É mais do que comprovado que a tecnologia tem um papel importante na gestão ESG e o uso de plataformas online não só facilita o processo, como também fornece dados precisos que não só enrobustecem relatórios, mas também engajem empresas e clientes.
Uma dessas é a Brasil Composta Cultiva, plataforma online criada pelo Instituto Pólis, de São Paulo, cujo propósito é a articulação política, advocacy, formação, pesquisas, trabalhos de assessoria ou de avaliação de políticas públicas, junto à sociedade civil.
Plataformas online
Voltada a catadores e gestores municipais e profissionais, por meio dessa plataforma online é possível o acesso a notícias, ferramentas, dados e cases, bem como esclarecer dúvidas sobre a gestão de resíduos sólidos orgânicos, visando ao aumento da reciclagem e à redução das emissões de metano no setor de resíduos no Brasil. A plataforma é pautada por princípios de justiça ambiental e pelo objetivo de uma transição justa no setor.
A iniciativa, apoiada pelo Global Methane Hub (GMH), a Aliança Global para Alternativas de Incineradores (GAIA) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), visa identificar e fortalecer os projetos existentes de manejo e reciclagem de resíduos orgânicos no Brasil, promovendo o acesso a informações e dados atualizados sobre ações o assunto, que ocorrem em 11 estados brasileiros e envolvem mais de 6 mil pessoas.
Aterros
Outra iniciativa é o ISOAS (Índice de Sustentabilidade Operacional de Aterros Sanitários), um aplicativo gratuito que visa melhorar a gestão de resíduos sólidos urbanos ao avaliar a sustentabilidade operacional de aterros sanitários, desenvolvido pelas Universidades Veiga de Almeida (UVA) e a do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Disponível para dispositivos Android, em breve para iOS, a ferramenta tem como foco a coleta e o armazenamento de dados de aterros, apresentando os resultados em gráficos e dashboards. O objetivo é minimizar os impactos ambientais dos aterros e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida das comunidades próximas. “O ISOAS processa os indicadores com base em um modelo matemático, gerando um valor percentual que representa o índice de sustentabilidade do aterro analisado. Cada faixa de valores percentuais recebe uma classificação de uma a cinco estrelas”, explica o professor Anderson Namen, Instituto Politécnico (IPRJ) da Uerj.
“Em seguida, o programa exibe as principais métricas e informações mais relevantes, além de permitir a exportação de arquivos em formato de banco de dados para personalização pelo usuário. O aterro sanitário precisa atender a uma série de normas. Os indicadores resultantes da análise podem sugerir ineficiências na gestão ou até incorreções”, continua Namen.
O ISOAS se baseia no índice desenvolvido pelo professor Carlos Eduardo Canejo, do Mestrado Profissional em Ciências do Meio Ambiente da UVA, com base nos indicadores técnico-ambientais, econômicos e sociais relacionados a um aterro sanitário.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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