brasileiro do Comércio de Emissões (SBCE). Alinhada a tendências globais de transparência climática, a regulação deve estimular a transição das empresas brasileiras para uma economia de baixo carbono.

 

Inventário de emissões

 

“O inventário de emissões deixa de ser um diferencial competitivo para se tornar uma exigência regulatória. Isso representa uma mudança estrutural para as empresas, que precisarão entender suas emissões e definir estratégias de redução,” explica Felipe Viana, diretor comercial da Carbonext. Mas como elaborar um inventário de emissões de carbono assertivo e em conformidade com padrões internacionais? Detalhamos abaixo os cinco passos fundamentais para as empresas desenvolverem seus relatórios.

 

  1. Discovery de emissões: o primeiro passo para entender sua pegada de carbono

O primeiro passo para um inventário robusto é compreender o perfil de emissões da empresa, mapeando as fontes emissoras e estimando os consumos energéticos e operacionais. Nesse processo, as emissões são categorizadas em três escopos, de acordo com a metodologia global GHG Protocol: o Escopo 1, que abrange emissões diretas da empresa (como combustão de combustíveis fósseis de frota própria); o Escopo 2, que engloba emissões indiretas associadas ao uso de energia; e o Escopo 3, que cobre todas as demais emissões indiretas ao longo da cadeia de valor.

Desde 1998, o GHG Protocol vem sendo aprimorado e adotado como referência mundial para quantificação de emissões. No Brasil, a Fundação Getulio Vargas (FGV) consolidou sua versão nacional em 2008, garantindo mais aderência às particularidades do país. A FGV é responsável pelo Registro Público de Emissões, plataforma de referência no mercado para o relato de emissões corporativas na América Latina. Empresas que registram suas emissões voluntariamente podem obter selos como Bronze (inventários parciais), Prata (inventários completos) e Ouro (inventários completos e verificados por terceira parte acreditada).

 

  1. Levantamento de dados: precisão e estruturação das informações

Com as fontes emissoras identificadas, o próximo passo é o levantamento detalhado de dados. Para isso, recomenda-se a formação de um comitê interno multidisciplinar, composto por profissionais de diversas áreas da empresa para fornecer as informações detalhadas necessárias. Esse grupo deve ter autoridade interna e tempo disponível para organizar processos e definir cronogramas, assegurando que as informações sejam coletadas com metodologia e rigor técnico.

Na maior parte das vezes, o levantamento de informações é a etapa mais difícil no primeiro inventário de uma empresa. É importante identificar quais são os melhores dados dentro das possibilidades dessa etapa, e, nesse sentido, a tecnologia pode ser uma aliada. “Na Carbonext, temos uma API aberta que permite cálculos de deslocamento de cargas rodoviárias e aéreas com base nos CEPs e pesos transportados, por exemplo”, afirma Thalita Barttocz, analista de inventários da companhia.

 

  1. Metodologia e quantificação: convertendo dados em informação estratégica

Após a coleta de dados, é hora de calcular as emissões da empresa de forma rigorosa e alinhada com padrões internacionais. A metodologia mais utilizada nas quantificações também é o GHG Protocol, compatível com normas ISO e com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O cálculo das emissões envolve a conversão dos dados em toneladas de CO₂ equivalente, abrangendo Gases de Efeito Estufa (GEE) como CO₂, CH₄, N₂O e CO₂ biogênico.

Além de utilizar a base do GHG Protocol, é possível recorrer a bases de dados setoriais, como a do Ecoinvent, para cálculos em segmentos específicos. Setores como aviação, indústria química e cimento possuem particularidades que influenciam diretamente no cálculo de emissões, exigindo uma abordagem personalizada. Empresas que já possuem inventários anteriores também podem comparar seus resultados ao longo dos anos, avaliando tendências e o impacto das medidas.

 

  1. Oportunidades de mitigação e melhorias: reduzindo a pegada de carbono

Com os dados quantificados, é possível identificar oportunidades de mitigação das emissões e melhorias operacionais, algo que já é feito simultaneamente aos passos anteriores. Essa etapa avalia quais processos podem ser otimizados, quais insumos podem ser substituídos por opções mais sustentáveis e como a empresa pode reduzir sua pegada de carbono de forma estratégica.

Esse passo também inclui o relatório de todas as ações que a empresa já vem fazendo, um benchmarking com concorrentes e inovações tecnológicas aplicáveis à operação. A participação do comitê interno é essencial nessa fase, pois as equipes podem contribuir com insights sobre as iniciativas. Esse diagnóstico auxilia na definição de prioridades para as ações futuras de mitigação, preparando a empresa para evoluir na sua jornada de descarbonização.

 

  1. Apresentação dos resultados e sensibilização

A etapa de apresentação dos resultados é essencial para sensibilizar stakeholders internos sobre a importância da gestão de emissões e seu impacto nas estratégias ESG, capacitando-os quanto à jornada de descarbonização da empresa e a crise climática. Além de divulgar os resultados, esse momento permite engajar lideranças e colaboradores na busca por soluções de descarbonização.

Durante a produção do inventário, muitas empresas identificam padrões de consumo que podem ser ajustados, resultando em economia de recursos e redução de custos. “Um inventário de emissões não é um relatório para se guardar na gaveta, mas uma ferramenta para entender e guiar as emissões da empresa. Ele permite visualizar os maiores ofensores da operação e identificar padrões de consumo para tomar as decisões estratégicamente mais sustentáveis”, destaca Thalita Barttocz, da Carbonext.

 

Jornada de descarbonização e consultoria especializada

É importante deixar claro que o inventário de emissões é apenas a primeira parte de uma jornada de descarbonização das empresas. Após esse diagnóstico, é possível estruturar um plano de mitigação alinhado às exigências regulatórias, que pode ou não envolver a compensação por meio de créditos de carbono. Para esse planejamento e para garantir um inventário preciso, com um laudo ambiental confiável e verificado, é recomendável contar com uma consultoria parceira especializada, uma demanda em crescimento no mercado.

“Na Carbonext, engenheiros e técnicos conduzem cada etapa do processo, ajudando as empresas a definirem estratégias personalizadas e metas alinhadas à ciência climática, com base no SBTi (Science Based Targets initiative)”, afirma Felipe Viana, da Carbonext. Esse parceiro deve utilizar ainda ferramentas para avaliar o custo-benefício das ações de mitigação – como a Curva MAC (Curva de Custo Marginal de Abatimento), por exemplo –, respeitando o ritmo e as particularidades do negócio. “A gestão estratégica das emissões é um diferencial cada vez mais valorizado e isso só tende a crescer com a regulação do mercado de carbono”, conclui Viana.

Foto: Carbonext/Divulgação

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Lançamento da SB COP reúne setor produtivo em mobilização global pela agenda climática da ONU https://tecnews.agenciafluence.com.br/lancamento-da-sb-cop-reune-setor-produtivo-em-mobilizacao-global-pela-agenda-climatica-da-onu/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=lancamento-da-sb-cop-reune-setor-produtivo-em-mobilizacao-global-pela-agenda-climatica-da-onu https://tecnews.agenciafluence.com.br/lancamento-da-sb-cop-reune-setor-produtivo-em-mobilizacao-global-pela-agenda-climatica-da-onu/#respond Wed, 12 Mar 2025 11:00:24 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2647 Liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Sustainable Business COP30 (SB COP) foi lançada, no dia 10 de março, em evento que reuniu autoridades do governo e empresários na sede da CNI em Brasília. A iniciativa quer construir um grupo de representatividade empresarial internacional, a exemplo do que existe no G20 e no BRICS, para levar contribuições […]

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Liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Sustainable Business COP30 (SB COP) foi lançada, no dia 10 de março, em evento que reuniu autoridades do governo e empresários na sede da CNI em Brasília. A iniciativa quer construir um grupo de representatividade empresarial internacional, a exemplo do que existe no G20 e no BRICS, para levar contribuições do setor privado às negociações da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Em 2025, a COP30 ocorrerá em novembro, em Belém (PA).

Sustainable Business COP30 (SB COP) funcionará como uma aliança global empresarial, liderada pelo setor produtivo brasileiro, para garantir o engajamento dos empresários e entidades do setor no cumprimento dos acordos firmados nas Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. A cerimônia aconteceu no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, e teve como foco a realização da COP do Brasil, em Belém (PA), em novembro.

“Nosso objetivo é o de complementariedade e o de, efetivamente, garantir a entrega. Queremos mostrar o que o setor produtivo brasileiro está fazendo, de maneira formal e estruturada, para mostrar um Brasil diferente e um setor empresarial com excelentes casos de sucesso”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

 

Objetivos da SB COP

 

Segundo ele, a SB COP pode ser um catalisador, alinhado e coordenado, das ações de políticas públicas, permitindo uma relação de “ganha-ganha”. “O setor produtivo tem compromisso com a sustentabilidade. Quem não quer associar o seu valor de marca à sustentabilidade?”, destacou.

Para o embaixador e presidente da COP30, André Corrêa do Lago, o Brasil é o país chave para contribuir para a redução do impacto das mudanças climáticas. “A SB COP é a oportunidade de estarmos unidos em um pacto nacional pela COP30, uma ocasião extraordinária de mostrarmos nossa relevância e de forma internacional”, afirmou.

Corrêa do Lago reconheceu o contexto geopolítico complexo mundial, mas destacou a oportunidade única de mostrar o trabalho da iniciativa privada brasileira para o mundo, aliada ao fato de que ela é quem irá executar a maior parte das decisões.

“A preparação para a COP do Brasil é uma oportunidade de fazer do Brasil o melhor lugar para os investimentos das empresas que acreditam em sustentabilidade. O Brasil é muito querido, mas é pouco conhecido”, ponderou Corrêa do Lago.

A cerimônia de abertura também contou com a presença do governador do estado do Pará, Helder Barbalho, com participação on-line; do secretário executivo do MDIC, Márcio Rosa; e do secretário extraordinário para a COP 30 da Casa Civil, Valter Correia da Silva.

 

Potencial e compromisso do setor produtivo brasileiro

 

Durante a solenidade, Ricardo Mussa, chair da SB COP, informou que o setor privado responde por 80% do PIB e 84% das emissões de gases de efeito estufa (GEE). “As soluções, portanto, também estão no setor privado”, enfatizou. “Queremos deixar um legado para as demais COPs, a partir de um modelo perene de engajamento dos empresários.”

Segundo Mussa, com a SB COP será possível catalisar esforços em ações e impactos a partir de iniciativas independentes do setor privado, para viabilizar a implementação desses objetivos; criar uma agenda de ação que traga compromisso com indicadores e estratégias de monitoramento bem definidos a longo prazo; e trabalhar numa agenda de negociações com recomendações estratégicas. “As outras COPs não tiveram o potencial de protagonismo que o Brasil que pode ter”, defendeu.

Ana Toni, secretária executiva da COP30, destacou que as negociações dos governos dos países, durantes as Conferências Climáticas da ONU, são um momento específico de engajamento. “A partir da SB COP, será possível olharmos para a agendas de negociação e de ação de maneira mais coordenada e mais efetiva”, afirmou.

Toni também destacou que existem muitas COPs dentro de uma COP, portanto, é fundamental resgatar o que já foi prometido e mostrar como será monitorado o que está sendo implementado – ou não. “Não podemos achar que a COP30 vai resolver todos os problemas, por isso a importância de focarmos em dois, três temas prioritários dentro dos grupos de trabalho”, disse, explicando que cada setor terá demandas específicas.

“Existem muitas soluções interessantes, assim como muitas empresas querendo escalar e acelerar nessas soluções. O que é preciso fazer para destravá-las?”, questionou Ana Toni. Na sequência, Toni ressaltou a importância da SB COP deixar um legado brasileiro, que permita ao Brasil ser um provedor de soluções climáticas.

 

Líderes em prol da sustentabilidade

 

A programação do evento seguiu com a realização do “Painel Empresariado Global”, moderado pelo diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz. A mesa foi composta pelos líderes empresariais que estarão à frente dos grupos de trabalho da SB COP. Segundo Muniz, o setor tem desempenhado um papel ativo na mitigação e enfrentamento da crise climática e na transição para uma economia de baixo carbono. “A COP30 é uma oportunidade para que deixemos de ser um potencial verde e sejamos, na verdade, uma potência verde”, defendeu.

Para ele, o Brasil tem um diferencial estratégico na agenda climática global, pois é uma das economias mais limpas do mundo. “Precisamos dar visibilidade à essa trajetória muito positiva que o Brasil fez na transição energética. Esse será o nosso desafio: iluminar o mundo com as nossas experiências de sucesso”, afirmou. Muniz citou, ainda, a urgência dos trabalhos, devido ao contexto geopolítico atual. “Teremos que fazer esse enfrentamento, qualificado e responsável, para que deixemos um legado do Brasil para uma sociedade mais justa.”

Alex Carvalho, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará, afirmou que a SB COP busca, fundamentalmente, aproximar o setor produtivo da agenda climática e dos compromissos globais.

“Com a realização da COP30 em Belém, isso traz uma oportunidade única de integração e promoção muito importante, e necessária, de um novo modelo de desenvolvimento econômico para a Amazônia, pautado na sustentabilidade socioeconômica e ambiental. Esse é um movimento estratégico da CNI, ao qual parabenizo e agradeço a oportunidade de engajamento do setor industrial”, disse.

 

Por: Luciane Improta/CNI

Fotos: Iano Andrade/CNI

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Setores se empenham, por meio da inovação, para neutralizar emissões de carbono https://tecnews.agenciafluence.com.br/setores-se-empenham-por-meio-da-inovacao-para-neutralizar-emissoes-de-carbono/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=setores-se-empenham-por-meio-da-inovacao-para-neutralizar-emissoes-de-carbono https://tecnews.agenciafluence.com.br/setores-se-empenham-por-meio-da-inovacao-para-neutralizar-emissoes-de-carbono/#respond Tue, 11 Mar 2025 13:00:45 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2640 Ao fazermos uma busca simples na internet pelo termo “neutralidade de carbono”, encontramos uma miríade de informações, dados e, principalmente, notícias sobre ações que empresas, instituições e até de cidadãos comuns pelo mundo para alcançar ou mesmo ultrapassar essas metas. Para recapitular esses números, segundo o “Relatório sobre Lacunas de Emissões 2021”, do Programa das […]

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Ao fazermos uma busca simples na internet pelo termo “neutralidade de carbono”, encontramos uma miríade de informações, dados e, principalmente, notícias sobre ações que empresas, instituições e até de cidadãos comuns pelo mundo para alcançar ou mesmo ultrapassar essas metas.

Para recapitular esses números, segundo o “Relatório sobre Lacunas de Emissões 2021”, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), para evitar que o aquecimento global ultrapasse o limite de 1,5°C, as emissões de carbono de curto prazo devem ser reduzidas entre 45 a 50% até 2030 e pelo menos 90% até 2050.

E corporações estão se empenhando para tal feito. A operadora logística de cadeia fria Temp Log, ao longo de 2024, neutralizou todas as emissões de gases de efeito estufa de sua frota própria. Especializada no armazenamento, fracionamento e transporte de produtos para medicina estética, a compensação foi feita pela empresa por meio de créditos de carbono reconhecidos na comunidade internacional.

 

Neutralização de carbono

 

Ao todo, 33 toneladas de CO₂ foram neutralizadas. Por meio de parcerias, a cada tonelada de CO₂ emitida pela Temp Log, foi compensada com um crédito de carbono do Porto do Delta Wind Power Plant CDM (MDL), localizado no Delta do Parnaíba, PI, cujo projeto gera energia renovável por meio de 49 turbinas eólicas. E também está investindo em outras frentes, como a instalação de placas solares nos armazéns, no sistema fotovoltaico off grid, para alimentar equipamentos de funcionamento ininterrupto, reduzindo também a necessidade de geradores a diesel.

“Nosso primeiro passo foi compreender a real dimensão do impacto que nossa atividade trazia ao meio ambiente para tomar as providências necessárias. Hoje temos muito orgulho em dizer que a nossa frota própria é carbono neutro, mas sabemos que é só o começo”, conta Carlos Buran, CEO da empresa.

 

Compressores

 

Já em Santa Catarina, a multinacional Nidec Global Appliance (com matriz no estado e pertencente a um grupo japonês), produtora de compressores para refrigeração e detentora da marca Embraco, alcançou sua neutralidade seis anos antes da meta, que era para 2030.

Para tanto, a unidade investiu R$ 10 milhões em equipamentos,ajustes em redução e também adquiriu 9 mil créditos de carbono para compensar as emissões diretas invitáveis. Segundo a companhia, 74% das emissões são trocadas por compra de créditos, e cuja meta é reduzi-la para 5% a 10% anualmente.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: reprodução

 

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Da valorização do produtor local à energia solar, setor de alimentos inova para beneficiar o meio ambiente https://tecnews.agenciafluence.com.br/da-valorizacao-do-produtor-local-a-energia-solar-setor-de-alimentos-inova-para-beneficiar-o-meio-ambiente/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=da-valorizacao-do-produtor-local-a-energia-solar-setor-de-alimentos-inova-para-beneficiar-o-meio-ambiente https://tecnews.agenciafluence.com.br/da-valorizacao-do-produtor-local-a-energia-solar-setor-de-alimentos-inova-para-beneficiar-o-meio-ambiente/#respond Thu, 06 Mar 2025 13:00:37 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2617 Quem nunca comprou um produto do comércio do bairro ou mesmo em uma viagem optou por comprar em uma lojinha de rua em vez de ir ao shopping? Pois essa tarefa simples também está sendo a opção de grandes indústrias, como a alimentícia. Com sede em Castro, PR, a Vapza, produtora de alimentos embalados a […]

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Quem nunca comprou um produto do comércio do bairro ou mesmo em uma viagem optou por comprar em uma lojinha de rua em vez de ir ao shopping? Pois essa tarefa simples também está sendo a opção de grandes indústrias, como a alimentícia.

Com sede em Castro, PR, a Vapza, produtora de alimentos embalados a vácuo e cozidos a vapor, anunciou que pretende ampliar o número de parcerias com agricultores familiares e escolas locais, gerando um impacto positivo nas comunidades. Atualmente, 68% de seus fornecedores estão localizados na região. “Essa iniciativa não visa apenas a redução de emissão de carbono no transporte, mas também fortalecer a economia regional e garantir o frescor e a qualidade dos produtos”, comenta Enrico Milani, CEO da empresa.

Com selo de empresa B, a empresa conta com um robusto ecossistema de sustentabilidade, o que engloba eliminar totalmente o envio de resíduos para aterros sanitários, ampliação do uso de energia solar em suas operações e investimento em tecnologias para transformação de águas residuais.

 

Alimentos de baixo carbono

 

Além de repensar em como estão sendo produzidos os alimentos, se faz necessário o entendimento do ciclo de carbono nesse processo. Segundo especialistas, várias categorias de ingredientes que se destacam por suas práticas de produção sustentáveis e menor emissão, como proteínas de origem vegetal, alternativas ao leite de origem animal, derivados de algas, cultivo vertical e hidropônico, entre outros meios.

“Enquanto o ciclo de carbono de combustíveis fósseis é o principal responsável pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) desde a Revolução Industrial, o ciclo de carbono biogênico é um processo natural, essencial para manter um equilíbrio zero a zero nas emissões”, comenta David Ávila Almeida, consultor em descarbonização do SENAI, ao Food Connection.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Freepik

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Startups utilizam tokens para elevar o padrão de segurança e conformidade na neutralização de carbono https://tecnews.agenciafluence.com.br/startups-utilizam-tokens-para-elevar-o-padrao-de-seguranca-e-conformidade-na-neutralizacao-de-carbono/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=startups-utilizam-tokens-para-elevar-o-padrao-de-seguranca-e-conformidade-na-neutralizacao-de-carbono https://tecnews.agenciafluence.com.br/startups-utilizam-tokens-para-elevar-o-padrao-de-seguranca-e-conformidade-na-neutralizacao-de-carbono/#respond Tue, 17 Dec 2024 17:00:31 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2265 Já falamos aqui no Portal TECNEWS como a utilização dos tokens, representações criptografadas e seguras em uma blockchain, estão sendo muito úteis quando o assunto é a oferta de antecipação de crédito e venda de créditos de carbono institucional. Um bom exemplo vem da startup Okcygenio, subsidiária da BlockBR, fintech especializada em infraestrutura de tokenização […]

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Já falamos aqui no Portal TECNEWS como a utilização dos tokens, representações criptografadas e seguras em uma blockchain, estão sendo muito úteis quando o assunto é a oferta de antecipação de crédito e venda de créditos de carbono institucional.

Um bom exemplo vem da startup Okcygenio, subsidiária da BlockBR, fintech especializada em infraestrutura de tokenização e estruturação de ativos digitais, que é aderente a esse sistema, e já conta com contratos que totalizam 63.270 mil hectares de áreas verdes, auxiliando proprietários que desejam gerar receita com créditos de carbono para preservação e venda de ativos.

 

Créditos de carbono

 

“Nossa remuneração vem da retenção de uma parte dos créditos de carbono gerados. Oferecemos também uma solução diferenciada: a antecipação com colateral em créditos de carbono garantidos pelo projeto, uma vez que a Okcygenio tem o processo de toda cadeia. Ou seja, se o cliente estima gerar, por exemplo, um ou dois milhões de créditos de carbono no próximo ano, nós antecipamos parte desse valor para ele”, afirma Juliana Moura, fundadora da startup.

A Uinvex, plataforma de investimentos imobiliários e energia solar, firmou recentemente uma parceria com a B3 para um sistema que permite aos investidores negociarem tokens dos seus ativos de crowdfunding, garantindo mais rastreabilidade e liquidez nas transações.

“A Uinvex realizou a captação primária para investimentos na Saveon Energia, empresa especializada em energia solar. Em seguida, contratou a plataforma desenvolvida pela B3 para permitir a tokenização e a negociação subsequente dos contratos de investimento”, destaca reportagem do site Startups.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto: reprodução

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