O Dope Dyeing elimina uma das etapas mais poluentes do tingimento convencional, incorporando os pigmentos diretamente ao polímero na produção do fio. Isso permite uma redução de até 90% no consumo de água, 98% de produtos químicos, 60% nas emissões de CO₂ e uma diminuição de 90% na geração de efluentes, resultados que colocam o produto entre os mais sustentáveis do mercado.

Em um setor que consome cerca de 3.000 litros de água por quilo de tecido, ou cerca de 2.700 litros por camiseta e é responsável por até 15% das emissões globais de carbono e 20% da poluição industrial da água, a tecnologia Dope Dyeing da Diklatex representa um marco. Ao eliminar até 90% do consumo hídrico e 98% de produtos químicos, o Rise Dunkel estabelece um novo patamar de performance ambiental e responsabilidade industrial, destaca a empresa.

Inteligência ambiental no consumo de água

Para isso, a Diklatex investe na transformação estrutural do seu modelo de negócio. Desde 2023, opera 100% com energia elétrica proveniente de fontes renováveis e rastreáveis. A modernização do parque fabril também permitiu uma redução de até 60% no consumo hídrico por quilo de tecido produzido, graças a máquinas de última geração com baixa relação de banho.

No eixo de economia circular, 21% da produção atual já utiliza matérias-primas recicladas, com uma meta robusta de chegar a 35% até 2028. Paralelamente, a empresa destina 1% do faturamento líquido para pesquisa e desenvolvimento em inovação sustentável, com previsão de ampliar esse percentual para 2,5% nos próximos quatro anos.

“Estamos vivendo uma transição necessária e urgente. Descarbonizar processos, reduzir consumo de água e ampliar o uso de materiais sustentáveis deixou de ser diferencial e se tornou obrigação ética para qualquer indústria comprometida com o futuro do planeta”, afirma André Jativa, CEO da Diklatex.

Ao integrar inovação, responsabilidade ambiental e desenvolvimento de materiais de alta performance, a empresa consolida sua posição como protagonista na construção de uma indústria têxtil mais limpa, circular e regenerativa.

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Segundo o Relatório de Monitoramento de Programas Sociais de 2024, do Governo Federal, somente 74,4% da população teve acesso à rede de abastecimento de água no Ceará em 2023. Composto por associações comunitárias situadas em uma mesma bacia hidrográfica, o SISAR atende, atualmente, 1.077.364 pessoas em 164 municípios, distribuídas em 2.347 localidades. Os principais clientes são comunidades rurais, atendendo a milhares de famílias que dependem do serviço para o abastecimento de água potável. Na prática, a operação tem como estrutura logística as associações comunitárias, responsáveis pela captação, tratamento e distribuição da água.

Impactos do SISAR

“O principal impacto do SISAR está em gerar mais qualidade de vida para a comunidade. Entre as décadas de 70 e 90, cerca de 90% da população rural do Ceará não tinha acesso à água. Muitos percorriam mais de 3km até um poço e abasteciam baldes com água, que não era nem potável. Hoje, depois do SISAR, a gente consegue ter água tratada e de qualidade direto na torneira.”, revela Deyvid Saldanha, gerente administrativo e financeiro do SISAR BCL.

A redução das despesas com o consumo de água potável é outro benefício para a população. Enquanto, em áreas urbanas, a CAGECE (Companhia de Água e Esgoto do Ceará) cobra R$6,29/m³, sendo 10m³ equivalente a R$62,90, o SISAR BCL, que atende a região da Bacia Cururu e Litoral, fornece água para áreas rurais a uma tarifa fixa de cerca de R$23,00 por até 10m³/mês, uma redução em torno de 30% na conta de água, pelo mesmo índice de consumo. Essa diferença gera uma economia relevante para as famílias rurais, impactando positivamente sua renda.

Impulsionado pelo Marco Legal de 2020, o mercado de saneamento no Brasil está em processo de transformação, uma vez que a legislação estabelece metas para universalizar o acesso à água potável para 99% da população e ao tratamento de esgoto para 90%, até 2033. Mas, se por um lado a legislação estabelece a universalização do acesso e a efetiva prestação desses serviços, os projetos de saneamento rural no Brasil apresentam deficiências, com sistemas de abastecimento e esgotamento operando em muitas cidades de forma inadequada.

Captação de recursos

Em busca de recursos para impulsionar o acesso à água no Brasil, a Sitawi, que desenvolve soluções financeiras para impacto socioambiental positivo, abriu uma rodada de captação de investimentos em sua Plataforma de Empréstimo Coletivo para Impacto Positivo.

O objetivo é fomentar o trabalho da unidade do SISAR, localizada na Bacia do Cururu e Litoral (SISAR BCL), com um empréstimo total de R$1,2 milhão, sendo que 50% foi captado por meio da Plataforma Sitawi, com retorno financeiro aos investidores de 17% ao ano, acima da Selic.

O restante do valor foi um aporte da Coca-Cola Brasil, por meio do Global Water Challenge, com uma taxa subsidiada de apenas 2,5% ao ano, permitindo a composição de uma taxa final de 9,7% ao ano para o negócio de impacto, valor mais baixo do que as taxas praticadas pelo mercado tradicional de crédito.

A Coca-Cola Brasil celebra sua primeira incursão no modelo de matchfunding voltado ao impacto socioambiental, destacando o potencial transformador da iniciativa. “Essa iniciativa é o primeiro passo da Coca-Cola Brasil em um modelo de matchfunding voltado ao impacto socioambiental. Por meio dessa parceria, buscamos contribuir de forma estruturada e escalável para solucionar desafios históricos, como o acesso à água potável em comunidades rurais. Este piloto reforça nosso compromisso de gerar impacto positivo de longo prazo, e será avaliado para replicação em outras regiões do Brasil e da América Latina, ampliando nossa capacidade de transformação social e ambiental”, ressalta Andrea Mota, diretora de Sustentabilidade para a América Latina.

A Coca-Cola Brasil tem uma parceria de longa data com o Sisar (Sistema Integrado de Saneamento Rural) e outras organizações para ampliar o acesso à água em comunidades rurais e ribeirinhas, especialmente no Norte e Nordeste do Brasil.

Financiamento coletivo

O modelo de negócio é o matchfunding, financiamento coletivo que combina recursos públicos ou filantrópicos com capital privado, potencializando tanto a arrecadação de recursos, quanto o impacto dos projetos. Com a estratégia de multiplicar os valores investidos, esse formato de empréstimo pode contar, ainda, com recursos doados por meio de parcerias.

Já para a organização que busca o empréstimo, o diferencial é obter capital com juros bem abaixo do mercado, reduzindo o custo do crédito. Além de facilitar o acesso ao financiamento, a Sitawi presta apoio técnico durante todo o período de pagamento do empréstimo.

Para Ana Beatriz Villela, coordenadora sênior de Investimento de Impacto da Sitawi, “o investimento de impacto é uma peça essencial para construirmos um futuro mais justo e sustentável. Ao direcionar capital para soluções escaláveis e financeiramente viáveis, como o SISAR, conseguimos enfrentar desafios estruturais, como o acesso à água potável no semiárido nordestino, com eficiência e profundidade”.

“Esse é um exemplo claro de como é possível unir retorno financeiro e transformação social, promovendo inclusão, dignidade e qualidade de vida para milhares de famílias em comunidades historicamente negligenciadas”, finaliza.

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Na Bahia, em Utinga, Chapada Diamantina, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) apresentou durante a 70ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu (CBH Paraguaçu), os avanços na elaboração de um plano para o tema. Previsto na Política Nacional de Recursos Hídricos, o documento orienta o uso sustentável e a recuperação das águas da região.

“Será feito um investimento em média de R$ 150 milhões, com a construção de três barragens de acumulação e seis barragens de nível. A Secretaria de Infraestrutura Hídrica contratou projeto para estudo das seis barragens e ainda há a possibilidade de reativar algumas barragens antigas”, informou Evilásio Fraga, coordenador da Câmara Técnica de Planos, Programas e Projetos do CBH Paraguaçu.

O prefeito Átila Karaoglan e membro empossado na plenária, pontou as questões sociais envolvidas nesse processo. “Precisamos priorizar o consumo da água, mas com foco também na produção da agricultura familiar, porque isso gera renda e dignidade para a população”, disse.

Encontro nacional destaca políticas em prol da gestão 

O Espírito Santo é o estado escolhido para sediar o 26º ENCOB (Encontro Nacional dos Comitês de Bacias Hidrográficas, a ocorrer em setembro, na capital, Vitória.Com o tema “Emergência Climática: Povos e Territórios – A Água é o que nos Une!”, o evento será realizado pelo  Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (FNCBH), em parceria com o Governo do Estado/Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e Fórum Capixaba de Comitês de Bacias Hidrográficas, reunindo todos os entes do Sistema Nacional de Recursos Hídricos.

Na ocasião também acontecerá o 1º Seminário de “Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Jucu”, organizado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Jucu (CBH Rio Jucu) e FNCBH. “A proposta é desenvolver iniciativas fundamentadas na articulação e integração entre instituições, esferas de governo, sociedade civil, organizações não governamentais, com ampla participação social, controle social e foco na sustentabilidade”, frisa a presidência do CBH Rio Jucu.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu (CBHP)

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Dados de um relatório da própria empresa estimam que os data centers do Google consumiram cerca de 20 bilhões de litros de água em apenas um ano. O avanço da inteligência artificial contribuiu para esse número, gerando um aumento de 20% no uso.

Os data centers são responsáveis pelo processamento de informações que permitem o funcionamento das plataformas do Google e de outras empresas de tecnologia ao redor do mundo. Esse processo gera calor, exigindo o uso constante de água para resfriamento.

Google: gigante da tecnologia tem alcance global

Atualmente, o valor de mercado do Google ultrapassa a marca de 2 trilhões de dólares. Além disso, segundo dados divulgados pela Statista, a empresa possui cerca de 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo.

Para atender esse público, as plataformas precisam de um alto volume de energia e água. Além disso, o Google está entre as empresas que mais investem em inteligência artificial. O Google Gemini, por exemplo, atua como uma IA generativa semelhante ao ChatGPT.

Em 2025, a empresa anunciou o lançamento do VEO 3, ferramenta voltada para a criação de vídeos realistas com som. Esses avanços tecnológicos também exigem maior capacidade de processamento, o que impacta diretamente no consumo.

Compromisso do Google com ações sustentáveis

Apesar do alto consumo de energia e água, o Google tem investido em estratégias para compensar esse impacto. Uma das metas anunciadas é repor 120% da água doce utilizada em suas operações até 2030.

A empresa também se destaca por liderar iniciativas de desperdício zero em seus data centers. Programas de reciclagem e reuso, por exemplo, já contribuem para a gestão de cerca de 86% dos resíduos gerados nessas instalações.

A proposta da companhia é devolver ao meio ambiente mais do que consome, buscando um equilíbrio que reduza os impactos ambientais e permita continuar inovando de forma responsável.

Outras iniciativas incluem campanhas internas com funcionários e programas de compostagem voltados à redução de resíduos orgânicos, com o objetivo de construir uma imagem sustentável de forma consistente.

Campanha traz dados sobre consumo e alternativas

As informações sobre o consumo de água nas estruturas do Google foram divulgadas em uma campanha da Hostinger, empresa do setor de hospedagem de sites. A iniciativa apresenta dados e curiosidades sobre o impacto ambiental dos Data Centers.

A própria Hostinger utiliza inteligência artificial em suas operações e adota práticas sustentáveis na manutenção de seus data centers. Segundo Rafael Hertel, gerente nacional da empresa, os esforços têm se concentrado em compreender os impactos desse consumo a longo prazo, com novos planos já em andamento.

Atualmente, toda a energia utilizada pela Hostinger já é proveniente de fontes renováveis, conforme aponta o relatório mais recente de sustentabilidade. A empresa também realiza análises constantes sobre suas atividades internas e as práticas adotadas por seus parceiros comerciais.

Esses estudos ajudam a criar estratégias para que o desenvolvimento tecnológico avance em conjunto com a preservação ambiental.

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Um deles tramita no Senado: a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou neste mês o relatório do senador Rogério Marinho (PL-RN) ao Projeto de Lei 5350/2023. A proposta, de autoria do deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB), reforça a atuação do poder público nesse enfrentamento, por meio da atualização da Política Nacional de Combate à Desertificação (Lei 13.153/2015).

Segundo o texto, que segue para análise, prevê a utilização de programas emergenciais e cria linhas de financiamento para recomposição da pequena produção familiar e comunitária. Essa medida garante a segurança hídrica e alimentar e reduz os impactos econômicos da estiagem nas regiões, o que inclui a Operação Carro-Pipa como instrumento oficial da Política.

Soluções hídricas e água para todos

No Ceará, 20 comunidades do sertão do Cariri foram beneficiadas com oito novos sistemas de abastecimento de água instalados ao longo dos canais do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), que passa pelo estado, além de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR), inaugurou as estruturas durante cerimônia na Estação de Tratamento de Água de Palestina do Cariri, distrito da zona rural do município de Mauriti, CE, em junho.

“A gente tem que aumentar a infraestrutura, o bombeamento, cuidar da fonte, que é o Velho Chico, aí sim nós podemos ter mais água para pisar o pé no acelerador do desenvolvimento. Se tiver mais água, tem crédito, tem produção, tem geração de renda e têm desenvolvimento humano, social, econômico”, observou o ministro.

Entre perfurações e iniciativas

Ações de empresas privadas também estão levando água nesses territórios. É o caso da a Engeper Ambiental e Perfurações, com 45 anos de expertise em perfurações e mais de 25 anos de implantação de equipamentos de Eletrodiálise Reversa (EDR), proporcionando até 95% de reaproveitamento da água tratada e 99% de remoção de sais e condutividade.

Uma das ações é o Engeduca, que leva conhecimento sobre descarte consciente e preservação hídrica para crianças e adolescentes,utilizando os chamados “Tubos do Tempo”, um recurso visual e tátil que ilustra os impactos do lixo no meio ambiente como ferramenta de conscientização em escolas e comunidades.

Trata-se de tubos de acrílico e bases de metal para expor materiais de descarte comuns, revelando o alarmante tempo que cada um deles persiste no meio ambiente. “Acreditamos que o futuro está na responsabilidade compartilhada e,por isso, buscamos integrar nossas ações aos ODS da ONU, especialmente os ligados à água limpa, bem-estar, cidades sustentáveis e inclusão social”, comenta Lorena Zapata, diretora de Novos Negócios e Sustentabilidade da empresa.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Adalberto Marques/Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR)

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O método, desenvolvido em 1981 pelo professor australiano Bruce Mollison, é mais conhecido promover a prática da permacultura. A técnica de swales consiste na escavação de valas que acompanham o desenho topográfico do terreno, promovendo a drenagem com a retenção e infiltração no solo da água da chuva de maneira mais eficiente, reduzindo significativamente impactos de fortes eventos climáticos.

Drenagem na prática

A cidade de Terezópolis de Goiás está dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do João Leite, onde está a maior reserva hídrica da região metropolitana. A técnica vem sendo adotada no projeto do condomínio horizontal Aldeia Santerê Casa e Natureza.

O empreendimento é tocado pela Raiz Urbana, empresa do Grupo Tropical Urbanismo e Incorporação, em área equivalente a 110 mil metros, em que é feita a captação de toda a água da chuva, que infiltra no solo, evitando assim que escorra para a reserva do João Leite e favoreça a drenagem.

“Dependendo da topografia do terreno, as valas podem ser construídas em praças, canteiros centrais de avenidas, às margens de rodovias e até mesmo em espaços pequenos, como nos quintais das casas das pessoas, em condomínios horizontais ou nos loteamentos tradicionais”, comenta a arquiteta e urbanista Luci Costa, do Grupo Tropical.

Agricultura familiar

Outro bom exemplo vem do Governo do Distrito Federal, que por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), estima investir R$ 5,2 milhões para instalar 545 sistemas de tratamento de esgoto doméstico, beneficiando diretamente famílias agrícolas.Cada propriedade recebe um conjunto com caixa de gordura, caixa gradeada, biodigestor e vala de infiltração.

“O sistema recebe todo o esgoto da casa, tanto a água cinza, de pias e chuveiros, quanto a água negra, dos vasos, para o tratamento adequado. Assim, evitamos a contaminação do solo e do lençol freático”, explica Sônia Lemos, extensionista rural da Emater-DF, ao Jornal de Brasília.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação – Grupo Tropical

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A eletrodiálise reversa é uma solução inovadora para o reuso de efluentes industriais, com vantagens como alta taxa de recuperação hídrica, baixo impacto ambiental e eficiência energética. Segundo estudo da Engeper, aplicada ao setor de bebidas, a tecnologia reduziu em 90% a condutividade da água, em 97% os níveis de cloreto e em 96% o magnésio. O sistema também apresentou resultados expressivos na remoção de cálcio, sódio, sulfato e alcalinidade total, otimizando os processos industriais e reduzindo custos operacionais. Quando associada à tecnologia de osmose reversa, neste cenário a Eletrodiálise Reversa reciperou 80% do volume de permeado que estava sendo descartado.

Exemplo em Reúso da água

Fundada em 2009, a Engeper Ambiental é referência nacional em gestão hídrica 360°, com mais de 45 anos de experiência acumulada no setor. A diretora de Novos Negócios e Sustentabilidade, Lorena Zapata, representou a empresa na premiação. “Esse prêmio certifica que nossa tecnologia de eletrodiálise reversa, além de eficiente, está diretamente alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 6, promovendo reuso da água na prática e contribuindo com a segurança hídrica de forma concreta”, Lorena Zapata, Diretora de Novos Negócios e Sustentabilidade da Engeper.

A premiação integra a estratégia Ambição 2030, do Pacto Global – Rede Brasil, que reúne mais de 2 mil participantes e propõe ações concretas em 10 Movimentos ligados a temas como clima, direitos humanos e transparência. Ao todo, 16 empresas foram reconhecidas por boas práticas em 19 categorias. “Estamos no que o secretário-geral da ONU chama de Década da Ação. Esse reconhecimento mostra que estamos no caminho certo, embora ainda tenhamos um bom percurso pela frente”, afirma Mônica Gregori, diretora de Impacto do Pacto Global – Rede Brasil.

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Uma das iniciativas vem da fabricante Amanco Wavin, com seu projeto Takeback, com o objetivo de desenvolver produtos de baixo carbono a partir da inserção de matéria-prima reciclável em sua linha de produção.Implementada inicialmente no estado de São Paulo, a iniciativa prevê a coleta de tubos e acessórios de PVC em um raio de até 150 quilômetros das cidades de Campinas, Sorocaba, Sumaré e da capital.

A expectativa é que sejam recolhidos no Brasil, ainda em 2025, 100 toneladas de material, que serão destinadas à reciclagem e incorporadas à produção de novos itens. As construtoras e obras interessadas em participar do projeto poderão solicitar, de forma gratuita, a retirada de resíduos a partir de 300 quilos, por meio de preenchimento de formulário disponível no site do projeto. A partir de 12 meses de participação ativa, os parceiros receberão certificado indicando a redução de CO₂ alcançada, validado por instituição do setor.

Até o final do ano, a Amanco Wavin espera alcançar, globalmente, 5,3% de matéria-prima reciclada na produção de 2025, atingindo 40 mil toneladas de PVC reaproveitado.“Por meio da oferta de produtos de baixo carbono, buscamos impulsionar o mercado com alternativas cada vez mais inovadoras, demonstrando nosso compromisso com um ciclo de vida responsável para nossos produtos, além de fortalecer nossa relação com clientes, criando um processo de logística reversa eficiente”, destaca Glaucia Faria, gerente de Responsabilidade Social e Sustentabilidade para as Américas da Amanco Wavin.

PVC e o reúso de água

O material PVC é também bem utilizado na construção de tanques de tratamento de efluentes, feitos com material reciclável. É o caso da AcquaNobilis, empresa que atua com foco em tecnologias sustentáveis para o tratamento de efluentes industriais.

“Segundo relatório da ONU, cerca de 80% da água utilizada por fábricas e centros industriais no mundo é despejada no meio ambiente sem qualquer tratamento. Esse descarte representa uma ameaça ao ecossistema aquático, afetando diretamente a vida de plantas e animais. O tratamento de efluentes faz diferença direta, evita que a água suja vá parar nos rios e no solo. Isso ajuda a diminuir a poluição e protege o meio ambiente”, salienta Guilherme Marcuschi, diretor geral da empresa.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: Divulgação – Amanco Wavin

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Segundo Daniel Guimarães, pesquisador da área de Agrometeorologia da Embrapa Milho e Sorgo, em MG, um dos autores do estudo, que contou com a participação da pesquisadora Elena Charlotte Landau, da área de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, esse crescimento está relacionado às condições topográficas, facilidades de implantação nos empreendimentos, armazenamento da água de irrigação em tanques de geomembranas. “Os dados de hoje revelam um crescimento em áreas irrigadas acima de 14% em apenas dois anos, comprovando a dinâmica do setor”, destaca o estudioso, à Agência GOV.

Geomembranas

Como citado, um dos destaques para a ascensão de inovações hídricas nas lavouras se dá pela utilização de geomembranas. A Lonax – Indústria Brasileira de Lonas, fornecedora desse material, além de lonas plásticas e silobolsas, observa resultados exitosos na expansão do uso de reservatórios e sistemas de irrigação nas lavouras da região conhecida por Matopiba (polo agrícola situado na confluência dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e do Oeste da Bahia, consideradas grandes produtoras de grãos, especialmente nas culturas como a soja e o milho, ao assegurar um fornecimento contínuo de água.

Segundo a empresa, as vendas de geomembranas aumentaram em 22% no primeiro quadrimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado.“Os produtores rurais são muito dependentes das chuvas e suscetíveis aos impactos das estiagens. Ao contar com esse sistema, é como se tivessem em suas mãos o poder de fazer chover em suas propriedades”, explica Pollyanna Penido, diretora Comercial na Lonax.

O uso tem a capacidade de mitigar a dependência da sazonalidade das chuvas, considerada uma vantagem considerável, diante dos padrões irregulares de precipitação provocados pelas mudanças climáticas. “Contando com segurança hídrica, o produtor dispõe de maior economia operacional e previsibilidade produtiva”, acrescenta a gestora.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto: divulgação

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Uma das ações em prol dos recursos hídricos adotas pelas empresas está em colocar o tema em pauta e em prática. A Ibema, especializada na produção de papel cartão, formou um grupo de colaboradores que fazem o monitoramento contínuo dos processos, que vai desde um estudo aprofundado dos pontos de abastecimento até a realização de manutenções corretivas dos equipamentos, em sua a planta industrial de Turvo, interior do Paraná.

Os resultados foram que a média de consumo caísse de 146 m³/h para 140m³/h.Ailton Júnior, coordenador de utilidades da Ibema e líder do projeto, explica que além da conscientização, a iniciativa rendeu a adequação nos chuveiros da máquina de papel, componente que realiza a limpeza das telas, a ampliação do controle de consumo do refinador e o monitoramento mais preciso. “Os estudos realizados pelo grupo também nortearam adequações em vazamentos, tanto em gaxetas de bombas em geral como em lavatórios da fábrica”, explica o gestor.

Tecnologia para recursos hídricos

Mecanismos tecnológicos, como a famosa Inteligência Artificial (IA) também estão no rol de soluções para tal demanda. No Reino Unido, um dispositivo de IA desenvolvido pela FIDO Tech, detecta por meio do som canos com vazamento.

Além de localizar o dano, também consegue classificar por tamanho das fissuras/buracos no cano, o que facilita a vida das concessionárias para priorizar reparos. A Microsoft é uma das apoiadoras do sistema, que desde 2023 colabora com a FIDO, impulsionada primeiramente durante os hackathons em Londres. A ferramenta utiliza o GPT-4 da OpenAI no Microsoft AzureOpenAI Service para levar a detecção acústica de vazamentos.

A gigante de tecnologia também conta com um robusto programa global que tem como meta reabastecer a água nas mesmas bacias hidrográficas em todo o mundo onde tem operações, incluindo os Data Centers. “Há também projetos que financiamos que aumentam a eficiência e diminuem o uso geral da água, somando assim a disponibilidade para bacias e comunidades locais”, explica Eliza Roberts, diretora de água da Microsoft.

Por Keli Vasconcelos – Jornalista

Foto:Divulgação –Ibema

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