Saneamento - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br Indústria e Meio Ambiente em Pauta Tue, 22 Jul 2025 13:00:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://tecnews.agenciafluence.com.br/wp-content/uploads/2025/08/cropped-TECNEWS-750x123xc-1-32x32.png Saneamento - Tecnews https://tecnews.agenciafluence.com.br 32 32 Economia circular é a chave para a sustentabilidade hídrica https://tecnews.agenciafluence.com.br/economia-circular-e-a-chave-para-a-sustentabilidade-hidrica/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=economia-circular-e-a-chave-para-a-sustentabilidade-hidrica https://tecnews.agenciafluence.com.br/economia-circular-e-a-chave-para-a-sustentabilidade-hidrica/#respond Tue, 22 Jul 2025 13:00:37 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3291 Um estudo da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) mostra que o consumo de água no Brasil deve crescer 24% até 2030, superando 2,5 milhões de litros por segundo, cuja média atual está na casa dos 2 milhões. Seus principais usos estão concentrados no abastecimento humano e animal, indústria de transformação, mineração, termoeletricidade, […]

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Um estudo da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) mostra que o consumo de água no Brasil deve crescer 24% até 2030, superando 2,5 milhões de litros por segundo, cuja média atual está na casa dos 2 milhões. Seus principais usos estão concentrados no abastecimento humano e animal, indústria de transformação, mineração, termoeletricidade, irrigação e evaporação líquida de reservatórios artificiais. Tal cenário mostra que a economia circular veio para ficar.

O cenário, mesmo desafiador, já vislumbra avanços: um deles foi lançamento recente do Caderno Temático “Economia Circular no Saneamento”, pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), do Ministério das Cidades. O documento reúne casos das operadoras como Sabesp, Cagece, BRK e Iguá Saneamento, que reaproveitam de lodo e a geração de biogás e biometano, além de ações de redução de perdas, uso eficiente dos recursos e a apresentação do framework WICER, criado pelo Banco Mundial, que propõe indicadores específicos para medir e orientar a circularidade no setor.

 

Economia circular

A economia circular está cada vez mais destaque. “Esses avanços regulatórios e metodológicos estão criando um ambiente propício para que empreendimentos em saneamento encontrem novas fontes de receita, reduzam custos e se tornem mais resilientes”, avalia Flávia Pedrotti, sócia consultora da Vizca Engenharia e Consultoria e mestra em gestão e regulação de recursos hídricos.

“Estamos observando o uso cada vez mais estratégico de resíduos para geração de biogás e biometano, o reúso da água em processos industriais e agrícolas e a busca por maior eficiência em todo o sistema, com benefícios ambientais e econômicos relevantes”, arremata a gestora.

Redefinição

Para André Ricardo Telles, CEO da Ecosan, empresa de soluções sustentáveis ao tratamento de água e recuperação de efluentes, um dos grandes impulsionadores para redefinir o saneamento perpassa o Marco Legal do Saneamento, despontando oportunidades de curto, médio e longo prazo para acelerar o desenvolvimento sustentável nesse setor. “Os benefícios da economia circular no saneamento vão além da preservação ambiental, pois fomenta o desenvolvimento da economia local, com a criação de empregos verdes, no estímulo à inovação tecnológica e reduz custos para municípios e empresas”, frisa o gestor.

Ele salienta que é preciso o investimento em parcerias e regulamentação para celeridade desse processo: “No entanto, para que essa transformação aconteça em rápida e maior escala, é indispensável fortalecer as parcerias público-privadas, investir em tecnologias disruptivas e implementar políticas públicas que incentivem a adoção de práticas sustentáveis no setor de saneamento”, comenta, ao Fator Brasil.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Freepik

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Grupo Unità aposta em inovação para contribuir com as metas do Marco Legal do Saneamento  https://tecnews.agenciafluence.com.br/grupo-unita-aposta-em-inovacao-para-contribuir-com-as-metas-do-marco-legal-do-saneamento/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=grupo-unita-aposta-em-inovacao-para-contribuir-com-as-metas-do-marco-legal-do-saneamento https://tecnews.agenciafluence.com.br/grupo-unita-aposta-em-inovacao-para-contribuir-com-as-metas-do-marco-legal-do-saneamento/#respond Tue, 15 Jul 2025 17:00:43 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3260 Aprovado em 2020, o Novo Marco Legal do Saneamento estabelece um dos maiores desafios de infraestrutura do Brasil: garantir, até 2033, o acesso de 99% da população à água potável e ampliar de 53,2% para 90% a cobertura de coleta e tratamento de esgoto​. Para viabilizar essas metas, estima-se que o país precisará de mais […]

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Aprovado em 2020, o Novo Marco Legal do Saneamento estabelece um dos maiores desafios de infraestrutura do Brasil: garantir, até 2033, o acesso de 99% da população à água potável e ampliar de 53,2% para 90% a cobertura de coleta e tratamento de esgoto​. Para viabilizar essas metas, estima-se que o país precisará de mais de 27 bilhões de dólares em investimentos.

Nesse cenário, empresas que oferecem soluções tecnológicas e eficientes ganham protagonismo — como é o caso do Grupo Unità, que vem se preparando para atuar de forma estratégica nesse processo por meio da sua Linha Industrial.

Novo Marco Legal do Saneamento

“O Grupo Unità vem acompanhando de forma muito próxima os desdobramentos do Novo Marco Legal do Saneamento. Sabemos da dimensão do desafio e acreditamos que podemos ser parte da solução. Por isso, estamos investindo em equipamentos específicos para sistemas de água e esgoto, estações de tratamento (ETA e ETE), e desenvolvendo soluções técnicas personalizadas para atender as diferentes demandas regionais”, afirma Darcio Machado, Gerente Comercial Industrial do Grupo Unità.

Segundo Darcio, a empresa tem focado em ampliar seu portfólio com bombas submersíveis, bipartidas, de eixo vertical de grande porte, misturadores e acessórios de alto desempenho. “São produtos com alta eficiência energética e durabilidade, pensados para aplicações críticas. Queremos garantir não só confiabilidade, mas também economia de energia e redução de custos operacionais para os nossos clientes, o que é essencial em projetos públicos e privados de saneamento.”

Outra frente importante é a construção de parcerias estratégicas. “Estamos atentos aos principais projetos de saneamento em andamento no país e buscamos antecipar as demandas. Além de fornecer equipamentos, queremos estar junto desde a concepção até a operação dos sistemas, construindo relações sólidas e duradouras com clientes e integradores”, pontua.

Embora a linha de pressurização da empresa esteja mais voltada para os setores da construção civil e predial, Darcio destaca que ela também pode ser aplicada em soluções complementares. “Em empreendimentos industriais e comerciais, por exemplo, a estabilidade de pressão no sistema interno de água é essencial. São tecnologias que se conectam à ideia de universalizar o acesso à água de forma eficaz.”

Expansão e tecnologias

Para suportar essa expansão, o Grupo Unità está se reestruturando em várias áreas. “Estamos reforçando nossa presença nacional por meio de uma rede de revendas regionais, assistência técnica autorizada e estoques locais. Também intensificamos o diálogo com nossa fábrica na China, com foco em desenvolver bombas mais alinhadas às necessidades do mercado brasileiro”, explica o gerente.

A empresa ainda aposta na tecnologia para melhorar a experiência dos seus parceiros. Um exemplo é o lançamento do Leselect, um software próprio de seleção de produtos. “Esse sistema vai facilitar o dia a dia de projetistas, representantes e distribuidores, oferecendo uma ferramenta prática e precisa para a escolha do equipamento ideal para cada projeto”, conta Darcio.

O Grupo Unità também vem promovendo missões técnicas à fábrica na China com parceiros estratégicos do Brasil, o que, segundo Darcio, tem sido essencial para acelerar o desenvolvimento de novos modelos voltados ao saneamento. “Essa troca direta encurta caminhos e possibilita soluções mais personalizadas e rápidas para o mercado nacional.”

Com uma atuação cada vez mais robusta e estruturada, a empresa quer ser reconhecida como parceira estratégica na jornada rumo à universalização do saneamento. “O nosso diferencial está na agilidade, na capacidade de adaptação e na busca constante por inovação. Temos consciência da nossa responsabilidade e estamos prontos para contribuir com um dos projetos mais importantes do país para os próximos anos”, conclui Darcio Machado.

Foto: Grupo Unità/Divulgação

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Saneamento e universalização da água envolvem iniciativas e decisão política, afirmam especialistas https://tecnews.agenciafluence.com.br/saneamento-e-universalizacao-da-agua-envolvem-iniciativas-e-decisao-politica-afirmam-especialistas/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=saneamento-e-universalizacao-da-agua-envolvem-iniciativas-e-decisao-politica-afirmam-especialistas https://tecnews.agenciafluence.com.br/saneamento-e-universalizacao-da-agua-envolvem-iniciativas-e-decisao-politica-afirmam-especialistas/#respond Mon, 09 Jun 2025 17:00:57 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=3101 De acordo com pesquisa do Instituto Trata Brasil, quase 16% da população brasileira não tem acesso à água potável e 44,5% vive sem coleta de esgoto. A busca pela universalização do saneamento, presente no Marco Legal, envolve ir além da lei e da decisão política, cuja meta é alcançar 99% de atendimento com água potável […]

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De acordo com pesquisa do Instituto Trata Brasil, quase 16% da população brasileira não tem acesso à água potável e 44,5% vive sem coleta de esgoto. A busca pela universalização do saneamento, presente no Marco Legal, envolve ir além da lei e da decisão política, cuja meta é alcançar 99% de atendimento com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033 no Brasil.  Decisão política é um dos pontos a serem considerados.

É o que aponta a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante evento recente em Brasília. Para a ministra, esse desafio exige articulações entre setores público e privado, sociedade civil e comunidade científica, para que regramentos não fiquem apenas no campo das ideias, mas se tornem ações efetivas em benefício econômico, social, ambiental, cultural e, até, civilizacional.

Decisão política

“É preciso que se tenha decisão política, que se priorize essa decisão política, que se preocupe em fazer com que essas priorizações possam ter indicadores de esforço, que sejam materializados em recursos financeiros, recursos humanos e ecológicos, na capacidade de articulação e em uma visão prospectiva e de inovação tecnológica”, disse, à Agência Brasil.

A COP30, a ocorrer em novembro em Belém, PA, também traz o viés de ir além da decisão política para dar bons resultados. O evento terá entre seus painéis discussões sobre o tratamento e a gestão da água, como meios fundamentais para mitigar os efeitos das crises climáticas e melhoria da saúde pública em comunidades vulneráveis.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a cada dólar investido em saneamento, economizam-se até quatro dólares em saúde pública. Para Sibylle Muller, CEO da NeoAcqua, empresa brasileira especializada em tratamento de água e esgoto, soluções modernas, como sistemas de reuso, permitem diminuir a pressão sobre rios e aquíferos, contribuindo diretamente na preservação de biomas.

“Defendemos a ampliação de financiamentos nacionais e internacionais para a viabilidade e alcance de metas do Marco do Saneamento. Além do tratamento de efluentes com mínimo impacto, há tecnologias que permitem reciclagem e reuso de águas residuárias, com eficiência energética, economia hídrica e redução de despesas. Eis a importância de políticas governamentais, regulamentação e planejamento de longo prazo”, afirma.

 

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

 

Foto:Divulgação – NeoAcqua

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Campanhas de destinação correta de óleo vegetal ajudam na produção de biodiesel e descontaminação de água https://tecnews.agenciafluence.com.br/campanhas-de-destinacao-correta-de-oleo-vegetal-ajudam-na-producao-de-biodiesel-e-descontaminacao-de-agua/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=campanhas-de-destinacao-correta-de-oleo-vegetal-ajudam-na-producao-de-biodiesel-e-descontaminacao-de-agua https://tecnews.agenciafluence.com.br/campanhas-de-destinacao-correta-de-oleo-vegetal-ajudam-na-producao-de-biodiesel-e-descontaminacao-de-agua/#respond Fri, 09 May 2025 13:00:08 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2956 Já falamos aqui no Portal TECNEWS da importância da destinação correta de óleo vegetal, que não deve ser descartado em pias e sanitários, e que tal produto pode ser utilizado após processamento para a produção, por exemplo, de biodiesel.Para se ter uma ideia, segundo levantamento do Grupo Potencial, empresa de Curitiba, PR, especializada nessa produção, […]

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Já falamos aqui no Portal TECNEWS da importância da destinação correta de óleo vegetal, que não deve ser descartado em pias e sanitários, e que tal produto pode ser utilizado após processamento para a produção, por exemplo, de biodiesel.Para se ter uma ideia, segundo levantamento do Grupo Potencial, empresa de Curitiba, PR, especializada nessa produção, mostrou que, nos últimos sete anos, 30 milhões de litros de óleo de cozinha usado tiveram destinação correta, ou seja, 750 bilhões de litros de água deixaram de ser contaminados. Vale lembrar que cada litro de óleo descartado de forma inadequada pode contaminar até 25 mil litros de água.

“Nossa empresa também transforma outros tipos de resíduos em biodiesel, como o processo glicerólise, o qual através de uma reação térmica é possível transformar diversos subprodutos como ácido graxo e oleína em óleo sintético, em uma matéria-prima para produção de biodiesel. Em 2023, foram produzidos 30 milhões de litros desse óleo”, explica Adriana Hammerschmidt, vice-presidente de Governança, ESG e Assuntos Jurídicos do Grupo, ao Transporte Moderno.

 

Coleta de óleo no setor de saneamento

 

Um dos grandes erros cometidos é o despejo de óleo usado, por exemplo, nos ralos. Para sanar tal problema, concessionárias de saneamento estão desenvolvendo campanhas de conscientização. Uma delas vem da BRK Ambiental, empresa privada presente em 13 estados. Em 2024, coletou mais de 12,2 mil litros de óleo de cozinha usado, por meio do programa Olho Vivo, evitando o descarte incorreto nas redes de esgoto nos municípios paulistas de Limeira, Porto Ferreira, Rio Claro, Sumaré, no interior do estado, e em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo, atendidos pela concessionária.

“A coleta é feita em parceria com empresas locais especializadas, escolas das redes pública e privada, pontos comerciais, associações de classe e nas próprias lojas de atendimento e estações operacionais da BRK. O resíduo é destinado à reciclagem, promovendo sua utilização como matéria-prima em indústrias regionais, como na produção de tintas, produtos de limpeza e biodiesel”, afirma Carlos Almiro, diretor de sustentabilidade da BRK.

Já em Jundiaí, SP, os postos de atendimento da DAE – Água e Esgoto,empresa de economia mista que tem a prefeitura municipal com principal acionista, recebem óleo usado e cada litro entregue é trocado por uma barra de sabão ecológico produzido a partir da própria reciclagem desse material, por meio da ação Óleo do Bem. Segundo a prefeitura, em 2024 foram registradas, por mês, cerca de 13,9 toneladas de óleo na rede de esgoto. “O óleo forma uma barreira que dificulta a ação biológica durante o processo de tratamento, fazendo com que parte deste resíduo chegue aos corpos d’água sem a remoção adequada. Isso também compromete a qualidade dos recursos hídricos, reforçando a necessidade de práticas corretas de descarte e reciclagem”, frisa Alba Romana,gerente de Tratamento de Esgoto da DAE.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estima queno Brasil são consumidos três bilhões de litros de óleo ao ano e, de cada quatro litros, um é descartado incorretamente, representando 700 milhões de litros ao ano despejados de forma irregular.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação BRK

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Saneamento precário causou mais de 344 mil internações no Brasil em 2024 https://tecnews.agenciafluence.com.br/saneamento-precario-causou-mais-de-344-mil-internacoes-no-brasil-em-2024/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=saneamento-precario-causou-mais-de-344-mil-internacoes-no-brasil-em-2024 https://tecnews.agenciafluence.com.br/saneamento-precario-causou-mais-de-344-mil-internacoes-no-brasil-em-2024/#respond Wed, 30 Apr 2025 13:00:25 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2912 Em 2024, o Brasil registrou mais de 344 mil internações relacionadas a doenças de veiculação hídrica, segundo dados do Ministério da Saúde. A estatística escancara um problema estrutural que ainda afeta milhões de brasileiros: a falta de saneamento básico. A ausência de rede e tratamento de esgoto, água tratada e políticas eficazes de prevenção resulta em impactos […]

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Em 2024, o Brasil registrou mais de 344 mil internações relacionadas a doenças de veiculação hídrica, segundo dados do Ministério da Saúde. A estatística escancara um problema estrutural que ainda afeta milhões de brasileiros: a falta de saneamento básico. A ausência de rede e tratamento de esgoto, água tratada e políticas eficazes de prevenção resulta em impactos severos na saúde pública, especialmente entre crianças, idosos e populações em situação de vulnerabilidade.

O saneamento deficiente está diretamente ligado a doenças como diarreia, hepatite A, leptospirose e parasitoses intestinais. “Essas enfermidades se proliferam em regiões onde não há coleta e tratamento de esgoto ou onde a água consumida não é potável. Em muitos casos, a contaminação ocorre dentro das próprias casas, por falta de estrutura sanitária”, alerta o Dr. Igor Marinho, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

O médico ainda reforça que a prevenção depende tanto de ações públicas quanto de cuidados individuais. “Lavar bem os alimentos, manter as mãos sempre higienizadas e evitar o consumo de água sem tratamento são atitudes simples que ajudam a reduzir o risco de contágio.”

 

Déficit de saneamento

 

Apesar dos avanços promovidos pelo novo Marco Legal do Saneamento, sancionado em 2020, o desafio da universalização permanece. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), mais de 33 milhões de brasileiros ainda vivem sem acesso à água tratada, e cerca de 90 milhões não têm coleta de esgoto adequada.

Para a engenheira civil Sibylle Muller, CEO da NeoAcqua, empresa referência em soluções para tratamento de água e esgoto, o déficit no setor compromete não apenas a saúde da população, mas também os cofres públicos. “No Brasil, o déficit de saneamento impacta diretamente os gastos públicos e o desenvolvimento social e econômico. O Marco Legal do Saneamento tem impulsionado o aumento da cobertura dos tratamentos de água e esgoto, mas ainda serão necessários mais investimentos para atingir a universalização do saneamento no País”, afirma.

Sibylle também defende a adoção de alternativas inovadoras para acelerar esse processo. “Sistemas descentralizados de tratamento de esgoto, projetados com tecnologias eficientes, especialmente em áreas não atendidas por rede de coleta, são alternativas econômicas para redução do déficit de saneamento e da poluição de rios, lagos e outros cursos d’água. Contudo, é necessário um esforço conjunto entre governos e iniciativa privada para ampliar o alcance dessas soluções”, completa a especialista.

O tema do saneamento básico é, acima de tudo, uma questão de dignidade. Enquanto o acesso à água tratada e ao esgoto sanitário não for garantido para todos, o Brasil seguirá enfrentando consequências graves e evitáveis. A maior mobilização por melhorias no setor é urgente e deve envolver toda a sociedade.

Foto: Neoacqua/Divulgação

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Investir em saneamento é primordial para manter a saúde das pessoas e do planeta https://tecnews.agenciafluence.com.br/investir-em-saneamento-e-primordial-para-manter-a-saude-das-pessoas-e-do-planeta/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=investir-em-saneamento-e-primordial-para-manter-a-saude-das-pessoas-e-do-planeta https://tecnews.agenciafluence.com.br/investir-em-saneamento-e-primordial-para-manter-a-saude-das-pessoas-e-do-planeta/#respond Fri, 25 Apr 2025 13:00:01 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2873 Sabemos da importância de investir em saneamento para além de manter a saúde da população, salvaguardar a saúde do planeta. Contudo, essa ferramenta não pode ser vista apenas como privilégio, mas uma necessidade fundamental para a vida das pessoas e o cenário no país é ainda desafiador. Segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil, divulgada pela […]

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Sabemos da importância de investir em saneamento para além de manter a saúde da população, salvaguardar a saúde do planeta. Contudo, essa ferramenta não pode ser vista apenas como privilégio, mas uma necessidade fundamental para a vida das pessoas e o cenário no país é ainda desafiador.

Segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil, divulgada pela Agência Brasil, Brasil registrou mais de 344 mil internações por doenças relacionadas à carência ou inadequação de saneamento em 2024, sendo 168,7 mil casos relacionados a infecção por um inseto-vetor, principalmente a dengue.

 À Agência Infra, o ministro das Cidades ministro, Jader Filho, disse que o setor atingiu a marca de R$ 28 bilhões em investimentos, após o governo federal elevar de 50% para 70% o limite para emissões de debêntures incentivadas, ou seja, títulos de dívida emitidos por empresas para financiar projetos de infraestrutura.

Filho destaca que o país conseguirá atingir a meta prevista no Marco Legal do Saneamento, de até 2033 haver a universalização em 99% da água e de 90% do esgoto, por meio de financiamento da iniciativa privada. “Estou otimista sobre e é preciso agilizar bastante isso e a realidade do país hoje é de 83% de abastecimento de água e 60% de esgotamento sanitário. Nós, dentro do governo, não temos nenhum tipo de preconceito com a questão dos investimentos privados, pelo contrário. Queremos cada vez mais incentivá-los”, salienta, à  Infra.

 

Saneamento muito além do “básico”

 

Estados e municípios, por meio de ações públicas ou privadas, estão se articulando para mudar essa situação. No Paraná, um estudo revelou que entre 2008 e 2023, o número de mortes por doenças relacionadas ao saneamento inadequado reduziu-se em 3,6% na faixa etária de 0 a 4 anos, e de menos 5,9% entre crianças de 5 a 9 anos. Nesse período, o serviço de coleta de esgoto prestado pela concessionária Sanepar cresceu 24%, de 56,15% para 80,16%, e, em 2024,disponibilizou o atendimento com coleta de esgoto para 81,44% dos paranaenses.

“Os números revelam que investimentos na ampliação do serviço de esgoto e na manutenção da garantia de abastecimento de água, são também investimentos em saúde e bem-estar. A cada 1 real investido em saneamento, economiza-se 4 reais em saúde. Por outro lado, os índices também evidenciam áreas mais fragilizadas, que necessitam de maior atenção e esforços conjuntos, dos prestadores de serviços de saneamento ambiental e do poder público”, completa Wilson Bley,diretor-presidente da Sanepar.

Já no Mato Grosso, a concessionária Águas Cuiabá, da Iguá Saneamento, desde 2017 investe R$ 1,34 bilhão para levar o serviço aos 650 mil munícipes. “As estruturas robustas das estações de tratamento de água e esgoto e os milhares de quilômetros de redes implantados, resultam em qualidade de vida e preservação ambiental. Segundo o Trata Brasil, Cuiabá é reconhecida como uma das cidades que mais investem em saneamento por habitante”, endossa Leonardo Menna, diretor geral da Águas Cuiabá.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: reprodução

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Saneamento na COP30: Aesbe propõe diretrizes para futuro hídrico sustentável https://tecnews.agenciafluence.com.br/saneamento-na-cop30-aesbe-propoe-diretrizes-para-futuro-hidrico-sustentavel/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=saneamento-na-cop30-aesbe-propoe-diretrizes-para-futuro-hidrico-sustentavel https://tecnews.agenciafluence.com.br/saneamento-na-cop30-aesbe-propoe-diretrizes-para-futuro-hidrico-sustentavel/#respond Mon, 31 Mar 2025 17:00:08 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2746 Com 1021 contribuições de 17 empresas associadas, a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) propõe orientações para gestores de saneamento, abordando eventos anormais, ações preventivas e emergenciais. O documento “Saneamento e Mudança Climática: Diretrizes das Companhias de Água e Esgoto para o enfrentamento de eventos anormais” será apresentado pela entidade durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as […]

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Com 1021 contribuições de 17 empresas associadas, a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) propõe orientações para gestores de saneamento, abordando eventos anormais, ações preventivas e emergenciais. O documento “Saneamento e Mudança Climática: Diretrizes das Companhias de Água e Esgoto para o enfrentamento de eventos anormais” será apresentado pela entidade durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA). Acesse o documento no site da Aesbe (https://www.aesbe.org.br/arquivos/relatorio_aesbe_diretrizes_pt.pdf).

O relatório apresentado pela Aesbe é essencial para que as empresas de água e esgoto possam enfrentar os desafios impostos pela mudança climática. O documento, resultado de um levantamento abrangente com 17 associadas e 1021 registros, abrange diversas macrorregiões do Brasil, oferecendo um panorama nacional e soluções para a segurança hídrica e a resiliência dos serviços.

 

Relatório Aesbe

A COP30 será fundamental como palco global para o debate e a busca por soluções para os desafios climáticos. Neste contexto, o relatório da Aesbe se destaca como uma contribuição valiosa, fornecendo diretrizes práticas e estratégicas para que os prestadores de serviços de água e esgoto se adaptem e mitiguem os impactos da mudança climática.

Os reflexos da mudança climática, que se manifestam por meio de eventos anormais, como chuvas extremas, secas e ondas de calor, demandam ações urgentes e coordenadas. O documento destaca a importância da adoção de medidas preventivas e emergenciais, como a proteção de mananciais, a gestão eficiente de recursos hídricos e a implementação de tecnologias avançadas. Além disso, enfatiza a necessidade de considerar aspectos relacionados às populações mais vulneráveis e de promover a troca de experiências entre as empresas associadas.

A metodologia utilizada para a elaboração do relatório incluiu a criação de um grupo de trabalho especializado, a realização de levantamentos e diálogos junto às empresas associadas e a promoção de um workshop para validar o planejamento e a divisão regional dos trabalhos.

 

Diretrizes práticas e aplicáveis

O relatório da Aesbe não se limita a apresentar um diagnóstico da situação, mas também propõe um conjunto de diretrizes práticas e aplicáveis, que podem ser adaptadas às realidades regionais e locais. As diretrizes abrangem diversas áreas, incluindo planejamento e contingência, gestão de recursos hídricos, tecnologia e infraestrutura, ações sociais e comunitárias, parcerias, melhorias em estações de tratamento, adaptação e resiliência a eventos extremos, infraestrutura de apoio e emergência, monitoramento e outros investimentos.

Com este documento, a Aesbe busca contribuir para o início de um processo amplo e nacional de aperfeiçoamento das diretrizes, de modo que os prestadores de serviços de água e esgoto estejam preparados e qualificados para ajustar suas operações à nova realidade. As orientações contidas no relatório são essenciais para a implementação de políticas alinhadas à agenda climática global, assegurando um futuro mais sustentável para o saneamento no Brasil.

Documento “Saneamento e Mudança Climática: Diretrizes das Companhias de Água e Esgoto para o enfrentamento de eventos anormais” será apresentado pela entidade durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA)

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Concessionárias privadas de saneamento consomem 45% a menos de energia https://tecnews.agenciafluence.com.br/concessionarias-privadas-de-saneamento-consomem-45-a-menos-de-energia/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=concessionarias-privadas-de-saneamento-consomem-45-a-menos-de-energia https://tecnews.agenciafluence.com.br/concessionarias-privadas-de-saneamento-consomem-45-a-menos-de-energia/#respond Mon, 10 Mar 2025 17:00:17 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2637 Em busca de redução no impacto ambiental e financeiro – e com metas de universalização dos serviços até 2033, de acordo com o marco legal do setor –, as concessionárias privadas de saneamento estão investindo cada vez mais em programas internos de eficiência energética. Segundo levantamento da ABCON SINDCON, associação das operadoras privadas de saneamento, […]

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Em busca de redução no impacto ambiental e financeiro – e com metas de universalização dos serviços até 2033, de acordo com o marco legal do setor –, as concessionárias privadas de saneamento estão investindo cada vez mais em programas internos de eficiência energética.

Segundo levantamento da ABCON SINDCON, associação das operadoras privadas de saneamento, a adoção dessas iniciativas entre as empresas do segmento atinge 90% das concessionárias, índice significativo para uma atividade em que a energia elétrica chega a atingir 15% das despesas de exploração, com um custo médio de R$0,62/kWh, de acordo com os últimos dados disponíveis (2022).

Nos sistemas de abastecimento de água, o setor privado registra um consumo médio de 0,37 kWh/m³ de água produzida. Esse valor representa um consumo 44,8% abaixo em comparação à média geral do setor (0,67 kWh/m³), reforçando os impactos positivos das estratégias de eficiência implementadas.

 

Esforços da concessionárias

 

Ao celebrar o Dia Mundial da Eficiência Energética (05.03), a diretora-executiva da ABCON SINDCON, Christianne Dias, afirma que os esforços das concessionárias de saneamento em reduzir custos operacionais nessa área fortalecem a agenda de sustentabilidade e prevenção às mudanças climáticas. Em ambas, o tratamento de água e esgoto desempenha papel fundamental.

“Os investimentos na universalização do saneamento no Brasil demandam cerca de R$ 900 bilhões e são, provavelmente, o maior programa ambiental em curso no mundo. Nesse contexto, a busca por maior eficiência energética tem sido uma prioridade para as empresas do setor, com a adoção de novas tecnologias, o que vem aprimorando o desempenho operacional e contribuindo para a preservação dos recursos naturais”, analisa a diretora da entidade.

 

Soluções tecnológicas

 

Entre as alternativas adotadas pelas concessionárias de saneamento para eficiência energética estão o uso do biogás, usinas solares, investimentos em processos e equipamentos e a compra de energia no mercado livre.

O setor de saneamento é  um dos maiores produtores de biogás no Brasil, com destaque para a utilização dessa tecnologia na geração de energia elétrica e térmica, limpa e renovável. Em Ribeirão Preto, a concessionária GS Inima Ambient foi pioneira na implantação de um sistema de geração elétrica a partir do biogás.

Entre as concessionárias que estão investindo em novos sistemas de automação e telemetria estão a Águas de Colíder, operação do Grupo Iguá, no Mato Grosso. O sistema permite o monitoramento 24 horas por dia de uma série de informações, inclusive dos geradores de energia.

Regulação – por se tratar de um setor regulado, a capacidade de gestão do custo com energia elétrica por parte das concessionárias é limitada. Até 2018, por exemplo, as empresas de saneamento se beneficiavam de desconto na tarifa de energia elétrica oferecido pelo Governo Federal. Esse desconto, instituído pela Lei nº 10.438/2002, foi concedido com o objetivo de incentivar o setor a reduzir custos operacionais e facilitar a expansão dos serviços. No entanto, com a suspensão do desconto, o setor teve um aumento substancial nos custos de eletricidade.

Devido ao seu alto consumo de energia, o setor de saneamento tem grande potencial para se beneficiar do mercado livre de energia, que permite às empresas negociarem diretamente com os geradores ou comercializadores de energia, buscando melhores condições tarifárias e maior previsibilidade nos custos.

“A flexibilização das regras para maior acesso ao mercado livre seria um caminho estratégico para tornar o saneamento cada vez mais eficiente e ambientalmente responsável”, opina Christianne Dias, da ABCON SINDCON.

Foto: ABCON SINDCON/Divulgação

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Estudos apontam que mulheres são ainda mais prejudicas pela carência de acesso à água e saneamento https://tecnews.agenciafluence.com.br/estudos-apontam-que-mulheres-sao-ainda-mais-prejudicas-pela-carencia-de-acesso-a-agua-e-saneamento/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=estudos-apontam-que-mulheres-sao-ainda-mais-prejudicas-pela-carencia-de-acesso-a-agua-e-saneamento https://tecnews.agenciafluence.com.br/estudos-apontam-que-mulheres-sao-ainda-mais-prejudicas-pela-carencia-de-acesso-a-agua-e-saneamento/#respond Sat, 08 Mar 2025 13:00:40 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2660 Água, substantivo feminino. Podemos afirmar nessa frase sua importância a todas as pessoas, especialmente às mulheres, muitas delas chefes de família e que necessitam desse bem cada vez mais escasso e finito para o sustento próprio e de seus filhos. E isso pode ser mensurado: segundo o estudo “O Saneamento e a Vida da Mulher […]

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Água, substantivo feminino. Podemos afirmar nessa frase sua importância a todas as pessoas, especialmente às mulheres, muitas delas chefes de família e que necessitam desse bem cada vez mais escasso e finito para o sustento próprio e de seus filhos. E isso pode ser mensurado: segundo o estudo “O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira”, produzido pela BRK Ambiental, empresa privada de saneamento, e conduzido pela Ex Ante Consultoria Econômica, no Brasil, o número de mulheres que residem em casas sem coleta de esgoto saltou de 26,9 milhões para 41,4 milhões em três anos (2019 a 2022), ou seja, crescimento anual de 15,5%.

“Nesse mesmo período, a população feminina prejudicada pela falta de água tratada passou de 15,2 milhões para 15,8 milhões, com a ausência do serviço regular afetando 24,7 milhões. Já o índice de mulheres sem banheiro em casa cresceu 56,3% no acumulado do período, passando de 1,6 milhão para 2,5 milhões”, informa o documento, cuja íntegra está disponível neste link.

Avanços e desafios

 

Mesmo com esse cenário, a implementação do Marco Legal do Saneamento, em 2020, aos poucos trouxe avanços importantes, especialmente às mulheres: a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que entre 2019 e 2023, 3,5 milhões de mulheres residiam em domicílios com abastecimento de água potável, crescimento de 3,8% no período.

Os desafios para universalização, entretanto, ainda são imensos: em 2023, 15 milhões de mulheres moravam em locais sem acesso à água encanada, com destaque para Região Norte, onde 60,8% das mulheres têm acesso à rede de abastecimento. “Historicamente, a falta de saneamento impacta de forma desproporcional a população feminina, afetando o ambiente doméstico, a inclusão econômica e a participação social. Os avanços trazem mais dignidade e bem-estar, pois sem água tratada e redes de esgoto, elas enfrentam maior vulnerabilidade”, destaca Christianne Dias, diretora-executiva da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON SINDCON), ao ABC do ABC.

 

Mulheres no saneamento

 

Elas também estão presentes nas concessionárias e nas tomadas de decisão sobre esse tema. Na concessionária Águas Cuiabá, trabalham 142 mulheres na empresa, das quais 17 ocupam cargos de liderança. Julie Campbell, que é diretora operacional com 17 anos de carreira no setor, comenta que a trajetória das mulheres no saneamento brasileiro é parte de uma história recente e que, aos poucos, tem se consolidado como essencial ao setor, ainda predominantemente masculino.

“Na Águas Cuiabá, temos orgulho de nossa atuação. Atingimos 91% de cobertura sanitária e 100% dos bairros regularizados de Cuiabá com acesso a água tratada. Quando vejo os resultados do trabalho, o impacto no bem-estar e na dignidade das famílias, consolido a certeza de que todo o esforço vale a pena”, conclui.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Freepik

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Como a falta de saneamento afeta o meio ambiente? https://tecnews.agenciafluence.com.br/como-a-falta-de-saneamento-afeta-o-meio-ambiente/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=como-a-falta-de-saneamento-afeta-o-meio-ambiente https://tecnews.agenciafluence.com.br/como-a-falta-de-saneamento-afeta-o-meio-ambiente/#respond Tue, 07 Jan 2025 13:00:06 +0000 https://fitecambiental.com.br/?p=2302 A falta de saneamento básico no Brasil não é apenas um problema de saúde pública — é também um dos maiores vetores de degradação ambiental e de prejuízo econômico no país. Com o Marco Legal do Saneamento completando quatro anos em 2024, grande parte dos avanços ainda é aguardada, especialmente diante de dados preocupantes que […]

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A falta de saneamento básico no Brasil não é apenas um problema de saúde pública — é também um dos maiores vetores de degradação ambiental e de prejuízo econômico no país. Com o Marco Legal do Saneamento completando quatro anos em 2024, grande parte dos avanços ainda é aguardada, especialmente diante de dados preocupantes que mostram o impacto da ineficiência na coleta e tratamento de esgoto.

De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), somente 56% da população brasileira tem acesso à coleta de esgoto e apenas 52,2% do volume coletado é tratado. Isso significa que, diariamente, o equivalente a 5.253 piscinas olímpicas de esgoto não tratado é despejado diretamente no meio ambiente. Nos primeiros 192 dias de 2024, o “esgotômetro”, uma ferramenta criada pelo Instituto Trata Brasil, registrou mais de 1 milhão de piscinas olímpicas de esgoto bruto descartadas na natureza.

“O saneamento básico é fundamental não apenas para proteger os ecossistemas, mas também para garantir o bem-estar econômico e social das populações, bem como, o desenvolvimento sustentável do País. A degradação de rios e oceanos causada pelo despejo de esgoto impacta diretamente a biodiversidade, a pesca e o turismo, além de comprometer a segurança hídrica”, alerta Sibylle Muller, engenheira civil e CEO da NeoAcqua, referência em desenvolvimento de soluções  para tratamento de águas, esgoto e reuso.

 

Turismo e economia afetados pela falta de saneamento

 

A poluição gerada pelo despejo inadequado de esgoto prejudica o desenvolvimento de um dos setores mais promissores da economia brasileira: o turismo. O estudo “Benefícios Econômicos e Sociais com a Expansão do Saneamento no Brasil”, do Instituto Trata Brasil, projeta que a universalização do saneamento poderia adicionar até R$ 80 bilhões anuais à economia turística até 2040.

“Cidades que sofrem com praias impróprias para banho e rios poluídos perdem o potencial de atrair turistas. Essa é uma oportunidade econômica que estamos desperdiçando por não priorizarmos a infraestrutura de saneamento”, destaca Muller. Ela também aponta que a melhoria das condições de saneamento tem efeito direto na qualidade de vida dos moradores e no potencial de desenvolvimento das regiões turísticas.

 

Saneamento valoriza imóveis e combate perdas de água

 

Além do turismo, o saneamento também é um fator relevante na valorização de imóveis. Regiões com infraestrutura completa de coleta e tratamento de esgoto atraem investimentos e apresentam aumento substancial no preço dos imóveis, conforme estudos do setor imobiliário.

No entanto, enquanto o Brasil luta para expandir a cobertura de saneamento, o desperdício de água potável também é um desafio crítico. O estudo “Perdas de Água 2024”, do SNIS, revelou que 37,78% da água tratada no Brasil não chega às residências devido a vazamentos, erros de medição e consumo não autorizado. Muller explica que essas perdas representam não apenas um problema operacional, mas também um entrave significativo para a eficiência do sistema de saneamento.

 

Urgência em avançar no Marco do Saneamento

 

O Marco do Saneamento, sancionado em 2020, trouxe expectativas para uma transformação nesse cenário, com metas de universalização até 2033. Contudo, os avanços ainda deixam a desejar. “É fundamental que governos, iniciativa privada e a sociedade civil trabalhem em conjunto para acelerar as soluções. A universalização do saneamento é o caminho não apenas para proteger o meio ambiente, mas também para fomentar o desenvolvimento econômico”, reforça Muller.

O fomento de soluções que possam garantir a expansão do saneamento básico é fundamental para que o Brasil deixe de enfrentar impactos ambientais graves, como a contaminação de rios e oceanos, o declínio do turismo e o desperdício de recursos valiosos. Ações como as propostas pela NeoAcqua, que desenvolve sistemas inovadores para tratamento de água e reuso, são essenciais para que o país supere esses desafios e construa um futuro mais sustentável.

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