Sustentabilidade

Programa agracia agricultores que mitigam emissões de carbono

Programa agracia agricultores que mitigam emissões de carbono - Fitec Tec News

A 3tentos, consultoria e ecossistema agrícola, por meio de seu Programa Selo Carbono, avaliou a sustentabilidade nos sistemas de produção de soja de cerca de 400 fazendas no Rio Grande do Sul, RS, e concluiu que a pegada de carbono está abaixo da média nacional. Em números, na safra 2022/23, a média foi de 576 kg de CO₂eq/ tonelada de grão e a média de carbono sequestrado na camada superficial do solo foi de 48,80tC/ha (tonelada de carbono por hectare).

Willian Jandrey, especialista em Carbono na 3tentos, explica que a pegada de carbono na produção de soja fica em uma faixa de 783 a 2.731 kg de CO₂eq/ tonelada de grãos, enquanto em outros países esses valores podem ultrapassar 5 mil kg de CO₂eq/ tonelada de grãos. “Os produtores do rio-grandenses adotam práticas de cultivo sustentável como plantio direto, rotação de culturas e cobertura de solo, com o manejo e consultoria técnica de campo proporcionada pela 3tentos”, arremata.

Quem se adequa a esses critérios recebe um selo por parte da consultoria. Como foi o caso de Piero Ilha Degrandi, proprietário de uma fazenda em Santa Margarida do Sul, com cultivo de soja, arroz e trigo.

Hoje, a fazenda utiliza 100% de insumos biológicos no sulco de semeadura e outras técnicas sugeridas pela consultoria e com isso, a propriedade obteve uma pegada de carbono de 377 kg de CO₂eq/t de soja produzida e um índice agro socioambiental de 7,07, um dos melhores resultados dessa etapa, em que foi participante pela primeira vez no programa.

“Eu sabia que tínhamos bastante mata, mas não tinha noção do tamanho da área. Achei a iniciativa muito interessante e vai nos ajudar bastante a manter e até melhorar a sustentabilidade da propriedade”, comemora.

 

Critérios do Programa

 

De acordo com a 3tentos, o Programa Selo Carbono teve um piloto lançado em 2022, com 21 fazendas no bioma Pampa e 19 fazendas no bioma Mata Atlântica, cobrindo 40 mil hectares, e utilizou as metodologias científicas conhecidas já bem conhecidas no âmbito nacional e internacional, como o GHG Protocol, IPCC e Renovabio.

A transformação dos insumos utilizados pelos agricultores em quilogramas de carbono e consequentemente a mensuração da pegada de carbono da soja e a região Norte do RS obteve os melhores resultados, devido a fatores como clima e solo. Já a Região das Missões foi a mais prejudicada por conta das estiagens no período, informa a consultoria.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto: divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *