Já noticiamos aqui que as atividades humanas são responsáveis por impactos negativos à natureza, como uso de combustíveis fósseis e práticas agrícolas insustentáveis que podem levar ao empobrecimento dos solos como a erosão.
Um triste exemplo é a queimada indiscriminada nas vegetações. Alberto Bernardi, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste comenta que o incêndio pode desencadear um ciclo de empobrecimento do solo, resultando em perdas de nutrientes e aumento da suscetibilidade à erosão. “Durante a queima, ocorre a volatilização de nutrientes como nitrogênio (N), enxofre (S) e fósforo (P), que são perdidos com a fumaça e vapores. Após a queima, as cinzas remanescentes, embora ricas em cálcio (Ca), magnésio (Mg) e potássio (K), podem ser levadas pelo vento, exacerbando a perda de nutrientes”, explica o professor, ao Terra Brasil Notícias.
O especialista acrescenta que as altas temperaturas afetam também a biologia do solo, eliminando organismos importantes para a manutenção de nutrientes e o ciclo do carbono. “Mesmo que o efeito do incêndio se limite às camadas superficiais do solo, entre um a cinco centímetros, o processo de degradação pode ser acentuado com a perda de matéria orgânica necessária à nova vegetação”, arremata.
Soluções contra a erosão
Uma das soluções é o uso de uma biotecnologia focada em promover, junto ao agricultor, o equilíbrio do microbioma do solo, aumentando a produtividade e o valor da terra por meio da agricultura de processos.
Um dos produtos é o Microgeo®,um componente balanceado que nutre, regula e mantém o Processo de Compostagem Líquida Contínua (CLC). O composto líquido, produzido pela Bioestação Microgeo (BEM), restabelece o microbioma do solo, garantindo a sustentabilidade e produtividade na agricultura, pecuária e florestas.
“A matéria orgânica é a base da fertilidade do solo, e sua perda representa um risco grave à sustentabilidade agrícola. Com a intensificação das práticas agrícolas e as condições climáticas extremas, como secas e chuvas mal distribuídas, a degradação do solo é um problema crescente no Brasil. Para essas situações, o manejo biológico do solo tem se mostrado eficaz na regeneração da matéria orgânica, recuperando o microbioma e promovendo a atividade microbiológica”, informa nota.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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