Durante a 23ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), promovida pela Escola Politécnica (Poli) da USP e realizada pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), em São Paulo, a maioria dos projetos apresentados pelos estudantes tiveram como propósito a questão climática. A iniciativa proporcionou um estudo com os jovens e revelou compromisso com o futuro climático.
Isso reforça a importância do estudo e da ciência como papel preponderante para os desafios do clima, despertando vocações e estimulando a criação de soluções inovadoras para problemas reais. “O compromisso dos jovens cientistas com questões climáticas demonstra a relevância da Febrace como plataforma de educação e inovação. Ao trazer projetos que propõem soluções concretas para desafios ambientais, a feira reforça seu papel na formação de futuros cientistas e engenheiros comprometidos com um mundo mais sustentável”, salienta a professora Roseli de Deus Lopes, da Poli, coordenadora do evento.
Estudo inédito
Também iniciativas de empresas consolidadas despontam em parcerias para fomentar estudos sobre descarbonização. O grupo tecnológico Wärtsilä, presente em mais de 70 países, firmou parceria com a empresa brasileira Energética Suape II S.A., controlada majoritariamente pelo Grupo Econômico 4M, para realizar um teste inédito de geração de energia limpa, que utilizará etanol para gerar energia elétrica limpa, cujos experimentos estão previstos a ocorrer em Recife, PE.
Especializada em motores, a companhia finlandesa oferece motores, conjuntos geradores, tecnologia de pós-tratamento de emissões e sistemas auxiliares. No acordo, realizará até 4 mil horas de testes com o modelo Wärtsilä 32M ao longo de dois anos, a partir de abril de 2026. “O etanol também pode ter um papel importante na descarbonização do setor elétrico, já que está amplamente disponível, é de fácil transporte global e representa uma solução verdadeiramente escalável e acessível”, afirma Anders Lindberg, presidente da Wärtsilä Energy.
“O Brasil é líder mundial na produção de etanol, mas até agora seu potencial na geração de eletricidade tem sido subestimado e o projeto pretende mudar isso por meio de milhares de horas de testes, que esperamos que demonstrem o papel que o etanol pode ter no futuro sistema elétrico do país”, destaca José Faustino Cândido, diretor de Tecnologia da Energética Suape II S.A.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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