O hidrogênio verde surgiu como uma alternativa importante em amenizar os impactos ambientais do setor energético. Em números, a Agência Internacional de Energia (IEA), a utilização desse combustível tem o potencial de economizar 830 milhões de toneladas de CO₂ por ano, em comparação com a produção convencional de hidrogênio a partir de combustíveis fósseis. As universidades estão sendo um bom apoio por meio de suas pesquisas para apresentar novas fontes de energia.
E o investimento em pesquisa é essencial para a popularização do hidrogênio verde, como o feito do Grupo Indra Energia, dedicado a levar soluções em transição energética. O objetivo das tecnologias desenvolvidas pela empresa é produzir hidrogênio verde por via fotocatalítica.
De acordo com Thiago Veiga, sócio-diretor da Indra Energia, muito embora a produção fotocatalítica não substitua a eletrólise da água, ela se apresenta como mais uma alternativa limpa e mais viável, sendo usada em uma variedade de aplicações, desde abastecer veículos como carros, caminhões e ônibus, até servir como fonte de energia para diversas indústrias.
‘’Nós reconhecemos a importância de diversificar as fontes de energia e de garantir que haja opções energéticas acessíveis para impulsionar a transição para um futuro mais sustentável para todos’’, comenta.
Universidades em destaque
Outro levantamento, este feito pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mostrou que o extrato da planta salsa-brava (Ipomoeaasarifolia), característica do Semiárido paraibano, produz eletrocatalisadores de alto desempenho na geração de hidrogênio verde.
O pesquisador Giovanni Santos afirma que o hidrogênio é uma fonte promissora, entretanto sua produção sustentável enfrenta desafios, especialmente quando obtida através da eletrólise da água por meio da Reação de Evolução do Oxigênio, que exige um gasto energético alto. “Isso leva ao uso de eletrocatalisadores eficientes. Catalisadores à base de metais de transição, como óxido de níquel [NiO], possuem vasta abundância e eficiência, eles se apresentam como alternativas aos eletrocatalisadores comerciais à base de óxidos de rutênio [RuO2] e irídio [IrO2], que possuem elevado custo”, esclarece, ao site A União.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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