Com uma produção que ultrapassa 460 milhões de toneladas por ano, o plástico ainda é um desafio a ser enfrentado para sua circularidade, haja vista que desse total, apenas 9% é reciclado, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para sanar tal demanda, empresas estão investindo na criatividade e em pesquisa para um melhor manejo desse material. No Paraná, a Fluvimar, fábrica de embarcações, é considerada pioneira no uso de garrafas PET como sistema de flutuação dos barcos, fazendo parte de suas operações há mais de duas décadas.
Garrafas PET
Segundo a empresa, as garrafas reaproveitadas são armazenadas dentro de compartimentos estanques nos cascos dos barcos, garantindo estabilidade e segurança.“Utilizamos cerca de 3 toneladas por ano, só para flutuação das embarcações. A PET cria uma câmara de ar superleve e resistente. Não fura, não vaza e ainda ajuda a reduzir o uso de isopor, que é muito mais agressivo ao meio ambiente”, explica Raquel Oliveira, CEO da companhia.
Em abril, Criciúma, SC, foi palco do HackathonRenovaPlast, evento promovido pelo Ecossistema Local de Inovação (ELI) e executado pelo Centro de Inovação da cidade (CRIO) e pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), reunindo empresários, startups, pesquisadores, lideranças políticas e especialistas para desenvolver a transformação digital e gestão sustentável de resíduos plásticos.
Patrocinado pelo Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense (SINPLASC), o ponto alto da atividade foi a apresentação das ideias para o uso inteligente do material, sendo premiadas os três melhores colocados com valores de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, além de acesso ao programa de pré-incubação da TXM Methodos/Sebrae.
A proposta vencedora foi Equipe Fibramax, que desenvolveu um novo polímero a partir da fibra residual do arroz combinada a resíduos plásticos de difícil reciclagem.
Por Keli Vasconcelos – Jornalista
Foto: Divulgação – Fluvimar
