agronegócio - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br Indústria e Meio Ambiente em Pauta Wed, 20 Aug 2025 11:00:38 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://tecnews.agenciafluence.com.br/wp-content/uploads/2025/08/cropped-TECNEWS-750x123xc-1-32x32.png agronegócio - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br 32 32 Com potencial de alcançar US$ 12 bilhões até 2030, mercado de bioenergia depende da tecnologia para crescer de forma segura https://tecnews.agenciafluence.com.br/com-potencial-de-alcancar-us-12-bilhoes-ate-2030-mercado-de-bioenergia-depende-da-tecnologia-para-crescer-de-forma-segura/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=com-potencial-de-alcancar-us-12-bilhoes-ate-2030-mercado-de-bioenergia-depende-da-tecnologia-para-crescer-de-forma-segura https://tecnews.agenciafluence.com.br/com-potencial-de-alcancar-us-12-bilhoes-ate-2030-mercado-de-bioenergia-depende-da-tecnologia-para-crescer-de-forma-segura/#respond Wed, 20 Aug 2025 11:00:38 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3454 A bioenergia já representa quase 30% da matriz energética brasileira. Entre suas fontes está a biomassa de cana, por exemplo, — matéria orgânica proveniente da cana-de-açúcar que pode ser usada como fonte de energia —, contribuindo com 16,8% desse total, segundo o Observatório de Bioeconomia da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Esse cenário tende a se […]

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A bioenergia já representa quase 30% da matriz energética brasileira. Entre suas fontes está a biomassa de cana, por exemplo, — matéria orgânica proveniente da cana-de-açúcar que pode ser usada como fonte de energia —, contribuindo com 16,8% desse total, segundo o Observatório de Bioeconomia da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Esse cenário tende a se expandir ainda mais no país. Dados recentes da Mobility Foresights indicam que o mercado brasileiro de bioenergia deve crescer a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) entre 9% e 13% até 2030, atingindo um valor estimado entre US$ 8 bilhões e US$ 12 bilhões até o fim da década.

Para o CEO da Trackfy Tecnologia, Túlio Cerviño, “a transição energética é um movimento inevitável e estratégico para o Brasil, representando investimentos em fontes limpas, como a bioenergia, e assegurando a sustentabilidade do país”. O especialista participou da Feira de Bioenergia 2025, em Sertãozinho (SP), evento que também colocou a segurança e a produtividade do setor no centro das discussões.

Segundo ele, para que o setor cresça de forma sólida, é fundamental adotar tecnologias que aumentem a produtividade em campo e aumentem a segurança em ambientes de produção. “Garantir segurança em um ambiente tão complexo e estratégico como esse é de extrema importância. Estamos falando de operações industriais de alto risco; como as que envolvem silos, caldeiras e colheitas mecanizadas; onde qualquer falha pode significar não apenas prejuízos operacionais, mas perigo direto à vida dos trabalhadores”.

 

Mais segurança no setor de bioenergia

 

A Trackfy apresentou, na ocasião, tecnologias capazes de monitorar presença de trabalhadores, tempo em zonas de risco, interações com máquinas e sinais de fadiga. A solução utiliza sensores em crachás, capacetes e outros EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), enviando os dados coletados para sistemas que analisam informações em tempo real, aumentando a segurança e tornando os processos mais eficientes.

“Lá mostramos que a aplicação da solução da Trackfy no setor bioenergético permite, principalmente, o monitoramento em tempo real da localização, jornada e exposição dos operadores a riscos. Identificar de forma antecipada essas condições de risco, dá maior visibilidade às operações industriais e protege o trabalhador”.

Embora não existam estatísticas atualizadas específicas de acidentes no setor bioenergético, dados de áreas afins demonstram a importância dessa abordagem preventiva. O último levantamento de acidentes nesses ambientes, como no complexo sucroalcooleiro — que combina áreas agrícolas e industriais — registrou 130 mil acidentes de trabalho entre 2012 e 2020, representando 2,7% do total nacional nesse período. Mesmo com a queda no número de casos, de mais de 25 mil em 2012 para cerca de 7.800 em 2020, a média anual no campo ainda correspondeu a 39% desses incidentes, sinalizando a persistência de riscos operacionais.

Cerviño destaca que os clientes da tecnologia da Trackfy reportaram redução de até 40% nos incidentes de segurança em áreas monitoradas e ganhos de produtividade médios de 20% no dia a dia de manutenção e operação, ao otimizar fluxos e reduzir tempos de parada não programada, por exemplo.

Outros resultados nas operações falam por si. “Já tivemos casos em que as empresas reduziram 1,5% em custos com seguro, enquanto diminuíam em 50% o tempo médio nas evacuações de emergência e encurtavam em 25% os cronogramas de projetos. Com a tecnologia aplicada ao chão de fábrica, a produtividade média cresce 67%, com retorno sobre o investimento até 50 vezes superior ao valor investido, ao mesmo tempo em que as empresas melhoram de forma consistente a experiência e a segurança dos trabalhadores”, afirma o CEO.

Mercado em expansão

Segundo a International Energy Agency (IEA), a bioenergia moderna — que inclui biocombustíveis, biogás e biomassas energéticas avançadas — representa cerca de 6% da oferta total de energia global e corresponde a quase 55% de toda a energia renovável moderna. Essa referência é em relação ao consumo total de energia, não especificamente à parcela de eletricidade. A participação da biomassa na geração de eletricidade global ainda é pequena, estimada em apenas 2% a 5% em média, com alguns países (como Dinamarca, Suécia e Finlândia) ultrapassando 15% graças a instalações eficientes de co-geração (CHP).

O CEO da Trackfy, Túlio Cerviño, avalia que o evento foi essencial para discutir os desafios reais da indústria. Para ele, a tecnologia não é um luxo, mas uma peça-chave para acompanhar o crescimento da bioenergia, tornando as operações mais seguras, produtivas e eficientes, tanto no Brasil quanto no cenário global.

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Financiamento verde no campo: sustentabilidade e recuperação de crédito revolucionam futuro do Agronegócio https://tecnews.agenciafluence.com.br/financiamento-verde-no-campo-sustentabilidade-e-recuperacao-de-credito-revolucionam-futuro-do-agronegocio/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=financiamento-verde-no-campo-sustentabilidade-e-recuperacao-de-credito-revolucionam-futuro-do-agronegocio https://tecnews.agenciafluence.com.br/financiamento-verde-no-campo-sustentabilidade-e-recuperacao-de-credito-revolucionam-futuro-do-agronegocio/#respond Wed, 02 Jul 2025 15:00:23 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3216 O crédito rural brasileiro está passando por uma transformação silenciosa, porém profunda. Na medida que as exigências ambientais ganham espaço nas pautas financeiras, cresce também a pressão por práticas sustentáveis no campo. CPR Verde, Fiagros sustentáveis e linhas com critérios ESG, de acordo com Rafael Medeiros, diretor executivo B2B da Global, começam a redefinir quem […]

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O crédito rural brasileiro está passando por uma transformação silenciosa, porém profunda. Na medida que as exigências ambientais ganham espaço nas pautas financeiras, cresce também a pressão por práticas sustentáveis no campo. CPR Verde, Fiagros sustentáveis e linhas com critérios ESG, de acordo com Rafael Medeiros, diretor executivo B2B da Global, começam a redefinir quem tem acesso ao capital. Mas essa nova lógica traz um desafio inadiável: sem controle sobre a inadimplência, o agro corre o risco de ver essas oportunidades escaparem.

“Historicamente, o crédito rural brasileiro manteve seu foco na expansão produtiva, sem incorporar preocupações ambientais. A virada começou nos anos 1990. Em 1995, o Protocolo Verde engajou os principais bancos públicos (como BNDES, Banco do Brasil e Banco do Nordeste) a incluir critérios socioambientais na concessão de crédito. Três anos depois, a Lei de Crimes Ambientais passou a restringir o acesso a financiamento público para produtores com passivos ambientais”, conta ele.

A regulamentação evoluiu ao longo das décadas seguintes. “A Resolução CMN nº 4.327/2014 obrigou todas as instituições financeiras a implementar políticas de responsabilidade socioambiental, integrando riscos ambientais à análise de crédito. E, na última década, a sustentabilidade passou de pauta complementar a elemento central na formulação de programas e produtos financeiros para o campo”, destaca.

Exemplo disso é o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), lançado em 2010. Em seus primeiros dez anos, mais de R$ 32 bilhões foram destinados ao financiamento de práticas como plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta e recuperação de pastagens. Iniciativas como o Plano ABC e o Plano ABC+ estabeleceram metas de redução de emissões, ao mesmo tempo em que o mercado financeiro passou a diferenciar operações “verdes”. Segundo a Febraban, as operações bancárias em setores da economia verde subiram de 17,7% em 2012 para 20,9% em 2022. Em 2023, o Brasil emitiu seus primeiros green bonds soberanos, com recursos destinados exclusivamente a projetos sustentáveis.

Instrumentos financeiros sustentáveis no agronegócio

Hoje, informa Medeiros, o agronegócio brasileiro conta com diversos mecanismos financeiros “verdes” para viabilizar projetos sustentáveis. Entre os principais está a Cédula de Produto Rural Verde (CPR Verde), criada em 2021 pelo Governo Federal para remunerar produtores pela conservação de vegetação nativa e prestação de serviços ambientais, como manutenção de florestas e recuperação de áreas degradadas.

Além disso, linhas como Pronaf e Pronamp Sustentáveis passaram a exigir conformidade socioambiental, incluindo regularidade no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e ausência de envolvimento com desmatamento ilegal. A política de crédito rural começou, assim, a se alinhar de forma mais consistente aos critérios ESG.

Outro instrumento em ascensão é o Fiagro (Fundo de Investimento do Agronegócio), que canaliza recursos de investidores para operações do agro — incluindo projetos verdes. Entre dezembro de 2022 e setembro de 2023, o patrimônio líquido total dos Fiagros cresceu 78%, passando de R$ 10,5 bilhões para R$ 18,7 bilhões.

“Globalmente, o agronegócio está entre os setores que mais crescem no mercado de títulos temáticos: o valor total de títulos verdes ligados à agricultura e uso da terra aumentou 59% entre 2019 e 2020. Esses instrumentos permitem que empresas captem recursos com o compromisso de metas ambientais, ainda que tragam o desafio permanente de evitar práticas de greenwashing”, explica Medeiros.

Inadimplência no setor agro e impactos no financiamento sustentável

A inadimplência no agronegócio sempre esteve em níveis historicamente baixos, sustentada por safras favoráveis, valorização de commodities e ampla oferta de crédito subsidiado. Segundo Rafael Medeiros, esse cenário começou a se alterar nos últimos anos. Aumento dos custos de produção, retração nos preços agrícolas e eventos climáticos extremos — como secas e enchentes — fragilizaram a saúde financeira do setor.

De acordo com o Banco Central e os principais bancos públicos, a taxa de inadimplência com mais de 90 dias mais que dobrou entre 2023 e 2024. No Banco do Brasil, passou de 0,7% para cerca de 2,0%. Na Caixa, saltou para 3,35%. Regionalmente, os maiores índices concentram-se no Norte e Nordeste, enquanto Sul, Sudeste e Centro-Oeste seguem com menores níveis — reflexo de diferenças estruturais e de resiliência climática.

Sofrendo quebras em safras de grãos e oscilações de mercado, muitos produtores atrasaram parcelas de custeio e investimento. Setores como o sucroalcooleiro e o pecuário também foram impactados por ciclos de baixa, resultando em menor liquidez. “Nesse contexto, a inadimplência compromete diretamente a elegibilidade para novas linhas de crédito — especialmente aquelas com rótulo sustentável”, observa o especialista.

Recuperação de crédito: viabilizando o crédito verde

Diante desse cenário, práticas estruturadas de cobrança e recuperação de crédito tornaram-se estratégicas. “Prevenir atrasos, agir com agilidade e manter canais ativos de renegociação são ações fundamentais para preservar a capacidade de crédito do produtor”, orienta Medeiros.

No mercado B2B, já se observa uma profissionalização crescente. “O Índice Global de Recuperação de Crédito B2B, lançado pela Global em 2024, mostrou que setores com processos estruturados conseguem recuperar até 98% dos títulos vencidos com até 10 dias. No agronegócio, esse percentual cai para 88%, uma das taxas mais baixas da amostra. Isso indica que há espaço para melhorias na gestão de crédito do setor”, informa o executivo.

A adoção de abordagens multicanais — como WhatsApp, e-mail, telefone e plataformas automatizadas — tem se mostrado eficaz. “Hoje, 51% dos acordos fechados digitalmente são concluídos via WhatsApp. A IA generativa também tem revolucionado o processo. A assistente virtual Sophi-IA, da Global, é responsável por 74% dos acordos digitais fechados com empresas inadimplentes. Essas soluções tornam a negociação mais eficiente e menos invasiva, aumentando a taxa de sucesso”, salienta Medeiros.

Além disso, renegociações extrajudiciais, com flexibilização de prazos e condições alinhadas ao ciclo de safra, ajudam a evitar recuperações judiciais — que, além de onerosas, dificultam ou bloqueiam o acesso a crédito, inclusive aos instrumentos verdes.

Em suma, ressalta Rafael Medeiros, o financiamento verde está se consolidando como uma das principais frentes de capital para o futuro do agronegócio brasileiro. “Mas esse movimento exige contrapartidas: responsabilidade ambiental, regularidade jurídica — e solidez financeira. Em um contexto de instabilidade climática e aumento da inadimplência, a recuperação de crédito passa a ser não apenas uma solução emergencial, mas uma estratégia essencial para a sustentabilidade econômica e ambiental do campo”, atenta.

Com processos bem estruturados de cobrança, diálogo transparente com o produtor e apoio tecnológico, o setor pode manter a confiança dos investidores e garantir o fluxo de capital necessário para avançar rumo a uma agricultura mais verde, rentável e resiliente.

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Mercado de carbono no Brasil: Uma nova era para o agronegócio https://tecnews.agenciafluence.com.br/mercado-de-carbono-no-brasil-uma-nova-era-para-o-agronegocio/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=mercado-de-carbono-no-brasil-uma-nova-era-para-o-agronegocio https://tecnews.agenciafluence.com.br/mercado-de-carbono-no-brasil-uma-nova-era-para-o-agronegocio/#respond Thu, 03 Apr 2025 13:00:31 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2762 Por Ivan Pinheiro   A recente aprovação da Lei de nº 15.042/2024, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, representa um marco significativo para a sustentabilidade no país. Com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), o Brasil se posiciona como protagonista no cenário global de […]

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Por Ivan Pinheiro

 

A recente aprovação da Lei de nº 15.042/2024, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, representa um marco significativo para a sustentabilidade no país. Com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), o Brasil se posiciona como protagonista no cenário global de combate às mudanças climáticas, promovendo um ambiente propício para a inovação e a geração de novas fontes de receita.

Um dos pilares dessa nova legislação é a Lei do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), sancionada em 2021, que permite aos proprietários rurais serem remunerados por manter áreas de preservação em suas propriedades. O Código Florestal Brasileiro já estabelece que os produtores rurais devem manter uma porcentagem de suas terras como áreas de preservação permanente e reservas legais, variando de 20% a 80% da propriedade, dependendo da região. Com a implementação da PSA, essas áreas, antes vistas apenas como passivos ambientais, podem se transformar em ativos financeiros por meio da comercialização de créditos de carbono.

Com essas duas legislações – SBCE e PSA -, o Brasil estabelece um mercado regulado onde as emissões de gases de efeito estufa (GEE) podem ser monitoradas e comercializadas. Isso significa que, produtores rurais que mantêm suas reservas legais e geram créditos de carbono, podem vender esses créditos a empresas que buscam compensar suas emissões. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61% das propriedades rurais no Brasil possuem áreas destinadas à preservação, o que representa um potencial significativo para a geração de créditos de carbono.

 

Regulamentação do Mercado de Carbono

 

A monetização das reservas legais e áreas de preservação permanente não apenas recompensa os produtores por seus esforços de conservação, mas também incentiva a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis. Isso contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa e fortalece a imagem do agronegócio brasileiro como líder em sustentabilidade. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o mercado de carbono tem o potencial de gerar R$ 50 bilhões de receita adicional para os produtores até 2030.

Além disso, há empresas especializadas imprescindíveis nesse processo, auxiliando os produtores na quantificação do estoque de carbono em suas propriedades, na certificação desses créditos e na intermediação da venda no mercado. São plataformas desenvolvidas para oferecer suporte na implementação de estratégias que promovem a sustentabilidade nas fazendas, como a recuperação de áreas degradadas, o plantio de florestas comerciais e a adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

A regulamentação do mercado de carbono no Brasil é uma resposta às exigências globais por ações climáticas e uma oportunidade para o agronegócio brasileiro. Com a implementação da SBCE e o fortalecimento da lei do PSA, o país tem a chance de liderar um movimento em direção à sustentabilidade econômica e ambiental.

A combinação das reservas legais com a possibilidade de comercialização dos créditos de carbono cria um ciclo onde todos ganham: o meio ambiente é protegido, os agricultores são recompensados por suas práticas sustentáveis e o Brasil se posiciona como um líder em soluções climáticas inovadoras. O futuro do agronegócio brasileiro está intrinsecamente ligado à sua capacidade de se adaptar e prosperar dentro desse novo paradigma econômico sustentável.

Ivan Pinheiro

Criador do aplicativo Carbono Neutro e diretor da RDG Ecofinance

Foto: FreePik

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Indústria química voltada para o agronegócio atuam para mitigar impactos ambientais https://tecnews.agenciafluence.com.br/industria-quimica-voltada-para-o-agronegocio-atuam-para-mitigar-impactos-ambientais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=industria-quimica-voltada-para-o-agronegocio-atuam-para-mitigar-impactos-ambientais https://tecnews.agenciafluence.com.br/industria-quimica-voltada-para-o-agronegocio-atuam-para-mitigar-impactos-ambientais/#respond Thu, 28 Nov 2024 13:00:52 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2149 O agronegócio brasileiro responde por 21,8% do PIB nacional, sendo sustentado pela adoção de tecnologias avançadas e também por práticas que possam mitigar ao máximo os impactos ambientais, o que inclui a destinação correta de embalagens de agroquímicos. Outra forma é através da adoção da digitalização por meio da indústria química. O inpEV, entidade gestora […]

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O agronegócio brasileiro responde por 21,8% do PIB nacional, sendo sustentado pela adoção de tecnologias avançadas e também por práticas que possam mitigar ao máximo os impactos ambientais, o que inclui a destinação correta de embalagens de agroquímicos. Outra forma é através da adoção da digitalização por meio da indústria química.

O inpEV, entidade gestora do Sistema Campo Limpo, desde 2017 ampliou sua atuação para destinar corretamente esses itens, inclusive as sobras pós-consumo de defensivos, reforçando o impacto positivo dessa operação para a sustentabilidade do setor. “Somos o primeiro programa de logística reversa no agronegócio do mundo, garantindo que 100% das embalagens vazias de defensivos agrícolas recebidas tenham a destinação ambientalmente correta. E os números são impressionantes: 97% são recicladas, enquanto 3% são incineradas de forma controlada”, destaca Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV.

Recentemente, a empresa foi participante do Crop Life International Container Management Symposium, um evento global que discutiu o futuro da gestão de resíduos e embalagens no agronegócio, ocorrido no Vietnã. O Brasil foi destacado como um líder natural em sustentabilidade e gestão de resíduos, com o modelo do Sistema Campo Limpo sendo amplamente reconhecido por sua eficiência e inovação, no fórum.

 

Digitalização na indústria química

 

Outra forma de a indústria química trabalhar em prol da sustentabilidade é adotar o processo de digitalização em suas operações. Além de facilitar as tarefas, é possível diminuir o uso de papel e também priorizar a rastreabilidade e confiabilidade dos dados.

De acordo com a pesquisa da consultoria EY, intitulada EY CEO Outlook Survey 2022, a transformação digital é a segunda questão mais proeminente às indústrias químicas em todo o mundo, perdendo apenas para segurança cibernética.Em números, quatro em cada deznegócios do segmento estão enfatizando a digitalização para cumprir as metas de sustentabilidade.

“Os fabricantes de produtos químicos já estão alavancando tecnologias como Internet das Coisas (IoT) e automação para reduzir o consumo de recursos e energia. Isto, por sua vez, precisa ser apoiado por uma infraestrutura de coleta de dados e maquinário para produção e controle de emissões”, comenta Jade Rodysill, líder na área em Química e Indústria Avançada de Materiais da EY Américas.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto: divulgação

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Brasil precisa construir alianças internacionais para criar marcos regulatórios globais que beneficiem a transição para economia verde https://tecnews.agenciafluence.com.br/brasil-precisa-construir-aliancas-internacionais-para-criar-marcos-regulatorios-globais-que-beneficiem-a-transicao-para-economia-verde/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=brasil-precisa-construir-aliancas-internacionais-para-criar-marcos-regulatorios-globais-que-beneficiem-a-transicao-para-economia-verde https://tecnews.agenciafluence.com.br/brasil-precisa-construir-aliancas-internacionais-para-criar-marcos-regulatorios-globais-que-beneficiem-a-transicao-para-economia-verde/#respond Thu, 16 May 2024 13:00:27 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=986 Os marcos regulatórios externos são influenciados pelas mudanças geopolíticas, com ideias unilateralistas, protecionistas e nacionalistas, e o enfraquecimento do multilateralismo, mas também por outros fatores, como preferências do consumidor, questões climáticas, de biodiversidade, desflorestamento e ideologias políticas. “O Brasil precisa ser estratégico, desenvolvendo uma agenda positiva e proativa, e apresentando propostas com fundamentação científica, apoiadas […]

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Os marcos regulatórios externos são influenciados pelas mudanças geopolíticas, com ideias unilateralistas, protecionistas e nacionalistas, e o enfraquecimento do multilateralismo, mas também por outros fatores, como preferências do consumidor, questões climáticas, de biodiversidade, desflorestamento e ideologias políticas. “O Brasil precisa ser estratégico, desenvolvendo uma agenda positiva e proativa, e apresentando propostas com fundamentação científica, apoiadas por uma massa crítica, por meio de alianças com outros países”, avaliou o embaixador Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) durante o webinar ABAGTALKS – Agronegócio e Geopolítica: o papel do Brasil frente às novas regulamentações estrangeiras, promovido pela ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), nesta terça-feira, dia 7 de maio.

De acordo com Azevêdo, para encontrar soluções diante da fragmentação devido à polarização de países, não é possível esperar por organismos internacionais, que estão enfraquecidos e não possuem agilidade suficiente para essa discussão. Desse modo, países precisam tomar a dianteira, especialmente, o Brasil, que possui capacidade e influência quando se trata do agronegócio. “Todos nós precisamos participar e o setor privado é a mola propulsora, com um impacto importante para que o setor público possa entender o que realmente está acontecendo. Por isso, precisa haver uma articulação entre ambos”, observou.

 

Transição para a Economia Verde

 

O trabalho de articulação promovido pelo Brasil exigirá tempo, pois será preciso formar alianças estratégicas nos mais diversos blocos, segundo Azevêdo. “No caso da segurança alimentar, os Estados Unidos podem ser um grande aliado, porque precisam enfrentar regulamentos protecionistas sem base científica. Ou seja, mesmo que os problemas não sejam idênticos, é possível encontrar temas para cooperação”, exemplificou o embaixador, que acrescentou que o Mercosul pode criar foros internacionais, junto a outros parceiros, a fim de ajudar no desenvolvimento de uma agenda internacional, com fundamentação científica, para assegurar credibilidade e para mostrar que a realidade de cada país é distinta.

Para Caio Carvalho (presidente da ABAG), o unilateralismo tem trazido desconfianças que aumentam o processo de fragmentação e de imprevisibilidade. “As reuniões sobre os marcos regulatórios externos nos mostram que não há um interesse global, o que aumenta ainda mais a crise de confiança existente”, pontuou. Corroborando com as ponderações de Azevêdo, Carvalho avaliou que é preciso estabelecer uma geopolítica de interesse global, com mercados abertos, baseada em ciência e em métricas, favorecendo o diálogo e confiança, por meio de ações proativas. “Precisamos estar à frente, liderar a narrativa, por meio de uma integração entre os setores público e privado, a fim de incluir marcos regulatórios que aceleram a transição para uma economia verde, com benefícios para os agentes do agronegócio e para a sociedade”.

Mediado por Ingo Ploger, vice-presidente da ABAG, o webinar contou com a participação de Renata Miranda (secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária), que destacou o compromisso da agricultura brasileira com a sustentabilidade. “Nosso país pode ocupar seu lugar de protagonismo ao compreender o cenário geopolítica e ao estabelecer políticas estruturantes de desenvolvimento sustentável – nos pilares econômico, social e ambiental –, reconhecendo essas novos modelos de negócios existentes”. Ela citou ainda a importância do cooperativismo e do associativismo ao respeitar o caráter setorial e regional, as condições e variáveis dos biomas, a história e a cultura local e dos povos originários para a transição tecnológica, reduzindo custos e ampliando a competividade de pequenos e médios produtores rurais.

 

Emissões de carbono

 

Outro ponto trazido por ela foi a questão do carbono na agricultura. “Nosso setor trabalha no paradoxo mágico, pois é a única que captura carbono da atmosfera e o transforma em alimento, fibra e energia. Por isso, é injusto que inclua a agricultura na contagem das emissões globais. Defendemos, portanto, as emissões líquidas, já que o agro emite enquanto captura e remove carbono”, destacou Renata, que afirmou ainda a importância do investimento em ciência para realizar a mensuração do carbono no solo, que é o que caracteriza a agricultura.

Durante o Webinar, Marcelo Regunaga (coordenador-geral do Grupo de Países Produtores do Sul – GPS, rede formada por instituições particulares e especialistas no agronegócio de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), salientou o potencial alimentar e ambiental dos quatro países. “Somos atores-chave nessas questões, por isso podemos liderar as soluções globais voltadas aos temas, uma vez que, lamentavelmente, as organizações mundiais não estão atuando de forma eficaz neste momento. Mas, precisamos avançar no trabalho em conjunto com nossos governos para entender nossa realidade, aperfeiçoar o que for possível e trabalhar para levar nosso posicionamento como um bloco para o mundo”.

Na análise de Regunaga, o agronegócio da região é precursor na implementação dos sistemas sustentáveis, como o plantio direto, o uso da biotecnologia para redução na aplicação dos agroquímicos, entre outros, com métricas e diagnósticos. “Precisamos mostrar ao resto do mundo que somos parte da solução não apenas em resolver a segurança alimentar, também a transição energética, pela diversidade de nossa região. Nesse sentido, é preciso respeitar a realidade de cada país. As restrições unilaterais sem base científica não são boas, o que significa que precisamos recuperar a governança global, por meio de uma ação conjunta entre o ente público e o setor privado”.

Foto: Reprodução

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