A busca por soluções em energias renováveis está em alta e isso inclui a oferta de crédito no mercado de capitais. Atualmente, a principal fonte de financiamento da modalidade vem de instituições que oferecem linhas subsidiadas, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal, oferecendo linhas de crédito específicas para energia renovável e que auxiliam na redução dos custos.
Para Rodrigo Negrini, fundador da assessoria financeira Soul Capital, essa oferta ainda está em um volume ainda pequeno perto do tamanho desse mercado pode oferecer. “Além de reduzir significativamente os custos com energia elétrica, existe a possibilidade de vender o excedente de energia produzida, gerando uma nova fonte de receita para a empresa. É possível, também, contratar uma empresa especializada no segmento de energia para montar e operar um projeto, como uma usina de energia solar, por exemplo. Dessa maneira, a companhia fornecerá energia com descontos sem precisar financiar sua construção, uma vez que os meios de financiamento estarão também disponíveis ao operador”, revela.
Redução de custos
Um outro exemplo é o Banco da Amazônia (BASA), que oferta linhas de crédito a pessoas físicas e jurídicas, como empréstimos para instalação de sistemas fotovoltaicos e aquisição de veículos verdes, híbridos ou movidos a energias renováveis, incluindo a infraestrutura de carregamento. “São soluções de financiamento desenhadas para serem pagas ao longo de vários anos, contando ainda com período de carência, o que torna o investimento em energia solar uma realidade para um público mais amplo”, explica Luiz Lessa, presidente do banco.
Lessa, ao InfoMoney, aponta ainda que o bancoconta em seu portfólio com várias linhas de incentivo, como o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, FNO – Amazônia Empresarial Verde e o FNO-Energia Verde direcionadas para o financiamento de projetos voltados para a implementação, aprimoramento e fortalecimento de sistemas de micro e minigeração de energia. “O banco começou a oferecer financiamento de crédito para energia fotovoltaica em 2019, como parte da estratégia de promover sustentabilidade ambiental. Recentemente simplificamos o acesso ao crédito, tanto para projetos rurais quanto urbanos”, acrescenta.
Apesar das inúmeras vantagens na adoção dessas medidas, o financiamento de energia renovável ainda enfrenta desafios. “Há uma necessidade de maior conscientização sobre as opções de crédito disponíveis e de ajustes regulatórios para facilitar o acesso a esses recursos. No entanto, a crescente demanda por energia sustentável, estimula a criação de fundos privados para financiamento de projetos renováveis, apontando para um cenário promissor”, finaliza Negrini, da Soul Capital.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: divulgação
