Sustentabilidade

Mercados de autopeças e logístico se empenham a favor do meio ambiente

Mercados de autopeças e logístico se empenham a favor do meio ambiente - Fitec Tec News

Um levantamento da Allied Market Research mostra que a logística digital está para alcançar receitas de US$ 155,3 bilhões até 2032. Para efeito de comparação, o investimento foi de US$ 25 bilhões em 2022. E a sustentabilidade é uma das aliadas nesse processo, por meio da digitalização, com tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA).

Contudo, o caminho é ainda longo no Brasil: especialistas apontam que essas mudanças podem levar até uma década para que o país consiga digitalizar os dados, etapa essencial antes de um avanço mais robusto. Segundo Antonio Wrobleski, presidente da BBM Logística, durante evento ocorrido em São Paulo em 2024, “o setor de logística não está pronto para operar com IA”.

“O país tem mais de um milhão de transportadoras, e 95% delas operam com menos de cinco caminhões. Essa é a realidade, e mesmo nas grandes empresas a distância entre as possibilidades da IA e as aplicações atuais é enorme, porque infelizmente temos pouca pesquisa no Brasil”, opina Wrobleski.

Certificações no setor de autopeças

Além dos desafios da digitalização, os setores logístico e de peças automotivas, as autopeças, buscam se atualizar para alcançar essas metas sustentáveis, por meio de iniciativas como as certificações e atividades de educação ambiental.

Uma delas é a RIO, especializada na fabricação desses componentes, que realiza ações na descarbonização, com a realização do Inventário de Gases do Efeito Estufa (GEEs) em 2024, incluindo os dados retroativos de 2023. O levantamento permitiu classificar a origem dos mecanismos geradores de emissões, a partir de três categorias utilizadas internacionalmente: emissões geradas diretamente pela empresa (Escopo 1), emissões geradas indiretamente por meio de energia comprada (Escopo 2), e emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor de uma empresa (Escopo 3).

Como etapa fundamental desse processo, a empresa, há oito décadas no mercado de autopeças, está para receber os primeiros Certificados de Energia Renovável Internacional, ou I-RECs, assegurando para stakeholders internos e externos a utilização auditada de energia hidrelétrica. Em relação ao Escopo Total de Emissões, 36% delas provinham do consumo de energia elétrica.

“Ao validar que a energia é limpa e renovável, por meio dos I-RECs, a RIO poderá abater mais de um terço das suas emissões totais. Como 100% das emissões do Escopo 2 são provenientes do uso de energia, por meio dos I-RECs será possível zerar as emissões nesse item”, explica Rogério C. Pereira, Coordenador da Qualidade e Meio Ambiente da companhia.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: standret – Freepik

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