Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br Indústria e Meio Ambiente em Pauta Fri, 19 Sep 2025 13:00:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://tecnews.agenciafluence.com.br/wp-content/uploads/2025/08/cropped-TECNEWS-750x123xc-1-32x32.png Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br 32 32 Uso de graxa de alta performance pode gerar uma economia de mais de R$ 4 milhões em manutenção https://tecnews.agenciafluence.com.br/uso-de-graxa-de-alta-performance-pode-gerar-uma-economia-de-mais-de-r-4-milhoes-em-manutencao/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=uso-de-graxa-de-alta-performance-pode-gerar-uma-economia-de-mais-de-r-4-milhoes-em-manutencao https://tecnews.agenciafluence.com.br/uso-de-graxa-de-alta-performance-pode-gerar-uma-economia-de-mais-de-r-4-milhoes-em-manutencao/#respond Fri, 19 Sep 2025 13:00:58 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3624 Com uma produção anual que supera a marca de 30 milhões de toneladas de aço, conforme revela o estudo do Instituto Aço Brasil, a siderurgia brasileira figura como um setor de operação contínua, no qual é comum que o maquinário esteja em funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana. Nessa dinâmica, cada parada […]

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Com uma produção anual que supera a marca de 30 milhões de toneladas de aço, conforme revela o estudo do Instituto Aço Brasil, a siderurgia brasileira figura como um setor de operação contínua, no qual é comum que o maquinário esteja em funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana. Nessa dinâmica, cada parada para manutenção pode acarretar prejuízos de mais de R$ 700 mil reais, como é o caso de pausas no funcionamento de equipamentos como máquinas de lingotamento contínuo. Inovações para garantir uma operação contínua e maior vida útil de componentes industriais, como o uso de graxa, tem sido soluções pontuais.

Para evitar esse tipo de prejuízo, produtos de alta performance tem integrado cada vez mais os processos de manutenção nas plantas siderúrgicas, em especial no caso de lubrificantes, que garantem a operação contínua e o aumento da vida útil de componentes industriais. A graxa Mobil Centaur XHP™ 462, por exemplo, formulada com complexo de cálcio sulfonato, oferece resistência a altas temperaturas e à lavagem por água, fatores cruciais para a operação. Com a capacidade de resistir com eficiência a condições operacionais críticas, a Mobil Centaur XHP™ 462 pode ficar mais tempo em serviço, o que permite uma redução na taxa de injeção de graxas novas, reduzindo o consumo do maquinário.

 

Benefícios da graxa de alta performance

Utilizada para reduzir travamentos recorrentes dos distribuidores de graxa, que resultavam em falhas de lubrificação e quebras de rolamento – devido a uma operação que impõe elevadas temperaturas e submete o equipamento à intensa lavagem por água – a graxa Mobil Centaur XHP 462 reduziu em 48% o índice de falha dos equipamentos, gerando uma economia de mais de R$ 4,26 milhões para a siderúrgica em que foi aplicada.

A aplicação de Mobil Centaur XHP 462 foi sugerida após mais de 130 horas de acompanhamento da operação, na mencionada planta siderúrgica, por parte dos especialistas da Moove, multinacional brasileira responsável pela produção e pela distribuição de lubrificantes Mobil no Brasil.

Além do benefício financeiro e para o maquinário, a migração para a tecnologia sugerida pelos especialistas promoveu a redução de 24 toneladas de graxa que deixaram de ser descartadas pela siderúrgica e a diminuição em 30% na necessidade de intervenções humanas para manutenção de desvios e troca dos segmentos.

Confira os detalhes do case de sucesso em:  https://www.youtube.com/watch?v=LBEke0yoyew

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Projeto Sol Furnas aposta em energia limpa para impulsionar desenvolvimento regional no Sul de Minas Gerais https://tecnews.agenciafluence.com.br/projeto-sol-furnas-aposta-em-energia-limpa-para-impulsionar-desenvolvimento-regional-no-sul-de-minas-gerais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=projeto-sol-furnas-aposta-em-energia-limpa-para-impulsionar-desenvolvimento-regional-no-sul-de-minas-gerais https://tecnews.agenciafluence.com.br/projeto-sol-furnas-aposta-em-energia-limpa-para-impulsionar-desenvolvimento-regional-no-sul-de-minas-gerais/#respond Thu, 18 Sep 2025 17:00:41 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3621 A Empresa de Desenvolvimento Regional do Sul de Minas (EDERSUL) lançou, no último mês, o Projeto Sol Furnas, que alia geração de energia solar com estratégias de desenvolvimento sustentável. O objetivo é viabilizar a preservação do Lago de Furnas, ao mesmo tempo em que impulsiona o turismo e valoriza a identidade cultural da região. O […]

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A Empresa de Desenvolvimento Regional do Sul de Minas (EDERSUL) lançou, no último mês, o Projeto Sol Furnas, que alia geração de energia solar com estratégias de desenvolvimento sustentável. O objetivo é viabilizar a preservação do Lago de Furnas, ao mesmo tempo em que impulsiona o turismo e valoriza a identidade cultural da região.

O projeto contempla a construção de usinas solares em todos os municípios do entorno, reduzindo a dependência da geração hidrelétrica e contribuindo para a manutenção da cota mínima do lago. Essa medida busca garantir o potencial turístico do destino e oferecer mais segurança energética ao Sul de Minas.

De acordo com a EDERSUL, a implantação será feita por meio de parcerias público-privadas, com etapas de conscientização e adesão dos municípios. As primeiras unidades deverão entrar em operação em breve, dentro de um planejamento que prevê até 165 usinas solares ao longo de 15 anos. A ação também integra a infraestrutura elétrica já existente, otimizando investimentos e ampliando a eficiência do sistema.

 

Projeto Sol Furnas

O Projeto Sol Furnas se insere em um cenário em que Minas Gerais ocupa posição de destaque nacional na geração de energia solar, responsável por cerca de 36% da produção brasileira. Essa condição favorece a atração de investimentos, amplia a competitividade e fortalece a transição para uma matriz energética mais diversificada e menos dependente das hidrelétricas.

Segundo o presidente da EDERSUL, Braz Pagani, ao combinar inovação tecnológica, responsabilidade ambiental e desenvolvimento econômico, a iniciativa representa um marco para a região do Lago de Furnas. “A proposta reforça o papel estratégico da energia renovável no Brasil e aponta caminhos para garantir equilíbrio entre turismo, preservação ambiental e segurança energética”, acrescenta.

O Projeto Sol Furnas foi oficialmente lançado em evento realizado no Teatro Capitólio, em Varginha, no último dia 21 de agosto. A cerimônia contou com a participação e apoio da Câmara Municipal de Varginha, da Prefeitura Municipal de Varginha e da Secretaria de Cultura e Turismo do Estado de Minas Gerais, além da presença da Ambasp, representada por seu presidente Leonardo Ciacci, e da Alago, representada por seu presidente Cristiano Silva, em parceria com o empresário Wilson Corrêa, integrante da EDERSUL. No evento, foi apresentada a proposta de implementação da solução de não utilização das águas para assegurar a manutenção da cota 762, iniciativa que tem o apoio do Governo de Minas, por meio da Secult. Além disso, durante a solenidade, a Câmara Municipal de Varginha, através do seu presidente Marquinhos da Cooperativa, homenageou o Secretário de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, com a Comenda do Mérito Cultural, a maior honraria concedida pelo legislativo municipal.

 

Foto: Daniel Ferreira Benetorio

Legenda: No evento, o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais recebeu Comenda de Mérito Cultural

 

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Tecnologia ERP se alinha ao ESG em prol da sustentabilidade operacional https://tecnews.agenciafluence.com.br/tecnologia-erp-se-alinha-ao-esg-em-prol-da-sustentabilidade-operacional/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=tecnologia-erp-se-alinha-ao-esg-em-prol-da-sustentabilidade-operacional https://tecnews.agenciafluence.com.br/tecnologia-erp-se-alinha-ao-esg-em-prol-da-sustentabilidade-operacional/#respond Thu, 18 Sep 2025 13:00:10 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3618 A tecnologia ERP (Enterprise Resource Planning) tem como foco a integração e automatização de processos como finanças, vendas, compras e cadeia de suprimentos, centralizando as informações e fornecendo uma visão única do andamento das operações. Uma pesquisa da consultoria HG Insights apontou um crescimento dessa tecnologia em 2024, com investimentos US$183 bilhões com o software […]

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A tecnologia ERP (Enterprise Resource Planning) tem como foco a integração e automatização de processos como finanças, vendas, compras e cadeia de suprimentos, centralizando as informações e fornecendo uma visão única do andamento das operações.

Uma pesquisa da consultoria HG Insights apontou um crescimento dessa tecnologia em 2024, com investimentos US$183 bilhões com o software ao longo do ano, independentemente do negócio empregado.E esse recurso também está sendo usado na otimização da sustentabilidade, sendo um aliado nesses processos.

“Por décadas, o ERP sustentou os processos críticos das organizações, mas a longevidade desses sistemas também trouxe um desafio: o legado tecnológico. Com a adoção de Inteligência Artificial (IA), aprendizado de máquina, automação e uso de analytics, é possível automatizar, prever e aprender com os dados”, salienta levantamento da consultoria EY.

Para Guilherme Carrullo, presidente da MXM Sistemas, provedora nacional,o sistema é ideal para organização de dados. “É uma grande vantagem, porque ajuda muito no cumprimento de regras de compliance, controle e otimização de processos, análises e insights de inteligência, entre outras vantagens que são muito importantes para qualquer negócio”, explica ao Portal ERP.

Tecnologia ERP na descarbonização

As operações dessas desenvolvedoras também incorporam a agenda ESG, um plus que vai além de um produto, como no caso da LWSA, ecossistema de soluções digitaisàs mais diversas áreas, inclusive Commerce, Gestão e ERP, Serviços Financeiros e Presença Digital.

Atualmente, a empresa reúne 11 unidades de negócio e 14 marcas sob uma mesma governança, o que proporcionou a consolidação de uma única estrutura jurídica e operacional, além de impulsionar a aceleração do compromisso de neutralizar suas emissões de carbono até 2030.

Em 2024, a LWSA compensou todas as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) dos escopos 1, 2 e 3, referente às emissões de 2023, por meio da aquisição de créditos de carbono certificados, com o projeto REDD+ Jari Amapá, e desde 2016, adota o uso de energia 100% renovável comprada no mercado livre. Já na cadeia de suprimentos, iniciou-se a implementação de um sistema de compras com critérios ESG para mapear e avaliaros riscos entre fornecedores.

“Temos um plano de ESG estruturado, que agora se fortalece com a integração das marcas. Nosso desafio está em manter uma cultura corporativa alinhada, refletida nas metas de sustentabilidade e na gestão do negócio como um todo”, diz Otávio Dantas, vice-presidente de Gestão, Estratégia e Pessoas da LWSA.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Shutterstock

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Indústria têxtil catarinense produz tecido que reduz em até 90% o consumo de água e emissões de CO₂ https://tecnews.agenciafluence.com.br/industria-textil-catarinense-produz-tecido-que-reduz-em-ate-90-o-consumo-de-agua-e-emissoes-de-co%e2%82%82/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=industria-textil-catarinense-produz-tecido-que-reduz-em-ate-90-o-consumo-de-agua-e-emissoes-de-co%25e2%2582%2582 https://tecnews.agenciafluence.com.br/industria-textil-catarinense-produz-tecido-que-reduz-em-ate-90-o-consumo-de-agua-e-emissoes-de-co%e2%82%82/#respond Wed, 17 Sep 2025 13:00:24 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3615 Em um setor historicamente associado ao alto consumo de recursos naturais, a indústria têxtil brasileira começa a trilhar um novo caminho e a catarinense Diklatex se posiciona na vanguarda dessa transformação. O Rise Dunkel, artigo têxtil que combina alta funcionalidade e rendimento, é produzido com um processo de baixíssimo impacto ambiental, graças à tecnologia de tingimento […]

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Em um setor historicamente associado ao alto consumo de recursos naturais, a indústria têxtil brasileira começa a trilhar um novo caminho e a catarinense Diklatex se posiciona na vanguarda dessa transformação. O Rise Dunkel, artigo têxtil que combina alta funcionalidade e rendimento, é produzido com um processo de baixíssimo impacto ambiental, graças à tecnologia de tingimento sustentável Dope Dyeing, trazendo benefícios ambientais como menor consumo de água e emissão de CO2.

O Dope Dyeing elimina uma das etapas mais poluentes do tingimento convencional, incorporando os pigmentos diretamente ao polímero na produção do fio. Isso permite uma redução de até 90% no consumo de água, 98% de produtos químicos, 60% nas emissões de CO₂ e uma diminuição de 90% na geração de efluentes, resultados que colocam o produto entre os mais sustentáveis do mercado.

Em um setor que consome cerca de 3.000 litros de água por quilo de tecido, ou cerca de 2.700 litros por camiseta e é responsável por até 15% das emissões globais de carbono e 20% da poluição industrial da água, a tecnologia Dope Dyeing da Diklatex representa um marco. Ao eliminar até 90% do consumo hídrico e 98% de produtos químicos, o Rise Dunkel estabelece um novo patamar de performance ambiental e responsabilidade industrial, destaca a empresa.

 

Inteligência ambiental no consumo de água

Para isso, a Diklatex investe na transformação estrutural do seu modelo de negócio. Desde 2023, opera 100% com energia elétrica proveniente de fontes renováveis e rastreáveis. A modernização do parque fabril também permitiu uma redução de até 60% no consumo hídrico por quilo de tecido produzido, graças a máquinas de última geração com baixa relação de banho.

No eixo de economia circular, 21% da produção atual já utiliza matérias-primas recicladas, com uma meta robusta de chegar a 35% até 2028. Paralelamente, a empresa destina 1% do faturamento líquido para pesquisa e desenvolvimento em inovação sustentável, com previsão de ampliar esse percentual para 2,5% nos próximos quatro anos.

“Estamos vivendo uma transição necessária e urgente. Descarbonizar processos, reduzir consumo de água e ampliar o uso de materiais sustentáveis deixou de ser diferencial e se tornou obrigação ética para qualquer indústria comprometida com o futuro do planeta”, afirma André Jativa, CEO da Diklatex.

Ao integrar inovação, responsabilidade ambiental e desenvolvimento de materiais de alta performance, a empresa consolida sua posição como protagonista na construção de uma indústria têxtil mais limpa, circular e regenerativa.

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Pesquisa inovadora utiliza resíduos da indústria de papel para desenvolver hidrogéis úteis à agricultura https://tecnews.agenciafluence.com.br/pesquisa-inovadora-utiliza-residuos-da-industria-de-papel-para-desenvolver-hidrogeis-uteis-a-agricultura/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=pesquisa-inovadora-utiliza-residuos-da-industria-de-papel-para-desenvolver-hidrogeis-uteis-a-agricultura https://tecnews.agenciafluence.com.br/pesquisa-inovadora-utiliza-residuos-da-industria-de-papel-para-desenvolver-hidrogeis-uteis-a-agricultura/#respond Wed, 17 Sep 2025 11:00:17 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3612 Resíduos da indústria de diversos setores frequentemente representam um problema para a sociedade e o meio ambiente, já que podem ser tóxicos e poluir, por exemplo, a água e o solo. Uma pesquisa inovadora desenvolvida no Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Lavras (DCF/Esal/UFLA) busca oferecer uma alternativa sustentável aos resíduos da indústria […]

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Resíduos da indústria de diversos setores frequentemente representam um problema para a sociedade e o meio ambiente, já que podem ser tóxicos e poluir, por exemplo, a água e o solo. Uma pesquisa inovadora desenvolvida no Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Lavras (DCF/Esal/UFLA) busca oferecer uma alternativa sustentável aos resíduos da indústria de papel, produzindo hidrogéis à base de nanofibrilas de celulose (NFC) que podem ser utilizados em toda a escala produtiva de diversas culturas agrícolas.

Os testes de aplicação indicaram a efetividade do hidrogel na germinação de sementes, em substituição ao ágar (um tipo de substrato que contribui para o desenvolvimento da planta), e no enraizamento de mudas, substituindo a vermiculita (um mineral utilizado para melhorar as propriedades físicas e químicas dos substratos de cultivo), além de ser utilizado no plantio como alternativa a outros hidrogéis comerciais para culturas de café e eucalipto. Os hidrogéis podem ter o formato de discos ou microesferas, a depender da finalidade ou etapa de uso.

Além disso, as pesquisas indicam que os hidrogéis à base de nanofibrilas de celulose possuem excelente capacidade de armazenamento hídrico, chegando a absorver até 1500% de seu peso em água, o que contribui para mitigar os efeitos de estiagens nas lavouras, já que proporcionam a liberação gradual da água no solo. Os hidrogéis apresentaram, ainda, potencial para retenção de nutrientes e fertilizantes, garantindo uma liberação controlada desses substratos e reduzindo a poluição do solo devido ao uso indiscriminado de defensivos agrícolas.

“Esse é um produto que abrange o reaproveitamento de resíduos, a economia circular e a análise de ciclo de vida de produtos. Isso o torna extremamente sustentável, podendo ser um grande aliado da agricultura no enfrentamento às secas e às mudanças climáticas globais”, comenta o professor da Escola de Ciências Agrárias de Lavras (Esal/UFLA) Lourival Marin Mendes.

 

Produção de hidrogéis

A pesquisa possibilita transformar resíduos comuns, como tubos de papelão, em materiais avançados com alto desempenho, com aplicações práticas e sustentáveis. A nanotecnologia empregada no estudo é inovadora pois, por meio da escala nanométrica, têm-se uma alta área superficial de contato, formando estruturas em gel mais fortes e estáveis. Essa formação de redes nanoestruturadas torna o hidrogel mais eficiente para uso agrícola.

Além dos resíduos de papel, como está sendo utilizado no estudo, a tecnologia para a produção de hidrogéis pode ser empregada em outros tipos de materiais celulósicos, como cascas e serragens, expandindo as possibilidades de reaproveitamento de outros resíduos dessa indústria.

 

Equipe e etapas da pesquisa

O estudo é uma iniciativa do grupo de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Biomateriais (PPGBiomat/UFLA), liderada pelo professor Lourival Marin Mendes. A pesquisa é conduzida por meio de uma parceria entre o Laboratório de Nanotecnologia (Complexo Biomat), sob responsabilidade do professor Gustavo Henrique Denzin Tonoli (Esal/UFLA), o Laboratório de Cultivo in vitro de Espécies Florestais, coordenado pelo professor Gilvano Ebling Brondani (Esal/UFLA), e o Viveiro Florestal, todos vinculados ao Departamento de Ciências Florestais da Universidade, que completa 45 anos do curso de graduação em Engenharia Florestal em setembro de 2025.“Ao longo de seus 45 anos de curso de graduação, o DCF implementou três programas de pós-graduação: Engenharia Florestal (1993), Ciência e Tecnologia da Madeira (2006) e Engenharia de Biomateriais. As dissertações e teses defendidas nesses programas resultaram em artigos de alto impacto, patentes, bem como tecnologias aplicadas aos setores florestal e agropecuário do Brasil e do mundo”, comenta o professor Lourival.

A equipe responsável por essa e diversas outras frentes da pesquisa é composta por docentes, bolsistas de pós-doutorado, discentes da pós-graduação e bolsistas de iniciação científica. O projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e teve início em abril de 2024.

A primeira etapa da pesquisa foi a seleção e preparo da matéria-prima. Foram coletados tubos de papelão formados a partir de resíduos da indústria de papel, os quais foram processados em pequenos pedaços para aumentar a superfície de contato de cada uma dessas partes.

Em seguida, esse material é suspenso em água, a fim de garantir o entumecimento das fibras celulósicas do papel, ou seja, a sua dilatação. A massa de fibras obtida a partir disso é submetida a um pré-tratamento, cujo objetivo é facilitar o cisalhamento das fibras de celulose até a escala nanométrica e, posteriormente, a formação do hidrogel. É feito um estudo a fim de determinar qual pré-tratamento químico é mais eficaz, tendo sido explorados o  tratamento alcalino com hidróxido de sódio, além de um processo de branqueamento livre de cloro, combinando hidróxido de sódio e peróxido de hidrogênio.

A segunda etapa consiste na aplicação de um processo mecânico de cisalhamento, em que é utilizado um equipamento chamado Grinder. Por meio dele, é obtida a nanofibrila de celulose, que tem aparência de um gel translúcido. A próxima etapa é a formulação do hidrogel. O material obtido no Grinder é combinado com alginato de sódio (um biopolímero que confere resistência e otimiza a absorção de água) e então submetido a processos de reticulação iônica (que ocorre quando cadeias poliméricas são ligadas por meio de interações iônicas, formando uma estrutura tridimensional) com cloreto de cálcio, formando discos e microesferas de hidrogel.

Com uma boa formulação do hidrogel, foram realizados testes de germinação de sementes de café no Laboratório de Cultivo in vitro de Espécies Florestais, bem como o enraizamento de mudas de eucalipto no Viveiro Florestal.

Atualmente, também está sendo verificada a biodegradabilidade do hidrogel, a fim de identificar precisamente sua durabilidade no solo natural. Para tanto, o hidrogel é enterrado em um solo com características conhecidas (é feita a análise do solo previamente), e o hidrogel é desenterrado em intervalos específicos de tempo para que se possa acompanhar sua perda de massa. Também está sendo analisada a entrega de micronutrientes, por meio do hidrogel, ao solo.

Um gargalo que a pesquisa ainda tenta resolver é a transformação do hidrogel em pó, mantendo um bom rendimento do produto e sua capacidade de reabsorção de água. Esse processo visa ao aprimoramento da logística, comercialização e conservação do produto até que ele chegue ao produtor. Nesse caso, o hidrogel é hidratado no momento do plantio e viabiliza sua comercialização em larga escala. Para que isso seja possível, os pesquisadores têm buscado formas de otimizar a formulação do hidrogel e testado diferentes métodos de secagem, como a técnica de spray dry.

 

Reaproveitamento de resíduos

Uma das ramificações do estudo tem analisado o reaproveitamento de outro resíduo, dessa vez da indústria de laticínios: o soro de leite. Esse resíduo tem se tornado um problema, principalmente para os pequenos produtores, quando não há excedente em quantidade suficiente para uma boa competitividade no mercado. A proposta é que o soro de leite substitua o cloreto de cálcio no processo de reticulação, já que o soro possui íons cálcio, que são os catalisadores necessários para promover a reticulação do hidrogel. Testes preliminares garantem esse potencial. Além disso, está sendo investigado se o soro de leite pode enriquecer o hidrogel em relação aos seus nutrientes, já que é rico em minerais, como cálcio, fósforo e potássio.

Também estão sendo realizadas pesquisas que abordam a caracterização da formulação do hidrogel, em que são feitas análises de composição química, reológica (que refere-se à deformação e fluxo de materiais) e o entumecimento de água. Todas as frentes de pesquisa mencionadas anteriormente estão sendo descritas em artigos científicos, já em processo de finalização para submissão. Além disso, o objetivo é que sejam geradas patentes das tecnologias utilizadas e dos produtos desenvolvidos por intermédio da UFLA.

“Atualmente, contamos com quatro pedidos de patente em fase de depósito, que abrangem principalmente tecnologias relacionadas à formulação e às suas aplicações como agentes de enraizamento e germinação. As patentes representam um importante instrumento de proteção e valorização do conhecimento gerado na Universidade, pois estimulam a inovação, fortalecem a transferência de tecnologia e contribuem para que as soluções desenvolvidas no ambiente acadêmico possam gerar benefícios concretos para a sociedade”, comenta o pesquisador e um dos responsáveis pelos estudos Rafael Carvalho do Lago (PPGBiomat/UFLA).

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Foto: Comunicação UFLA/Divulgação

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Pequenas cidades se destacam em ações ambientais https://tecnews.agenciafluence.com.br/pequenas-cidades-se-destacam-em-acoes-ambientais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=pequenas-cidades-se-destacam-em-acoes-ambientais https://tecnews.agenciafluence.com.br/pequenas-cidades-se-destacam-em-acoes-ambientais/#respond Tue, 16 Sep 2025 17:00:56 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3608 Uma pesquisa da plataforma AdaptaBrasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e divulgada pela EXAME, revela que um pouco mais de 2,5 mil cidades foram identificadas como vulneráveis a eventos climáticos extremos, como enchentes e secas, o que equivalente a metade dos municípios brasileiros. Se para megalópoles já é um desafio gerir a […]

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Uma pesquisa da plataforma AdaptaBrasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e divulgada pela EXAME, revela que um pouco mais de 2,5 mil cidades foram identificadas como vulneráveis a eventos climáticos extremos, como enchentes e secas, o que equivalente a metade dos municípios brasileiros.

Se para megalópoles já é um desafio gerir a destinação correta de resíduos, o fator multiplica-se quando se trata de pequenas regiões, em que a dispersão territorial, logística e manutenção de pontos de entrega podem dificultar a criação de estruturas acessíveis, com reflexos no meio ambiente. Eis a importância de iniciativas que integrem educação ambiental, engajamento comunitário e parcerias institucionais.

Uma delas é da Reciclus, Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação, que consolidou seu serviço de coleta de lâmpadas fluorescentes, de maneira organizada e pontual, para cidades que contam com menos de 25 mil habitantes. Para tanto, as cidades interessadas devem armazenar em um único local, no mínimo, mil lâmpadas fluorescentes, sendo um ambiente coberto e em conformidade com as normas de segurança vigentes.

Para solicitar a coleta itinerante é necessário que um representante oficial do município encaminhe um e-mail de manifestação (reciclus@reciclus.org.br).  “A ação incentiva ainda o trabalho de comunicação local, a orientação dos cidadãos e a organização de eventos para incrementar a coleta. Ao mesmo tempo, o projeto estimula parcerias com prefeituras e escolas ou universidades públicas, promovendo inclusão produtiva”, informa a Reciclus.

Das micros cidades ao macro

Organizações, poder público e pessoas também realizam mobilizações a favor da sustentabilidade dentro de seus territórios, ou seja, as pequenas cidades. Em Santa Teresa, ES, além de ser sede do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), a cidade de 25 mil habitantes é considerada uma das maiores áreas de biodiversidade do planeta e integra o ranking dos cinco municípios com mais registros de plantas, animais e fungos no Desafio Mundial da Natureza Urbana, promovido pela plataforma iNaturalist.

Uma das iniciativas está na comunidade de Aparecidinha, local da Fazenda Angelita, que contabiliza mais de 30 mil árvores nativas plantadas e a reativação de seis nascentes da Bacia do Rio Bonito, afluente do Rio Santa Maria da Vitória, que abastece a Grande Vitória. Segundo reportagem da Folha Vitória, o antigo cafezal foi substituído por espécies nativas da Mata Atlântica, além da construção de cinco represas, responsáveis pela recarga das nascentes.

Já em Pernambuco, a Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, com 31 mil hectares e que abrange oito municípios da Região Metropolitana do Recife, recebeu a 4ª edição da corrida EcoRun de Aldeia, reunindo mais de mil atletas adultos e também com ações voltadas às crianças.

Realizada pela ONG Centro Plantando o Futuro, a EcoRun une esporte, sustentabilidade e inclusão social, a atividade também foi a oportunidade de plantar de mais de 300 mudas de árvores nativas.“Incentivamos um dos debates mais urgentes da atualidade: como alinhar desenvolvimento econômico, justiça social e preservação ambiental, pilares que precisam caminhar juntos. Só assim conseguiremos alcançar um modelo real de desenvolvimento sustentável”, conclui Júlio César, organizador do evento.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Carol Bezerra/Prefeitura Municipal de Camaragibe, PE

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Empresas investem em ações operacionais e políticas para alcançar o Aterro Zero https://tecnews.agenciafluence.com.br/empresas-investem-em-acoes-operacionais-e-politicas-para-alcancar-o-aterro-zero/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=empresas-investem-em-acoes-operacionais-e-politicas-para-alcancar-o-aterro-zero https://tecnews.agenciafluence.com.br/empresas-investem-em-acoes-operacionais-e-politicas-para-alcancar-o-aterro-zero/#respond Tue, 16 Sep 2025 13:00:56 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3605 Um dos grandes desafios das empresas ficadas em sustentabilidade está na gestão dos resíduos sólidos gerados, aliás, com regramentos importantes, como o novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020), que exige essa disposição adequada, erradicação de lixões a céu aberto pelo Brasil. Porém, sabemos que o cenário é ainda complexo e envolve muitos atores, com […]

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Um dos grandes desafios das empresas ficadas em sustentabilidade está na gestão dos resíduos sólidos gerados, aliás, com regramentos importantes, como o novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020), que exige essa disposição adequada, erradicação de lixões a céu aberto pelo Brasil. Porém, sabemos que o cenário é ainda complexo e envolve muitos atores, com destaque para a questão do aterro.

Quando o assunto é utilização energética, segundo a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), menos de 1% dos resíduos sólidos urbanos no país são aproveitados para esse fim. Outra questão mais séria é que a maior parte descarte é feita sem o tratamento adequado, o que provoca risco de contaminação de água potável e danos à saúde ambiental e humana.

Aterro também é uma questão política

Para Marcos D’Avino Mitidieri, sócio do Furcolin Mitidieri Advogados, e Amanda Namur, advogada associada no mesmo escritório e especialistas nas áreas de saneamento básico e energia elétrica, o país carece de ações mais assertivas que fixem um arranjo institucional para esse setor. Em artigo ao JOTA, são necessárias políticas que versem sobre direitos e obrigações relacionadas ao tema, inclusive com financiamentos para esse estímulo.

Na Câmara, aliás, a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realizou recentemente uma audiência pública sobre o tema. O solicitante, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), explica que existem 3 mil usinas de recuperação energética de resíduos sólidos urbanos no mundo, e no Brasil há apenas projetos.”A implementação de soluções tecnológicas em harmonia com os princípios da sustentabilidade ambiental representa uma alternativa viável para a resolução dessa problemática”, endossa, à Agência Câmara de Notícias.

Bons exemplos de conscientização

A fabricante alimentícia Santa Helena celebra o marco de sua planta em Ribeirão Preto, SP, alcançar o Aterro Zero, ou seja, eliminar o envio de resíduos para aterros, por meio de reaproveitamento, coprocessamento e inovação em biodigestão de resíduos orgânicos. Conta com um biodigestor aeróbico, que transforma resíduos orgânicos em água cinza. Já os materiais recicláveis são triados e enviados para reaproveitamento.“Trabalhamos com metas claras e mensuração de impacto. A sustentabilidade precisa fazer parte do negócio com consistência e rastreabilidade”, afirma Luciana Vidal de Oliveira, coordenadora de Meio Ambiente da companhia.

Já a EuroChem, produtora de fertilizantes, completou um ano de “Aterro Zero” no Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre, MG. Implantadas em agosto de 2024, as tecnologias resultaram no redirecionamento de 1.470.000 quilos de resíduos. Fazendo um panorama, 405 mil quilos de resíduos foram encaminhados ao coprocessamento e outros 85,8 mil quilos foram compostados. “Cada tonelada que não é destinada ao aterro representa um elo a mais na cadeia da sustentabilidade. Foi necessário desenvolver uma nova estratégia operacional na planta para esse gerenciamento, adaptando os processos ao aumento da complexidade e do volume gerado”, comenta Juliano Ferreira, gerente de Meio Ambiente da empresa.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação – EuroChem

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Saúde bucal é também pauta da jornada ESG https://tecnews.agenciafluence.com.br/saude-bucal-e-tambem-pauta-da-jornada-esg/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=saude-bucal-e-tambem-pauta-da-jornada-esg https://tecnews.agenciafluence.com.br/saude-bucal-e-tambem-pauta-da-jornada-esg/#respond Mon, 15 Sep 2025 17:00:52 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3602 O Censo da Odontologia, levantamento feito pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) e a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO), mostra uma realidade profunda do país: 68% dos brasileiros foram ao cirurgião-dentista no último ano (2023-2024), sendo que 23% procuraram via Sistema Único de Saúde (SUS). Na outra ponta, 75% dos pacientes com […]

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O Censo da Odontologia, levantamento feito pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) e a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO), mostra uma realidade profunda do país: 68% dos brasileiros foram ao cirurgião-dentista no último ano (2023-2024), sendo que 23% procuraram via Sistema Único de Saúde (SUS). Na outra ponta, 75% dos pacientes com ensino superior buscaram esse profissional, enquanto apenas 54% dos com escolaridade básica fizeram isso. O objetivo em consonância é a saúde bucal para todos.

“Somos o país com o maior número de cirurgiões-dentistas em todo o mundo, com mais de 426 mil profissionais inscritos junto ao CFO. É uma incoerência que ainda tenhamos pessoas sem acesso à saúde bucal no Brasil. Esses números nos ajudam não apenas a compreender o presente, mas principalmente a planejar o futuro”, frisa Claudio Miyake, presidente do Conselho Federal de Odontologia de São Paulo.

 

Saúde bucal para todos

Escovar os dentes e usar um fio dental pode ser um “luxo” para muitas pessoas. E quando pensamos na jornada ESG, a letra “S”, de Social, desponta na área odontológica, como o caso da Associação Brasileira de Odontologia Nacional (ABO), entidade de classe que visa reunir profissionais da área para promover o estudo continuado, valorizando o cirurgião-dentista no contexto técnico-científico e sociocultural, além de contribuir com a política de promoção de saúde bucal da população.

Uma das iniciativas é o programa Sorriso do Tamanho do Brasil, em parceria com a fabricante Colgate, com foco em levar à população em situação de vulnerabilidade o atendimento preventivo e instruções de higiene bucal. “Durante as ações promovemos palestras educativas de alimentação e autocuidado, com instrução prática de higiene oral, além da escovação supervisionada com aplicação tópica de flúor”, destaca comunicado da ABO.

Em Paulista, PE, a ação auxiliou a comunidade de Nossa Prata, no bairro de Maranguape II, com pacientes da atenção básica e alunos do ensino municipal. “Essa é uma das iniciativas importantes que temos implementado e a equipe da Atenção Básica incentivamos a escovação supervisionada, aplicação de flúor e orientações sobre higiene bucal, sempre com o objetivo de promover a saúde e evitar o surgimento de doenças”, comenta Welington Silva, diretor da Atenção Básica local.

Outra ação vem da parceria entre a Odontoprev, especialista em planos odontológicos, e o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF Brasil), por meio do projeto Sorriso Indígena, com foco nas regiões do Acre, Amazonas, Maranhão, Pará e Roraima. A meta é impactar, ainda em 2025, a vida de 30 mil crianças indígenas, contribuindo ao enfrentamento à desnutrição infantil e promovendo o acesso à saúde bucal.

 

Sustentabilidade no consultório

A tecnologia também é uma aliada em ESG dentro das clínicas odontológicas, como a digitalização de exames e processos, uso consciente da água nas operações e, como visto, a mobilização social.Letícia Peixoto, colunista da Folha Vitória, e especialista em Prótese Dentária, comenta que uma inovação é o escaneamento intraoral.

Outrora, as famosas moldagens demandavam o uso de grandes volumes de materiais como alginato, silicones e gessos, e hoje a captura precisa da anatomia bucal otimiza o tempo de atendimento, melhora a experiência do paciente, sem gerar resíduos sólidos, salienta a doutora.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação – Prefeitura Municipal de Paulista, PE

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Grupo Desensus discute os desafios reais da COP30 e quais ações podem trazer resultados necessários em nível global https://tecnews.agenciafluence.com.br/grupo-desensus-discute-os-desafios-reais-da-cop30-e-quais-acoes-podem-trazer-resultados-necessarios-em-nivel-global/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=grupo-desensus-discute-os-desafios-reais-da-cop30-e-quais-acoes-podem-trazer-resultados-necessarios-em-nivel-global https://tecnews.agenciafluence.com.br/grupo-desensus-discute-os-desafios-reais-da-cop30-e-quais-acoes-podem-trazer-resultados-necessarios-em-nivel-global/#respond Mon, 15 Sep 2025 13:00:56 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3599 Em uma reunião virtual realizada, no dia 11 de setembro, o Grupo Desensus, composto por 40 membros com vasta experiência em áreas ambientais e ex-integrantes do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), debateu um dos temas mais urgentes da atualidade: a COP30. A palestra, conduzida […]

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Em uma reunião virtual realizada, no dia 11 de setembro, o Grupo Desensus, composto por 40 membros com vasta experiência em áreas ambientais e ex-integrantes do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), debateu um dos temas mais urgentes da atualidade: a COP30. A palestra, conduzida pelo Dr. Gilberto Natalini, membro do GT COP30 da Prefeitura de São Paulo, representando a Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), destacou os desafios para a realização do evento no Brasil, considerado uma grande vitrine para as questões ambientais.

Segundo Eduardo San Martin, coordenador do Grupo Desensus, a reunião teve como foco as questões que o Brasil precisa enfrentar para garantir o sucesso da conferência, que será sediada em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. “Natalini levantou pontos importantes que precisam ser abordados antes, durante e depois do evento para que ele não se torne apenas uma formalidade sem resultados práticos”, pontuou.

 

Desafios para a COP30

 

Durante sua apresentação, o palestrante destacou a urgência de o Brasil se preparar para sediar a COP30. Ele ressaltou a importância de instituições corporativas na conscientização sobre o uso excessivo dos recursos naturais e reforçou a necessidade de ações efetivas para mitigar o aquecimento global. A palestra enfatizou a preocupação com os resíduos gerados pelo consumo humano, que contribuem para a poluição do solo, água e ar, além das emissões de gases de efeito estufa. O Brasil, segundo Gilberto Natalini, ainda enfrenta grandes desafios nesse aspecto, principalmente devido ao desmatamento e à agropecuária insustentável.

Natalini compartilhou suas preocupações sobre a capacidade de Belém em sediar a conferência. Ele apontou a falta de infraestrutura e a especulação nos preços de hospedagem, que podem afastar delegações de países com menor poder econômico. Ele ressaltou, no entanto, que a conferência não será um fracasso, mas sim um evento que exige uma preparação meticulosa e uma abordagem estratégica para lidar com os desafios. A COP30, na visão do palestrante, deve ser um marco para o Brasil na discussão de soluções concretas para os problemas climáticos e ambientais.

“A COP30 não será um fracasso, mas temos que nos atentar para questões importantes. A infraestrutura de Belém precisa de melhorias, e é fundamental que o Brasil se prepare para discutir, de forma transparente, as ações necessárias para mitigar as crises climáticas. A conferência será uma oportunidade única para o nosso país mostrar que está comprometido com a agenda ambiental global”, afirmou Dr. Gilberto Natalini.

 

Importância da Economia Verde

A palestra também abordou a necessidade de o país olhar para as oportunidades econômicas que podem surgir a partir de uma economia mais sustentável a exemplo da Economia Verde. A COP30 deve ser um espaço para a discussão de novas tecnologias e modelos de negócios que conciliem o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Natalini reforçou que a crise climática é um problema global que exige uma solução global, e que o Brasil tem um papel fundamental nesse processo.

Ele ressaltou a necessidade de uma abordagem colaborativa para enfrentar as crises climáticas e ambientais. “O Brasil precisa se unir para encontrar soluções conjuntas e eficientes, envolvendo diferentes setores da sociedade”, pontuou. A COP30, para o palestrante, é uma chance de o Brasil assumir uma posição de destaque na liderança ambiental global, mostrando que está preparado para os desafios do futuro. A conferência, que reunirá líderes e especialistas de todo o mundo, pode ser um ponto de virada para o país, que, se souber aproveitar a oportunidade, poderá se consolidar como uma potência ambiental e econômica.

Para Dr. Natalini, a discussão sobre a COP30 vai muito além da sede do evento. É uma questão de planejamento, de estratégia e, acima de tudo, de comprometimento com a agenda ambiental. “O sucesso da COP30 não será medido apenas pelo número de participantes, mas sim pelos resultados concretos que serão alcançados. E, para isso, a colaboração de todos, do governo à sociedade civil, será fundamental”, concluiu.

Foto: Print de tela da reunião/reprodução

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Incentivos fiscais sustentáveis ganham respiro com a nova Reforma Tributária https://tecnews.agenciafluence.com.br/incentivos-fiscais-sustentaveis-ganham-respiro-com-a-nova-reforma-tributaria/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=incentivos-fiscais-sustentaveis-ganham-respiro-com-a-nova-reforma-tributaria https://tecnews.agenciafluence.com.br/incentivos-fiscais-sustentaveis-ganham-respiro-com-a-nova-reforma-tributaria/#respond Fri, 12 Sep 2025 13:00:04 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3582 Por Alexandre Mazza Advogado tributarista em São Paulo   Com a regulamentação da Reforma Tributária, o cenário fiscal brasileiro começa a exibir um viés mais sustentável, introduzindo mecanismos orientados à preservação ambiental, ao mesmo tempo em que busca modernizar o sistema tributário nacional. A Reforma Tributária se posiciona como um divisor de águas ao unir […]

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Foto: Arquivo pessoal

Por Alexandre Mazza

Advogado tributarista em São Paulo

 

Com a regulamentação da Reforma Tributária, o cenário fiscal brasileiro começa a exibir um viés mais sustentável, introduzindo mecanismos orientados à preservação ambiental, ao mesmo tempo em que busca modernizar o sistema tributário nacional.

A Reforma Tributária se posiciona como um divisor de águas ao unir modernização fiscal, justiça social e sustentabilidade ambiental. A introdução de mecanismos como cashback para famílias de baixa renda e alíquotas reduzidas para insumos essenciais reequilibra o sistema tributário sem renunciar a metas de longo prazo.

A Emenda Constitucional nº 132/2023, ponto de partida desta transformação, insere pela primeira vez o princípio da defesa do meio ambiente no artigo 145 da Constituição Federal, legitimando o uso da tributação como ferramenta de política ambiental. Abaixo, listo alguns exemplos de incentivos fiscais verdes estruturados em novo arcabouço tributário:

Reforma tributária – Imposto Seletivo (IS)

É previsto um tributo sobre produtos e processos prejudiciais à saúde pública e ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, prevê-se isenções ou alíquotas reduzidas para práticas sustentáveis, reforçando o princípio “poluidor-pagador”.

Economia circular e bioeconomia

O texto legal insere incentivos como créditos presumidos para empresas que compram materiais recicláveis de cooperativas ou catadores, além de reduzir em 60% a alíquota para produtos florestais e serviços ambientais.

Transição energética e biocombustíveis

A reforma apoia a produção de biocombustíveis e hidrogênio verde por meio de alíquotas reduzidas de IBS e CBS, variando de 40% a 90% em relação aos combustíveis fósseis, e mantém benefícios como a suspensão da tributação de PIS/Cofins sobre máquinas e equipamentos instalados sob regime especial (REHIDRO, REIDI).

IBS-Verde e repasses estaduais

Com a extinção do ICMS, foi criado o mecanismo IBS‑Verde, que direciona 5% dos repasses do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) aos municípios com base em critérios ambientais, aumentando a equidade dos incentivos entre estados e fortalecendo o “federalismo climático”.

O projeto prevê a revisão quinquenal dos benefícios fiscais, com base em análise de custo-benefício. Esse mecanismo busca evitar distorções e garantir que os incentivos continuem alinhados com os objetivos socioambientais e econômicos.

Além disso, avanços institucionais como um Comitê Gestor do IBS prometem governança compartilhada e redistribuição mais eficiente dos recursos entre União, estados e municípios.

Essa arquitetura fiscal cria um ambiente propício para investimentos verdes, inovações tecnológicas e produção de alto valor agregado, ao mesmo tempo em que fortalece os pilares da justiça fiscal e da responsabilidade ecológica.

Foto: Freepik

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