Planejamento. Essa palavra já faz parte do vocabulário de muitas empresas, haja vista que se não for realizado, pode causar diversos prejuízos. Em sustentabilidade, principalmente a corporativa, isso não é diferente, e também envolve todos os atores dentro das organizações.
Para se ter uma noção, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI – 2023) mostra que 47% das indústrias brasileiras têm projetos ou plano de ação formal em ecoinovação, ou seja, trazer maior eficiência e competitividade reduzindo danos ao meio ambiente. Ainda de acordo com o levantamento, 30% das empresas têm trabalhos em execução e outras 17% estão com projetos aprovados para serem iniciados; 28% estão realizando estudos iniciais sobre o tema e 19% não realizam isso no momento.
Planejamento sustentável
Porém, como fazer isso com excelência?
Segundo ErynDevola, chefe de sustentabilidade da Siemens Digital Industries, e Daniel Scuzzarello, vice-presidente da Siemens Digital Industries Software para a América do Sul,para enfrentar a escassez de recursos, cumprir as metas de emissões e superar as expectativas dos clientes, as empresas precisam se um senso de urgência tardio em termos de consciência ambiental, primeiramente. Isso pode ser fomentado com ações estruturais aliadas às inovações tecnológicas, sem deixar de lado o fator humano.
“A combinação dos mundos real e digital permite a integração e a digitalização descomplicadas de toda a cadeia de valor. Esse processo fornece várias trilhas digitais interconectadas que servem como base para a inteligência coletiva, mesclando fluxos de trabalho e processos ao longo da cadeia de valor. Além disso, fornece aos projetistas o acesso a um gêmeo digital abrangente que é alimentado por resultados de simulação e dados de produção, informações sobre materiais, dados de pegada de carbono de fornecedores e produtos”, salientam.
Logística
Os especialistas destacam que para a aplicabilidade, validação e correção de erros de um projeto sustentável também envolve o uso de um software de gerenciamento do ciclo de vida do produto (PLM, na sigla em inglês), que ajuda a empresa a encontrar e comparar fornecedores potenciais utilizando requisitos de sustentabilidade em solicitações de proposta e editais, inclusive em logística, como traçado de rotas. “A simulação ajuda a otimizar as redes para percorrer menos quilômetros, otimizar as instalações do centro de armazenamento e embarque de contêineres. Ao responder a grandes questões com antecedência, as empresas podem descobrir as relações dinâmicas entre os fornecedores e o restante do projeto e desenvolvimento”, acrescentam os especialistas.
Um exemplo é aCitrosuco, produtora e exportadora de suco de laranja do Brasil, queutiliza a tecnologia Siemens para projetar e otimizar o uso e as rotas de transporte da área rural até a fábrica sem afetar a qualidade do produto, atingindo a redução de 15% na emissão de carbono e otimizando os prazos de entrega nesse trajeto.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: divulgação – Siemens
