Sabemos que a arte é um meio transformador e reflexivo de entendermos nosso lugar no mundo, o que inclui a crise climática e a interferência humana no meio ambiente. Os museus são grandes representantes deste movimento.
Durante a 10ª edição do Encontro Paulista Questões Indígenas e Museus (EPQIM), promovido pelo Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, em Tupã, SP, teve como mote a promoção dos conhecimentos voltados à preservação ambiental e à salvaguarda do patrimônio cultural dos territórios indígenas, inclusive com participação de integrantes do Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo), vinculado ao Ibama.
“Educadores indígenas, no evento, levantaram discussões pedagógicas e culturais sobre a educação nas aldeias e as práticas de sustentabilidade. Lideranças de aldeias do Oeste Paulista discutiram ainda o direito ao território e os desafios enfrentados pelos povos originários na demarcação de suas terras e a necessidade de conscientização sobre a preservação do patrimônio ambiental nas comunidades”, informa nota.
Museus e reflexões
Em Brumadinho, região mineira marcada pelo rompimento de barragem em 2019, o Instituto Inhotim recebeu uma série de obras de arte que levam a reflexão sobre as questões ambientais, a noção de tempo e o lugar da humanidade no mundo.
“Cada obra tem uma expressão distinta: falam sobre corpo, sobre meio ambiente, política, história e sobre nossa memória. Essas narrativas fazem uma contribuição muito grande para entendermos o nosso tempo”, diz Júlia Rebouças, diretora artística de Inhotim, ao Jornal Nacional.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto:Bruno Marqueti
