A Green Building Council Brasil, ONG de divulgação da construção sustentável no país, apresentou recentemente um estudo que revelou o crescimento de 40% em construções residenciais verdes no país em 2023 ante ao ano de 2022.
Construções sustentáveis não devem levar em conta apenas a implantação de materiais, mas também toda uma cadeia, o que inclui o reuso de água. “A adoção dessa prática na construção civil em fins não potáveis, seja durante a fase de construção ou após a sua entrega, pode ter um impacto significativo na redução do consumo de água potável preservando os recursos hídricos para usos nobres, onde há contato humano”, afirma Sibylle Muller, CEO da NeoAcqua, especializada em economia verde a partir de sistemas de tratamento de água e esgoto.
Água de reúso
Muller acrescenta que o reaproveitamento de água de chuva em empreendimentos comerciais e residenciais além de mostrar a preocupação com recursos hídricos, permite às construtoras e incorporadoras oferecer imóveis sustentáveis, além de proporcionar a redução de despesas e também melhorias na reputação desses empreendimentos.
“Dentre as fontes alternativas destacam-se as águas de reúso a partir do esgoto doméstico ou da água cinza, que é a fração do esgoto constituída de águas que vem de lavatórios e chuveiros, e também as águas de chuva. A reciclagem de esgoto e águas cinzas geralmente é feita por meio de tratamentos biológicos seguidos de filtração e desinfecção, enquanto as águas de chuva demandam tratamentos mais simples, por filtragem e desinfecção”, finaliza a gestora.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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