Energia

Mercado de climatização oferece opções mais sustentáveis para enfrentar eventos extremos

Os eventos extremos que assolam o planeta, como as ondas de calor, por exemplo, despontaram um mercado que está em voga: o de sistemas de climatização.

De acordo com levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), em 2023, o mercado teve crescimento de 16% e, somente no primeiro semestre de 2024, foram comercializadas 2.790.821 unidades de ar-condicionado.

 

Produtos para eventos extremos

 

Contudo, diante dos efeitos dos eventos extremos, os consumidores estão em busca não apenas de espantar o calor, mas também de adquirir produtos com menos ruído, menos poluentes e que ainda tenham diferenciais, como a possibilidade do uso racional energético. E não é para menos, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) alerta que o resfriamento já é responsável por mais de 70% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), e a demanda por conforto térmico deve triplicar até 2050.

Alguns modelos ainda utilizam gases como os CFCs (clorofluorcarbonetos) que, ao serem liberados na atmosfera, prejudicam a camada de ozônio. Porém, com a adoção do Protocolo de Montreal dos anos 1990, e os avanços das pesquisas, já existem opções menos agressivas ao meio ambiente.

“Os aparelhos sustentáveis utilizam gases alternativos, como o R22 e o R410a. Alguns fabricantes já utilizam o tipo R-32, que possui um impacto ainda menor”, explica Rene Marcelino Abritta Teixeira, doutor em Engenharia Elétrica e coordenador do curso de Engenharia Elétrica da FMU, ao Terra.

 

Climatizador evaporativo

 

Uma outra alternativa é o climatizador evaporativo, cuja diferença dele entre o ar-condicionado está por reduzir a temperatura de maneira eficaz, ao mesmo tempo em que filtra o ar para todo o ambiente de maneira uniforme.

“Com esse climatizador, é possível manter abertas as portas de galpões de indústrias, depósitos e outras estruturas. Sua tecnologia permite ainda a circulação de pessoas, sem que haja interferência ou prejuízos na climatização e renovação do ar”, explica o Juan Carlos Ormachea, que responde pela fabricante Ecobrisa, ao site Segs.

O empresário destaca ainda que o sistema é capaz de fornecer umidificação do ar em climas muito secos, além de redução na conta de energia, já que independem do princípio natural da evaporação da água para resfriar o ambiente, como é feito nos aparelhos de ar-condicionado comuns.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: divulgação

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