O Brasil engrena o ano com perspectivas otimistas para a reciclagem: um aporte de R$ 122,8 milhões, oriundo do governo federal, bancos estatais e fundações, será destinado ao desenvolvimento de novas tecnologias, capacitação de catadores e fortalecimento da logística reversa em todo o território brasileiro.
A iniciativa, viabilizada pela recém-regulamentada Lei de Incentivo à Reciclagem, busca profissionalizar o setor e ampliar a inclusão socioeconômica dos catadores, responsáveis por grande parte da triagem e coleta de resíduos. Nesse cenário, a Polen, startup brasileira de logística reversa de embalagens, está no rol de empresas oficialmente habilitadas pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) para tal função, sendo a primeira homologação do tipo concedida a uma startup.
Potencial brasileiro
“Com o apoio do MMA e os investimentos previstos para o setor, temos uma oportunidade única de consolidar o Brasil como líder em economia circular. Nosso papel será garantir que esses recursos se transformem em impacto positivo na ponta, gerando valor para cooperativas, empresas e sociedade”, destaca Renato Paquet, CEO da Polen.
O potencial brasileiro é apresentado por outra empresa que está com grandes expectativas, a ADN Bio, especialista em produtos biodegradáveis a partir de óleo residual, que pretende um crescimento de 15% nas vendas no primeiro semestre de 2025 e planeja explorar novos nichos de mercado depois de um ano com resultados positivos e avanços na operação.
Em 2024, foram produzidos cerca de 680 mil litros de produtos como desmoldantes, desengraxantes e saneantes, que substituem os químicos utilizados em processos industriais, atendendo às normativas trabalhistas e ambientais. Dois novos itens devem ser lançados no primeiro trimestre, ambos voltados ao setor de fibrocimento e telhas de cerâmica.
Também desenvolve projetos de conscientização ambiental e da coleta de óleo vegetal residual em parceria com escolas, prefeituras e empresas.“Nossos produtos são fabricados a partir de base vegetal e substituem os químicos com laudo de biodegradáveis. Sendo assim, ao utilizá-los, a empresa está cumprindo todas as normativas trabalhistas e ambientais”, afirma Adriana Machado,sócia-proprietária da ADN Bio.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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