Recusar uma sacola, preferir produtos sem origem animal, optar por produtos locais e retirar na loja são algumas das alternativas que os clientes estão fazendo a favor de medidas mais sustentáveis, além de exigirem isso das empresas. Hoje, a experiência de compra é também pautada pelos preceitos ESG e as varejistas precisam ter em mente esse conceito indo muito além do lucro, afirma Rafael Brych,diretor Comercial e de Marketing da Pricefy by Selbetti, empresa de gerenciamento da comunicação de preços omni-mídia.
“Práticas de sustentabilidade não podem ser adotadas apenas com interesses financeiros, que passam pela fidelização do cliente, aumento da competitividade no mercado e redução dos custos. É importante valorizar de verdade a urgência de reduzir a quantidade de lixo gerado nas ações da loja e uso de materiais poluentes. Esse compromisso precisa ser assumido e transformado em ações”, aponta o profissional.
Experiência é importante para detectar gargalos
Muito embora haja empenho de marcas e empresas sejam feitos para que a experiência de compra se enquadre na sustentabilidade, o consumidor também sente carência de atitudes efetivas e eficazes para tanto, já que ainda pairam casos de greenwashing, por exemplo. Traduzindo em números, estudo feito pela Teads, plataforma global de mídia, em parceria com a Kantar, mostrou que 61% dos consumidores expressam insatisfação com os esforços ESG do mercado.
“O mercado sempre enxergou a questão financeira como algo fundamental. Agora, a sociedade quer saber como o lucro foi alcançado: quais são as práticas, compromissos e políticas que levaram a empresa àquele lucro. Governança não é apenas resultado de relatórios e balanços; são as decisões tomadas no dia a dia”, comenta a Luiz Macedo, gerente-executivo do Centro de Excelência em Varejo da FGV, ao site Mercado & Consumo.
A mesma pesquisa também mostrou que 47% dos entrevistados escolheriam uma marca preocupada com a sustentabilidade, mesmo sem tê-la consumido anteriormente, e 46% estariam dispostos a trocar de marca caso descobrissem que ela não é sustentável.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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