Do mesmo modo é importante um ambiente de trabalho acolhedor e que valorize os colaboradores, pessoas trabalhadoras também estão se importando em atuar em empresas que pratiquem o conceito ESG, inclusive sendo um fator que pesa em se manter ou mesmo procurar uma nova oportunidade e/ou atrair talentos.
Segundo a pesquisa Panorama Gestão de Pessoas e Empregabilidade 2025, da plataforma de empregos Sólides, mostrou que o posicionamento por parte das empresas em causas sociais e o engajamento em ações ESG são fatores que atraem candidatos, que buscam empresas alinhadas aos seus valores, e quase 90% afirmam que esse fator influencia sua escolha. Já 43% dos respondentes disseram que um dos principais critérios para a candidatura é se a empresa se compromete a reduzir o impacto ambiental por meio de práticas sustentáveis.
Atração de talentos
Porém, como as empresas podem se engajar para reter talentos e atrair colaboradores? Para Para Caio Queiroz, CEO da Aguama, empresa de marketing ambiental, a gestão do meio ambiente não é apenas uma tendência, mas uma revolução no ambiente corporativo. A empresa conta com um programa, que visa auxiliar outras corporações no levantamento, monitoramento e redução de emissões, além de desenvolver um canal de comunicação eficiente entre a rede de relacionamentos, promovendo uma consciência para o setor que representa ou está inserido.
“Empresas que adotam práticas sustentáveis não só reduzem seu impacto ambiental, mas também criam um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e feliz. Isso porque a sustentabilidade não é apenas cuidar do meio ambiente, mas é a chave para uma vida menos estressante, mais saudável e feliz, promovendo bem-estar tanto individual quanto coletivo”, comenta o especialista.
Desafios
Um estudo da consultoria KPMG aponta que 86% das 100 empresas com maiores receitas do Brasil estão informando em seus relatórios sobre as práticas de ESG e, desse grupo, 90% divulgam metas de redução de emissões de carbono. Muito embora o cenário seja promissor, corporações no país ainda enfrentam desafios para se adequar às questões ambientais.
“Apesar de ser um tema em voga e de importância reconhecida, muitas empresas sentem dificuldades na estruturação dos programas de ESG, seja na definição da materialidade, no acompanhamento de atualizações da lei, na avaliação de riscos e na descoberta de oportunidades e de impactos de suas operações”, comenta Nahima Razuk, fundadora do Razuk Barreto Valiati, consultora em Direito Público e especialista em Direito Administrativo, Direito Ambiental e Direito Econômico, ao E-Móbile.
Para a advogada, estruturar as ações de forma estratégica, considerando a operação e os impactos causados ao meio ambiente, especialmente em sua área de atuação, são essenciais nas organizações.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto:reprodução
