Sustentabilidade

Empresas estão prontas para garantir reputação ambiental? Especialistas apontam caminhos

Empresas estão prontas para garantir reputação ambiental Especialistas apontam caminhos - Fitec Tec News

ESG, relatórios de sustentabilidade, impactos nas operações, emissões de carbono, propostas em prol da diversidade, escuta de times e comunidades do entorno. Esses são apenas alguns pontos que as lideranças nas empresas precisam estar atentas não apenas para estar em consonância com a sustentabilidade, mas também para garantir sua reputação ambiental ao mercado e aos clientes.

E esse assunto é fator decisivo aos consumidores: segundo pesquisa pela plataforma OLX em parceria com a Mind Miners revela que 88% dos brasileiros preferem marcas sustentáveis e 49% já deixaram de comprar um item de alguma marca por considerar que não apoia o suficiente a preservação ambiental.

“Para os negócios, os impactos vão além do meio ambiente, incluem riscos reputacionais, multas e a perda de consumidores cada vez mais conscientes. Os impactos ao planeta são enormes, ao negócio, além dos direitos citados, existem impactos indiretos que podem causar grandes problemas, como aumento de preços com escassez dos recursos e redução da produtividade devido a crises climáticas”, afirma Eduardo Nascimento, CEO da Minha Coleta, greentech de gestão de resíduos rastreáveis via blockchain.

Regramentos em prol da reputação ambiental

Para ampliar na promoção de ações a favor da sustentabilidade, governos se articulam a criar mecanismos que impulsionem essas atividades. Um dos clássicos é o licenciamento ambiental, que não deixa de ser um desafio à gestão pública e privada, para se adequarem ao uso racional de recursos naturais.

“É perfeitamente possível o estabelecimento de um licenciamento ambiental baseado em padrões preestabelecidos de mitigação e compensação.Uma linha em que estudos, medidas, ações e compensações possam ser pré-ordenados pelos órgãos ambientais, conferindo previsibilidade integral, segurança técnica e jurídica”, destaca, em artigo ao ConJur, Andrea Vulcanis, secretária de Meio Ambiente de Goiás e procuradora federal junto à Advocacia Geral da União (AGU).

Em relação a impostos, tramita na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 30/25 que prevê a avaliação anual, e não mais quinquenal, do impacto do Imposto Seletivo (IS), proposta que mudaria a recente lei que regulamentou a reforma tributária (Lei Complementar 214/25).

De autoria do deputado Nilto Tatto (PT-SP), a ação estima avaliar a cada cinco anos, a partir de 2033, a efetividade do IS sobre as políticas social, ambiental e sanitária. “Não é adequado utilizar a lógica de avaliação quinquenal ao tributo que tem forte relação com o meio ambiente; demanda uma adaptação constante para cumprir com sua função extrafiscal. Dessa forma, quando não alcança o chamado ‘lucro ambiental’, deve ser revisto”, esclarece o parlamentar, à Agência Câmara de Notícias.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto:Freepik

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