Estamos vivendo cada vez mais tempos desafiadores, em que o planeta está passando por crises climáticas severas e as nossas atitudes impactam diretamente esse cenário, em especial no Brasil. O dia 16 de março lembra o Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. A data é celebrada desde 2011 por meio da Lei no 12.533, que objetiva potencializar os debates, ações e eventos relacionados às alternativas que minimizem esses impactos no mundo.
Uma das soluções está na energia solar, e o Brasil começa a seguir o caminho de muitos países que já aderiram, em larga escala, ao armazenamento dessa energia. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), o país ultrapassou a marca histórica de 40 GW de capacidade instalada de energia fotovoltaica, equivalente a 17,4% da matriz elétrica brasileira, dado que inclui grandes usinas solares e sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Ainda nos números, o Movimento Solar Livre aponta que o Brasil tenha 93,5 milhões de unidades consumidoras e apenas 3,4 milhões tem geração distribuída (aquela energia elétrica gerada no local de consumo, como as energias renováveis), ou seja, 2,95%.
Energia solar: solução para os apagões
A crise climática também desencadeou ondas de calor e de fortes chuvas que, por consequência, aumentou os apagões nas grandes cidades. O armazenamento de energia solar pode ser uma alternativa, já que os inversores funcionam conectados à rede enquanto o banco de baterias está carregando, ou também ao contrário, por exemplo, em períodos noturnos ou chuvosos. Dessa forma, mesmo no caso de apagões, o sistema impede que o fornecimento de energia seja interrompido. E esse trabalho simultâneo é o que o difere dos demais inversores.
“Dessa forma, não haverá a dependência da rede elétrica, além da economia substancial na conta de energia, o que faz com que o sistema de armazenamento com baterias se pague em 6 a 8 anos”, destaca Gilberto Camargos, diretor-executivo da SolaX Power, empresa global com sede na China, que foi a primeira fabricante de inversores híbridos da Ásia, em 2013, e por isso acumula essa expertise no segmento.
O executivo acrescenta que o mercado de consumo de placas fotovoltaicas no Brasil possa haver uma adesão de público aqui. “Com a redução de mais de 40% no valor dos painéis solares em 2023, de acordo com estudo do Portal Solar, a tendência é de que a atratividade dessa fonte de energia tenha expressivo crescimento, cenário esse, aliado à possibilidade de armazenar essa energia limpa, garantindo a segurança energética e redução no payback (período necessário para que o custo da aquisição e instalação dos equipamentos se pague)”, frisa.
Foto: Reprodução
