Saneamento

Saneamento e universalização da água envolvem iniciativas e decisão política, afirmam especialistas

Saneamento e universalização da água envolvem iniciativas e decisão política, afirmam especialistas - Fitec Tec News

De acordo com pesquisa do Instituto Trata Brasil, quase 16% da população brasileira não tem acesso à água potável e 44,5% vive sem coleta de esgoto. A busca pela universalização do saneamento, presente no Marco Legal, envolve ir além da lei e da decisão política, cuja meta é alcançar 99% de atendimento com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033 no Brasil.  Decisão política é um dos pontos a serem considerados.

É o que aponta a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante evento recente em Brasília. Para a ministra, esse desafio exige articulações entre setores público e privado, sociedade civil e comunidade científica, para que regramentos não fiquem apenas no campo das ideias, mas se tornem ações efetivas em benefício econômico, social, ambiental, cultural e, até, civilizacional.

Decisão política

“É preciso que se tenha decisão política, que se priorize essa decisão política, que se preocupe em fazer com que essas priorizações possam ter indicadores de esforço, que sejam materializados em recursos financeiros, recursos humanos e ecológicos, na capacidade de articulação e em uma visão prospectiva e de inovação tecnológica”, disse, à Agência Brasil.

A COP30, a ocorrer em novembro em Belém, PA, também traz o viés de ir além da decisão política para dar bons resultados. O evento terá entre seus painéis discussões sobre o tratamento e a gestão da água, como meios fundamentais para mitigar os efeitos das crises climáticas e melhoria da saúde pública em comunidades vulneráveis.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a cada dólar investido em saneamento, economizam-se até quatro dólares em saúde pública. Para Sibylle Muller, CEO da NeoAcqua, empresa brasileira especializada em tratamento de água e esgoto, soluções modernas, como sistemas de reuso, permitem diminuir a pressão sobre rios e aquíferos, contribuindo diretamente na preservação de biomas.

“Defendemos a ampliação de financiamentos nacionais e internacionais para a viabilidade e alcance de metas do Marco do Saneamento. Além do tratamento de efluentes com mínimo impacto, há tecnologias que permitem reciclagem e reuso de águas residuárias, com eficiência energética, economia hídrica e redução de despesas. Eis a importância de políticas governamentais, regulamentação e planejamento de longo prazo”, afirma.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto:Divulgação – NeoAcqua

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