Há pessoas que investem na bolsa de valores, em criptomoedas ou no velho e bom cofrinho, físico e digital. Na outra ponta, muitas também pensam em como ajudar o planeta, e aplicam seu dinheiro em ativos florestais, ou seja, prática que envolve o alto potencial de rentabilidade e impactos positivos das florestas plantadas.
De acordo com matéria publicada pelo Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), a projeção realizada pelo IBF mostra que o negócio florestal pode gerar uma receita de R$1,5 milhões por hectare até o final do seu ciclo: “A valorização da madeira, da terra e dos incrementos biológicos ao longo dos anos, são fatores que permitem uma elevada taxa de retorno. O IBF administra um complexo de áreas aptas para o plantio de Mogno Africano, em Minas Gerais. Para tornar-se investidor não é necessário ter conhecimento técnico sobre a espécie nem em gestão florestal, já que o local possui estrutura e equipe técnica para isso”, frisa nota.
Ativos florestais
Para Renata Brito, gestora no Instituto, um plantio de 6 hectares conduzido pelo IBF, estima-se retorno superior a R$ 10 milhões: “A valorização, porém, não ocorre do dia para noite. Acontece ao longo dos anos, conforme o crescimento das árvores, e o retorno financeiro, resultante da venda da madeira, tende a ser expressivo”, comenta a especialista.
Aos investidores que buscam diversificação e proteção contra a desvalorização da moeda, as florestas plantadas no Brasil representam uma excelente oportunidade de preservar recursos, mantendo-os seguros contraincertezas econômicas”, salienta Brito.
Planejamento
Como toda a operação, se faz necessário um planejamento prévio. Em entrevista ao InfoMoney, Ederson de Almeida, da Consufor, explica que esse fundo de investimento em participações pode durar 20 anos até seu encerramento, e a maior fonte de retorno parte da venda de madeira utilizada para fins diversos por empresas de setores como papel e celulose, siderurgia e imobiliário.
“Por força do Código Florestal Brasileiro, os fundos são obrigados a dedicar praticamente a mesma medida a áreas que permaneçam intactas e protegidas, de reserva legal e preservação permanente. O valor de mercado das florestas de eucaliptos e, em menor medida, de pinus nos portfólios dos gestores corresponde a um valor aproximado de R$ 16,2 bilhões, considerado o fluxo de caixa projetado com a venda das madeiras trazido a valor presente”, conclui o consultor.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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