Sustentabilidade - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br Indústria e Meio Ambiente em Pauta Fri, 19 Sep 2025 13:00:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://tecnews.agenciafluence.com.br/wp-content/uploads/2025/08/cropped-TECNEWS-750x123xc-1-32x32.png Sustentabilidade - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br 32 32 Uso de graxa de alta performance pode gerar uma economia de mais de R$ 4 milhões em manutenção https://tecnews.agenciafluence.com.br/uso-de-graxa-de-alta-performance-pode-gerar-uma-economia-de-mais-de-r-4-milhoes-em-manutencao/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=uso-de-graxa-de-alta-performance-pode-gerar-uma-economia-de-mais-de-r-4-milhoes-em-manutencao https://tecnews.agenciafluence.com.br/uso-de-graxa-de-alta-performance-pode-gerar-uma-economia-de-mais-de-r-4-milhoes-em-manutencao/#respond Fri, 19 Sep 2025 13:00:58 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3624 Com uma produção anual que supera a marca de 30 milhões de toneladas de aço, conforme revela o estudo do Instituto Aço Brasil, a siderurgia brasileira figura como um setor de operação contínua, no qual é comum que o maquinário esteja em funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana. Nessa dinâmica, cada parada […]

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Com uma produção anual que supera a marca de 30 milhões de toneladas de aço, conforme revela o estudo do Instituto Aço Brasil, a siderurgia brasileira figura como um setor de operação contínua, no qual é comum que o maquinário esteja em funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana. Nessa dinâmica, cada parada para manutenção pode acarretar prejuízos de mais de R$ 700 mil reais, como é o caso de pausas no funcionamento de equipamentos como máquinas de lingotamento contínuo. Inovações para garantir uma operação contínua e maior vida útil de componentes industriais, como o uso de graxa, tem sido soluções pontuais.

Para evitar esse tipo de prejuízo, produtos de alta performance tem integrado cada vez mais os processos de manutenção nas plantas siderúrgicas, em especial no caso de lubrificantes, que garantem a operação contínua e o aumento da vida útil de componentes industriais. A graxa Mobil Centaur XHP™ 462, por exemplo, formulada com complexo de cálcio sulfonato, oferece resistência a altas temperaturas e à lavagem por água, fatores cruciais para a operação. Com a capacidade de resistir com eficiência a condições operacionais críticas, a Mobil Centaur XHP™ 462 pode ficar mais tempo em serviço, o que permite uma redução na taxa de injeção de graxas novas, reduzindo o consumo do maquinário.

 

Benefícios da graxa de alta performance

Utilizada para reduzir travamentos recorrentes dos distribuidores de graxa, que resultavam em falhas de lubrificação e quebras de rolamento – devido a uma operação que impõe elevadas temperaturas e submete o equipamento à intensa lavagem por água – a graxa Mobil Centaur XHP 462 reduziu em 48% o índice de falha dos equipamentos, gerando uma economia de mais de R$ 4,26 milhões para a siderúrgica em que foi aplicada.

A aplicação de Mobil Centaur XHP 462 foi sugerida após mais de 130 horas de acompanhamento da operação, na mencionada planta siderúrgica, por parte dos especialistas da Moove, multinacional brasileira responsável pela produção e pela distribuição de lubrificantes Mobil no Brasil.

Além do benefício financeiro e para o maquinário, a migração para a tecnologia sugerida pelos especialistas promoveu a redução de 24 toneladas de graxa que deixaram de ser descartadas pela siderúrgica e a diminuição em 30% na necessidade de intervenções humanas para manutenção de desvios e troca dos segmentos.

Confira os detalhes do case de sucesso em:  https://www.youtube.com/watch?v=LBEke0yoyew

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Pequenas cidades se destacam em ações ambientais https://tecnews.agenciafluence.com.br/pequenas-cidades-se-destacam-em-acoes-ambientais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=pequenas-cidades-se-destacam-em-acoes-ambientais https://tecnews.agenciafluence.com.br/pequenas-cidades-se-destacam-em-acoes-ambientais/#respond Tue, 16 Sep 2025 17:00:56 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3608 Uma pesquisa da plataforma AdaptaBrasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e divulgada pela EXAME, revela que um pouco mais de 2,5 mil cidades foram identificadas como vulneráveis a eventos climáticos extremos, como enchentes e secas, o que equivalente a metade dos municípios brasileiros. Se para megalópoles já é um desafio gerir a […]

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Uma pesquisa da plataforma AdaptaBrasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e divulgada pela EXAME, revela que um pouco mais de 2,5 mil cidades foram identificadas como vulneráveis a eventos climáticos extremos, como enchentes e secas, o que equivalente a metade dos municípios brasileiros.

Se para megalópoles já é um desafio gerir a destinação correta de resíduos, o fator multiplica-se quando se trata de pequenas regiões, em que a dispersão territorial, logística e manutenção de pontos de entrega podem dificultar a criação de estruturas acessíveis, com reflexos no meio ambiente. Eis a importância de iniciativas que integrem educação ambiental, engajamento comunitário e parcerias institucionais.

Uma delas é da Reciclus, Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação, que consolidou seu serviço de coleta de lâmpadas fluorescentes, de maneira organizada e pontual, para cidades que contam com menos de 25 mil habitantes. Para tanto, as cidades interessadas devem armazenar em um único local, no mínimo, mil lâmpadas fluorescentes, sendo um ambiente coberto e em conformidade com as normas de segurança vigentes.

Para solicitar a coleta itinerante é necessário que um representante oficial do município encaminhe um e-mail de manifestação (reciclus@reciclus.org.br).  “A ação incentiva ainda o trabalho de comunicação local, a orientação dos cidadãos e a organização de eventos para incrementar a coleta. Ao mesmo tempo, o projeto estimula parcerias com prefeituras e escolas ou universidades públicas, promovendo inclusão produtiva”, informa a Reciclus.

Das micros cidades ao macro

Organizações, poder público e pessoas também realizam mobilizações a favor da sustentabilidade dentro de seus territórios, ou seja, as pequenas cidades. Em Santa Teresa, ES, além de ser sede do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), a cidade de 25 mil habitantes é considerada uma das maiores áreas de biodiversidade do planeta e integra o ranking dos cinco municípios com mais registros de plantas, animais e fungos no Desafio Mundial da Natureza Urbana, promovido pela plataforma iNaturalist.

Uma das iniciativas está na comunidade de Aparecidinha, local da Fazenda Angelita, que contabiliza mais de 30 mil árvores nativas plantadas e a reativação de seis nascentes da Bacia do Rio Bonito, afluente do Rio Santa Maria da Vitória, que abastece a Grande Vitória. Segundo reportagem da Folha Vitória, o antigo cafezal foi substituído por espécies nativas da Mata Atlântica, além da construção de cinco represas, responsáveis pela recarga das nascentes.

Já em Pernambuco, a Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, com 31 mil hectares e que abrange oito municípios da Região Metropolitana do Recife, recebeu a 4ª edição da corrida EcoRun de Aldeia, reunindo mais de mil atletas adultos e também com ações voltadas às crianças.

Realizada pela ONG Centro Plantando o Futuro, a EcoRun une esporte, sustentabilidade e inclusão social, a atividade também foi a oportunidade de plantar de mais de 300 mudas de árvores nativas.“Incentivamos um dos debates mais urgentes da atualidade: como alinhar desenvolvimento econômico, justiça social e preservação ambiental, pilares que precisam caminhar juntos. Só assim conseguiremos alcançar um modelo real de desenvolvimento sustentável”, conclui Júlio César, organizador do evento.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Carol Bezerra/Prefeitura Municipal de Camaragibe, PE

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Grupo Desensus discute os desafios reais da COP30 e quais ações podem trazer resultados necessários em nível global https://tecnews.agenciafluence.com.br/grupo-desensus-discute-os-desafios-reais-da-cop30-e-quais-acoes-podem-trazer-resultados-necessarios-em-nivel-global/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=grupo-desensus-discute-os-desafios-reais-da-cop30-e-quais-acoes-podem-trazer-resultados-necessarios-em-nivel-global https://tecnews.agenciafluence.com.br/grupo-desensus-discute-os-desafios-reais-da-cop30-e-quais-acoes-podem-trazer-resultados-necessarios-em-nivel-global/#respond Mon, 15 Sep 2025 13:00:56 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3599 Em uma reunião virtual realizada, no dia 11 de setembro, o Grupo Desensus, composto por 40 membros com vasta experiência em áreas ambientais e ex-integrantes do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), debateu um dos temas mais urgentes da atualidade: a COP30. A palestra, conduzida […]

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Em uma reunião virtual realizada, no dia 11 de setembro, o Grupo Desensus, composto por 40 membros com vasta experiência em áreas ambientais e ex-integrantes do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), debateu um dos temas mais urgentes da atualidade: a COP30. A palestra, conduzida pelo Dr. Gilberto Natalini, membro do GT COP30 da Prefeitura de São Paulo, representando a Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), destacou os desafios para a realização do evento no Brasil, considerado uma grande vitrine para as questões ambientais.

Segundo Eduardo San Martin, coordenador do Grupo Desensus, a reunião teve como foco as questões que o Brasil precisa enfrentar para garantir o sucesso da conferência, que será sediada em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. “Natalini levantou pontos importantes que precisam ser abordados antes, durante e depois do evento para que ele não se torne apenas uma formalidade sem resultados práticos”, pontuou.

 

Desafios para a COP30

 

Durante sua apresentação, o palestrante destacou a urgência de o Brasil se preparar para sediar a COP30. Ele ressaltou a importância de instituições corporativas na conscientização sobre o uso excessivo dos recursos naturais e reforçou a necessidade de ações efetivas para mitigar o aquecimento global. A palestra enfatizou a preocupação com os resíduos gerados pelo consumo humano, que contribuem para a poluição do solo, água e ar, além das emissões de gases de efeito estufa. O Brasil, segundo Gilberto Natalini, ainda enfrenta grandes desafios nesse aspecto, principalmente devido ao desmatamento e à agropecuária insustentável.

Natalini compartilhou suas preocupações sobre a capacidade de Belém em sediar a conferência. Ele apontou a falta de infraestrutura e a especulação nos preços de hospedagem, que podem afastar delegações de países com menor poder econômico. Ele ressaltou, no entanto, que a conferência não será um fracasso, mas sim um evento que exige uma preparação meticulosa e uma abordagem estratégica para lidar com os desafios. A COP30, na visão do palestrante, deve ser um marco para o Brasil na discussão de soluções concretas para os problemas climáticos e ambientais.

“A COP30 não será um fracasso, mas temos que nos atentar para questões importantes. A infraestrutura de Belém precisa de melhorias, e é fundamental que o Brasil se prepare para discutir, de forma transparente, as ações necessárias para mitigar as crises climáticas. A conferência será uma oportunidade única para o nosso país mostrar que está comprometido com a agenda ambiental global”, afirmou Dr. Gilberto Natalini.

 

Importância da Economia Verde

A palestra também abordou a necessidade de o país olhar para as oportunidades econômicas que podem surgir a partir de uma economia mais sustentável a exemplo da Economia Verde. A COP30 deve ser um espaço para a discussão de novas tecnologias e modelos de negócios que conciliem o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Natalini reforçou que a crise climática é um problema global que exige uma solução global, e que o Brasil tem um papel fundamental nesse processo.

Ele ressaltou a necessidade de uma abordagem colaborativa para enfrentar as crises climáticas e ambientais. “O Brasil precisa se unir para encontrar soluções conjuntas e eficientes, envolvendo diferentes setores da sociedade”, pontuou. A COP30, para o palestrante, é uma chance de o Brasil assumir uma posição de destaque na liderança ambiental global, mostrando que está preparado para os desafios do futuro. A conferência, que reunirá líderes e especialistas de todo o mundo, pode ser um ponto de virada para o país, que, se souber aproveitar a oportunidade, poderá se consolidar como uma potência ambiental e econômica.

Para Dr. Natalini, a discussão sobre a COP30 vai muito além da sede do evento. É uma questão de planejamento, de estratégia e, acima de tudo, de comprometimento com a agenda ambiental. “O sucesso da COP30 não será medido apenas pelo número de participantes, mas sim pelos resultados concretos que serão alcançados. E, para isso, a colaboração de todos, do governo à sociedade civil, será fundamental”, concluiu.

Foto: Print de tela da reunião/reprodução

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Vetos presidenciais ao PL da Devastação não afastam ameaça de novos desastres https://tecnews.agenciafluence.com.br/vetos-presidenciais-ao-pl-da-devastacao-nao-afastam-ameaca-de-novos-desastres/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=vetos-presidenciais-ao-pl-da-devastacao-nao-afastam-ameaca-de-novos-desastres https://tecnews.agenciafluence.com.br/vetos-presidenciais-ao-pl-da-devastacao-nao-afastam-ameaca-de-novos-desastres/#respond Wed, 10 Sep 2025 13:00:19 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3595 Os vetos de parte do chamado PL da Devastação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva dividiram opiniões de entidades ligadas à pauta socioambiental. Embora reconheçam que o governo evitou a dilapidação completa da legislação, AVABRUM, AMIG, Observatório do Clima e Observatório de Barragens de Mineração da UFMG avaliam que pontos cruciais ainda foram mantidos, […]

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Os vetos de parte do chamado PL da Devastação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva dividiram opiniões de entidades ligadas à pauta socioambiental. Embora reconheçam que o governo evitou a dilapidação completa da legislação, AVABRUM, AMIG, Observatório do Clima e Observatório de Barragens de Mineração da UFMG avaliam que pontos cruciais ainda foram mantidos, comprometendo a segurança de comunidades e o futuro da política ambiental no Brasil.

Para a AVABRUM, que representa vítimas e familiares da tragédia de Brumadinho, o projeto revela mais uma vez a distância entre os interesses políticos e a vida das pessoas. Nayara Porto, presidente da entidade, afirma que o país não aprendeu com os crimes socioambientais recentes. “Brumadinho e Mariana deveriam ter sido marcos de transformação. Mas, quando olhamos para este projeto e para os vetos insuficientes, o que vemos é que a prioridade continua sendo o lucro das mineradoras, não a proteção das vidas humanas e do meio ambiente”, afirma.

Nayara reforça que a AVABRUM esperava um posicionamento mais firme do Executivo diante da pressão do Congresso. “O governo sinalizou resistência, mas cedeu em pontos que colocam as comunidades em risco. Não podemos naturalizar tragédias. Cada concessão feita nesse tipo de legislação representa a possibilidade real de novos crimes. E quem paga esse preço são os atingidos, não as empresas”, alerta.

Para o Observatório do Clima, o PL aprovado pelos Parlamentares representa o maior retrocesso desde a criação da Política Nacional do Meio Ambiente, em 1981. Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas da organização, considera que se os vetos presidenciais forem derrubados pelo Congresso, décadas de experiência no licenciamento ambiental no Brasil podem ser perdidas. “O texto prioriza isenções, autolicenciamento e ritos de apreciação acelerados. É um ataque frontal à política ambiental, que deveria ser fortalecida, não enfraquecida em nome da pressão econômica. Nesse quadro, a Lei Geral do Licenciamento só vai ser resolvida no Supremo Tribunal Federal”, alerta.

Ela reconhece que o veto de 63 dispositivos foi um passo além do esperado, mas alerta para as lacunas. “A medida provisória que manteve a lógica da Licença por Adesão e Compromisso compromete a análise de grandes empreendimentos. Além disso, a ampla isenção ao agronegócio segue intocada, permitindo que atividades como pecuária intensiva e monoculturas de grande escala causem danos irreversíveis a ecossistemas como o Pantanal. Não basta evitar retrocessos totais, é preciso enfrentar os pontos críticos de frente”, reforça Suely.

Sinal vermelho mesmo com os vetos

O Observatório de Barragens de Mineração (OBAM), vinculado ao Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão: Educação, Mineração e Território (EduMiTe) do IGC/UFMG, alerta para as implicações diretas do projeto em Minas Gerais, estado mais afetado pelas tragédias da mineração. Para a professora Lussandra Gianasi, titular do Departamento de Geografia da universidade, os vetos não resolvem o problema estrutural do licenciamento. “Se antes já não tínhamos uma legislação capaz de garantir licenciamentos responsáveis, agora a situação se agrava com a criação de um licenciamento especial sem definição clara. Estratégico para quem? Impactante para quem? Essa pressa em liberar grandes projetos em um ano não assegura estudos sérios nem o consentimento das comunidades atingidas”, questiona.

Ela ressalta que bens comuns, como a água, deveriam ser considerados estratégicos em qualquer legislação. “Estamos falando de um bem essencial, já afetado pela mineração em várias regiões. A água é um direito de todos, mas segue sendo comprometida por empreendimentos que avançam com pouca ou nenhuma vistoria. Se antes a fiscalização já não dava conta, agora tampouco dará”, alerta Lussandra.

A professora lembra que, mesmo após as tragédias de Mariana e Brumadinho, o lobby mineral segue influente. “Empresas continuam lucrando enquanto comunidades seguem vulneráveis. O governo evitou um retrocesso absoluto, mas ainda não garantiu segurança nem justiça socioambiental. Minas Gerais sabe, melhor que qualquer outro estado, o que significa pagar o preço da omissão. Não podemos repetir essa história”, conclui.

As três entidades entendem que os vetos de Lula impediram o pior, mas não foram suficientes. Para Avabrum, Observatório do Clima e Observatório de Barragens de Mineração, a aprovação parcial do PL da Devastação mantém aberta a possibilidade de novos desastres. O consenso é de que o país segue diante de uma encruzilhada: ou fortalece seu arcabouço socioambiental, ou continuará refém de tragédias anunciadas.

A preocupação também é relatada por quem convive diariamente com a atividade minerária. A Associação Brasileira dos Municípios Mineradores (Amig Brasil) considera que o PL 2159/2021 fragiliza o controle ambiental e ignora aprendizados de tragédias como Mariana e Brumadinho, ao abrir espaço para modalidades de licenciamento mais flexíveis sem garantias adequadas de segurança.

“O que está em jogo é a segurança de milhões de pessoas que vivem em regiões mineradoras. Flexibilizar leis ambientais sem prever responsabilidade clara de empresas, gestores e técnicos é institucionalizar a impunidade. Não se trata de barrar o desenvolvimento, mas de garantir que ele aconteça com rigor, transparência e justiça socioambiental”, afirma Waldir Salvador, consultor da Amig Brasil.

Sobre o Projeto Legado de Brumadinho:

A AVABRUM – Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão tem o Projeto Legado de Brumadinho como suporte de ações institucionais e na construção da memória (para que nunca mais aconteça). O Legado de Brumadinho integra os projetos do Comitê Gestor DMC (Dano Moral Coletivo) com recursos pagos a título de indenização social ao MPT pelo rompimento da Barragem da Vale em Brumadinho que ceifou a vida de 272 pessoas.

Foto: Avabrum/Senado Federal/Reprodução

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Bolsa de ação climática anuncia benefícios inéditos para empresas na COP30 https://tecnews.agenciafluence.com.br/bolsa-de-acao-climatica-anuncia-beneficios-ineditos-para-empresas-na-cop30/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=bolsa-de-acao-climatica-anuncia-beneficios-ineditos-para-empresas-na-cop30 https://tecnews.agenciafluence.com.br/bolsa-de-acao-climatica-anuncia-beneficios-ineditos-para-empresas-na-cop30/#respond Wed, 10 Sep 2025 11:00:21 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3591 A B4, primeira Bolsa de Ação Climática do Brasil, acaba de anunciar um programa inédito que vai beneficiar empresas presentes na conferência promovida pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, que acontece em novembro, em Belém (PA). Companhias que se cadastrarem e se qualificarem terão acesso a créditos de carbono exclusivos durante o […]

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A B4, primeira Bolsa de Ação Climática do Brasil, acaba de anunciar um programa inédito que vai beneficiar empresas presentes na conferência promovida pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, que acontece em novembro, em Belém (PA). Companhias que se cadastrarem e se qualificarem terão acesso a créditos de carbono exclusivos durante o evento, reforçando a importância do engajamento empresarial nas soluções para a crise ambiental.

Além dos benefícios para quem participa da COP30, as primeiras mil empresas inscritas na plataforma da B4 receberão um diagnóstico gratuito da pegada de carbono de suas atividades. “Nosso objetivo é democratizar o acesso ao mercado de ativos sustentáveis e estimular ações concretas. O evento será uma vitrine mundial para mostrar como o Brasil pode liderar esse movimento”, afirma Odair Rodrigues, CEO e fundador da B4.

A iniciativa chega em um momento estratégico: a implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), regulamentado pela Lei nº 15.042/2024, deve transformar o mercado de carbono em uma ferramenta essencial para empresas que buscam competitividade e responsabilidade socioambiental. A B4 se posiciona como facilitadora desse processo, oferecendo um ambiente seguro e transparente para transações, com tecnologia blockchain que garante rastreabilidade e credibilidade. As inscrições já estão abertas na plataforma oficial da B4.

Bolsa: contexto do mercado de carbono

Segundo a Precedence Research, o mercado global de carbono atingiu um valor estimado de US$ 933,23 bilhões em 2025, com previsão de crescer para US$ 16,38 trilhões até 2034, em uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 37,68%, impulsionada por políticas climáticas emergentes e acordos internacionais. No Brasil, o mercado voluntário continua em expansão: em 2021, as transações chegaram a quase US$ 2 bilhões, quatro vezes mais que em 2020. Estima-se alta na demanda de 15 vezes até 2030 e 100 vezes até 2050, conforme projeções da McKinsey.

A COP, que acontece entre 10 e 21 de novembro de 2025, será a primeira realizada na Amazônia e deve atrair mais de 40 mil visitantes, incluindo cerca de 7 mil representantes da “família COP” — equipes da ONU e delegações nacionais. O evento oferece ao Brasil uma plataforma importante para compor sua posição na política internacional a respeito das mudanças climáticas e ações de conservação ambiental.

Para as empresas, é uma oportunidade de posicionamento em um momento decisivo: participar dos debates é estar na vanguarda da agenda, construindo reputação e ampliando redes com stakeholders dos setores público, privado e da sociedade civil. “A B4 é a ponte entre empresas que querem reduzir a pegada de carbono e soluções sustentáveis. Trabalhamos para apoiar e manter as organizações comprometidas com práticas saudáveis ao meio ambiente e à sociedade”, conclui Rodrigues.

Foto: Freepik

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Schneider Electric e MDIC assinam acordo para acelerar a descarbonização industrial no Brasil https://tecnews.agenciafluence.com.br/schneider-electric-e-mdic-assinam-acordo-para-acelerar-a-descarbonizacao-industrial-no-brasil/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=schneider-electric-e-mdic-assinam-acordo-para-acelerar-a-descarbonizacao-industrial-no-brasil https://tecnews.agenciafluence.com.br/schneider-electric-e-mdic-assinam-acordo-para-acelerar-a-descarbonizacao-industrial-no-brasil/#respond Tue, 09 Sep 2025 13:00:05 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3570 O Instituto de Pesquisa em Sustentabilidade da Schneider Electric (SRI), líder global em transformação digital da gestão de energia e automação, e a Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria (SEV) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) firmaram um Memorando de Entendimento (MoU) para avançar na descarbonização da indústria brasileira. O estudo estratégico, desenvolvido […]

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O Instituto de Pesquisa em Sustentabilidade da Schneider Electric (SRI), líder global em transformação digital da gestão de energia e automação, e a Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria (SEV) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) firmaram um Memorando de Entendimento (MoU) para avançar na descarbonização da indústria brasileira.

O estudo estratégico, desenvolvido pelo SRI em colaboração com o MDIC, é estruturado em três partes: A: Cenários de descarbonização orientados pela demanda com base na experiência internacional; B – Políticas de demanda para o desenvolvimento industrial sustentável do Brasil; ; e C Intercâmbio colaborativo de especialistas.

Na solenidade de assinatura, foi lançada a Parte A do estudo, que apresenta cenários prospectivos até 2050 sobre a descarbonização orientada pela demanda. O material se baseia em experiências internacionais e quantifica impactos sobre matrizes energéticas, emissões e aplicação de tecnologias, fornecendo insumos estratégicos para políticas públicas e decisões empresariais. As Partes B e C serão apresentadas em conjunto durante a COP30.

A Parte B reunirá recomendações para o Brasil em políticas industriais orientadas pela demanda, contemplando incentivos econômicos, normas flexíveis de emissões e estímulos à bioeconomia. O objetivo é ampliar a competitividade da indústria, gerar empregos de qualidade e fortalecer redes circulares de valor, em alinhamento a iniciativas como o Nova Indústria Brasil (NIB), a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Industrial (ENDI) e o Plano Setorial da Indústria do Plano Nacional de Mudança do Clima.

Já a Parte C será dedicada à realização de workshops e diálogos multissetoriais para aproximar especialistas nacionais e internacionais, adaptando soluções globais ao contexto brasileiro. A iniciativa busca acelerar a modernização industrial e a adoção de tecnologias sustentáveis, reforçando a integração entre governo, academia, indústria e sociedade em prol de uma transição justa, inclusiva e baseada em evidências.

Amcham Brasil e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) irão colaborar com a pesquisa de forma a encorajar a articulação entre governo, indústria e setor empresarial na construção de soluções inovadoras para a descarbonização.

Engajamento nacional e estratégia para descarbonização

Após a COP30, com as três partes consolidadas, os resultados completos do estudo serão compartilhados em workshops itinerantes em diferentes cidades brasileiras, direcionados a clusters industriais prioritários com conteúdo personalizado a respeito de estratégias, tecnologias e insights específicos do segmento orientados pela demanda.

O simpósio catalisador e os workshops nacionais servirão para engajar líderes dos setores público e privado, pesquisadores e comunidades industriais, consolidando o papel do Brasil como protagonista global em sustentabilidade industrial.

Segundo Rafael Segrera, presidente da Schneider Electric para a América do Sul, o projeto visa contribuir para o posicionamento do Brasil na COP30, a agenda climática de 2030 e a implementação da Estratégia Nacional de Descarbonização da Indústria (ENDI). “Essa colaboração ressalta o compromisso compartilhado pela Schneider Electric e pelo MDIC com a viabilização da transição para baixo carbono do Brasil, em sintonia com as metas do programa Nova Indústria Brasil, que incluem reduzir em 30% as emissões industriais por valor adicionado do PIB e ampliar o uso sustentável da biodiversidade.”

“O momento é oportuno para que as organizações adotem ações firmes rumo à transição para uma economia de menores emissões. O Brasil está no epicentro das discussões globais sobre clima e sustentabilidade e sediará a próxima Conferência do Clima, em novembro deste ano. Devemos ser um exemplo para o mundo e acelerar a disseminação das tecnologias já disponíveis para descarbonizar a indústria”, acrescenta Segrera.

O estudo e a cooperação com o MDIC refletem a ambição do Brasil de liderar pelo exemplo, transformando seu modelo produtivo para gerar valor por meio da sustentabilidade. “O MDIC tem trabalhado para promover uma mudança nas indústrias que garanta a competitividade das empresas brasileiras, alinhando-a à transição internacional para economias com zero emissões líquidas e visando a prosperidade social”, afirma Julia Cruz, secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC. “Este relatório contribui para o diálogo nacional em curso ao trazer novas perspectivas sobre estratégias do lado da demanda para a descarbonização e caminhos para a construção de novos ecossistemas industriais.”

Do global ao local

A Schneider Electric, reconhecida pelo seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, já liderou iniciativas voltadas à transformação e conservação ambiental em diversos países, inclusive no Brasil. A partir do SRI, a companhia irá incorporar sua experiência global com as especificidades do segmento industrial nacional, integrando o conhecimento obtido em estudos similares realizados em países como Índia e China para desenvolver abordagens adaptadas ao contexto brasileiro.

A previsão é de que os resultados dessa cooperação incentivem a utilização de tecnologias ambientalmente responsáveis, proporcionando o crescimento econômico e posicionando o Brasil como líder global em desenvolvimento industrial sustentável.

 

Foto: Schneider Electric/Divulgação

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Cetesb atualiza manual que orienta reabilitação de áreas contaminadas em SP https://tecnews.agenciafluence.com.br/cetesb-atualiza-manual-que-orienta-reabilitacao-de-areas-contaminadas-em-sp/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=cetesb-atualiza-manual-que-orienta-reabilitacao-de-areas-contaminadas-em-sp https://tecnews.agenciafluence.com.br/cetesb-atualiza-manual-que-orienta-reabilitacao-de-areas-contaminadas-em-sp/#respond Mon, 08 Sep 2025 17:00:31 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3567 Um antigo posto de gasolina desativado, um galpão industrial abandonado, um terreno vazio que já foi usado para descartar produtos químicos. Esses são exemplos de locais que podem estar contaminados e que precisam de cuidados técnicos antes de voltarem a ser usados com segurança. Para orientar esse tipo de trabalho, a Companhia Ambiental do Estado […]

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Um antigo posto de gasolina desativado, um galpão industrial abandonado, um terreno vazio que já foi usado para descartar produtos químicos. Esses são exemplos de locais que podem estar contaminados e que precisam de cuidados técnicos antes de voltarem a ser usados com segurança. Para orientar esse tipo de trabalho, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) lança uma nova versão do Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas.

“Estamos vivenciando a substituição de áreas que no passado foram industriais por edificações para serviços e moradia, é processo pelo qual as principais capitais do Brasil também estão passando”, afirma Thomaz Toledo, presidente da Cetesb. A atividade industrial é a maior fonte de contaminação do solo e da água subterrânea nos ambientes urbanos.

 

Áreas contaminadas

Terrenos contaminados são uma realidade comum. A Cetesb tem cadastradas em seu sistema 7,5 mil áreas contaminadas no Estado. Mas a reabilitação desses terrenos também é recorrente: do total, 2,5 mil já passaram por uma remediação. Em São Paulo, onde a disputa por espaço para construir é ainda maior, 41% das 2,8 mil áreas cadastradas como contaminadas já foram reabilitadas.

Considerado um dos principais guias técnicos do país sobre o tema, o manual será apresentado oficialmente durante a III Conferência da AESAS, entre os dias 5 e 7 de agosto, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

O manual funciona como um roteiro técnico para todas as etapas do processo de reabilitação de áreas contaminadas: desde a investigação inicial até a reabilitação do terreno para novos usos. Ele é usado por consultores ambientais, construtoras, indústrias, prefeituras e pela própria Cetesb.

O documento traz critérios padronizados para identificar se um solo ou lençol freático está poluído, medir o risco à saúde e ao meio ambiente e orientar o que precisa ser feito para tratar ou isolar a contaminação.

Terrenos nessa situação, muitos deles localizados em regiões urbanas, só podem voltar a ser ocupados — com moradias, comércio ou equipamentos públicos — após passarem por esse processo. Com a nova versão do manual, essas etapas ficam mais organizadas e previsíveis, o que ajuda no planejamento de projetos e evita retrabalho.

“Com critérios uniformes e mais atualizados, o manual permite que todos os envolvidos falem a mesma língua. Isso dá mais clareza aos projetos e melhora a qualidade técnica das soluções aplicadas”, afirma André Oliveira, Gerente da Divisão de Apoio ao Gerenciamento de Áreas Contaminadas da Cetesb.

Etapas do processo gerenciamento de áreas contaminadas

O conteúdo do manual está dividido em três grandes fases:

  • Identificação: avaliação inicial para verificar se há indícios de contaminação;
  • Diagnóstico: análises técnicas que detalham os poluentes presentes, o grau de risco e as ações recomendadas;
  • Intervenção: execução das medidas de remediação por tratamento ou contenção no terreno, com medidas de controle institucional ou de engenharia e monitoramento

Ao final do processo, se todas as etapas forem cumpridas corretamente, a área pode receber um termo de reabilitação emitido pela Cetesb e, a partir daí, voltar a ser utilizada.

Referência nacional em reabilitação ambiental urbana, o Parque Villa-Lobos, na zona oeste da capital paulista, ocupa uma área que, por décadas, funcionou como depósito de lixo, entulho da construção civil e materiais dragados do Rio Pinheiros. Após um amplo processo de requalificação, o espaço foi transformado em um dos parques mais visitados de São Paulo.

Documento é resultado de discussão técnica com vários setores

A revisão do manual foi conduzida pela Cetesb em conjunto com a Câmara Ambiental de Áreas Contaminadas, um fórum permanente que reúne técnicos da própria companhia e representantes da indústria, construção civil, setor de petróleo, universidades, bancos e consultorias ambientais.

Esse grupo atuou na análise crítica do conteúdo e na proposição de melhorias. Técnicas específicas de investigação e remediação, por exemplo, contaram com a contribuição direta de profissionais ligados à AESAS, entidade que representa empresas do setor de consultorias e serviços ambientais.

“O envolvimento de diversos setores garantiu que o manual contemple as necessidades práticas do mercado sem comprometer o rigor técnico e ambiental”, completa André.

A nova versão do manual já está disponível gratuitamente no site da Cetesb.

Foto: Freepik

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Brasil registra mais de R$ 2,4 bilhões em multas ambientais https://tecnews.agenciafluence.com.br/brasil-registra-mais-de-r-24-bilhoes-em-multas-ambientais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=brasil-registra-mais-de-r-24-bilhoes-em-multas-ambientais https://tecnews.agenciafluence.com.br/brasil-registra-mais-de-r-24-bilhoes-em-multas-ambientais/#respond Mon, 08 Sep 2025 13:00:26 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3564 O cenário ambiental no Brasil mostra sinais de avanço, com queda no desmatamento em biomas importantes e intensificação da fiscalização. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre agosto de 2024 e julho de 2025, o desmatamento na Amazônia atingiu 4.495 km², o segundo menor nível registrado nos últimos 21 anos. No mesmo período, […]

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O cenário ambiental no Brasil mostra sinais de avanço, com queda no desmatamento em biomas importantes e intensificação da fiscalização. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre agosto de 2024 e julho de 2025, o desmatamento na Amazônia atingiu 4.495 km², o segundo menor nível registrado nos últimos 21 anos. No mesmo período, foram realizadas 9.540 fiscalizações, que resultaram em mais de 3,9 mil autos de infração e R$ 2,4 bilhões em multas, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Apesar do patamar historicamente baixo, o índice da Amazônia representa um aumento de 4% em relação ao ciclo anterior (4.321 km²), influenciado principalmente pelos incêndios do segundo semestre de 2024. No entanto, outros biomas apresentaram recuos expressivos: no Cerrado, houve uma redução de 20,8%, com 5.555 km² sob alerta contra 7.014 km² no período anterior. Já o Pantanal registrou a maior queda, com redução de 72% no desmatamento (319 km² frente a 1.148 km²) e 9% a menos nos focos de incêndio (16.125 contra 17.646).

Segundo a engenheira ambiental e sanitarista Maristela Rodrigues, o avanço da fiscalização por imagens de satélite tem gerado apreensão no campo, já que muitos produtores rurais passaram a receber notificações ambientais. No entanto, ela lembra que nem todo desmatamento registrado corresponde a uma infração ambiental.

“Às vezes, o produtor recebe uma notificação por imagem de satélite e acha que vai ser multado de imediato. Mas não é bem assim. A Secretaria faz a vistoria, verifica se não houve uso de ferramentas de corte ou derrubada e, se for um fenômeno natural, emite uma declaração. Isso é fundamental para comprovar que o desmatamento não foi irregular”, explica.

 

Multas ambientais

 

Órgãos como o Ibama, Secretarias Estaduais e o Ministério do Meio Ambiente cruzam dados de satélite com inspeções em campo, evitando punições indevidas a produtores.

Essa análise é fundamental, pois sem comprovação técnica, o produtor pode sofrer autuações equivocadas. Para Maristela, o licenciamento ambiental é o principal instrumento para garantir segurança jurídica ao produtor e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente.

A importância do licenciamento personalizado

Maristela destaca que um dos principais problemas atuais é a falta de orientação durante o processo de licenciamento. “Se a área foi desmatada de forma irregular, o produtor precisa correr atrás da regularização. Isso não é só uma obrigação legal, é também uma forma de proteger a própria produção. Estar regularizado evita multa, evita dor de cabeça e ainda ajuda a preservar o solo, a água e o meio ambiente”, ressalta.

Ela lembra que, diante de desafios como secas prolongadas, erosões e enchentes, um licenciamento bem orientado pode evitar danos ambientais e prejuízos à produção.

A especialista também reforça que, embora grande parte das terras brasileiras esteja sob responsabilidade de produtores rurais, a preservação não pode recair apenas sobre eles. “As indústrias têm uma parcela enorme de responsabilidade pelas emissões de CO₂ na atmosfera e precisam compensar seus impactos, adquirindo, por exemplo, selos verdes de produtores rurais locais. É preciso haver equilíbrio. O produtor necessita de orientação para cumprir a lei, mas também precisamos lembrar que grandes indústrias têm obrigações ambientais e, muitas vezes, conseguem se beneficiar de brechas legais”, afirma.

COP30 e os interesses globais

A engenheira ambiental também chama a atenção para os reflexos econômicos e diplomáticos que envolvem as discussões ambientais, especialmente em eventos como a COP30, que será sediada pelo Brasil. “O crédito de carbono é um ativo comercial que movimenta bilhões entre grandes indústrias. Para o produtor rural, o essencial é manejar corretamente a terra e garantir sustentabilidade, mas é importante entender que tudo isso também envolve interesses internacionais”, avalia.

Para Maristela, a preservação ambiental pode se tornar economicamente mais vantajosa do que o desmatamento, especialmente quando se considera a geração de crédito de carbono e outros incentivos econômicos. “Eu tenho áreas no Amazonas, faço os levantamentos lá, e, é claro, compensa muito mais preservar do que desmatar. Áreas densas de vegetação rendem maior crédito de carbono e podem gerar um retorno anual de aproximadamente R$ 1 milhão, além de contar com áreas extras de reserva legal que podem ser comercializadas para outras propriedades que estão em processo de regularização”, explicou.

Foto: Freepik

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Relatório de sustentabilidade da ISA Energia é agraciado com premiação https://tecnews.agenciafluence.com.br/relatorio-de-sustentabilidade-da-isa-energia-e-agraciado-com-premiacao/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=relatorio-de-sustentabilidade-da-isa-energia-e-agraciado-com-premiacao https://tecnews.agenciafluence.com.br/relatorio-de-sustentabilidade-da-isa-energia-e-agraciado-com-premiacao/#respond Fri, 05 Sep 2025 13:00:20 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3548 A ISA Energia Brasil, especializada em transmissão de energia no Brasil, por meio da gestão de 34 concessões distribuídas em 18 estados, recebeu pelo sexto ano consecutivo, com o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG) e foi agraciada com mais essa premiação. A premiação foi obtida no mais alto nível de qualificação do […]

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A ISA Energia Brasil, especializada em transmissão de energia no Brasil, por meio da gestão de 34 concessões distribuídas em 18 estados, recebeu pelo sexto ano consecutivo, com o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG) e foi agraciada com mais essa premiação.

A premiação foi obtida no mais alto nível de qualificação do programa, com a publicação do inventário corporativo, auditado pela PricewaterhouseCoopers (PwC), método GHG Protocol adaptado ao contexto brasileiro pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) e World Resources Institute (WRI), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e World Business Council for Sustainable Development (WBSCD).

Em números, entre 2022 e 2024, a companhia reduziu em 20% as emissões de SF₆ (gás isolante utilizado em equipamentos de alta tensão e responsável por cerca de 80% das emissões do Escopo 1 da empresa) e manteve o índice de perdas em 0,28% do parque instalado, considerado abaixo do limite de 0,5% estabelecido pela International Electrotechnical Commission (IEC), além de desde 2019, manter a certificação de carbono neutro, resultado da compensação das emissões remanescentes por meio da compra de créditos de carbono.

“A conquista contínua do Selo Ouro do PBGHG é um reconhecimento da nossa cultura sólida de sustentabilidade. Ainda assim, seguimos com o compromisso de ampliar o mapeamento das emissões de escopo 3, aquelas provenientes de nossa cadeia de valor, umdesafio essencial para fortalecer ainda mais nossa atuação sustentável”, conta Ana Carolina David, gerente de Comunicação e Sustentabilidade na empresa.

Atividades promissoras e premiação

A empresa também reporta suas ações de responsabilidade ambiental nas comunidades. Neste ano, publicou o relatório de Jornada Climática, em que descortina seus desafios, compromissos e práticas de gestão de emissões de GEE, apoio à transição energética e o gerenciamento de riscos e oportunidades futuros relacionados às mudanças climáticas.

Também conta, em seu site, com uma página dedicada ao Programa Conexão Jaguar, principal iniciativa voluntária de sustentabilidade da empresa, na área de conservação e proteção de espécies ameaçadas, como a onça-pintada,com a implementação e apoio a tais projetos e geração créditos de carbono.

Em 2024, ofertou um aporte financeiro e técnico para um novo projeto de conservação de mais de 40 mil hectaresàs margens do Rio Muru, AC, em colaboração com a PerfinClimate, empresa especializada em investimentos, atuando em áreas como Equities (ações), Infraestrutura e Wealth Management.Já na América Latina, o programa contribui com a preservação de 868 mil hectares de florestas e vegetação nativa, na Colômbia (cinco iniciativas), no Brasil (duas iniciativas) e no Peru (três iniciativas).

Mais informações sobre as atividades ambientais da ISA Energia Brasil neste link

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto:Divulgação – ISA Energia

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Uso de itens ecológicos, em reformas de imóveis, dita as tendências de mercado https://tecnews.agenciafluence.com.br/uso-de-itens-ecologicos-em-reformas-de-imoveis-dita-as-tendencias-de-mercado/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=uso-de-itens-ecologicos-em-reformas-de-imoveis-dita-as-tendencias-de-mercado https://tecnews.agenciafluence.com.br/uso-de-itens-ecologicos-em-reformas-de-imoveis-dita-as-tendencias-de-mercado/#respond Thu, 04 Sep 2025 13:00:13 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3542 Para sanar um dano, ajeitar o que já “enjoou”, ou dar uma cara nova impulsionando venda ou aluguel, as reformas de imóveis é um hábito crescente e quem possui a pegada sustentável, busca opções ambientalmente responsáveis para que a obra tenha ainda mais propósito. Materiais ecológicos, design minimalista e funcional, customização e personalização, fusão cultural, […]

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Para sanar um dano, ajeitar o que já “enjoou”, ou dar uma cara nova impulsionando venda ou aluguel, as reformas de imóveis é um hábito crescente e quem possui a pegada sustentável, busca opções ambientalmente responsáveis para que a obra tenha ainda mais propósito.

Materiais ecológicos, design minimalista e funcional, customização e personalização, fusão cultural, com influências de tradições globais, são algumas das tendências recorrentes, comenta Andrea Del Lama, sócia-proprietária da Del Lama Acabamentos, de Ribeirão Preto, SP. “A cerâmica, por exemplo,é moldada pela sustentabilidade, personalização e tecnologia. Com a pegada ecológica em alta, o comércio está explorando esse movimento, então acaba refletindo no mercado de revestimento e acabamentos”, diz ao UAI.

 

Pequenas reformas

 

E reformar é algo presente no cotidiano dos brasileiros: uma pesquisa da Obramax, atacarejo de materiais de construção, mostra que 36% dos entrevistados investem em pequenas reformas e 16% nas que envolvem a repaginação do cômodo, sem deixar de lado a escolha por materiais resistentes, com conforto acústico e térmico.

A preferência em empresas e indústrias que seguem a jornada ESG também é uma tendência de consumidores na hora das reformas. Um dos destaques vai para a Cerbras, indústria cearense de cerâmicas e porcelanatos, que pelo terceiro ano consecutivo, fez o levantamento de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), seguindo a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol.

Em 2023, alcançou o índice de 2.661 KgCO2/m², superando a meta definida de 3 KgCO2/m², além de investir em energia solar, otimização da frota, reciclagem e reaproveitamento de resíduos, modernização de queimadores e mantém um viveiro próprio, que contribui para o reflorestamento e integra sua estratégia de compensação de emissões. “As nossas ações já demonstram que é possível produzir em larga escala com responsabilidade ambiental, e seguiremos ampliando nossos esforços para reduzir ainda mais a nossa pegada de carbono”, afirma Ticiana Mota, vice-presidente administrativa e ambiental da marca.

Já própria Obramax, citada nesta matéria, conta com ações voltadas na economia de água. Desde 2020, segue a estratégia WeMakeit Positive, que coloca a sustentabilidade no centro de seu modelo de negócios, o que inclui a oferta de produtos que ajudam os clientes a economizar água e energia. Em suas operações, já alcançou a redução de até 34% no consumo de água, graças a iniciativas como descargas eficientes para vasos sanitários e mictórios em todos os banheiros.

“Nosso compromisso com a sustentabilidade está presente em cada ação, desde a concepção dos projetos, escolha dos produtos até as soluções que oferecemos para nossos clientes”, afirma Thibaut Fenart, diretor de Expansão da empresa, ao ESG Inside.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto:Freepik

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