Reciclagem

Construtoras investem no reaproveitamento e destinação correta de entulho

Construtoras investem no reaproveitamento e destinação correta de entulho - Fitec Tec News

Sabemos que um dos grandes desafios na construção civil é a destinação correta e na capacidade de reaproveitamento do entulho gerado em construções, reformas e demolições, conhecidos por Resíduos da Construção e Demolição (RDC) ou Resíduos da Construção Civil (RCC). E há uma legislação pertinente para isso, sendo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) o órgão responsável a estabelecer os critérios para esse gerenciamento.

Mesmo com regramentos, porém, a realidade é outra: massa total desses resíduos gerada em 2022 foi de 120 milhões de toneladas e a média é que 70% do entulho produzido no Brasil é descartado incorretamente, alerta a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon).

As soluções empregadas nas cidades brasileiras é a promoção de centros de ecopontos para destinação de pequenos resíduos da construção civil. Em Florianópolis, SC, há nove locais que recebem resíduos de construção de até um metro cúbico, que são destinados a três empresas privadas de reciclagem que trabalham com valorização, para tornar o que seria considerado lixo em novos materiais.

A Alemanha é um dos líderes mundiais em reciclagem, com taxas que superam 80% para resíduos de construção e demolição. Já a França tem programas robustos que promovem a reciclagem, com taxas em torno de 60-70%. O Reino Unido tem avançado significativamente, com taxas que variam de 50% a 70%, dependendo da região”, frisa reportagem da NSC.

 

Remanejamento

 

A EMBRAED Empreendimentos conduz a demolição mecânica do edifício Ivo Agostinho Roveda, com 20 andares e 60 metros de altura, localizado na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, que dará espaço a um novo empreendimento. A construtora anunciou que 90% dos entulhos gerados serão reciclados, graças a uma parceria com a Usina Camboriú Gestão de Resíduos, que transformará 2,8 mil toneladas de materiais demolidos em novos insumos para o mercado da construção civil.

O processo de reciclagem é realizado com tecnologia que garante a separação eficiente de materiais como concreto, madeira, ferro, plástico e cobre. “Todo o material reciclável é transformado em areia, rachão e bases recicladas, que retornam ao mercado como matéria-prima para novas obras. Esse ciclo sustentável é essencial para preservar o meio ambiente,” destaca Roberto Bastos, sócio proprietário da Usina Camboriú.

Atualmente, mil metros cúbicos de resíduos são processados diariamente. Já os materiais removidos da estrutura original do prédio, incluindo um elevador panorâmico, foram doados às instituições atendidas pelo Instituto Rogério Rosa, braço social da construtora.”Mais de 200 itens, como móveis, portas e janelas, foram direcionados a projetos que impactam positivamente a vida de dezenas de famílias em situação de vulnerabilidade,” comenta Esther Fregossi, coordenadora do Instituto.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação/Embraed

 

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