Net Zero. Essa palavra (Net Zero Carbon Emissions) já está sendo adotada e aplicada nas empresas que querem reduzir e/ou eliminar as emissões líquidas de carbono (CO₂), a fim de desacelerar o processo de aquecimento global e mudanças climáticas, até o prazo de 2050.
Para endossar e fomentar essa conscientização, a ISO (Organização Internacional para Padronização), está desenvolvendo seu primeiro padrão internacional para o Net Zero, a ser lançado que durante a COP30, em novembro de 2025, no Pará. Anotícia foi dada durante a London Climate Action Week, em junho, por Noelia Garcia Nebra, chefe de Sustentabilidade da ISO.
Padrão Net Zero da ISO
Para Marilena Lino Lavorato, idealizadora do Programa Benchmarking Brasil, em artigo ao site O Acionista, o padrão Net Zero da ISO evoluiu a partir de diretrizes lançadas na COP27 (2022, Egito), incluindo o envolvimento de órgãos nacionais de padrões de mais de 170 países e uma consulta pública que deve ser aberta no final de 2025.
“Com o respeito e confiança da certificação ISO, a sustentabilidade e o ESG ganham grande reforço no combate ao greenwashing aumentando a confiança pública nas declarações das emissões líquidas zero das empresas. Um passo consistente em direção as melhores práticas de governança”, frisa a articulista.
Rumo à transição
Um estudo da consultoria Mckinsey, revelou que a regularização do mercado de carbono aliada ao preço de US$ 20 por tonelada possibilitaria o financiamento de iniciativas de descarbonização para atingir o net zero até 2050 e ainda garantiria uma produtividade adicional.
“O Brasil tem o maior potencial de sequestro de carbono do planeta, de aproximadamente duas gigatoneladas/ano, sendo que o mundo vai precisar de entre oito e 13 gigatoneladas de sequestro em 2050 para chegar ao net zero, segundo o IPCC”, diz Henrique Ceotto, sócio da McKinsey&Company no país, ao Valor.
A consultoria ainda estima que com essa transição, poderia gerar um aumento de US$ 34 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB), a criação de até 3,8 milhões de empregos e provar o potencial brasileiro como protagonista global.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: reprodução
