Com um litoral com 7.367 km, banhado a leste pelo oceano Atlântico, o Brasil tem um potencial de turismo combinado com sol, areia e água salvada relevante por meio de de praias exuberantes, o que também amplia a sustentabilidade náutica, ou seja, o impulso para administradores de marinas e fabricantes de embarcações aquáticas a colocarem na ponta do lápis o conceito ESG em suas operações.
Um bom exemplo vem das marinas da Glória e de Paraty, ambas no Rio de Janeiro, que receberam recentemente a certificação ISO 14001, cujo processo durou oito meses, o que incluiu adequações e treinamentos para aprimorar o sistema de gestão ambiental já implementado pela BR Marinas, responsável pelos dois pontos de atracação.
Para Gabriela Lobato Marins, CEO da BR Marinas, ao O Globo, sustentabilidade é um compromisso diário e, para tanto, a organização padronizou a lavagem das embarcações em área específica para armazenamento de produtos químicos e adotou um processo rigoroso de higienização e de manutenção da central de coleta seletiva.
Marinas e Bandeira Azul
Outra região que comemora seu trabalho em sustentabilidade é a cidade de Ubatuba, SP, que foi agraciada com a Bandeira Azul, certificação oferecida pela Fundação para Educação Ambiental (FEE), uma ONG dinamarquesa, que elencou duas marinas da cidade dentre as 11 reconhecidas na temporada 2024/2025: a Dársena Voga Marine e o Centro Náutico Kauai.
O selo internacional de qualidade ambiental é atribuído anualmente a praias, marinas e embarcações de turismo que cumprem critérios de qualidade da água, segurança, educação, conservação e gestão pautadas na esfera ambiental.“Isso é particularmente importante para uma cidade como Ubatuba, onde o turismo, principalmente o ecológico e de praia, é uma das principais fontes de renda e desenvolvimento econômico. Marinas sustentáveis reduzem impactos ambientais, o que melhora a qualidade de vida dos moradores”, acrescenta Bruno Oliveira, secretário de turismo.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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