Relatórios de sustentabilidade, ações ambientais, compliance, estratégias de reciclagem e destinação correta de resíduos, relações com a comunidade, saúde e segurança do trabalho. O que todas essas funções têm em comum? A busca por profissionais que entendam e saibam aplicá-las dentro das organizações o conceito ESG (governança ambiental, social e corporativa).
Em números, o mercado ESG movimentou US$ 30 trilhões em 2022 e deve ultrapassar US$ 40 trilhões até 2030, crescendo mais de U$ 1,5 trilhões/ano.Consequentemente, é esperada a criação de 22,5 milhões de empregos em todo o mundo, informa relatório da Bloomberg Intelligence.Em se tratando de salários, o Guia Salarial 2023 da consultoria de recrutamento Robert Half revela que esses profissionais podem receber até R$ 35 mil para cargos estratégicos, enquanto posições iniciais oferecem remuneração entre R$ 10 a R$ 12 mil.
“O mercado ESG não apenas oferece oportunidades significativas de crescimento profissional, como também contribui para um futuro mais responsável, atraindo pessoas comprometidas com o desenvolvimento sustentável e a transformação positiva das corporações e da sociedade”, frisa Gustavo Loiola, especialista em sustentabilidade.
Preparo dos profissionais
Muito embora o envolvimento das organizações ao conceito deu os primeiros passos em idos dos 1990, com a Rio 92, os desafios aos profissionais se qualificarem são grandes, já que é preciso além de entender a empresa em que se atua e, obviamente, de meio ambiente, há também outras áreas de conhecimento que vão desde legislações trabalhistas até riscos de contaminação, entre outras.
“Reunir tudo em uma só pessoa demora. São práticas que os profissionais precisam ter e que, por vezes, aprendem na teoria, mas precisam de tempo para colocar em prática, que pede outra dinâmica”, acrescenta Alexandre Mendonça, gerente da Robert Half, ao Globo Rural.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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