Água e efluentes

Fibra de coco para tratamento de água é tema de pesquisa

Fibra de coco para tratamento de água é tema de pesquisa - Fitec Tec News

Os coqueiros estão em 280 mil hectares cultivados no Brasil, distribuídos, praticamente, em quase todo o território nacional com produção equivalente a dois bilhões de frutos, apontam estatísticas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Pesquisa aponta que a fibra de coco pode ser usada no tratamento de água.

Pois este alimento tão presente na culinária brasileira pode ser um aliado na despoluição das águas. A estudante do Ensino Fundamental Rafaela Chassot de Almeida, de Itajaí, SC, está pesquisando como as fibras de coco podem ser agentes no tratamento hídrico. Para tanto, a aluna utilizou agentes e corantes em três frascos com água poluída e concluiu que as fibras são capazes de remover determinados contaminantes presentes no líquido.

 

Resíduos da fibra de coco

 

O experimento faz parte das aulas de Iniciação Científica do Colégio Bom Jesus, iniciadas em 2023 e para este ano, Rafaela pretende dar continuidade ao projeto intitulado “Utilização de resíduos da fibra do coco para tratamento de água: uma abordagem sustentável na remoção de poluentes”, e posteriormente desenvolver um filtro, por meio de um agitador.

A ideia foi premiada na Feira de Iniciação Científica do Colégio ano passado com o certificado Renault de Inovação, na categoria “Terra”. “O coco tem uma estrutura porosa, capaz de reter os sedimentos. Por conta dessa característica, as fibras já têm o poder de absorver nutrientes e com os agentes e o corante foi possível verificar isso melhor ainda”, analisa Rafaela.

Cascas de frutas e vegetais, como arroz e a banana, já são utilizadas como mecanismo de eliminação de resíduos. O diferencial do trabalho da estudante está em usar do mesocarpo da casca do coco, o que ainda não tinha sido testado,como um grande potencializador na preservação das águas. “Agora, queremos potencializar o experimento com a agitação da água e o controle de temperatura, o que vai nos mostrar novos resultados”, explica Rafael Faria Giovanella, professor e orientador de Rafaela.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: divulgação

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