Ficar sem energia elétrica é sinônimo não apenas de dor de cabeça, mas também de repensar saídas rápidas para sanar o problema, como apagões inesperados, e ainda mensurar equipamentos e soluções que não causem impactos prejudiciais ao meio ambiente.
Na área residencial, é importante contar com um gerador de energia, essencial para manter equipamentos em momentos críticos – apagões e quedas bruscas de energia–, como elevadores, bombas de água, portões automáticos, iluminação das áreas comuns e sistemas de segurança. Além de evitar prejuízos em um prolongamento dessa falta energética, preservando alimentos refrigerados e possibilitando o uso de equipamentos médicos, como respiradores.
Lidando com os apagões
Para Felipe Faustino, advogado especialista em direito condominial e sócio do escritório Faustino e Teles, o síndico tem um papel crucial na preparação do condomínio para situações de emergência, como apagões, que vai desde a aquisição e manutenção de geradores, bem como a solicitação de manutenção dos mesmos, propor opções viáveis e sustentáveis, sempre comunicando os condôminos.
Faustino completa que, muito embora representem um custo considerável para o condomínio, os geradores são um investimento em segurança e tranquilidade aos moradores, e pondera que a legislação não obriga a instalação de geradores em condomínios, mas sua presença pode ser um diferencial importante na valorização do imóvel. “A responsabilidade do síndico é zelar pela segurança e bem-estar dos moradores, o que inclui a adoção de medidas preventivas contra apagões. É fundamental que ele esteja atento à legislação, às boas práticas de gestão e às necessidades específicas do condomínio para tomar decisões que minimizem riscos e prejuízos”, arremata.
Bandeira vermelha
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revisou em setembro a bandeira tarifária vermelha para o mês, corrigindo o patamar que antes era nível dois, para nível um. Ou seja, adicional R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh).
A busca por alternativas mais sustentáveis e que barateiem a conta estão no radar dos consumidores, como os painéis fotovoltaicos. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), até 2031 a geração distribuída (GD) que utiliza esses sistemas tem potencial para gerar uma economia líquida de mais de R$ 84,9 bilhões na conta de luz dos brasileiros.
“Não só o uso da energia solar tem crescido, como também novas tecnologias têm impactado positivamente o nosso segmento. É possível dizer que a cada trimestre o mercado muda e tem sido para melhor. Quem busca pela energia solar deve aproveitar o momento. Não que seja uma mudança drástica, mas o cliente que está buscando e está em dúvida sobre adquirir seu sistema pode sentir diferença de aumento no bolso nos próximos meses”, frisa Junior Helte, CEO do Grupo HLT (HELTE, INIMEX e Ângulo), que atua na produção de equipamentos e distribuição de energia solar.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
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