Princípios ESG

Comitê corporativo de sustentabilidade: um passo inovador para as práticas ESG

Comitês corporativos de sustentabilidade um passo inovador para as práticas ESG - Fitec Tec News

É indiscutível que, ao implantar práticas ESG, as operações dentro de uma corporação tornam-se não apenas mais sustentáveis, mas também um atrativo a investimentos, reputação e admiração de clientes. E é de extrema importância a criação de um comitê interno de sustentabilidade, para verificar se tudo está de acordo.

Entretanto, os números ainda inspiram atenção: um relatório do The Conference Board, organização internacional de pesquisas presente em mais de 60 países, indica que apenas 48% dos entrevistados já atingiram o estágio de maturidade e 21% encontram-se na fase inicial dessa jornada.

Comitê diversificado

 

Sharon Haskel Koepsel, consultora de Governança Sustentável do escritório Flávio Pinheiro Neto Advogados, explica que é recomendável o comitê tenha um regimento interno, definindo claramente seu escopo, funções, estrutura e responsabilidades, e sua composição deve incluir, pelo menos, um membro do conselho de administração (quando houver na estrutura da empresa), um do corpo executivo e um especialista independente, para agregar uma visão ampliada do negócio e garantir estratégias que alcancem toda a cadeia de valor.

“Essa diversidade de competências é essencial para tratar com profundidade o amplo leque de temas relacionados à sustentabilidade. Mas vale lembrar que nas empresas em que não existe o conselho de administração, o comitê de sustentabilidade se faz significativo da mesma forma e com as mesmas atribuições, garantindo que as ações ligadas ao tema sejam realizadas com efetividade”, esclarece a especialista.

 

Hotelaria

 

Um exemplo é do grupo Trul Hotéis, que recentemente anunciou a formação de um comitê interno de ESG, com foco em desenvolver ações que incorporam a sustentabilidade em suas ações, além de transformar o conceito em práticas acessíveis e aplicáveis ao negócio e nos hotéis administrados.A operadora administra 13 unidades, e dentre as inovações está a adesão ao mercado livre de energia, permitindo que os hotéis escolham fontes de energia renováveis, como solar, eólica e hidrelétrica, e também ajudem a reduzir o consumo com soluções mais eficientes.

“A proposta do comitê é integrar meio ambiente e pessoas por meio de uma gestão transparente e descomplicada. Não buscamos ativismo ou greenwashing, mas sim um compromisso real com a sustentabilidade e uma marca mais forte para a Trul”, comenta Alejandro Moreno, diretor presidente da Trul, à Panrotas.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Freepik

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