Uma pesquisa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostrou que passaram pelos aeroportos brasileiros 2,7 milhões de passageiros com bilhetes marcados em voos internacionais, isso somente em janeiro de 2025. Já os voos domésticos movimentaram 8,6 milhões de passageiros, resultando em 5,3% acima do registrado em janeiro de 2024.
Isso demonstra não apenas um aquecimento no setor aeroportuário, mas também a necessidade de ações sustentáveis para mitigar impactos negativos ao meio ambiente. Uma das boas iniciativas vem da concessionária Aena, que lançou recentemente o seu Plano de Ação Climática (PAC) para os 17 aeroportos administrados pela empresa no país. A meta é alcançar a neutralidade de carbono em 2035 e atingir o Net Zero em 2040, e está investindo de mais de R$ 260 milhões, a maior parte para substituição da frota de veículos que operam dentro dos aeroportos pelos de energia limpa.
Os primeiros investimentos no setor aeroportuário foram realizados em Congonhas, SP, com dez ônibus elétricos, que já proporcionaram 464 toneladas de CO2 deixadas de ser lançadas na atmosfera por ano, ou 25% de toda a emissão de combustão móvel da Aena no Brasil.“O Plano reflete nosso compromisso com uma operação aeroportuária mais eficiente, inovadora e alinhada às melhores práticas internacionais de sustentabilidade”, afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais, Comunicação e ESG da Aena Brasil.
A concessionária também recebeu a primeira certificação Airport Carbon Accreditation (ACA) de Nível 1 (medições de pegada), nos aeroportos de Recife, PE, Maceió, AL, Aracaju, SE, João Pessoa e Campina Grande, PB, Juazeiro do Norte, CE.
Combustíveis sustentáveis no setor aeroportuário
Os combustíveis também são uma pauta a ser discutida e aplicada pelas companhias. Uma delas, a LATAM, recebeu da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) o Registro de Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAF), sendo a primeira na América Latina a obter essa certificação.
O registro permite atestar que as transações desse combustível sejam realizadas forma padronizada e transparente, com o monitoramento de benefícios ambientais. “O nosso objetivo é fortalecer a rastreabilidade e a credibilidade do SAF, garantindo que seus benefícios ambientais sejam corretamente alocados, seja nas operações, seja nos relatórios de emissões de nossos clientes”, comenta Johanna Cabrera, gerente de Sustentabilidade do grupo LATAM, ao El Aéreo (reproduzido pelo AEROIN).
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: Divulgação – Aena
