Conservação de áreas florestais e segurança hídrica são algumas das motivações para assinatura de acordos entre empresas, organizações públicas e privadas. No Paraná, a Companhia de Saneamento do estado (Sanepar) firmou contrato com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) para desenvolver ações de conservação da biodiversidade e promoção da segurança hídrica no território da Serra do Mar e litoral.
O acordo prevê atuar na porção paranaense da Grande Reserva Mata Atlântica ao longo de dois anos, contribuindo na preservação de mananciais e do bioma. Com o apoio da Sanepar, a SPVS estima em uma escala de um ano capacitar 300 gestores públicos, engajar empresas e incentivar a adoção de políticas sobre o tema e ampliação de Unidades de Conservação (UCs) públicas e privadas na região.
Segurança hídrica
“Com o projeto, poderemos utilizar a educação para preservar a Serra do Mar, que nos garante a possibilidade de termos água de qualidade em Curitiba e Região Metropolitana. O que desejamos é sermos permanentemente capazes de levar esse bem tão precioso, que é água, aos nossos clientes”, aponta Wilson Bley, presidente da Sanepar.
“A manutenção de infraestrutura verde colabora de forma determinante com a mitigação dos eventos climáticos extremos e são iniciativas assim que demonstram a importância da conservação. Tudo isso serve de referência para replicação em escala no Paraná e no país”, arremata Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS.
Negócios sustentáveis
BioCidades Empreendedoras. Este é o programa de incubação de negócios desenvolvido desde 2020 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Bridge for Billions (Ponte para Bilhões), ecossistema digital de programas de empreendedorismo a empreendedores em estágio inicial, e que recentemente recebeu inscrições de negócios sustentáveis brasileiros, com foco, este ano, em São Paulo e Paraná.
A iniciativa, gerida pelo Instituto Legado de Empreendedorismo Social, vai contemplar 50 ações com foco na restauração de ecossistemas urbanos, fortalecimento da bioeconomia e promoção de soluções para a resiliência climáticas nas regiões de São Paulo e Curitiba, que juntas somam quase R$ 100 bilhões de Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).A metodologia é inspirada no Restoration Factory, da Bridge for Billions, e tem duração de seis meses. Mentorias, ferramentas práticas, validação de viabilidade de propostas e networking são as bases dessa vivência.
“A iniciativa potencializa o papel do empreendedorismo social como resposta às crises climáticas no contexto urbano. Por meio da combinação de mentoria técnica e formação empreendedora, buscamos preparar os participantes a transformar os setores produtivos estratégicos, fortalecendo cadeias de valor”, diz James Marins, presidente e fundador do Instituto Legado.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: Divulgação – Sanepar
