A chamada economia criativa, que engloba setores como moda, desenvolvimento tecnológico de games e artesanato, está em crescente no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área emprega hoje 7,4 milhões de trabalhadores no Brasil, e o volume pode subir para 8,4 milhões em 2030. Essa nova dinâmica incentiva o reaproveitamento e a produção de novos itens para os consumidores mais conscientes.
Também estima-se que um milhão de novos empregos serão gerados pela economia criativa até 2030, elevando, em consequência, a atual participação de 3,11% do setor no Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços fabricados no país, de acordo com o Observatório Nacional da Indústria (ONI), braço de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado pela Agência Brasil.
Segundo Márcio Guerra, gerente-executivo do Observatório, à Agência, a categoria moda reúne o maior número de estabelecimentos (45.874), especialmente as micro e pequenas empresas. Eis o caminho para a sustentabilidade, haja vista que muitas pessoas empreendedoras nessa área utilizam materiais vindos da natureza, como sementes, e o reaproveitamento de insumos, como tecidos, plástico e papel, na produção de itens novos.
Exposição com novos itens do reaproveitamento
Uma boa-prática vem de Mato Grosso do Sul, que mostra uma itinerante de produtos feitos a partir de resíduos, transformados em bolsas e acessórios de moda produzidos por costureiras de Bataguassu, no interior do estado.A ação é realizada pelo MS Florestal, empresa sul-mato-grossense que fortalece as operações florestais do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável da celulose, com apoio da Bracell Social, parte do Grupo RGE, que estimula atividades a comunidades locais, e o Sebrae/MS.
Desde sua criação em 2024, o projeto já capacitou diretamente mais de 145 mulheres, todas encaminhadas pela Assistência Social da Prefeitura de Bataguassu. “O Costura Sustentável está transformando resíduos das nossas operações, como uniformes usados e bags de fertilizantes, em oportunidade de renda, empreendedorismo e protagonismo social para 25 mulheres de Bataguassu, que formaram a Associação Ipê Rosa”, destaca Bruno Madalena, gerente de Relações Institucionais da MS Florestal.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto:Divulgação
