“A união faz a força”. Essa celebre frase é pertinente quando o assunto é sustentabilidade nas corporações. E fazer parcerias não apenas é para o cumprimento de relatórios ou mesmo a reputação, mas é trabalhar em conjunto a favor do meio ambiente, e consequentemente, ser mais valorizada por parte de mercado e consumidores.
Uma dessas ideias colocadas em prática é entre a Porto, ecossistema de serviços de proteção com 18 milhões de clientes, e a WayCarbon, especialista em soluções climáticas voltadas à economia Net-Zero, para o desenvolvimento de um plano de descarbonização à seguradora. O cálculo de emissões financiadas será feito pela Porto Asset (investimentos e participações) e pelo Porto Bank (operações de crédito e financiamento). Já as emissões seguradas serão baseadas em uma metodologia, pioneira no Brasil, por meio da ampliação de mensuração de emissões indiretas da cadeia de fornecedores e, na quantificação das emissões financiadas e seguradas pela Porto.
Parcerias
Já foram calculadas as emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1, 2 e algumas categorias aplicáveis do escopo 3. “O desafio será o cálculo do escopo 3, que envolve a mensuração das emissões indiretas da cadeia de fornecedores da companhia (categorias 1 a 14), e um projeto específico para a categoria 15, referente às emissões financiadas e seguradas da Porto”, explica Higor Turcheto, gerente de mitigação da WayCarbon.
“Nossa Estratégia de Mudanças Climáticas, com foco na descarbonização, reflete esse compromisso em todas as etapas, desde o diagnóstico de emissões até a definição de metas de longo prazo com engajamento de diferentes stakeholders”, arremata Viviane Pereira, gerente de Sustentabilidade da Porto.
Energia solar
Outro bom exemplo é entre a Ypê, fabricante de produtos de higiene e limpeza, e a Casa dos Ventos, especializada em transição energética, com 3,4 GW em projetos em operação e em construção, por meio de um contrato de R$ 230 milhões para fornecimento de energia solar.
O acordo é de 15 anos, assegurando que, a partir de 2026, 100% da energia consumida na produção da Ypê será renovável e proveniente dos empreendimentos da Casa dos Ventos. “A parceria nos permite não apenas atender à demanda por eficiência energética, mas também liderar pelo exemplo em nossa categoria”, destaca Eduardo Beira, diretor executivo de Operações da empresa, que celebra 75 anos de atividades.
De acordo com a Casa dos Ventos, o insumo será proveniente de uma nova usina solar de 100 MW adicionada ao Complexo Eólico Babilônia Sul, o tornando um empreendimento híbrido. “O acordo garante o abastecimento integral das operações da Ypê através de energia eólica e solar, demonstrando o compromisso da companhia com o tema e a nossa capacidade em prover um portfólio diversificado de soluções de energia para a indústria”, explica Lucas Araripe, diretor-executivo da Casa dos Ventos.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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