Sustentabilidade

Indústria naval se aprimora para seguir regramentos em prol de um futuro mais sustentável

Indústria naval se aprimora para seguir regramentos em prol de um futuro mais sustentável - Fitec Tec News

A indústria naval conta com uma série de regramentos como objetivo garantir a segurança, a proteção ambiental e a eficiência operacional, definidos por organizações internacionais como a Organização Marítima Internacional (IMO) e entidades regionais, além de autoridades nacionais de cada país, que implementam e fiscalizam essas diretrizes.

Essas questões regulatórias também estão se atualizando para, por exemplo, mitigar danos ambientais e tornar as embarcações mais seguras e sustentáveis, o que inclui também integrar tecnologias com essa premissa, como a Inteligência Artificial (IA) e a Internet das Coisas (IoT).

 

Setor naval

 

Thiago Nascimento, CEO da fabricante de embarcações Maritime Ship Service, esclarece que, para os players do setor naval, essa conformidade regulatória envolve a adaptação às novas normativas ambientais. “O Regulamento de Emissões de Enxofre e a limitação de emissões de CO2, da IMO, são exemplos de diretrizes que exigem grandes investimentos em tecnologias mais limpas e eficientes, como combustíveis alternativos e sistemas de propulsão mais ecológicos”, aponta.

Também salienta que para uma transição mais ecológica, as empresas podem utilizar inovações presentes em outros segmentos, como eficiência energética, o uso de gás natural liquefeito (GNL), painéis solares e velas para impulsionar a propulsão, bem como a busca por certificações, como ISO 14001 (Gestão Ambiental) e ISO 9001 (Gestão de Qualidade) em suas operações.

“Embora a adaptação às novas regulamentações exija investimentos e esforços significativos, também oferecem oportunidades valiosas às empresas que conseguirem inovar e se adaptar rapidamente. A chave para o sucesso será, sem dúvida, a capacidade de alinhar as demandas regulatórias com as estratégias de inovação e sustentabilidade”, endossa Nascimento.

 

Questão governamental

 

No âmbito federal, um grupo de trabalho (GT) criado ano passado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), pretende apresentar até junho uma proposta para a formação de um marco legal, com foco em avaliar o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis de navegação.

Segundo matéria do site Eixos, a possibilidade de um acordo na IMO para precificar emissões de carbono dos navios, bem como a adoção de novos combustíveis e o movimento da indústria para substituir suas embarcações culminaram na urgência de uma estratégia nacional do tema.

Além dos combustíveis sustentáveis de navegação, há outros subgrupos a serem discutidos pelo GT, como Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês) e mercado de combustíveis aquaviários.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto: IakovFilimonov; Bearfotos – Freepik

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