Resíduos

Itens de uso único desafiam o ciclo sustentável em toda a sociedade

Itens de uso único desafiam o ciclo sustentável em toda a sociedade - Fitec Tec News

Você vai ao supermercado para comprar algumas frutas e legumes, pega aqueles sacos de acondicionamento e, na pesagem, é colada uma etiqueta com o valor a ser pago. E, ao chegar em casa, qual o destino final desse saquinho? E a etiqueta? O ciclo sustentável desses produtos é a questão em evidência.

Pois os itens de uso único estão na demanda ambiental em todo o globo. Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgados pela National Geographic Brasil, revelam que 98% dos produtos plásticos de uso único são provenientes de combustíveis fósseis, aumentando o impacto sobre a quantidade de emissão de gases de efeito estufa (GEE).

Para estimular soluções e possibilidades, o Idesam, órgão que promove a valorização e o uso sustentável de recursos naturais na Amazônia, está com a Chamada “Elos da Amazônia 2025 – Edição Desafio Industrial: Resíduos de Fitas”, iniciativa da entidade e do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio).

O edital oferece R$ 700 mil para a proposta que tenha em seu DNA a melhor solução que dê um destino mais sustentável aos resíduos sólidos de fitas industriais no Polo Industrial de Manaus. A vencedora também receberá consultorias de estruturação do negócio, acesso a investidores e incubadoras, apoio na preparação de projetos para receber aporte via Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e destaque na vitrine de captação do PPBio por favorecer o ciclo sustentável.

“A lógica da inovação aberta é fundamental nesse processo: a indústria reconhece que não precisa ter todas as respostas dentro de casa, e se abre para soluções externas mais criativas, escaláveis e conectadas ao território”, diz Paulo Simonetti, gerente de Inovação Aberta e ESG do Idesam.

Pesquisa e desenvolvimento para ciclo mais sustentável

Como visto, um grande desafio está nas fitas adesivas, que dependendo dos compostos são consideradas rejeitos e acabam por parar em aterros sanitários. A fim de superar essa demanda, empresas estão se empenhando em pesquisa e desenvolvimento de produtos que sejam menos agressivos para o meio ambiente.

Uma das fabricantes, a 3M, conta com uma Célula de Pesquisa e Desenvolvimento, no Amazonas, para produzir tecnologias de reciclagem de polímeros e aumentar a circularidade dos produtos e processos da companhia, em resposta às demandas regulatórias, sociais e ambientais.

“Apostamos no desenvolvimento de insumos inovadores à base de óleos e fibras naturais que podem ser incorporados em adesivos, fitas, sistemas de polimento, injeção de plástico e embalagens sustentáveis. Nosso objetivo é criar produtos que atendam às demandas de nossos clientes e sejam benéficos ao meio ambiente”, explica Eduardo Araújo, gerente da planta fabril da 3M em Manaus, ao Jornal do Commercio.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Acervo Idesam

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