E essa consciência é urgente: o plástico, por exemplo, é o material mais utilizado na produção da maioria dos produtos, incluindo os dispositivos eletrônicos, e demora cinco séculos para se decompor. Segundo reportagem do site Bloomberg, estima-se que a produção anual de plástico poderá chegar a 1,1 bilhão de toneladas até 2050.

Design sustentável

Pensando nisso, as empresas estão investindo em ESG para atender essas demandas. A gigante de tecnologia HP implantou um robusto conceito sustentável em suas operações, o que engloba a eliminação do chamado plástico de uso único (aquele que, literalmente, vai ser usado uma vez) em todas as embalagens de PCs premium, otimizou o design de seus multifuncionais de 24 e 27 polegadas para reduzir o tamanho das caixas em 62% e aumentar a densidade por pallet em 66%.

Também, desde 2019, utiliza mais de 450 milhões de quilos de materiais reciclados em seus produtos e embalagens, bem como remanejou o transporte de itens. “Aplicamos esses princípios para garantir que nossos dispositivos contribuam para uma economia de baixo carbono e sustentável”, frisa Ricardo Kamel, CEO América Latina da HP.

Selo Bio-based

Outra indústria que investe nessa ideia é a alimentícia. A Viva Regenera é uma delas. Braço da Regenera Ventures, que administra, investe, acelera e conduz projetos e negócios em earlystage, que apresentam grande potencial de transformar as pessoas, beneficiar comunidades, restaurar ecossistemas e cuidar do planeta, a marca recebeu recentemente a certificação I’m Green Bio-based para embalagens.

É concedido a produtos feitos de matéria-prima renovável, como cana-de-açúcar, e reflete uma prática sustentável que vai além da produção de insumos.“O selo é parte do nosso propósito de contribuir para a prosperidade da natureza, curando o solo e restaurando ecossistemas enquanto cuidamos da saúde das pessoas”, afirma a fundadora Romanna Remor.

A Viva Regenera produz 30 mil unidades por mês de seus produtos, como cúrcuma e o gengibre, orgânicos, ativados e agroflorestais, com procedência e rastreabilidade total, informa a empresa. “Nossa régua considera retorno financeiro e impacto socioambiental como medidas de valor. Em ambas, há muito a fazer e no que crescer, mas estamos muito satisfeitos”, conclui a gestora.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: reprodução

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