O segmento pet está em ampla expansão no país: só para ter uma ideia, o faturamento em 2023 chegou a R$ 68,7 bilhões, 14% a mais em relação a 2022, aponta a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Na outra ponta, há uma demanda crescente de produtos e insumos que respeitem o meio ambiente, e, principalmente a saúde dos bichinhos. Nos EUA, por exemplo, mais de 20% dos consumidores têm preferido pacotes sustentáveis em produtos para seus animais, de acordo as consultorias Euromonitor e Pet food Industry.
Um exemplo é a produção de embalagens sustentáveis, com matéria-prima biodegradável e compostáveis, que podem ser transformadas em adubo após o uso, e uso de plásticos reciclados, que evitam o descarte de resíduos e minimizam a necessidade de extração de novos recursos.
O destaque é para a stand-uppouch (embalagem que se sustenta sozinha) feita com resina de cana-de-açúcar, material que substitui o plástico convencional e reduz a emissão de carbono no processo produtivo. Além de ser renovável, possui o selo I’m Green, que garante a origem sustentável do material e incentiva o uso de fontes renováveis.
“Optar por embalagens sustentáveis vai além de uma questão de mercado; é um compromisso com a responsabilidade ambiental. Queremos que nossos produtos reflitam essa postura de respeito e cuidado com o meio ambiente”, comenta Gilberto Novaes, fundador e CEO da Furest Pet. A empresa, criada nos EUA em 2022 e com operações no Brasil desde 2023, adotou esse material nas embalagens de seus produtos, como balsamos e snacks.
Conceito de loja pet
Essa conscientização ambiental não se resume aos insumos, também desponta para os empreendimentos e instalações. A rede de pet shops Petland Brasil implantou recentemente o conceito de Eco Boxes, inspiradas em um modelo de loja container.
Com 24 m², as lojas foram construídas em polipropileno reciclado, contribuindo para a redução do impacto ambiental, e sua montagem pode ser realizada em até 50 dias, sendo instaladas em pontos estratégicos de grande circulação, como estacionamentos de shoppings, academias, supermercados e até mesmo dentro de condomínios.
“A Eco Box não apenas redefine o conceito de pet shop, mas também promove a preservação ambiental, retirando uma tonelada de lixo da natureza para cada loja produzida. É um produto democrático e acessível, ideal para atender as pessoas que desejam ter o seu próprio negócio”, afirma Rodrigo Albuquerque, CEO da Petland, ao Mercado & Consumo.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: Keli Vasconcelos
